Há conservadores mentirosos e há progressistas mentirosos, mas tanto os conservadores quanto os progressistas consideram a Verdade um valor supremo.
O mesmo não se aplica ao esquerdismo.
A Verdade simplesmente não é um valor para a esquerda.
Para a esquerda, mentir é como respirar. Por isso é que o pai da esquerda moderna, Vladimir Lenin, batizou o jornal comunista soviético de “Pravda”, que em russo significa “verdade”. A verdade é o que um esquerdista diz que é verdade. Não tem nada a ver com a realidade objetiva.
A esquerda sempre usou mentiras para conquista e manter o poder. Essa é a realidade hoje nos Estados Unidos, assim como era na União Soviética.
Eis aqui exemplos de mentiras que os norte-americanos aprendem que devem repetir se não quiserem ser excluídos das redes sociais, humilhados, ostracizados e até demitidos.
Sem ordem de importância:
Homens menstruam. A American Civil Liberties Union tuitou em 19 de novembro de 2019: “Homens que menstruam são homens. Homens que engravidam e dão à luz são homens”. Se isso não for uma mentira, a palavra não significa nada.
É justo quando homens que se identificam como mulheres competem em esportes femininos. Em Connecticut, dois homens biológicos que se identificam como mulheres se juntaram para vencer 15 campeonatos femininos desde 2017. De acordo com o Wall Street Journal, “19 conferências estaduais (…) permitem que atletas compitam com base apenas no gênero com o qual se identificam”. Ninguém que já tenha entrado em contato com a verdade pode dizer que isso é justo.
Não se importar com a raça é ser racista. Essa afirmação da esquerda vai contra o ideal liberal clássico de acabar com o racismo, isto é, fazer com que ninguém se importe mais com a raça alheia, o que significaria que todos seriam vistos e julgados apenas como indivíduos, independentemente de raça.
“Não se importar com a raça é ser racista” não é apenas uma frase mentirosa; é uma mentira orwelliana. Mas isso virou norma na esquerda. Veja, por exemplo, o artigo “Ignorar raças é contraproducente” (The Atlantic, 13 de setembro de 2015) ou o livro “Colorblind Racism” [Não ver raças é racismo], de Meghan Burke, professora de sociologia da Illinois Wesleyan University.
A campanha de Trump em 2016 foi um conluio com a Rússia. Essa mentira está presente na imprensa norte-americana há mais de três anos. A informação nunca teve nada de verdade nela. Mas a esquerda – o Partido Democrata e a grande imprensa – consideram-na uma informação bastante útil e estão repetindo a mentira na campanha de 2020.
O presidente Donald Trump disse que havia nazistas “bons”. Essa é a “mentira de Charlottesville”. Primeiro, a imprensa espalhou essa notícia e hoje Joe Biden a usa, dizendo repetidamente que foi por isso que ele decidiu concorrer à Presidência. Claro que o que Biden disse é mentira; ele sempre quis concorrer à Presidência.
Numa coletiva de imprensa em 15 de agosto de 2017, pouco depois da marcha de Charlottesville, Trump deixou claro que não se referia aos neonazistas quando disse que havia “pessoas boas dos dois lados”. Ele disse à imprensa: “Não estou falando dos neonazistas nem dos nacionalistas brancos, porque eles devem ser condenados”. Ele estava se referindo aos dois lados de uma disputa quanto às estátuas. Veja o vídeo “A Mentira de Charlottesville Lie”, do ex-repórter da CNN Steve Cortes, no site PragerU.com.
Donald Trump é um ditador. Essa mentira é dita desde antes da eleição de Trump. Ela é repetida por praticamente todo analista e político de esquerda. Veja, por exemplo, o artigo “10 Formas pelas quais Trump Está Virando um Ditador”, do professor de Harvard Stephen M. Walt (Foreign Policy, 8 de setembro de 2020) ou o artigo “Donald Trump Quer Ser Ditador”, do colunista Jonathan Freedland (The Guardian, 5 de julho de 2019). É uma mentira.
O fato é que nenhum político conservador norte-americano quer ser ditador porque um dos objetivos fundamentais dos conservadores é diminuir o poder do governo. Uma ditadura nos Estados Unidos é muito mais provável vinda da esquerda, que busca aumentar imensamente o poder do governo.
Como noticiou o site Politico em 21 de agosto, por exemplo, Biden já prometeu “Eu vou fechar tudo”, referindo-se à economia norte-americana e à liberdade de ir e vir dos cidadãos no combate à Covid-19.
Os Estados Unidos são uma sociedade racista. Essa é a maior mentira nacional desde a “difamação de sangue” da Idade Média, na qual cristãos acusaram judeus de matarem crianças cristãs para usarem seu sangue na produção de matzo para a Páscoa. Os Estados Unidos na verdade são o país menos racista da história. Por isso é que existem tantas mentiras envolvendo o racismo; é difícil encontrar notícias verdadeiras. Os judeus não precisaram inventar histórias de antissemitismo para provar que existia antissemitismo na Alemanha dos anos 1930.
Ferguson foi um exemplo da brutalidade policial racista. O engodo de Ferguson é usado com frequência pela esquerda como exemplo de racismo policial. Até mesmo Barack Obama o cita. Mas um júri composto por jurados negros se negou a indiciar o policial branco que matou Michael Brown, negro, porque Brown tinha atacado o policial, tentou roubar sua arma e estava prestes a atacá-lo de novo quando foi morto.
A afirmação de que Brown teria dito “Estou com as mãos para cima, não atire” também é uma mentira esquerdista. Brown nunca disse tal coisa. Veja o vídeo sobre isso com Larry Elder no site PragerU.com.
Os Estados Unidos foram fundados em 1619, não em 1776. Essa é a infame Mentira do New York Times, pela qual o jornal ganhou um Prêmio Pulitzer. Foi o mesmo prêmio dado ao mesmo jornal em 1932 por mentir que não havia fome na Ucrânia, quando na verdade Joseph Stalin estava deliberadamente condenando à morte por fome 5 milhões de ucranianos.
Importantes estudiosos progressistas da história norte-americana têm acusado a tentativa do jornal de reescrever a história – dizendo que a Revolução Norte-americana foi travada para se manter a escravidão – de ser uma mentira.
Essas são apenas algumas das mentiras da esquerda nas quais cada vez mais norte-americanos acreditam. A sobrevivência dos Estados Unidos depende da capacidade dos norte-americanos – sobretudo dos jovens – de reconhecerem as mentiras pelo que elas são.
Dennis Prager é colunista do Daily Signal, radialista e criador da PragerU.
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