Dólar encosta em R$ 4,80 em dia caótico nos mercados globais

Moeda americana vem batendo recordes consecutivos de alta. Foto: JF Diorio/ Estadão

Moeda americana chegou a ser negociada a R$ 5 nas casas de câmbio e Banco Central vendeu US$ 3 bilhões das reservas internacionais para tentar conter disparada

O dólar começou a semana batendo mais um recorde nominal – descontando a inflação – desde o Plano Real, atingindo a casa de R$ 4,79, na manhã desta segunda-feira, 9. De acordo com levantamento do Estadão/Broadcast, a moeda americana chegou a ser negociada por mais de R$ 5 nas casas de câmbio.

Para tentar conter a disparada do dólar, o Banco Central vendeu US$ 3 bilhões à vista das reservas internacionais. No início da manhã, o BC cancelou o leilão de US$ 1 bilhão que faria e aumentou o valor para US$ 3 bilhões. A decisão se deu por “condições do mercado”, de acordo com a assessoria de imprensa do BC.

Às, 9h53, a moeda americana era cotada a R$ 4,7482, com aumento de 2,47%, depois de ter atingido a máxima de R$ 4,7927.

O dia é marcado por quedas em Bolsas ao redor do mundo por medo sobre o novo coronavírus e como consequência da disputa de preços de petróleo entre Arábia Saudita e Rússia.

Na Ásia, as Bolsas da China, seguindo o mau humor generalizado dos mercados financeiros, fecharam em queda. O principal índice acionário do país, o Xangai Composite, teve recuo de 3,01%. Na Europa, os mercados abriram a manhã desta segunda com queda generalizada. Tudo sob os mesmos motivos – petróleo e coronavírus. O petróleo também mantém ritmo de recuo nesta manhã.

Queda do petróleo

A Arábia Saudita reduziu os preços do petróleo, abrindo o caminho para um forte aumento de sua produção em abril. A decisão dos sauditas, anunciada no fim de semana, veio após a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e os aliados da Opep+ não conseguirem fechar um acordo na última sexta, 6, para cortar ainda mais a produção do grupo, como parte de uma estratégia para amenizar o impacto econômico do coronavírus.

A Rússia, líder informal da Opep+, não aceitou uma proposta da Opep de reduzir a oferta coletiva em mais 1,5 milhão de barris por dia.

Confira matéria do site Estadão.

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