Projeto de Lei que visa censurar o que políticos considerem “fake news” foi elogiado por Maia, que desejou “um texto que dê limites e punição”
No último sábado, o presidente da Câmara Rodrigo Maia, o comunista Orlando Silva e o petista Paulo Pimenta participaram de um evento virtual promovido pelo grupo Prerrogativas com o intuito de discutir o Projeto de Lei 2630/20 do Senado, que institui a Lei Brasileira de Liberdade, Responsabilidade e Transparência na Internet. A lei pretende aumentar punições às plataformas de redes sociais e supostos financiadores do que políticos considerarem “fake news”.
Maia falou da necessidade de criar um marco legal que permita aos políticos usar poder de polícia para punir quem considerem que divulgue supostas “fake news”, que nem sequer estão no Código Penal, utilizando-se de uma linguagem que faria qualquer ditador concordar:
“Nós não vamos enfraquecer a liberdade de expressão. Nós vamos fortalecer a liberdade de expressão correta (sic). Essas redes sociais politizadas querem gerar o medo. Se nós não tivermos a coragem de organizar um texto que dê limites e punição, vamos ter problemas mais graves no futuro.”
O presidente da Câmara dos Deputados já fala abertamente que quer permitir apenas uma “liberdade de expressão correta” (sic), ou seja, aquela permitida por Maia e por outros legisladores. E ainda que precisam dar “limites e punição” ao que se diz nas redes.
Difícil crer que certas pessoas do século XX fossem discordar dessa sentença.
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