Deputado Ricardo Barros afirmou que o País foi ‘abduzido pelas corporações’,
O líder do governo na Câmara dos Deputado, Ricardo Barros (PP-PR), afirmou nesta quinta-feira (24) que “haverá reações” à decisão da Advocacia Geral da União (AGU), em plena crise econômica e fiscal, de promover 92% do seu efetivo ao topo da carreira, com salário base de R$27,3 mil mensais.
“Nós fomos abduzidos pelas corporações”, lamentou o parlamentar, durante entrevista ao Jornal Gente, da Rádio Bandeirantes, sobre o ato da AGU que promoveu de uma canetada 606 advogados públicos para o topo da carreira, no momento em que o País atravessa sua mais grave crise.
A suspeita é que o “aumentaço” corporativista pretende engordar salários na AGU antes que a reforma administrativa em discussão no Congresso suprima seus privilégios e regalias. Aos salários-base de R$27,3 podem ser somados penduricalhos que aumentam ainda mais os ganhos desses funcionários.
O aumento oportunista promovido na AGU ocorreu no mesmo dia em que a Fundação Getúlio Vargas (FGV) divulgou estudo indicando que, no setor privado, os salários foram reduzidos em média 20%, durante a crise da pandemia.
Até agora, seis meses depois de iniciada a crise, nenhum dos Três Poderes nem sequer ameaçaram iniciar discussão sobre a cota de sacrifício do serviço público no enfrentamento dessa crise.
No entanto, foi aprovada a lei que permitiu a redução dos salários em até 70%, em troca da estabilidade no emprego, e cerca de 13,7 milhões de brasileiros estão desempregados.
Ricardo Barros concedeu entrevista aos jornalistas Thays Freitas, Pedro Campos e Cláudio Humberto, da Rádio Bandeirantes.
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