Superior Tribunal de Justiça afastou governador, inicialmente por 6 meses, por irregularidades na saúde. Governador, primeira-dama e mais 7 foram denunciados.
A defesa do governador Wilson Witzel (PSC-RJ) disse, por meio de nota, que o afastamento do cargo de governador, inicialmente por seus meses, foi uma “grande surpresa” e que tomará “medida cabíveis”.
“A defesa do governador Wilson Witzel recebe com grande surpresa a decisão de afastamento do cargo, tomada de forma monocrática e com tamanha gravidade. Os advogados aguardam o acesso ao conteúdo da decisão para tomar as medidas cabíveis.”
O afastamento foi determinado pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) por denúncias de irregularidades na Saúde.
Witzel e outros oito investigados, incluindo a primeira-dama Helena Witzel, foram denunciados pela Procuradoria-Geral da República (PGR).
Não há ordem de prisão contra o governador. As diligências foram autorizadas pelo ministro do do STJ Benedito Gonçalves.
Pastor preso
O pastor Everaldo, presidente Nacional do PSC, foi preso na operação. O pastor foi candidato à Presidência da República em 2014.
No total, são 17 mandados de prisão, sendo 6 preventivas e 11 temporárias, e 72 de busca e apreensão.
O nome da operação desencadeada é Tris in Idem, uma referência ao fato de se tratar do terceiro governador do estado que se utiliza de esquemas ilícitos semelhantes para obter vantagens indevidas – em referência oculta aos ex-governadores Sérgio Cabral e Luiz Fernando Pezão.
A operação é desdobramento da Operação Favorito e da Operação Placebo — ambas em maio, e da delação premiada de Edmar Santos, ex-secretário de Saúde.
Denúncia
A Procuradoria-Geral da República denunciou Witzel e mais oito pessoas por corrupção sob suspeita de envolvimento em um esquema de desvios de recursos na saúde.
A acusação foi levada em conta pagamentos efetuados por empresas ligadas ao empresário Mário Peixoto ao escritório de advocacia de Helena Witzel, mulher do governador. Também é objeto da denúncia pagamentos feitos por empresa da família de Gothardo Lopes Netto, médico e ex-prefeito de Volta Redonda ao escritório da primeira-dama.
Conforme consta da acusação encaminhada ao STJ, a contratação do escritório de advocacia consistiu em artifício para permitir a transferência indireta de valores de Mário Peixoto e Gothardo Lopes Netto para Wilson Witzel.
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