Jornal ultra esquerdista que ficou em silêncio quando a tag FACADA MAL DADA DO C***LHO esteve em alta no Twitter subiu nas tamancas contra a “gordofobia” do ministro
Nas cavernas da França, uns 30 mil anos atrás, viviam alguns cro-magnons. Com algumas ferramentas sofisticadas eles caçavam, pescavam e quando a família crescia muito, migravam para uma caverna mais ampla e com espaço gourmet. Foi nesse cenário que um dos seus, após capturar um pato-mandarim, achou que seria um atrativo ornar sua genitália com as penas coloridas do pobre pato.
Ao chegar na tribo, todos se entreolharam achando aquilo um tanto esquisito. O chefe da turma pegou seu tacape e ordenou com gestos que o Clóvis Bornay primitivo voltasse a se despir decentemente.
Surgiu aí, embora num conceito pré verbal ainda, o senso de ridículo. O pato-mandarim tornou-se, para os membros da tribo, um símbolo de breguice. Desde então, o homem vem buscando se esquivar da tentação de parecer ridículo ou, pelo menos, de não curtir um post da Vera Magalhães, por exemplo. É a ordem natural das coisas.
Esse resguardo da própria pessoa passa totalmente incólume pela classe jornalística – a menos privilegiada intelectualmente do planeta. O ridículo exige uma forte incompreensão de si e do mundo que o cerca para existir. E não há lugar mais propício para o avanço do ridículo – com exceção talvez do projac – que uma redação de jornal.
Ao ser atacado por Rodrigo Nonho Maia, o ministro Ricardo Salles respondeu chamando-o de Nhonho. Numa era um pouco menos absurda que essa, a história arrancaria algumas risadinhas e seria deixada de lado no tuíte seguinte. Mas para a nossa imprensa assanhada, isso não existe. O Globo resolveu tomar as dores do presidente da Câmara e fez textão contra a “gordofobia” do ministro.
Chamaram até uma especialista em ser gorda para tratar da questão. Com o arsenal de chavões de sempre – não sou eu que sou gorda, a sociedade é que não entende de circunferências – a robusta autoridade no quesito comilança relatou os problemas que os gordos enfrentam no mundo dos magros.
Há que se frisar que este espaço concorda que existem certos exageros na procura por uma magreza até anti-estética, mas uma pessoa minimamente ordenada não se abala com padrões e deve ter a liberdade para fazer o uso que quiser dos talheres e do pote de Nutella. Rodrigo Maia é Nhonho porque escolheu ser assim. Ninguém o forçou a devorar uma vitela inteira no café da manhã.
Gordinhos estão entre as pessoas mais carismáticas, o que não é o caso de Nhonho Maia, um político aventureiro que adorou os holofotes que a imprensa jeca lhe direcionou e hoje acha que manda mais que o presidente.
Quanto à tal “gordofobia”, ela nada mais é do que a aposta política da esquerda em mais um contrário: brancos contra negros, mulheres contra homens, gays contra héteros e, claro, gordos contra magros.
Quando o ataque é a alguém do espectro político oposto, a mídia inteira faz cara de paisagem, embora a paisagem se pareça com a estação Sé do Metrô às seis da tarde.
Para provar a propensão inequívoca da mídia mainstream ao ridículo, a matéria é assinada por uma estagiária sob supervisão. Bem-vindos ao hospício.
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