O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou que é a favor de criar um novo regime previdenciário, baseado no sistema de capitalização, sem encargos trabalhistas inicialmente. A ideia seria reduzir as obrigações pagas pelas empresas para estimular a criação de empregos, principalmente entre os mais jovens.
Guedes afirmou que o regime de capitalização – em que o trabalhador vai contribuir para uma conta individual sua, ao contrário do que acontece hoje, em que o que é recolhido banca os atuais aposentados – será opcional e que somente os jovens que ainda não entraram no mercado de trabalho poderão aderir.
“O nível de desemprego é extraordinariamente alto entre os jovens, que não têm experiência e têm 16 e 17 anos. De um lado tem o crime, do outro lado tem violência. E essas pessoas ainda não se consolidaram na vida. Aí essas pessoas caem no pool de desemprego massivo como temos hoje”, argumentou o ministro ao defender a ideia.
Por que o modelo de capitalização foi o foco de maior ataque da oposição esquerdista? Simples: porque é o mais justo e eficiente. Nada mais correto do que cada um receber de aposentadoria de acordo com aquilo que poupou ao longo da vida de trabalho. O mecanismo de incentivos também é o mais adequado: esses trabalhadores terão interesse em investir sua poupança em ativos bons.
O modelo chileno não é caso de sucesso no mundo todo à toa. E é por isso que a esquerda odeia esse modelo: pois ele é o oposto do socialismo coletivista atual, um esquema de pirâmide que privilegia os poderosos à custa dos trabalhadores, em especial os mais jovens e inexperientes.
É verdade que existem questões práticas, em especial na transição. O debate é importante e saudável. Mas não é debate que a esquerda quer, como ficou claro nesta quarta na CCJ. Ela quer baderna, caos, confusão, pois se alimenta disso. E deseja manter as injustiças atuais, pois é na pilhagem que encontra seu ganha pão. Capitalização individual colocaria um fim nessa mamata, e isso a esquerda não pode admitir!
Rodrigo Constantino
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