Dólar bate em R$ 4,32, nova marca recorde

Dólar Foto: JF Diorio/ Estadão

Esse é o maior valor nominal da moeda americana desde a implantação do Plano Real; nas casas de câmbio, segundo levantamento do ‘Estadão/Broadcast’, cotação já ultrapassa R$ 4,52

O dólar voltou a subir e encostou em novos níveis recordes ante o real nesta sexta-feira, 7, alcançando os R$ 4,3215 na cotação máxima do dia. A moeda americana ganha força por conta das preocupações com o avanço do coronavírus e também pelos dados de emprego nos Estados Unidos. Em janeiro, foram criados 225 mil postos de trabalho no país, acima do esperado pelos analistas, o que demonstra o fortalecimento da economia americana. A taxa de desemprego, no entanto, subiu de 3,5% para 3,6%. Às 12h04 tinha alta de 0,80 %, sendo cotada a R$ 4,3195.

O Ibovespa também desacelerou com o dado do mercado de trabalho dos EUA e não conseguiu mais voltar aos 115 mil pontos. Em Nova York e na Europa, o sinal também é negativo diante da cautela em relação ao impacto do coronavírus na economia.

De acordo com levantamento do Estadão/Broadcast, que acompanha nove das principais casas de câmbio, no começo da tarde a moeda americana para turismo já ultrapassava os R$ 4,52 para compra em São Paulo. 

Bolsa

Na Bolsa brasileira, as ações ON da Petrobrás subiam 0,64% às 11h44, mesmo com o petróleo em leve baixa. O movimento dos papéis ainda ecoa um ajuste após a precificação da oferta de ações anunciada pelo BNDES. No radar fica a greve dos petroleiros iniciada no último sábado.

Os papéis da Vale ON recuavam 1,63%, mesmo com alta de 0,50% do minério de ferro. O Ibovespa tinham alta de 0,65%, aos 114.445,23 pontos.

As ações de frigoríficos como JBS, Marfrig, Minerva e BRF, estavam em queda em meio à notícia de que as negociações para novos pedidos de carne brasileira por compradores chineses estão suspensas desde o fim do Ano-Novo Lunar, e também de que a África do Sul planeja aumentar as tarifas de importação de aves dos Estados Unidos e do Brasil.

Recorde no fechamento de quinta

Na quinta-feira, 6, os sinais de impacto do coronavírus na indústria brasileira contribuíram, junto com a valorização externa do dólar, para estimular a busca por proteção na moeda americana. Houve ainda saída de capital externo, seja por uma grande operação relatada por operadores, seja por estrangeiros deixando a Bolsa.

O dólar à vista fechou com valorização de 1,09%, a R$ 4,2852 – nova máxima nominal desde a implantação do Plano Real. A anterior havia sido no dia 31 de janeiro, quando o dólar terminou em R$ 4,2850. No mercado futuro, o dólar para março chegou na máxima a R$ 4,2910. Também o índice DXY do dólar, que mede o comportamento da divisa americana ante moedas fortes, alcançou o maior valor desde outubro do ano passado.

Neste ano, a moeda americana já se valorizou mais de 7%. Nos últimos 30 dias, a alta chega a 5,67% e, em 12 meses, a 15,50%.

Confira matéria do site Estadão.

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