Serra da Ibiapaba, que já produz café e trigo, produzirá soja

Foto: Egídio Serpa

Milton Holanda Neto, superintendente do Ministério da Agricultura no Ceará, não tem dúvida de que, na Ibiapaba e também na Chapada do Araripe, na região do Cariri, o Ceará poderá produzir soja como o Piauí e o Maranhão já vêm produzindo.

Há boas novidades chegando da Serra da Ibiapaba, um abençoado pedaço do Ceará que faz divisa com o Piauí a mais de 600 metros acima do nível do mar.

Lá, na geografia do município de Tianguá, numa área de 74 hectares, 14 agricultores deram-se as mãos para cultivar café – e estão fazendo isso com sucesso graças à assistência técnica da Embrapa.

Tem mais: incentivados pelo superintendente do Ministério da Agricultura no Ceará, agrônomo Francisco Milton Holanda Neto, um grupo de pequenos produtores rurais ibiapabanos visitará na próxima semana uma fazenda no município piauiense de Bom Jesus, 30 quilômetros a Oeste de Tianguá, à margem da BR-222, onde se cultiva soja em uma área de 4.500 hectares.

E em regime de sequeiro, ou seja, sem irrigação, mas também com assistência técnica da Embrapa.

Holanda Neto não tem dúvida de que, na Ibiapaba e também na Chapada do Araripe, na região do Cariri, o Ceará poderá produzir soja como o Piauí e o Maranhão já vêm produzindo.

Os pequenos agricultores que visitarão a plantação de soja no Piauí serão os mesmos que deverão plantar soja na Ibiapaba a partir do próximo ano, segundo estima o superintendente do Ministério da Agricultura no Ceará.

E ainda há outra nova fronteira agrícola a ser explorada no Ceará. 

O industrial Alexandre Sales, que depois de sete anos retornou à atividade de moageiro de trigo, confirmou nesta terça-feira, 26, a este colunista que segue conversando com donos de terras na Ibiapaba e na Chapada do Apodi.

O objetivo dessas conversas é tornar possível, a partir de março de 2020, o início da plantação de trigo em uma área que pode chegar, inicialmente, a 200 hectares. 

O projeto-piloto, desenvolvido em apenas 15 hectares nas duas regiões com três cultivares da Embrapa, colheu trigo de alta qualidade e com alta produtividade.

E ainda com uma vantagem sobre as regiões produtoras do Sul do País: o ciclo do trigo – que no Paraná e no Rio Grande do Sul é de 140 dias – é de apenas 70 dias na região Ibiapaba e na Chapada do Apodi.  

Confira matéria do Site Diário do Nordeste

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