Al-Asad e Erbil: a importância para os EUA das bases atacadas pelo Irã

Alvos americanos no Iraque foram bombardeados para vingar morte do iraniano general Qassem Soleimani. Bases são estratégicas para operação de combate ao grupo Estado Islâmico.

Al-Asad e Erbil, as duas bases no Iraque atingidas por mais de uma dúzia de mísseis iranianos na noite de terça-feira (7), são consideradas estratégicas para a operação militar dos Estados Unidos na região e para o combate ao grupo Estado Islâmico.

Os alvos foram bombardeadas pelo Irã para vingar a morte do general Qassem Soleimani, morto em um ataque aéreo americano na semana passada, em Bagdá. A ação iraniana cumpre a promessa de retaliação ao assassinato do comandante que culminou em uma escalada de tensão no Oriente Médio.

Segundo avaliação inicial dos EUA, os mísseis atingiram áreas da base que não eram ocupadas por americanos e não há vítimas do país. Um militar americano afirmou à CNN que as forças armadas foram previamente avisadas do ataque, e que as pessoas tiveram tempo de se abrigar em bunkers.

O presidente dos EUA, Donald Trump, prometeu fazer um pronunciamento, na manhã desta quarta-feira (8), sobre os ataques. Em uma rede social, poucas horas após a ação iraniana, o mandatário afirmou que “está tudo bem”.

Entenda a importância dos alvos americanos atacados pelo Irã e o que se sabe sobre as bases militares de Al-Asad e Erbil:

Joia da coroa

A base de Al-Asad é a de maior importância estratégica para os EUA na região, e fica no Oeste do Iraque, na província de Anbar. Al-Asad está a cerca de 200 quilômetros de Bagdá, e começou a ser usada pelas forças americanas depois da invasão do Iraque pelos EUA, em 2003, que derrubou Saddam Hussein.

As tropas americanas chegaram a deixar a região gradativamente até uma saída definitiva, em 2011. Mas voltaram a pedido do Iraque, e também ficaram na base de Al-Asad durante o combate contra o Estado Islâmico, a partir de 2017.

Pelo menos 500 soldados e civis americanos chegaram a viver lá durante o período. Algumas tropas foram deslocadas no ano passado, mas muito soldados continuaram na base.

Foi de lá que saiu a operação que culminou na morte do terrorista Abu Bakr-al-Baghdadi, chefe do Estado Islâmico, em outubro de 2019. Durante o feriado de Ação de Graças, no ano passado, a base recebeu a visita do vice-presidente dos EUA Mike Pence.

Centro de operações especiais

A outra base atingida por mísseis iranianos fica na cidade de Erbil, ao norte do Iraque, a mais de 360 quilômetros da capital.

Ela é usada como um centro de operações especiais, e lá moram centenas de soldados e outros funcionários americanos.

Erbil fica localizada na região habitada pelos curdos do Iraque. O aeroporto da área é usado como ponto de ancoragem para operações no norte do Iraque e na Síria.

Confira matéria do site G1.

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