‘Não estigmatizo o fato de que militares com expertise tenham sido escolhidos para determinados ministérios’, diz Fux

O ministro Luiz Fux, futuro presidente do Supremo Tribunal Federal. Foto: Gabriela Biló / Estadão

Declaração do ministro do Supremo Tribunal Federal, que assume a presidência da Corte em setembro, foi dita um dia depois do Ministério da Defesa acionar a Lei de Segurança Nacional contra Gilmar Mendes por associar o Exército a um ‘genocídio’

O ministro Luiz Fux, próximo presidente do Supremo Tribunal Federal, afirmou nesta quarta, 15, que não ‘estigmatiza’ a presença de militares em determinados ministérios. A fala foi dita em evento da XP Investimentos e na esteira de atritos entre a Corte e as Forças Armadas após críticas do ministro Gilmar Mendes ao ministro da Saúde, Eduardo Pazuello.

“Se o governo escolhe dentro de determinado segmento, profissionais gabaritados, como por exemplo, os senhores ouvirão o ministro Tarcísio (Gomes de Freitas, da Infraestrutura), que me parece um homem de altíssima capacidade nessa área de planejamento, mas que coincidentemente é militar, eu não vejo nenhuma heterodoxia nesse quadro tendo em vista a habilidade que uma equipe deve ter com o governo central”, afirmou Fux.

O ministro destacou que, ‘a bem da verdade’, o Brasil assistiu a ‘um ministro que não foi escolhido na carreira e que foi efetivamente uma lástima num campo tão importante do Brasil, que é o campo da Educação’, se referindo a Abraham Weintraub, que deixou o MEC no mês passado após atacar a Corte.

“A maior miséria do Brasil não é a miséria de dinheiro, é a miséria intelectual. Então, eu não estigmatizo o fato de que militares com expertise tenham sido escolhidos para determinados ministérios”, afirmou.

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