BNDES tem lucro recorde de R$ 17,72 bi em 2019

Painel com sigla do BNDES. Foto: Sergio Moraes/ Reuters

Resultado se deve principalmente às vendas de ações de empresas como Petrobrás e Vale

RIO – O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) registrou lucro líquido de R$ 17,72 bilhões em 2019, alta de 164% ante 2018, informou nesta quarta-feira, 11, a instituição de fomento.

Segundo o presidente do banco, Gustavo Montezano, o resultado é recorde. O destaque foram os lucros obtidos com vendas de participações acionárias em empresas. No quarto trimestre do ano passado, o lucro líquido foi de R$ 1,2 bilhão, duas vezes e meia maior do que em igual período de 2018.

A BNDESPar, empresa de participações do BNDES, registrou lucro líquido de R$ 10,449 bilhões em 2019, alta de 45,3% ante 2018, informam as demonstrações financeiras do quarto trimestre, enviadas à Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Nos três últimos meses do ano passado, o lucro líquido foi de R$ 1,237 bilhões, queda de 31,5% ante igual período de 2018.

Segundo as demonstrações financeiras, o crescimento do lucro em 2019 é explicado, principalmente, pelo “resultado com alienações de participações societárias”.

O documento destaca entre as vendas a “operação de incorporação de Fibria pela Suzano” e as vendas de ações da Petrobrás e da Vale. No total, as vendas de ações renderam R$ 16,25 bilhões ao BNDES como um todo, incluindo a BNDESPar.

Nos dados consolidados, o BNDES apresentou ativo total de R$ 728,2 bilhões no encerramento de 2019. O Índice de Basileia fechou 2019 em 36,8% em 2019, ante 29,0% em 2018.

Repasses ao Tesouro

O BNDES ainda tem R$ 2,2 bilhões que poderão ser pagos ao Tesouro Nacional como dividendos complementares, contribuindo para o esforço de reduzir o déficit primário nas contas públicas.

Segundo a diretora Financeira do BNDES, Bianca Nasser, os R$ 2,2 bilhões referentes ao resultado do ano passado foram registrados como “reserva para equalização de dividendos”.

Outros R$ 3,7 bilhões do lucro de 2019 já foram antecipados ao Tesouro como dividendos intermediários e já foram pagos, entrando nas contas públicas do ano passado.

“Esse valor pode ser distribuindo adicionalmente como dividendo complementar”, afirmou Nasser, ressaltando, porém, que o destino dos R$ 2,2 bilhões ainda não foi definido.

Confira matéria do site Estadão.

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