A Caixa Econômica Federal está renegociando com os bancos privados o valor que pagam para remunerar a rede de lotéricas por serviços prestados como, por exemplo, o recebimento de contas. A leitura é que existe uma espécie de subsídio nessa relação. Isso porque o custo que os bancos privados têm para aceitarem o pagamento de contas é bem maior do que aquele que desembolsam à Caixa pelo serviço. Por isso, há um incentivo para que os clientes recorram às lotéricas, reduzindo o custo das agências bancárias no momento em que as instituições financeiras estão enxugando suas redes físicas em meio à pressão da concorrência e aumento dos canais digitais. Procurado, o banco público não comentou.
Reforço. Enquanto de um lado tenta aumentar a receita da rede de lotéricas pelos serviços já prestados, de outro, a Caixa tem planos para reforçar o portfólio da rede. A ideia do banco estatal é ampliar os produtos oferecidos como títulos de capitalização, na rede que conta com cerca de 13 mil unidades físicas. Como a instituição tem parceiros diversos nessa área, o entendimento é que o negócio não é aproveitado como deveria.
Na fila. Engordar os resultados das lotéricas pode também ajudar a Caixa a vender melhor o negócio aos investidores, uma vez que o ativo é um dos alvos do banco público para abertura de capital. O principal para que a oferta pública inicial de ações ocorra, porém, é a publicação de uma medida provisória (MP) que conceda, de fato, a outorga à Caixa.
Antes disso. A Caixa também está à espera da publicação de uma MP autorizando a criação das joint ventures em seguros, que são o passaporte para a abertura de capital da Caixa Seguridade, estimada em cerca de R$ 15 bilhões. Enquanto isso, segue negociando com os futuros sócios. As próximas a serem anunciadas são nas áreas de saúde e odontologia e capitalização.
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