Demissão de ministro do Turismo pode ser apenas a primeira. O motivo? Eleições na Câmara

O ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio| Foto: Anderson Riedel/PR

Para começar esse resumo de notícias. O presidente Jair Bolsonaro demitiu nesta quarta-feira (9) o ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio (PSL), que teve forte desavença com o ministro-chefe da Secretaria de Governo, general Luiz Eduardo Ramos. Antônio acusou o colega de negociar a pasta do Turismo com o Centrão. Houve bate-boca antes da demissão; confira. Para seu lugar foi escolhido Gilson Machado, presidente da Embratur.

Vem mais por aí? Álvaro Antônio pode não ser o único demitido de agora até 1º fevereiro, quando ocorre a eleição para presidente da Câmara. Com a impossibilidade de reeleição de Rodrigo Maia (DEM-RJ), o nome de Arthur Lira (PP-AL), líder do Centrão e aliado do governo, ganha força. Ele já formalizou candidatura; leia no texto de Olavo Soares. Maia disse que o “governo está desesperado” e, ao que tudo indica, Bolsonaro pode abrir mão de ministérios para garantir a vitória, conforme apuraram os jornalistas Rodolfo Costa e Wilson Lima:

Saiba tudo sobre a reforma ministerial que pode garantir um aliado no comando da Câmara

Utilidade pública

Vacina contra Covid. Após sinalizar que o Brasil poderia começar a vacinação em fevereiro, o ministro da Saúde, Eduardo Pazzuelo já fala “entre dezembro e janeiro” se fechar contrato de 70 milhões de doses da Pfizer-BioNTech. Além disso, houve mudança na lista de vacinação prioritária: presos foram excluídos pelo Ministério da Saúde. Ademais, a OAB acionou o STF para aquisição e fornecimento de imunizantes com registro em “renomadas agências de regulação no exterior independente de registro na Anvisa”. Governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB) fez pedido similar na terça (8).Listen to “CoronaVac: tudo sobre a vacina chinesa” on Spreaker.

Atualização e segunda onda. Entre terça (8) e quarta-feira (9), o Brasil registrou 53.453 novos diagnósticos positivos da Covid- e 836 novas mortes, segundo o último boletim divulgado pelo Ministro da Saúde. O país já soma 6,72 milhões de casos da Covid-19 e quase 179 mil mortes, e 5,9 milhões recuperados. A Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), escritório regional da Organização Mundial da Saúde (OMS), indicou que o Brasil pode estar vivendo uma segunda onda de coronavírus.

Política e economia

Eleições 2021. Com a disputa aberta para a presidência da Câmara e do Senado, é hora de conhecer quem disputa cada Casa Legislativa. Direto de Brasília, Rodolfo Costa apresenta quem são os candidatos à sucessão de Maia na presidência da Câmara e também  os candidatos à vaga de Alcolumbre no Senado. Também correspondente, Wilson Lima mostra como as eleições no Congresso ressuscitaram uma velha rixa entre MDB da Câmara e do Senado.

Armas, subsídios e privatizações. Presidente da Câmara, Rodrigo Maia criticou a decisão do governo em zerar a alíquota de importação de revólveres e pistolas.  “Enquanto falamos em vacinas, o governo isenta armas”, disse em coletiva. Por outro lado, haverá redução de subsídios “de forma generalizada” até dia 31, disse o ministro da Economia, Paulo Guedes, que tem outro desafio: a privatização dos Correios, que tem imunidade tributária; entenda na reportagem de Jéssica Sant’Ana por que os Correios não pagam imposto. A jornalista destaca ainda que o governo fez só um dos sete leilões de rodovias previstos para 2020.

Giro pelo mundo. Vale a pena ler a reportagem da editora de Mundo Isabella Mayer que faz um resumo do que marcou a Argentina no primeiro ano da volta do kirchnerismo ao poder. Já nos Estados Unidos, procuradores de 48 estados abriram ação contra o Facebook por concorrência desleal ao comprar rivais menores, como Instagram e WhatsApp, e provocar monopólio. Por falar em justiça norte-americana, o Texas quer invalidar as eleições presidenciais em 4 estados; veja no texto de Hans von Spakovsky. Em paralelo, corre uma investigação de “questões ficais” contra Hunter Biden, filho de Joe Biden.

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