O ex-juiz federal, Sérgio Moro, que também foi ministro da Justiça e da Segurança Pública no Governo Bolsonaro, ao que parece, está sofrendo uma “perseguição” para ser impedido de assumir cargo na consultoria americana Alvarez & Marsal, responsável pela recuperação judicial da Odebrecht.
A OAB-SP, por meio de seu Tribunal de Ética e Disciplina, alegou que há “incompatibilidade” da advocacia com as atividades que o ex-juiz federal irá desempenhar na empresa e, assim, notificou Moro para que ele não tome assuma o novo emprego.Sérgio Moro atuou em vários processos nos quais diretores e ex-diretores da Odebrecht foram criminalizados durante as investigações da Lava Jato, da qual ele era o principal expoente.
A operação anticorrupção foi uma das mais conhecidas do Brasil e investigou um esquema bilionário de propina; envolvendo empresas privadas e órgãos públicos. A organização criminosa era liderada pelo Partidos dos Trabalhadores (PT), que governou o país de 2003 a 2016; quando a ex-presidente Dilma Roussef sofreu impeachment por tentar mascarar uma situação positiva das contas públicas. O objetivo das “pedaladas fiscais” era esconder a real situação fiscal do país.
A empresa A&M se manifestou sobre o caso. Em nota, disse que “Moro vai atuar na área de disputas e investigações” e que não vai prestar serviços jurídicos para a companhia americana.
“O foco do trabalho será ajudar empresas clientes no desenvolvimento de políticas antifraude e corrupção, governanças de integridade e conformidade e políticas de compliance (regulação e cumprimento de normas e leis). O novo ofício não envolve serviços de advocacia, que estão fora do escopo da empresa”, concluiu o documento.
Assim sendo, parece que a OAB-SP se preocupou tanto em conturbar a vida profissional do ex-juiz que mais prendeu políticos corruptos no Brasil que, sequer, tomou o cuidado de notar que não fazia parte do roll de atividades da A&M serviços de advocacia. Ao que parece, a tentativa de punição ao ex-juiz federal, seria por sua atuação na Lava Jato e ainda ameaçou “tomar medidas administrativas e judiciais pertinentes”, caso o ex-ministro tentasse o novo emprego.
Interessante pontuar que Sérgio Moro é inscrito na OAB-PR, desde 1995. No seu estado, o ex-juiz federal é muito bem quisto pelos seus pares. Talvez, seja por isso que a seccional de lá não pontuou nada grave em um ex-ministro atuar em outra área. Ele já tinha até solicitado ao órgão, em setembro passado, uma segunda inscrição; para que pudesse atuar na área, depois de cumprir os seis meses de quarentena que lhe era cobrado por ter sido ministro do governo.
Já a OAB-SP, esta sim, deveria ser investigada para saber por que motivo interfere em ações e competências de outra seccional e atua defendendo ideologia própria. Ao invés de preocupar-se com o novo emprego do ex-ministro, a instituição deveria observar com atenção a atuação do Foro de São Paulo, organização criada pelo ex-presidiário, Luis Inácio Lula da Silva e o ditador de Cuba, Fidel Castro e que, hoje, abriga organizações criminosas de esquerda de diferentes países.
No Twitter, Sérgio Moro respondeu ao tom ameaçador da Ordem dos Advogado de São Paulo, informando que ingressa no quadro da renomada consultoria internacional para “prestar serviços de políticas de integridade e anticorrupção. Não é advocacia, nem atuarei em casos de potencial conflito de interesses”.
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