Governo da Itália não descarta adoção de medidas mais restritivas por causa do coronavírus; Merkel disse que até 70% da população alemã poderá ser infectada pelo Sars-Cov-2.
O premiê italiano, Giuseppe Conte, não descarta a adoção de medidas mais restritivas para combater a expansão do coronavírus no país, mas está atento para não se deixar influenciar por “questões emocionais”.
Na terça (10), o governo ampliou a quarentena que já tinha sido colocada em prática na região da Lombardia, epicentro do contágio no norte do país. As ruas e os pontos turísticos da Itália ficaram vazios.
A chanceler da Alemanha, Angela Merkel, disse em uma conferência sobre o novo coronavírus que autoridades de saúde do país acreditam que entre 60%-70% da população alemã poderá ser infectada pelo Sars-Cov-2 em algum momento.
“Estamos em uma situação em que não sabemos muitas coisas, e o que não sabemos, precisamos levar a sério”, disse Merkel.
Destaques desta quarta-feira às 11h50:
- Governo da Itália não descarta adoção de medidas mais restritivas por causa do coronavírus
- O Banco da Inglaterra reduziu a taxa de juros para conter perdas pelo coronavírus
- O governo italiano vai destinar 25 bilhões de euros para combater a epidemia
- Um encontro do G20 foi adiado como medida de proteção
- Levantamento de universidade norte-americana diz que há 121.061 casos no mundo
- Até o momento, há 4.369 mortes registradas, a maior parte na China
- A Bulgária registrou a primeira morte por Covid-19, há ao menos 6 casos confirmados no país
Países com restrições
Na Espanha a região da Catalunha proibiu, eventos com mais de 1 mil pessoas. A determinação também prevê que partidas esportivas, como as celebradas no Camp Nou, sejam jogadas sem a presença de torcedores.
Na Polônia, o primeiro-ministro, Mateusz Morawiecki, anunciou o fechamento das escolas a partir desta quinta-feira para conter o avanço do novo coronavírus. O país tem 26 casos do vírus confirmados, mas nenhuma morte. Universidades, cinemas, teatros e museus também deverão ser fechados.
Ainda na Europa, a Hungria anunciou medidas de restrições a viajantes que vem da Itália, Coreia do Sul, Irã, e China. Além disso, o país deve fechar universidades e banir reuniões públicas.
Na América do Sul, a Argentina impôs medidas de isolamento obrigatório para viajantes de países onde há casos de circulação do vírus: China, Itália, França, Alemanha, Espanha, Estados Unidos, Coreia do Sul, Japão e Irã.
Medidas econômicas
O governo do Reino Unido anunciou que vai aportar 30 bilhões de libras (cerca de R$ 180 bilhões) para combater os efeitos da epidemia de coronavírus. O Banco da Inglaterra (BoE, da sigla em inglês) anunciou que vai reduzir taxa de juros em 0,5 ponto percentual, com redução de 0,75% para 0,25%. A medida surpreendeu o mercado e foi tomada como forma de conter os prejuízos causados pelo novo coronavírus na economia.
No país, a subsecretária de Saúde, Nadine Dorries, de 62 anos, foi diagnosticada com Covid-19, a doença causada pelo vírus. Em comunicado, Dorries disse que está isolada e que autoridades buscam pessoas com as quais ela teve contato, como exigido pelo protocolo de saúde. O gabinete onde a parlamentar trabalha foi fechado
Já na Itália, o governo anunciou uma ajuda excepcional de 25 bilhões de euros (o equivalente a US$ 28,3 bilhões) para lutar contra a epidemia do novo coronavírus, que já deixou mais de 600 mortos no país. Deste valor, metade será destinado ao atendimento urgente e o restante será utilizado em uma fase posterior.
A Covid-19 também levou o G20 a adiar o encontro de ministros de Agricultura e Água do grupo, que estava marcado para ocorrer entre os dias 17 e 19 na Arábia Saudita. A informação foi transmitida por e-mail da organização, segundo a agência de notícias Reuters.
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