Pelé 80: o destino do craque numa página do Estadão

Jornal publicou frase profética sobre o jogador em 1957; Veja a trajetória do maior craque do futebol

Texto sobre Pelé publicado no Estadão em 1957

Não se sabe quem é o autor das frases acima publicadas no Estadão em 11 de julho de 1957 após a vitória por 2 a 0 do Brasil sobre a Argentina no Pacaembu. Seja quem for, o redator anônimo fez questão de quebrar o estilo descritivo do texto sobre o jogo para fazer o comentário profético. Pelé cumpriria o destino ali avistado e o mundo agora comemora os 80 anos do craque. 

Quando a frase premonitória foi escrita, aquele que se tornaria o maior craque da história do futebol tinha 16 anos e conquistava seu primeiro título pela seleção brasileira, a Copa Roca, em seu segundo jogo com a camisa nacional. Foi dele o primeiro gol da final, aos 20 minutos do primeiro tempo. Mazzola ampliou para o Brasil aos 20 da etapa final. O jogo ainda foi para a prorrogação, que terminou sem gols, mas com direito a uma bola na trave de Pelé, de cabeça.

Notícia com frase sobre o destino de Pelé no jornal de 11/7/1957

Pelé havia estreado na seleção em outra  partida da Copa Roca, no dia 8 de julho, no Maracanã. O Brasil perdeu o jogo por 2 a 1, mas Pelé foi o autor do gol brasileiro, aos 32 minutos, quando a seleção perdia por  1 a 0.

Dali em diante, Pelé não sairia mais das páginas do jornal, seja com sua vitoriosa carreira no Santos, na seleção brasileira e no Cosmos ou por sua vida de celebridade planetária. Além dos 1281 gols, Pelé passaria a fazer parte da vida dos brasileiros.

Acompanhe alguns dos principais acontecimentos da fantástica trajetória de Pelé nos gramados e fora dele nas páginas, fotos e textos do Acervo Estadão.

PELÉ EM 80 FOTOS DO ESTADÃO

Fotos do Rei do futebol

Pelé posa antes de jogo da Seleção Brasileira com uma “auréola” formada pela tuba de um dos componentes da banda que toca o Hino Nacional, Rio de Janeiro, RJ,Década de 60.  Domicio Pinheiro/ Estadão

Pelé posa antes de jogo da Seleção Brasileira com uma "auréola" formada pela tuba de um dos componentes da banda que toca o Hino Nacional, Rio de Janeiro, RJ, Década de 60.  
Aos 14 anos, Pelé foi campeão invicto pelo time juvenil do Bauru Atlético Clube, o Baquinho, e pela primeira vez sua foto foi publicada em um jornal de grande circulaçãoo, A Gazeta Esportiva. Pelé é o segundo da esquerda para a direita, agachado.São Paulo, Bauru, 10/02/1954. 
Pelé na década de 1950. O craque começou no Santos em 1956. Dez meses depois, vestiria a camisa da seleção brasileira para se tornar um dos maiores - senão o maior - jogador de futebol da história.
Brasil conquistou a Copa do Mundo de 1958 e 1962 com Pelé e Garrincha
Pelé e Garrincha formaram uma das maiores duplas do futebol mundial
Pelé, aos 18 anos de idade, prestando juramento à Bandeira.
Pelé na final da Copa do Mundo de 1970
Cercado por repórteres e torcedores, Pelé entra na Vila Belmiro para a sua última partida com a camisa do Santos, diante da Ponte Preta pelo Campeonato Paulista. 2/10/1974
Depois de ser substituído, Pelé deixa o campo chorando na Vila Belmiro após vestir pela última vez a camisa do Santos, em partida contra a Ponte Preta pelo Campeonato Paulista, 2/10/1974.
Com o corpo no ar, Pelé prepara-se para dominar a bola, disputando o lance com um zagueiro do Paraguai. O Brasil venceu por 3 a 0. Eliminatórias da Copa de 70, em Assunção, Paraguai, 04/8/1969.
Pelé tomando um café no aeroporto ao lado de Mauro Ramos de Oliveira - capitão da Copa do Mundo em 1962 no Chile.
Os jogadores Pelé e Mauro posam para foto durante treino da Seleção do Brasil durante a Copa do Mundo de Futebol no Chile, Viña del Mar, 01/6/1962. 
Pelé acena para fotógrafos e jornalistas, das cabines de rádio e televisão, antes do jogo entre Itáia e França, na Copa do Mundo na Argentina, 02/6/1978. Na partida, a seleção da Itália, que foi para a final contra a Argentina e ficou em 2º lugar no Mundial, venceu a França por 2 a 1. 
Pelé, Athie Jorge Cury e Ligia Moreira Dorneles.
O jogador Jairzinho corre para abraçar Pelé, que comemora o primeiro gol do Brasil contra a Itália, na partida final da Copa do Mundo no México, 21/6/1970. 
Na véspera da estreia da Seleção Brasileira na Copa do Mundo de 1962, Pelé observa marinheiro chileno encher balão com a frase "Viva Chile", distribuído pelos jogadores à torcida local, 29/5/1962. No dia seguinte, o Brasil enfrentou México. Venceu a partida por 2 a 0, com gols de Zagallo e Pelé, iniciando sua caminhada rumo ao bicampeonato mundial.
Pelé se casa com Rosemeri Cholbi, sua primeira esposa, Santos, litoral sul de São Paulo, SP. 13/02/1966. 
Cercado de pequenos fãs chilenos, Pelé deixa o treino da Seleção Brasileira para a Copa do Mundo de 1962, Viña del Mar, Valparaíso, Chile, 21/5/1962.
Pelé comemora gol marcado contra a Checoslováquia, 03/6/1970. 
 A imprensa sempre assediou Pelé. Em sua estréia no New York Cosmos, no jogo exibição contra o Dallas Tornado, havia 152 fotógrafos na cobertura do evento, mais do que na posse do presidente norte-americano Gerald Ford. Pelé fez o gol de empate, de cabeça, e a partida terminou em 2 a 2. Estados Unidos, Nova York, Nova York, 17/6/1975.
Pelé apanha a bola no fundo das redes e a beija após marcar seu milésimo gol, em 19/11/1969.
Pelé no vestiário do santos, após treino na Vila Belmiro, década de 1960. 
Pelé embarca para mais um jogo internacional da Seleção Brasileira, junto com Pepe, Coutinho e Júlio Botelho (da esquerda para a direita).  S?o Paulo, São Paulo, 18/7/1960. 
Pelé prepara mais um dos seus dribles. São Paulo, SP, 01/01/1960. 
O suor escorre pelo rosto de Pelé durante um treino do Santos Futebol Clube, Santos, SP, 01/01/1960. 
Em uma viagem da Seleçãoo Brasileira, Pele se diverte com um sonolento Bellini, capitão do time, Rio de Janeiro, RJ, 21/5/1960. Os dois foram campeões mundiais em 1958.
 O craque Pelé faz alongamento no aquecimento para a disputa de mais um jogo pelo Santos, Santos, SP,  01/01/1958.
O jogador Pelé dá "um soco no ar", gesto utilizado por ele ao marcar gol, durante ensaio fotográfico realizado no estádio do Pacaembu, na zona Oeste, na cidade de São Paulo,  SP, 20/11/1969. 
O jogador Pelé chega na Vila Belmiro, Santos, SP. Década de 60.
Olhar fixo na bola, Pelé tomba o corpo para driblar adversário, Rio de Janeiro, RJ, 01/01/1960.
Com uma coroa na cabeça e um cetro na mão, Pelé acena para o público ao deixar o campo em sua despedida da Seleção Brasileira em São Paulo. No jogo realizado no estádio do Morumbi,o Brasil venceu a Áustria por 1 x 0.  São Paulo, SP.11/6/1971. 
O grande astro do futebol brasileiro faz a barba na concentração da Seleção, Rio de Janeiro, RJ, 01/01/1970. 
Dona Maria Toledo, cozinheira da Vila Belmiro, serve feijão a Pele no refeitório do Santos, década de 1960.
A Rainha da Inglaterra, Elizabeth II, ao lado de príncipe Phillip, comprimenta o Rei Pelé, São Paulo, SP, 11/11/1968.
 Retrato do jogador Pelé, Santos, SP, 21/5/1971.
Pelé, comemora vitória no vestiário da equipe do Santos F.C., apóss a conquista do título do Campeonato Paulista de Futebol, São Paulo, SP, 19/5/1968.
Observado por Gérson, Pelé ouve as instruções do técnico João Saldanha durante um treino da Seleção, Rio de Janeiro, RJ, 01/01/1960.
 Pelé recebe a faixa campeão paulista de 1958.
 Pelé vestido de beca para a solenidade de sua formatura na Faculdade de Educação Física de Santos. Ele se formou na mesma turma de Pepe, seu companheiro de ataque na equipe, Santos, SP. 12/01/1974.
Pelé salta sobre cone em treino físico na Vila Belmiro. O camisa 10 sempre foi um atleta aplicado no condicionamento do corpo. Santos,SP, 01/01/1970.  
Os jogadores Miguel e Mazzaropi, o técnico Mário Travaglini e Pelé leem o Estadão, década de 1970.
Pelé, com apenas 18 anos de idade, lê cartas dos fãs na concentração da Vila Belmiro, Santos. 01/12/1958.
 O jogador de futebol do Santos F. C., Pelé , desembarca  em Caracas, na Venezuela, 23/02/1959.
Pelé segura menino no colo, ao ser recepcionado por torcedores no Aeroporto de Congonhas, depois de uma partida pela Seleção Brasileira.São Paulo, SP,  08/7/1965.
O astro do futebol arruma a gravata.  Santos, SP, 02/10/1974. 
De dentro do ônibus, antes do embarque da Seleção para o Brasil, Pelé dá autógrafo a torcedor, após a conquista da Copa do Mundo do Chile. Santiago, Chile, 01/7/1962.
Pelé joga sinuca na concentração antes do jogo decisivo do Campeonato Paulista de 1964. Santos, SP, 15/12/1964. 
Pelé em lance da partida Santos x Corinthians. Década de 1960
Pelé é submetido a exames durante concentração da Seleção, Campos do Jordão, 01/03/1962.  
Pelé, ao lado do preparador físico Paulo Amaral, na concentração da Seleção em Viña del Mar, Chile, 11/05/1962. 
Pelé é recebido por torcedores logo após a equipe do Santos desembarcar no Aeroporto de Congonhas. São Paulo, SP, 01/3/1961.
Pelé descansa no vestiário do Santos Futebol Clube, Santos, 05/12/1975. Na época, o jogador estava negociando sua contratação pelo m o NY Cosmos,
Pelé é rodeado por fãs, São Paulo, SP, 20/01/1966. Em qualquer lugar onde fosse, Pelé era assediado. Torcedores comuns e policiais queriam chegar perto dele, tocá-lo, ganhar um autógrafo ou uma foto ao lado do craque do futebol. 
Pelé discute com o árbitro Armando Marques, durante um amistoso da Seleção Brasileira, Paraná, Curitiba, 13/11/1968.
Diante de 45.000 espectadores, Pelé ergue o troféu de Atleta do Século, conferido pela Revista L'Equipe. Paris, França, 15/5/1981. 
O jogador de futebol, Edson Arantes do Nascimento, conhecido como Pelé, durante treino da Seleção, Rio de Janeiro, RJ. 24/6/1966.
Retrato dos jogadores Tostão e Pelé durante treino da Seleção Brasileira, Rio de Janeiro, RJ, 04/08/1969. 
Pelé dá uma bicicleta durante treino da Seleção Brasileira, década de 1970.
O técnico Aymoré Moreira ajuda Pelé a se levantar na concentração do Brasil para a Copa de 1962,  Valparaíso, Viña del Mar, Chile, 03/6/1962.
Pelé é recebido por torcedores no Aeroporto de Congonhas ao chegar de Lisboa, onde conquistou o campeonato mundial interclubes, em 1962, São Paulo, SP, 26/10/1962.
O jogador Pelé grava publicidade do Café Pelé no estúdio da Rádio Eldorado, São Paulo, SP, 24/04/1972.
Pelé aguarda refeição na concentração do Santos, 27/12/1961. 
O jogador Pelé na inauguração da Rua Edson Arantes do Nascimento, na cidadede Três Corações (MG), onde nasceu, 20/4/1966. 
O jogador de futebol Pelé recebe de presente um automóvel modelo Aero Willys, São Paulo, SP. 20/01/1963.  
Pelé durante partida do Santos no Estádio da Vila Belmiro, Santos, SP, 01/10/1964. 
Edson Arantes do Nascimento, o Pelé, em treino da Seleção, São Paulo, SP. 18/02/64
Torcedores espremidos no alambrado fazem de tudo para conseguir um autógrafo de Pelé, Lancashire, Liverpool, Inglaterra, 01/6/1966.: jogador era idolatrado no mundo inteiro. 
O jogador de futebol, Pelé o com o uniforme da Seleção Brasileira sujo de barro em campo, durante partida na década de 70. RJ. 01/01/1970.

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“TELÉ”

Em sua estreia no Santos, quando substituiu Tite numa goleada de 7 a 1  sobre o Corinthians de Santo André em 7 de setembro de 1956, o jornal grafou errado o nome do estreante: “O resultado por si só diz o que foi o espetáculo. No primeiro tempo, o Santos já estabelecera 4 a 0, através de Alfredinho (2), Del Vecchio e Alvaro. Na etapa final, coube a Del Vechhio, Telé e Jair a marcação dos demais pontos, enquanto Vilmar assinalou o único ponto do Corinthians.” 

BRASIL CAMPEÃO COPA DO MUNDO DE 1958

Em 29 de junho de 1958, a seleção brasileira entrava em campo no Estádio Råsunda, na cidade de Solna na Suécia, para disputar com a seleção da casa a partida final da Copa do Mundo  de Futebol na Suécia. O time  brasileiro fez história e conquistou o primeiro título mundial de futebol do Brasil.  A equipe estrelada, que contava com craques como Djalma Santos, Zito, Bellini, Nilton Santos, Orlando, Gilmar, Garrincha, Didi, Pelé, Vavá e Zagallo, venceu a Suécia por 5 a 2, com dois gols de Vavá, dois gols de Pelé e um de Zagallo.

COPA DO MUNDO 1958 SUÉCIA

Mundial de Futebo na Suécia, 1958

Time do Brasil, posa para fotografia momentos antes da partida final contra a Suécia, pela Copa do Mundo de 1958, no estádio Rasunda, em Estocolmo (Suécia), 29/6/1958. Da esquerda para a direita, de pé, Djalma Santos, Zito, Bellini, Nilton Santos, Orlando e Gilmar; agachados: Garrincha, Didi, Pelé, Vavá e Zagallo, e o massagista Mário Américo. A Seleção Brasileira conquistou o campeonato ao vencer a Suécia por 5 a 2.
Da esquerda para a direita Djalma Santos, Gilmar e Bellini posam para fotografia durante treino da Seleção Brasileira de Futebol em Araxá, interior de Minas Gerais, 26/4/1958.
Solenidade de abertura da Copa do Mundo de 1958, no Estádio Solna, em Estocolmo, 08/6/1958.
Preparação da Seleção Brasileira, 01/6/1958.
A Seleção vence a Áustria por 3x0 na sua estreia na Copa do Mundo na Suécia, 08/6/1958.
Bellini e Billy Wright, capitães das seleções do  Brasil e da Inglaterra, trocam flâmulas antes do segundo jogo entre as duas equipes pelas oitavas-de-final, 11/6/1958. A partida terminou empatada por 0 a 0. 
Dida disputa bola com zagueiro austríaco na estreia do Brasil na Copa do mundo na Suécia, 08/6/1958. O Brasil venceu por 3 a 0.
Os jogadores Nilton Santos, Djalma Santos e Zagallo da  formam fila para abraçar o artilheiro Vavá, 1958. 
Na capital paulista, multidão comemora ao ouvir os gols da Seleção Brasileira durante jogo das semifinal contra a França, 24/6/1958. O jogo terminou em 5 X 2 para o Brasil.
Marcado pelos suecos Kurt Hamrin  e Nils Liedholm (de costas) o goleiro Gilmar, do Brasil, faz uma defesa na final da Copa do Mundo de 58,. O Brasil venceu por 5 a 2, com gols de Vavá (2), Pelé (2) e Zagallo (1), e conquistou seu primeiro título de campeão mundial em 29/6/1958.
O craque Vavá marca um gol durante partida entre o Brasil e a Suécia, válida pela final da Copa do Mundo de Futebol, 29/6/1958. A venceu por 5 a 2, tornando-se campeã mundial pela primeira vez.
Pelé chora no ombro do goleiro Gilmar dos Santos Neves, ao lado do companheiro da Seleção Didi, após a vitória de 5 a 2 sobre a Suécia na final da Copa do Mundo de Futebol em 29/6
O capitão da Seleção, Bellini, recebe a taça Jules Rimet após a conquista da Copa do Mundo de 1958.
 O técnico Vicente Feola segura a taça Jules Rimet ao lado do capitão Hideraldo Luiz Bellini e do goleiro Gilmar dos Santos Neves após o Brasil vencer a Suécia e conquistar seu primeiro título no mundial, 29/6/1958. 
O jogador brasileiro Bellini, capitão da Seleção, levanta a Taça Jules Rimet, conquistada pelo Brasil após vencer  Suécia por 5 a 2 no estádio Rasunda, em Estocolmo (Suécia), 29/6/1958.
Torcedores comemoram pelas ruas do Rio de Janeiro aconquiasta da Copa do Mundo, 29/6/1958.

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Capa da Edição Especial de Esportes, Estadão de 29/6/1958
Capa da Edição Especial de Esportes, Estadão de 29/6/1958

O GOL MAIS BONITO E IMAGINADO DE PELÉ

A jogada magistral de Pelé no jornal de 3/8/1959

O dia 2 de agosto de 1959 seria uma data qualquer do futebol. Não era nenhuma final de campeonato, de Copa do Mundo ou despedida de um grande craque. Mas aquele domingo entraria para a história por conta de um jogo do Campeonato Paulista no estádio Conde Rodolpho Crespi, o popular campo do Juventus, na rua Javari. Foi neste dia e local que Pelé fez o gol mais bonito de sua carreira, na vitória do Santos contra o Juventus por 4 x 0.

Além de ter sido o mais bonito, foi o mais imaginado na história do futebol brasileiro. Dos mais notáveis gols, foi o primeiro que não teve imagem registrada em vídeo. O outro foi em 1961, na partida contra o Fluminense: “Uma pintura de Pelé vira “Gol de Placa”.

Poucas fotos existem da jogada em que Pelé driblou toda a defesa juventina com direito a três chapéus, inclusive no goleiro Mão de Onça. A reconstituição da jogada, existentes há mais de 40 anos somente na memória de alguns, ganhou vida no filme “Pelé Eterno”, de Aníbal Massaini. Em 2001, o Estado publicou o anúncio do filme que foi lançado em 2004.

GOL DE PLACA NO MARACANà

gol magistral de Pelé no jornal de 7/3/1961

Dia 5 de março de 1961. Fluminense e Santos jogam no Maracanã. Um a zero, gol de Pelé.  De repente, Pelé recebe a bola ainda em sua intermediária e dispara em direção aos adversários, driblando sete jogadores. Quando a jogada terminou, com a bola no gol do Fluminense, as duas torcidas, entusiasmadas com a jogada, aplaudiram em pé aquele que é considerado um dos mais belos gols do futebol brasileiro: o gol de placa.

Placa idealizada por Joelmir Beting para lembrar o gol de Pelé
Placa idealizada por Joelmir Beting para lembrar o gol de Pelé

Durante muito tempo, o jornalista Joelmir Beting foi erroneamente conhecido como o inventor da expressão ‘gol de placa’. Mas só em 2001 o mal entendido foi desfeito. Beting criara a ideia de uma placa para gols memoráveis, mas não a expressão ‘gol de placa’. Foi em 1961, quando o jornalista cobria, ao lado de Nelson Rodrigues, um jogo entre Santos e Fluminense no Maracanã. Depois de um lindo gol do Pelé  que não teve nenhum registro de imagem, Nelson Rodrigues comentou que a “obra iria ficar sem memória”.

Com a frase na cabeça Joelmir teve a ideia de fazer uma placa e colocá-la no Maracanã para marcar o evento. Na semana seguinte, estavam Beting e Pelé inaugurando a placa no Maracanã. Daí em diante os comentaristas esportivos, diante de qualquer gol memorável gritariam “gol de placa”. Com ou sem imagem.

Em 2001, foi a vez de Pelé retribuir. Deu ao Beting uma placa com a seguinte inscrição, “Ao Joelmir Beting, o idealizador da placa do Gol de Placa, o reconhecimento de quem fez o gol. Minha gratidão por essa homenagem eterna. Pelé”

TRICAMPEÃO PAULISTA 

A rotina de vitórias do Santos foi ilustrada com o título Habituado a vencer, o Santos fez pouca festa.” “Habituados a vencer, os santistas sorriam e comentavam a vitória que lhes valeu o tricampeonato, mas revelavam uma sobriedade que só pode ser interpretada como amadurecimento total de um quadro de campeões.”

Tricampeonato do Santos no jornal de 6/12/1962

SANTOS CAMPEÃO MUNDIAL DE CLUBES 1962

Santos campeão mundial no jornal de 12/10/1962
Gilmar, Pelé e Pepe comemoram o título mundial em Lisboa 

SANTOS BICAMPEÃO MUNDIAL DE CLUBES 1963

Santos bicampeão mundial no jornal de 17/11/1963

PELÉ MARCA OITO GOLS E SANTOS FAZ 11 A 0

Além de Pelé, Pepe, Coutinho e Toninho fizeram os outros gols santistas. Pelé fez cinco gols no primeiro tempo, aos 4, 8, 16, 37 e 39 minutos. Depois do intervalo, marcou mais três, aos 25, 26 e 28 minutos.

Um dos 8 gols de Pelé no 11 a 0 do Santos sobre Botafogo de Ribeirão Preto

O MILÉSIMO GOL

Charge de Biganti na edição de 19/11/1969

Um pequeno passo para um atleta. Um gigantesco salto para o esporte. Nunca um gol foi tão aguardado. E talvez nenhum outro tenha sido tão festejado. Não só pelos torcedores do Santos, como também pelos adversários e todos os demais admiradores do futebol no mundo inteiro. O feito inigualável do maior craque da história do futebol naquela noite de 19 de novembro de 1969 jamais seria alcançado por outro atleta. O milésimo gol da carreira de Pelé ocupou três páginas inteiras do Estadão do dia seguinte, que descreveu cada detalhe do gol, da festa e dos bastidores. Reveja a cobertura histórica.

Pelé em 2012 com com a notícia de seu milésimo gol em 1969.

> Veja o jornal de 20 de novembro de 1969

> “Estou feliz por também estar nessa história”

> Apito do milésimo gol de Pelé está preservado em Recife

Página do Estadão sobre o milésimo gol de Pelé.
Página do Estadão sobre o milésimo gol do Pelé.
Página do Estadão sobre o milésimo gol de Pelé.
Anúncio publicitário comemora o feito de Pelé

O PASSE MAJESTOSO PARA O CAPITÃO E O TRI NO MÉXICO

Pelé comemora o primeiro gol do Brasil na decisão da Copa de 1970 contra a Itália. O goleiro Albertosi está caído no chão e a bola no fundo do gol, 21/6/1970. A Seleção Brasileira venceu a Itália por 4 a 1.
Pelé comemora o primeiro gol do Brasil na decisão da Copa de 1970 contra a Itália. O goleiro Albertosi está caído no chão e a bola no fundo do gol, 21/6/1970. A Seleção Brasileira venceu a Itália por 4 a 1.

Não foi só uma vitória por 4 a 1. Foi um deleite. Um show. Um delírio. Inacreditável se todo o resto do mundo que não estava no Estádio Azteca no México não estivesse vendo ao vivo pela  televisão. Depois dos gols de Pelé, de cabeça, e o empate de Boninsegna que só o italiano se lembra, o tiro de Gérson de fora da área e o de Jairzinho na pequena área, uma obra de arte futebolística seria desenhada no gramado mexicano.

Numa troca de nove passes entre quase todos os jogadores da seleção brasileira, com direito a Clodoaldo driblando quatro italianos, Rivelino passa para Jairzinho, que lança para Pelé, e este, avisado por Tostão para tocar à direita, sem olhar, serve com delicadeza ao capitão Carlos Alberto Torres, que entra na área em velocidade incrível para disparar um míssil teleguiado de precisão indefensável. A maior seleção de futebol todos os tempos conquistava o inédito tricampeonato com o gol mais bonito da história.

COPA DO MUNDO 1970 MÉXICO

Mundial de Futebol no México (1970)

Bem à frente da bandeira brasileira, Pelé ouve a execução do Hino Nacional antes de uma partida da seleção, no estádio do Morumbi, meses antes da Copa do México, 1970. Da esquerda para a direita: Clodoaldo, Rivelino, Pelé, Tostão, Zé Maria e Piazza. O Brasil sagrou-se tricampeão mundial de futebol na Copa do México.Acervo/Estadão

Bem à frente da bandeira brasileira, Pelé ouve a execução do Hino Nacional antes de uma partida da seleção, no estádio do Morumbi, meses antes da Copa do México, 1970. Da esquerda para a direita: Clodoaldo, Rivelino, Pelé, Tostão, Zé Maria e Piazza. O Brasil sagrou-se tricampeão mundial de futebol na Copa do México.
Gérson, meio-campista da Seleção Brasileira, em campo contra a Checoslováquia, 03/6/1970. Brasil venceu sua partida de estreia por 4 a 1.
Lance da partida de estreia do Brasil na Copa do Mundo no México, 3/6/1970. A Seleção venceu a Checoslováquia por 4 a 1.
Jairzinho comemora gol durante a partida contra a Checoslováquia, 03/6/1970.
Jairzinho comemora gol durante partida contra a Checoslováquia, 03/6/19170.
Pelé comemora gol marcado contra a Checoslováquia, 03/6/1970. 
Torcedores se concentram no centro da capital paulista para assistirem à estreia da Seleção Brasileira na Copa do Mundo de 1970. Destaque para o torcedor que se acomodou em placa publicitária de um ponto de ônibus, 3/6/1970.
Time do Brasil no jogo contra a Inglaterra, 07/6/1970. Da esquerda para a direita, de pé: Carlos Alberto; Brito, Piazza, Félix, Clodoaldo e Everaldo. Agachados: Jairzinho, Rivelino, Tostão Pelé e Paulo Cézar. A partida terminou em 1 a 0 para o Brasil.
O jogador Jairzinho, do Brasil comemora após marcar gol na partida contra a seleção da Inglaterra, 07/6/1970.
O técnico Mário Jorge Lobo Zagallo segura bola durante treino da Seleção na Copa do Mundo de 1970, no México. 
O locutor esportivo, Walter Abrahão, sentado no gramado durante a Copa do Mundo de 1970 no México. 
Pelé disputa bola com jogador da Romênia, 10/6/1970. O jogo terminou em 3 a 2 para o Brasil, com dois gols de Pelé e um de Jairzinho.
O jogador Tostão comemora gol do Brasil durante jogo contra o Peru,  no estádio Jalisco, em Guadalajara, no México, 14/6/1970. O Brasil venceu a partida por 4 a 2 com gols de Jairzinho, Rivelino e Tostão(2).
Jogadores da Seleção comemoram gol do Brasil, 17/6/1970. Brasil venceu o jogo contra o Peru por 4 a 2.  
Jairzinho e Tostão comemoram gol do Brasil no jogo contra o Peru, 14/6/1970.
Os jogadores capitães das equipes, Matosas (e), do Uruguai, e Carlos Alberto Torres, do Brasil, se cumprimentam antes do início da partida válida pela semifinal da Copa do Mundo de 1970, no estádio Jalisco, em Guadalajara, no México,17/6/1970
Os jogadores Jairzinho (e), Tostão (c) e Pelé (camisa 10), comemoram o gol de Jairzinho, contra o Uruguai, durante as semifinais da Copa do Mundo do México, no estádio Jalisco em Guadalajara, 17/6/1970.
Pelé comemora o primeiro gol do Brasil na decisão da Copa de 1970 contra a Itália. O goleiro Albertosi está caído no chão e a bola no fundo do gol, 21/6/1970. A Seleção Brasileira venceu a Itália por 4 a 1.
O meio campista Gérson, domina bola durante o jogo final contra a Itália, 21/6/1970O Brasil venceu por 4 a 1 e, sagrou-se tricampeão.
O jogador Jairzinho desvia do goleiro Enrico Albertosi para marcar o terceiro gol do Brasil na decisão do mundial contra a seleção italiana, 21/6/1970. A partida terminou em 4 a 1 para Brasil. Além de Jairzinho, Pelé, Gérson e Carlos Alberto também fizeram a rede do gol da Itália balançar. 
Jogadores comemoram o quarto gol do Brasileira contra a Itália na final da Copa do Mundo, 21/6/1970. O gol, marcado pelo capitão Carlos Alberto Torres, sacramentou a vitória canarinha por 4 a 1 sobre a Itália e garantiu o terceiro título mundial para o Brasil.
O jogador Jairzinho corre para abraçar Pelé, que comemora o primeiro gol do Brasil contra a Itália, na partida final da Copa do Mundo no México, 21/6/1970. 
Rivelino comemora a conquista do tricampeonato da Copa do Mundo no México, 21/6/1970.
Jairzinho chora ao abraçar companheiro da seleção após a conquista do tricampeonato mundial no México, 21/6/1970.
O capitão da Seleção Brasileira, Carlos Alberto Torres, levanta a Taça Jules Rimet, enquanto é observado pelo companheiro Piazza , após o time derrotar a Itália por 4 a 1 no estádio Azteca, na Cidade do México, durante o Campeonato Mundial de Futebol, 21/6/1970.
O técnico da Seleção Brasileira Mário Jorge Lobo Zagallo e o preparador físico Carlos Alberto Parreira comemoram a conquista do tricampeonato no Estádio Azteca, Cidade do México, em 21/6/1970
O jogador Gérson da Seleção Brasileira reza junto com um torcedor após Brasil vencer a final da Copa de 1970, no Estádio Azteca, Cidade do México, México, 21/6/1970.
Torcedores vistos na região central da capital paulista comemorando a conquista do tricampeonato mundial de futebol, após vitória do Brasil por 4 a 1 contra a Itália, na Copa do Mundo realizada no México, 21/6/1970.
O capitão da Seleção Brasileira, Carlos Alberto Torres, levanta a taça e comemora a vitória do Brasil na Copa do Mundo no México, 21/6/1970. 

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>> Os fuscas de Maluf para os tricampeões

O ADEUS AOS SANTOS EM FOTOS EXCLUSIVAS

O dia 2 de outubro de 1974 é um marco na história do futebol brasileiro e mundial. Naquela noite, na Vila Belmiro, Pelé, o maior jogador de todos os tempos, fazia a sua última partida com a camisa do Santos. Era o fim de uma vitorioso carreira de 18 anos no clube do litoral paulista, onde se consagrou e fez a maioria de seus mais de mil gols.

A equipe do Estadão, que contava com Fausto Silva como um dos repórteres, foi com alguns de seus melhores fotógrafos para cobrir a partida: Domício Pinheiro, Reginaldo Manente, Alfredo Rizzuti e Claudine Petroli. Manente conseguiu entrar no vestiário e fazer fotos exclusivas de Pelé no momento em que o craque deixava o campo.

Sozinho no vestiário após deixar o campo escoltado e cercado por uma multidão, Pelé se emociona junto ao seu armário no vestiário da Vila Belmiro. Veja a sequência de fotos e como o jornal cobriu a despedida em três páginas.

Pelé chora no vestiário fotagrafado por Reginaldo Manente em sua despedida do Santos.

PELÉ DESPEDE-SE DO SANTOS

O maior jogador de futebol do mundo faz seu último jogo pelo Santos. Veja como foi a despedida nas fotos e páginas do Estadão

Após 18 anos, o maior jogador de futebol do mundo despediu-se do Santos numa vitória por 2 a 0 sobre a Ponte Preta. Pelé jogou 21 minutos, mas não fez gol e chorou. Acervo Estadão / Claudine Petroli / Reginaldo Manente

<img src="https://img.estadao.com.br/thumbs/201/resources/jpg/9/0/1569973800509.jpg" alt="Após 18 anos, o <a href='http://https://acervo.estadao.com.br/noticias/acervo,a-despedida-de-pele-do-santos-em-fotos-exclusivas,70003033821,0.htm' target='_blank'>maior jogador de futebol do mundo despediu-se do Santos
<img src="https://img.estadao.com.br/thumbs/201/resources/jpg/0/0/1569973801800.jpg" alt="<a href='http://https://acervo.estadao.com.br/pagina/#!/19741003-30528-nac-0031-999-31-not' target='_blank'>Ajoelhado no centro do campo, os braços abertos e chorando
<img src="https://img.estadao.com.br/thumbs/201/resources/jpg/4/1/1569973770414.jpg" alt="Cercado por fotógrafos, Pelé dá volta olímpica em sua <a href='http://https://acervo.estadao.com.br/pagina/#!/19741003-30528-nac-0031-999-31-not' target='_blank'>despedida do Santos

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REI DO COSMOS: DESPEDIDA DO FUTEBOL COM 1281 GOLS

A despedida do maior jogador do mundo de todos os tempos aconteceu com uma grande festa nos Estados Unidos, com o seu Cosmos fazendo um amistoso contra o seu Santos. Se despediu alcançando a imbatível marca de 1281 gols. O repórter Reginaldo Leme estava lá e escreveu um relato. Um outro texto, reproduzido do New York Times, fazia comparações do momento de Pelé com o de outro gênio do esporte: Muhhamad Ali, que insistia em manter sua carreira, apesar de não mais mostrar o mesmo vigor dos velhos tempos.

Jogo de despedida de Pelé em Nova York na capa do jornal
Pelé e Carlos Alberto Torres no Cosmos em 1977

ATLETA DO SÉCULO

Pelé é eleito o Atleta do Século em votação
Pelé é eleito o Atleta do Século em votação

Três anos depois de se despedir dos gramados jogando nos Estados Unidos, Pelé incluiu mais um feito à sua vitoriosa carreira no Santos, seleção brasileira e Cosmos. Foi escolhido por jornalistas esportivos como “Atleta do Século” numa votação promovida pelo jornal francês L’equipe. Na votação com jornalistas das 20 mais importantes publicações esportivas do mundo, Pelé superou o velocista norte-americano Jesse Owens, segundo colocado, e outros gigantes do esporte mundial.

PELÉ FORA DOS CAMPOS

> Pelé se casa e vai para Europa

> Fotos históricas: o casamento de Pelé

> Pelé também é o rei das propagandas

> Pelé, Miss Brasil e Éder Jofre

> Pelé e os Trapalhões

Cartaz de Os Trapalhões e o Rei do Futebol, publicado no Estadão de 26/6/1986
Cartaz de Os Trapalhões e o Rei do Futebol, publicado no Estadão de 26/6/1986

> “Acho que nunca vai nascer outro Pelé”

Entrevista de Pelé em 27/10/1990
 Pelé conduz o Santos ao ataque em 1970
Pelé preocupa goleiro e os zagueiros do Guarani em 1971
Pelé preocupa goleiro e os zagueiros do Guarani em 1971

Veja também:

> A história das Copas do Mundo

> Fotos do Penta: 1958 | 1962 |1970 | 1994 | 2002

> Perfil: Pelé

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