Operação Fim do Túnel faz buscas em endereços ligados a Júlio Lopes, ex-secretário de Cabral
A Polícia Federal (PF) e o Ministério Público Federal (MPF) cumprem hoje (7), no Rio de Janeiro, sete mandados de busca e apreensão contra suspeitos de participar de um esquema de pagamento de R$ 14 milhões em propinas na construção da Linha 4 do metrô da cidade. Os mandados, expedidos pela 7ª Vara Federal Criminal, estão sendo cumpridos na zona sul e centro da cidade, em endereços ligados ao ex-deputado federal Júlio Lopes (PP-RJ), que foi secretário de Transportes do governo de Sérgio Cabral.
A operação Fim do Túnel apura um suposto pagamento de propinas pela Odebrecht, empreiteira responsável pela construção da linha 4 do metrô, a integrantes do governo do estado do Rio na época.
Júlio Lopes é apontado como beneficiário de R$ 6,4 milhões em propinas da Odebrecht. E ainda é citado pelo MPF pelo recebimento, entre de julho de 2010 e março de 2015, de propina de R$ 7,6 milhões da Fetranspor, para ressarcir para empresas do ramo de transportes os valores do Bilhete Único.
Além disso, o MPF afirma que, quando deputado, entre 2016 e 2017, Lopes teria recebido três parcelas de R$ 250 mil para favorecer uma empresa do ramo da saúde em contratos no Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (Into).
Obra do metrô
A linha 4 conecta a estação General Osório, em Ipanema, na zona sul, ao Jardim Oceânico, na Barra da Tijuca, na zona oeste da cidade. A construção, que começou em 2010, foi concluída em 2016, para ser usada durante os Jogos Olímpicos e Paralímpícos Rio 2016.CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
A operação Fim do Túnel também conta com apoio da Receita Federal e é um desdobramento das operações Tolypeutes, Fatura Exposta e Ponto Final, desencadeadas em 2017. (Com informações da Agência Brasil e Estadão)
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