Uma reportagem extensa da Revista Crusoé, recheada de vídeos com depoimentos de Marcelo Odebrecht, expõe toda a delação do empreiteiro com o ministro José Antonio Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Em abril de 2019, a mesma revista revelou que o ministro era o dono da identidade do personagem a quem Marcelo se referia como “o amigo do amigo do meu pai”.
“Afinal vocês fecharam com o amigo do amigo de meu pai?”
Foi essa a pergunta feita por Marcelo a dois executivos da empreiteira.
“Em curso”, foi à resposta.
Os procuradores queriam saber quem era o personagem.
Dias Toffoli era o personagem e a conversa se referia a tratativas com a AGU envolvendo a hidrelétrica do Rio Madeira.
Hoje, por ora livre da censura, a revista retorna com nova reportagem demonstrando que aquele material que causou a “censura” era apenas parte de um acervo monumental.
O tal acervo foi enviado para o relator da Lava Jato no STF, ministro Edson Fachin: 1.888.621 arquivos, entre eles mais de 700 mil e-mails, muitas planilhas e textos diversos.
No STF o procedimento foi autuado em segredo de justiça, e em agosto de 2019 foi enviado para a Procuradoria-Geral da República (PGR).
A partir daí, os procuradores destacados para atuar nos processos da Lava Jato descobriram que aquela mensagem revelada pela revista era só uma de dezenas que faziam menção a Toffoli e aos vários assuntos que a Odebrecht tentou resolver, sempre buscando a ajuda do hoje ministro, no período em que ele era chefe da AGU no governo do ex-presidiário Luiz Inácio Lula da Silva.
da Redação
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