Após morte de general, Irã declarou que vai enriquecer urânio além dos limites; em 2018, Trump retirou os EUA do acordo nuclear de 2015, cumprindo uma de suas principais promessas de governo.
O presidente dos Estado Unidos, Donald Trump, afirmou nesta segunda-feira (6) que o Irã nunca terá uma arma nuclear.
A assessora da Casa Branca Kellyanne Conway afirmou, mais cedo, que Trump está aberto a renegociar o acordo nuclear com o Irã se o país “começar a se comportar como um país normal”.
Em 2018, cumprindo uma de suas principais promessas de governo, Trump retirou o seu país do acordo multilateral firmado por seu antecessor, Barack Obama, em 2015.
O Irã afirmou em comunicado no domingo (5) que seu trabalho de enriquecimento de urânio não respeitará mais o acordo nuclear de 2015, que limitava o nível de enriquecimento a 3,6%, e que sua produção não terá mais restrições.
O anúncio foi feito depois que o Conselho de Segurança Nacional iraniano fez uma reunião de emergência para discutir a política nuclear do país após o assassinato do general Qassem Soleimani, morto em um ataque aéreo dos Estados Unidos em Bagdá na semana passada.
O governo de Teerã afirmou na nota que retornaria ao acordo nuclear se as sanções impostas pelos Estados Unidos contra o país fossem removidas e os interesses do Irã fossem garantidos.
Além de não mais limitar o nível de enriquecimento de urânio, o Irã afirmou que a quantidade do elemento químico enriquecido armazenada em seus estoques, bem como as pesquisas para o desenvolvimento de suas atividades nucleares, também serão irrestritas.
O urânio de baixo enriquecimento é usado para produzir combustível para reatores nucleares, mas, potencialmente, pode servir para a produção de armas nucleares.
O país assinalou, no entanto, que “a cooperação do Irã com a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA, que fiscaliza o programa nuclear de Teerã) será mantida”.
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