Eu odeio essa excrescência chamada Big Brother Brasil, que há 19 anos inferniza a vida da população e emburrece as pessoas (emburrece tanto, que existem profissionais que se qualificam como “analistas” do reality show, como vi em uma reportagem do Uol).
Mas daí que, por causa da polêmica envolvendo a tal Paula, vencedora dessa edição, que, por não fazer parte da “galera do lacre”, despertou a ira nos meios progressistas do Marxismo Cultural, fui ler alguma coisa sobre ela, para entender quais são, afinal, os motivos do ódio generalizado contra a moça.
E vi que 11 entre 10 sites que pesquisei aqui, rapidamente, dizem que ela é racista (afirmam assim mesmo: ela é racista!), e que “cometeu o crime de racismo ao vivo”, quando as câmeras a captaram afirmando que “cotas são uma forma de racismo”, e que “cabelo cacheado é (cabelo) ruim”.
Não conheço a tal Paula, que acabou de ganhar R$ 1,5 milhão no BBB, e não tenho a menor simpatia por ela (e nem por qualquer outro participante daquele programa idiota).
Mas não posso deixar de me solidarizar com ela, pelo verdadeiro inferno que se transformará a sua vida a partir de agora, caso ela não tenha um grande jogo de cintura e maturidade para lidar com essa exposição negativa da mídia progressista e “hater”.
Percebam que já transformaram a vitória da garota no “pior retrato do Brasil de Bolsonaro” (manchete que li em algum site); já estão boicotando os eventos onde a garota deverá estar, por compromisso contratual; e já, principalmente, a transformaram automaticamente em racista, uma pecha criminosa que, se colar, dificilmente sai.
Que a “lacrosfera” muda o sentido das palavras isso não tem segredo. Sabemos disso desde 1949, data em que Orwell publicou “1984”, que, ironicamente, tinha o “Big Brother” (o Grande Irmão) vigiando todos, na sociedade onde as palavras eram mudadas de acordo com a necessidade, na “novilíngua” lá existente, dando lugar ao “duplipensar”.
Quando uma pessoa fala que cota racial é um instrumento racista utilizado pelo Estado, e que um certo cabelo é ruim, comprova que essa pessoa é racista?
Óbvio que não!
Mas gera uma enorme audiência entre os habitantes da lacrosfera associar a sua imagem à figura de Jair Bolsonaro, “aquele racista/machista/nazista/homofóbico/misógino”, lembrando, ainda, que assim como o Brasil cometeu um “erro” ao tê-lo escolhido para Presidente, também cometeu outro, ao ter escolhido essa Paula para vencer a edição do Big Brother.
Não é que a “galera do lacre” seja burra, e fique fácil dissecar seus movimentos. É que ela ficou previsível, e nós, os não-habitantes da lacrosfera, já aprendemos a, estrategicamente, interpretar suas jogadas.
A Paula, que ganhou o BBB, é um dos nossos “soldados” na Guerra Cultural; infiltrou-se no território do inimigo e o venceu.
Todo nosso apoio a ela.
Be the first to comment on "O ódio da “patrulha” mira a vencedora do indecente BBB"