O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) divulgou nas redes sociais, nesta quarta-feira (23), um vídeo do momento em que foi intimado no hospital sobre a abertura do processo penal pela suposta tentativa de golpe de estado em 2022. O ex-mandatário desafiou o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), para discutir o inquérito em público.
“Até queria que Sua Excelência, ministro Alexandre de Moraes, eu sei que não faz parte do rito, por que Vossa Excelência, já que tem tanta certeza que eu sou um golpista […] que tal nós dois em público, em toda a TV aberta, discutir esse processo?”, afirmou.
“Já que tem tanta certeza que sou um criminoso, vamos lá. TV Globo, a mesma coisa, duas, três horas ao vivo para vocês me acusarem de tudo, de joia, de vacina, de baleia, tudo. Eu só quero meia hora, lógico que vou me defender”, disse em referência aos inquéritos que respondeu.
Durante cerca de 11 minutos, o ex-mandatário criticou o magistrado para a oficial de Justiça que foi notificá-lo. Moraes determinou a intimação na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) após Bolsonaro participar de uma live para divulgar a venda de capacetes de grafeno de sua empresa nesta terça (22).
“A senhora tem noção de que está uma sala de UTI do hospital?”, disse o ex-presidente à oficial no início da gravação. Ela relatou que conversou com os diretores do Hospital DF Star, em Brasília, e com os advogados de Bolsonaro. Ele então pressionou a profissional para que dissesse que foi mandada ao hospital por Moraes.
A oficial de Justiça explicou que a intimação estava em aberto desde o último dia 11, quando a Corte publicou o acórdão da decisão da Primeira Turma que tornou Bolsonaro e outros 7 acusados réus.
“Tive um procedimento invasivo hoje de manhã, que meu intestino não está funcionando. Infelizmente, vou para sala de imagem agora, aplico o contraste e poderia assinar mais tarde sem problemas. Mas como a senhora insistiu…”, afirmou Bolsonaro.
Ela explicou que era apenas a plantonista do dia e recebeu a incumbência de notificá-lo. “Incumbência, não, a senhora disse missão. A senhora já intimou alguém numa sala de UTI na tua vida?”, continuou Bolsonaro. A oficial então explica que às vezes precisa dar uma notícia que a pessoa não quer receber, mas que as informações do documento já eram públicas.
Em seguida, um homem presente no quarto avisa que a pressão de Bolsonaro subiu. O ex-presidente se exalta com o membro da equipe e grita: “Eu peço, por favor”, para que o deixem continuar a falar.
“A senhora não tem culpa de nada, por favor, me desculpe se estou exaltado […] Ele [Moraes] acha que me prendendo ou me tirando da vida pública, acabou. Está tudo resolvido a questão do Brasil aqui. E não é assim”, disse Bolsonaro a oficial.
Durante a live sobre os capacetes de grafeno, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) pediu ao pai que não falasse muito “para não encher a barriga de ar” em razão da extensa cirurgia abdominal a que foi submetido no último dia 13.
“A senhora só está cumprindo ordem aqui, mas, não é o caso da senhora, por favor, o pessoal dos tribunais do Hitler também cumpriam missão de botar os judeus na câmara de gás. Todos pagaram o seu preço um dia, não vai ser diferente no Brasil. É uma covardia o que estão fazendo comigo”, afirmou o ex-mandatário.
FONTE: GAZETA DO POVO https://www.gazetadopovo.com.br/republica/bolsonaro-desafia-moraes-em-video-do-momento-da-intimacao/
Moraes recua e revoga sua própria decisão em caso envolvendo conflito com a Espanha

O ministro Alexandre de Moraes revogou uma esdrúxula decisão de sua autoria, na qual mandou para prisão domiciliar o búlgaro Vasil Georgiev Vasilev, cuja extradição está sendo pleiteada pela Espanha.
A decisão de Moraes ocorreu em reação à negativa da Espanha de extraditar o jornalista Oswaldo Eustáquio.
O motivo alegado para a revogação da decisão é de que Vasil Vasilev não conseguiu comprovar residência no Brasil.
“Considerando a inexistência de endereço fixo no Brasil que possibilite a prisão domiciliar, mantenho a prisão de Vasil George Vasilev, na unidade prisional Ricardo Brandão de Ponta Porã/MS, até a chegada das informações solicitadas ao governo da Espanha”.
Entretanto, a extradição do cidadão bulgaro continua suspensa.
Pressão de Bolsonaro sobe bastante com atitude ilegal e desumana do STF

O Supremo Tribunal Federal (STF) agiu de maneira totalmente ilegal para proceder a citação do ex-presidente Jair Bolsonaro.
A lei expressamente proíbe a citação de pessoas doentes em estado grave.
O artigo 244, IV, do CPC, estabelece que “não se fará a citação … de doente, enquanto grave o seu estado”.
Bolsonaro está em recuperação de uma cirurgia que durou mais de 12 horas.
A atitude do STF, além de ilegal, é desumana.
Em recuperação, o ex-presidente teve uma “oscilação de pressão arterial” ao receber, no quarto da Unidade de Terapia Intensiva (UTI), a oficial de Justiça que foi entregar a intimação, nesta quarta-feira (23).
Bolsonaro recupera-se de cirurgia realizada para tratar de obstrução intestinal. O ex-presidente foi comunicado oficialmente sobre a abertura do processo, no STF.
Enquanto falava com a oficial de Justiça, uma pessoa que estava presente no quarto alertou que “a pressão subiu bastante”.
Sindicato que irmão de Lula é dirigente virou alvo da PF

A Polícia Federal deflagrou nesta quarta-feira (23) a operação “Sem Desconto”, que tem como um dos alvos o Sindicato Nacional dos Aposentados, Pensionistas e Idosos da Força Sindical (Sindnapi/FS). A entidade tem como diretor vice-presidente José Ferreira da Silva, conhecido como Frei Chico, irmão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
A investigação apura um esquema de fraudes no INSS, com a aplicação de descontos indevidos em benefícios previdenciários como aposentadorias e pensões, sem autorização dos segurados. O prejuízo estimado aos cofres públicos ultrapassa R$ 6,3 bilhões.
A operação foi realizada em 13 estados e no Distrito Federal, resultando no afastamento de seis servidores do INSS. Os crimes investigados incluem corrupção, lavagem de dinheiro e falsificação de documentos.
Diante do avanço da apuração, o presidente Lula determinou a demissão de Alessandro Stefanutto, então presidente do INSS, que foi afastado do cargo ainda na manhã desta quarta-feira.
Vídeo desmascara mentira que deu pretexto a asilo de ex-primeira-dama do Peru

Imagens divulgadas no Peru mostram a ex-primeira-dama Nadine Heredia em um clube de Lima, às vésperas de receber a proteção do seu amigo Lula (PT), sem qualquer indício de “grave lesão” na coluna. A mentira foi usada para justificar um certo “asilo humanitário”. No vídeo do programa Panorama, da Panamericana Televisión, Nadine veste short, movimenta-se normalmente e até se abaixa e se mantém curvada, sem o menor sinal de problema na coluna. E com a tranquilidade de quem já tinha a certeza de que não cumpriria um único dia da prisão iminente.
Veja o vídeo mostrando que Nadine Heredia estava bem às vésperas de fugir:
Peruanos revoltados
Há forte indignação no Peru com o asilo e impunidade que Lula garantiu à acusada inclusive de “operar” o esquema de corrupção do marido
Quem manda é ela
Nadine recebia em mãos malotes de dólares, como apurou Malu Gaspar, autora do livro “A Organização”, sobre a teia de corrupção da Odebrecht.
Tudo combinado
Enquanto o marido ouvia o veredito na Corte Superior Nacional, a astuta Nadine ia à embaixada do Brasil “pedir” o asilo que já estava combinado.
Bico calado
A oposição vê no resgate de Nadine a neutralização de uma testemunha devastadora do papel de Lula no esquema que rendeu sua condenação.
Recusa de ministério tem recado a Alcolumbre

A recusa do deputado Pedro Lucas (União-AM) de assumir o Ministério das Comunicações pegou não só Lula de surpresa, mas também Davi Alcolumbre (União-AP), que se coloca como dono do feudo. Na fatia do União na Câmara, o constrangimento imposto a Lula foi uma dobradinha entre bolsonaristas e entusiastas da candidatura de Ronaldo Caiado à Presidência da República, as duas correntes querendo dar um chega pra lá no presidente do Senado, acusado de monopolizar favores oficiais. A informação é da Coluna Cláudio Humberto, do Diário do Poder.
Alcolumbre travou sabatinas para controlar indicações para agências reguladoras, onde tenta garfar uma boa parte para ele. São quase 20 cargos à espera.
O nome de Pedro Lucas não contemplou os deputados. Ele é ligado ao presidente do partido, Antonio Rueda, e teve o “ok” de Alcolumbre.
Deputados também acham que Alcolumbre tenta se vender ao Planalto como a solução para barrar o avanço do projeto da anistia.
FONTE: DP https://diariodopoder.com.br/politica/ttc-politica/recusa-de-ministerio-tem-recado-a-alcolumbre

Eduardo Tagliaferro agora quer sigilo de Justiça

Vocês lembram do Eduardo Tagliaferro? Ele era o sujeito do “controle da verdade” nas redes sociais, no Tribunal Superior Eleitoral, para que não houvesse interferência nas eleições. Como disse uma vez a ministra Cármen Lúcia, “cala a boca já morreu”, mas esse controle do TSE era um “cala a boca”.
Era para impedir o calor de um debate numa campanha eleitoral, e foi impedido. Não podia dizer que Lula é amigo do Ortega, coisas assim, que não tinham nenhuma calúnia, mas, enfim, Tagliaferro agiu a mando do ministro Alexandre de Moraes. Depois, por uma briga doméstica, a polícia pegou o telefone dele e o que estava no telefone dele acabou aparecendo, como aquela história de um juiz que trabalhava no mesmo gabinete de Alexandre de Moraes dizer para ele, “tem que pegar a Revista Oeste”, “use a criatividade para pegar”, essas coisas.
Por causa daquele vazamento, Tagliaferro está respondendo a um processo. Acho que não tem nada a ver com isso, porque alguém tirou do telefone dele, mas enfim. Ele foi indiciado por violação do sigilo funcional com prejuízo à administração pública. Sabe o que ele fez agora? A defesa dele está pedindo que o processo todo, o inquérito, seja sigiloso, que ninguém fique sabendo.
Ele conversou com a mulher dele pelo telefone e, como foi divulgado pela Gazeta do Povo, Tagliaferro disse que estava com medo de morrer, que tinha de tomar cuidado e agora pediu sigilo. Ou seja, ele está fazendo exatamente o oposto de que é acusado. Ele é acusado de ter violado o sigilo e agora ele está pedindo sigilo. São problemas da Corte.
Escândalo no INSS
Já o Poder Executivo também está com um problema sério de corrupção na Previdência de, por enquanto, R$ 6,3 bilhões. Estavam pegando dinheiro do contracheque de 3 milhões de beneficiários de pensões ou de aposentadorias com vinculação em sindicatos etc.
O presidente do INSS já caiu, estão querendo que o Carlos Lupi dê satisfação, o ministro da Previdência, que é do PDT, que nomeou essa pessoa, Alessandro Stefanutto, que é do Partido Socialista. É todo mundo de partido. É a diferença do governo anterior que tinha técnicos, agora tem gente de partido. A diferença do governo anterior é que tinha técnicos. Agora tem gente de partido. Isso é muito sério. E agora chegou o ponto de que o sujeito é convidado político.
Ministérios
Eu já fui convidado para ser ministro, eu recusei, não sou político. Não quero essa confusão. Mas político não. O político adora ser ministro. O sujeito é eleito para ser deputado, ele trai os eleitores dele só para ser ministro. Mas o União Brasil indicou um ministro, Lula aceitou imediatamente. Lula talvez nem conheça, não é pessoa de confiança do presidente, é pessoa de confiança do partido e ele é obrigado a aceitar porque ele depende dos votos do partido.
O União Brasil, por exemplo, tem 59 votos. E aí Lula aceitou a indicação do partido imediatamente. Gleisi Hoffmann, a ministra da articulação política do governo, anunciou o nome de Pedro Lucas. E agora o Pedro Lucas Andrade Fernandes Ribeiro percebeu que seu nome é muito grande para o ministério de Lula. E disse: “não vou me desgastar, não quero”. E agora o problema é que ninguém quer no União Brasil. O governo também não quer os que assinaram pela anistia, mas aí fica difícil, porque dos 59, 41 assinaram a urgência para anistia. Continua vago o Ministério das Comunicações.
O União Brasil tem outros ministérios. O União Brasil é o partido do Ronaldo Caiado, que já está em campanha. Enfim, está só o Alcolumbre e o presidente do partido, Antônio Rueda, que estão insistindo nesse ministério , dizendo “temos que ter três ministérios”, Parece que um é Minas e Energia, não lembro bem qual é o outro – os ministérios ficaram tão desimportantes, alguns ministérios são importantes e os outros a gente nem sabe o nome, normalmente a gente sempre sabia, agora a gente sabe, é o nome dos 11 do Supremo, e não da seleção brasileira.
FONTE: GAZETA DO POVO https://www.gazetadopovo.com.br/vozes/alexandre-garcia/eduardo-tagliaferro-agora-quer-sigilo-de-justica/
Como a anistia pode prosperar apesar dos esforços contrários de Motta e do governo

Apesar da resistência do presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), e do governo, o projeto de anistia aos presos pelo 8 de janeiro pode avançar devido ao respaldo do Regimento Interno e à pressão exercida por parlamentares da oposição, que cobram o cumprimento de acordos firmados no início da legislatura.
O Regimento da Câmara proíbe a retirada de assinaturas após o protocolo de um requerimento de urgência, o que limita as tentativas do governo de barrar a tramitação do projeto. Ao mesmo tempo, Hugo Motta precisa lidar com a cobrança de sua base aliada e da oposição para não desestabilizar o equilíbrio político da Casa. Uma reunião de líderes para debater o assunto está marcada para esta quinta-feira (24).
O requerimento de urgência, protocolado pela oposição com 262 assinaturas, não pode mais ser alterado. De acordo com o artigo 102 do Regimento, uma vez protocoladas, as rubricas dos deputados não podem ser retiradas.
A interpretação foi confirmada por um servidor da Câmara, especialista na legislação interna, que destacou que o termo “proposições” usado no regimento inclui requerimentos de urgência. “Considera-se proposição a Proposta de Emenda à Constituição, projeto de lei, emenda, indicação, requerimento (proposição), recurso (proposição), parecer e Proposta de Fiscalização e Controle”, afirma o texto da norma.
Além disso, o artigo 155 reforça a legitimidade do requerimento ao prever que matérias de “relevante interesse nacional” podem ser incluídas diretamente na Ordem do Dia, caso contem com a maioria absoluta das assinaturas — o que no caso da Câmara equivale a 257 deputados. Esse é o fundamento jurídico da oposição para pressionar pela votação imediata do texto.
Mesmo respaldado por argumentos técnicos, o futuro da proposta depende diretamente da vontade política do presidente da Câmara e do ambiente entre os líderes partidários. Hugo Motta tem buscado uma solução de conciliação, mas enfrenta dificuldades para conter a pressão da oposição, que cobra fidelidade a compromissos assumidos durante sua eleição à presidência da Casa.
Diante da demora de Motta em pautar a urgência do PL da Anistia, o líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante, pressionou o presidente para que o assunto seja levado à reunião de líderes, marcada para essa quinta-feira (24).
Segundo um interlocutor da oposição, ainda que não haja clima político para votar o requerimento neste momento, Motta não poderá ignorar o assunto sem comprometer a relação com os partidos oposicionistas. A fonte afirma que o rompimento não está no radar, mas o sentimento é de que o diálogo com Motta não está funcionando.
Enquanto isso, Motta tenta manter a pauta econômica como prioridade. “Não vamos permitir que outras pautas, não só anistia, prejudiquem esta pauta”, afirmou o presidente da Câmara ao se referir ao projeto que prevê isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil, cujo calendário de votação está previsto ainda para este ano.
Além das conversas com Motta, a oposição também pretende utilizar a Subcomissão do 8 de Janeiro para manter a anistia em pauta na Câmara. O colegiado foi criado no âmbito da Comissão de Segurança Pública da Casa, em 1° de abril. O objetivo será fiscalizar “in loco” denúncias de violações de Direitos Humanos contra os presos.
FONTE: GAZETA DO POVO https://www.gazetadopovo.com.br/republica/como-a-anistia-pode-prosperar-apesar-dos-esforcos-contrarios-de-motta-e-do-governo/

Quem depreda a Justiça: alguém com um batom ou os próprios ministros?

O show não pode acabar! Nesta semana assistimos ao recebimento pelo Supremo Tribunal Federal (STF) da denúncia do segundo núcleo da trama golpista, aquele que envolve Filipe Martins. Esperávamos barbaridades, mas nossas estrelas supremas, desta vez, superaram-se. Violaram direitos de réus, de advogados e de jornalistas, diante dos olhos fechados e ouvidos moucos da OAB, como vou descrever. Assim, o STF deu seguimento ao show de horrores que começou no julgamento do recebimento da denúncia contra Bolsonaro — como já contei neste artigo. Na direção do macabro teatro, Cristiano Zanin, presidente da Primeira Turma do STF; no papel principal, o protagonista é, sem dúvida, o ministro Alexandre de Moraes.
Tudo começou dias antes, quando a defesa de Filipe Martins solicitou a Alexandre de Moraes autorização para viajar a Brasília e assistir ao julgamento. Filipe pediu o básico: circular livremente na capital, como já faz em sua cidade, Ponta Grossa (PR), já que as medidas cautelares impostas por Moraes determinam apenas o recolhimento noturno e nos fins de semana. Mas não: Moraes indeferiu o pedido e restringiu seus movimentos exclusivamente ao trajeto entre aeroporto, hotel e STF. E ainda avisou: nada de turismo, nada de atividades políticas, nada de ser fotografado ou filmado. Se violar qualquer uma dessas condições, é cana.
Nesse show, só faltou uma personagem: a Justiça. Essa, como sempre, foi barrada do lado de fora do Supremo. Não é à toa que ela permanece lá, sentada, sozinha, isolada, excluída, inerte… parecendo morta
O assombro na comunidade jurídica foi imediato — embora você só saiba disso porque eu estou te contando. Nenhum advogado garantista, ou membro do tal Prerrogativas (o famoso clube da impunidade), se manifestou sobre essa óbvia ilegalidade. Se Filipe pode circular e exercer atividades políticas em sua cidade, por que não em Brasília? E qual lei autoriza Moraes a prender alguém por ações de terceiros? A resposta é simples: nenhuma — mas Moraes não quer saber. Ele é a lei. Sugeri a Filipe Martins uma solução num um post no X: ele deveria ter ido ao julgamento fantasiado de Batman. Ou talvez de Coringa, o que cairia ainda melhor, já que representaria como o STF tem feito os brasileiros de palhaços. E porque tanto abuso faz a gente coringar. Teve até quem dissesse que Filipe deveria ir de burca, para não correr o risco de ser preso.
Chegado o dia do julgamento, foi a vez do diretor do show de horrores de Moraes, Cristiano Zanin, dar sua contribuição: mandou lacrar os celulares de jornalistas e advogados antes que entrassem no santo recinto da Primeira Turma. Sim, você leu certo: numa tacada só, Zanin impediu o exercício da advocacia — já que celular é instrumento de trabalho de advogados —, violando prerrogativas sagradas que ele, até ontem, defendia com unhas e dentes —, e impediu o exercício do jornalismo — os submissos jornalistas assistiram, calados, o STF rasgar na cara deles o direito constitucional à liberdade de imprensa. Mas vale a pena: depois da sessão, os jornalistas mandam um zap pros ministros pedindo um off, um comentariozinho sobre isso ou aquilo, e fica tudo certo. É um ganha ganha.
Zanin encarnou uma velha piada do meio jurídico: a de que o advogado, depois de indicado pelo quinto constitucional para assumir uma vaga de magistrado no Poder Judiciário, esquece que já foi advogado um dia. Pois bem: Zanin passou por essa metamorfose, só que a sua foi suprema. Esqueceu seus dias áureos como defensor de Lula na Lava Jato, quando gritava “Lawfare!” e brigava com Moro pelo direito de gravar audiências. Bastou virar juiz para protagonizar uma das mais grotescas violações das prerrogativas da advocacia já vistas. A imprensa até tentou, mas não conseguiu encontrar um único advogado que apontasse qual lei autorizava Zanin a fazer o que fez. Encontrou cinco que disseram que era ilegal — mas nenhum quis ter o nome revelado. Quem tem OAB, tem medo.
Falando em OAB: alguém viu esse animal em extinção no meio de tantas atrocidades? Aliás, alguém sabe onde vive a OAB? O que come? A Ordem até avisou que mandaria um “observador” para o julgamento — o que pareceu perfeito, já que a OAB só observa e não faz nada. Poderia mudar de nome para OOB: Ordem dos Observadores do Brasil. Ou ONRP: Ordem das Notinhas de Repúdio do Brasil. Porque foi isso que fez, depois que a monstruosidade de Zanin veio à tona: mais uma notinha de repúdio. Mas o que a OAB deveria ter feito, você pode me perguntar? A resposta é: tudo. Mas, principalmente, resistir. Só isso já seria mais do que a OAB fez nos últimos seis anos diante dos abusos do STF.
A OAB deveria ter se recusado terminantemente a obedecer à ordem de lacrar celulares — e impedido, inclusive, que aqueles dos jornalistas fossem lacrados. Deveria ter dado um show ainda maior que o de Moraes perante a imprensa. Deveria ter convocado conselheiros e advogados do Distrito Federal para protestarem no Supremo. Deveria ter conclamado os advogados do caso a abandonarem o julgamento, coletiva e imediatamente. Deveria ter exigido a presença do presidente do STF, ministro Barroso, para sustentar, na frente de tudo e de todos, aquela ordem ilegal. E, acima de tudo, deveria sair dali com uma notícia-crime por abuso de autoridade contra todos os envolvidos — além de pedidos de impeachment prontos para o Senado Federal contra os ministros que violaram a Constituição. Mas não foi dessa vez.
Ao que tudo indica, o tal observador da OAB honrou seu título: apenas observou. E teve o celular lacrado, como todos os outros. Talvez ele tenha pretendido imitar a Justiça, fazendo-se de cego para seus abusos. Fazendo ouvidos moucos, não deve ter escutado Moraes, em seu voto, repetir o que já fizera no julgamento de Bolsonaro: usar o palco para se defender de críticas e fazer política. Criticou a anistia e repetiu — ao vivo — uma pergunta feita dias antes por uma jornalista da GloboNews, que coincidentemente contou ter recebido a mesma pergunta no zap zap de um ministro do STF. Essa talvez tenha sido a maior surpresa de todas: ninguém poderia imaginar que Alexandre de Moraes é uma fonte suprema de jornalistas da GloboNews.
Nesse show, só faltou uma personagem: a Justiça. Essa, como sempre, foi barrada do lado de fora do Supremo. Não é à toa que ela permanece lá, sentada, sozinha, isolada, excluída, inerte… parecendo morta. Após o julgamento, a pergunta que ficou no ar é: quem está realmente depredando a Justiça? Alguém com um batom ou os próprios ministros do STF?
FONTE: GAZETA DO POVO https://www.gazetadopovo.com.br/vozes/deltan-dallagnol/quem-depreda-a-justica-alguem-com-um-batom-ou-os-proprios-ministros/
URGENTE: Bolsonaro apresenta piora clínica e dos exames

A conta do ex-presidente Jair Bolsonaro acaba de divulgar o BOLETIM MÉDICO atualizado:
“Brasília, 24 de abril de 2025
O Hospital DF Star informa que o ex-Presidente Jair Bolsonaro permanece internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), em acompanhamento pós-operatório.
Apresentou piora clínica, elevação da pressão arterial e piora dos exames laboratoriais hepáticos.
Será submetido hoje a novos exames de imagem.
Continua em jejum oral e com nutrição parenteral exclusiva. Segue com a fisioterapia motora e as medidas de prevenção de trombose venosa.
Persiste a recomendação de não receber visitas e não há previsão de alta da UTI.
. Dr. Cláudio Birolini – Médico chefe da equipe cirúrgica;
. Dr. Leandro Echenique – Médico Cardiologista;
. Dr. Antônio Aurélio de Paiva Fagundes Júnior – Coordenador da Unidade de Terapia Intensiva do Hospital DF Star;
. Dr. Brasil Caiado – Médico Cardiologista
. Dr. Guilherme Meyer – Diretor Médico do Hospital DF Star;
. Dr. Allisson Barcelos Borges – Diretor Geral do Hospital DF Star;”
Ontem, uma intimação do Supremo Tribunal Federal foi entregue a Jair Bolsonaro em seu leito de Unidade de Terapia Intensiva, no Hospital DF Star. O efeito foi terrível para o ex-presidente.
A bomba que pode sair do Senado

O senador Eduardo Girão (Novo-CE) conseguiu aprovar uma audiência pública na próxima terça-feira, 29, às 11h, com os seguintes convidados: o perito Eduardo Tagliaferro e o juiz auxiliar Airton Vieira, ambos ex-assistentes do gabinete do ministro Alexandre de Moraes no Supremo Tribunal Federal (STF), e os jornalistas Glen Greenwald e Sérgio Tavares, entre outros. Se todos ou qualquer um comparecer ao Senado, o que pode sair dessa sessão é nitroglicerina pura.
Em tempo: Glenn divulgou reportagens no jornal Folha de S.Paulo com o conteúdo de conversas entre Tagliaferro e o juiz Airton Vieira. Foi quando o Brasil descobriu que os gabinetes de Moraes no STF e no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) se misturavam. O mais gritante, contudo, é o teor das conversas trocadas pelo WhatsApp. Entre elas, a ordem para que a Revista Oeste fosse perseguida para ser desmonetizada nas redes sociais.
Recentemente, conversas de Tagliaferro com Sérgio Tavares foram divulgadas pelo jornal Gazeta do Povo e nas próprias redes sociais. Outra vez, o teor é nebuloso: o perito relata ter medo de ser assassinado se todos os diálogos se tornarem públicos. “Pedi proteção policial para o senhor Tagliaferro”, diz Girão.
Girão fala sobre eventual audiência no Senado
Pelas redes sociais, Girão falou sobre a aprovação da audiência pública.
https://x.com/EduGiraoOficial/status/1914752255909355563
A coluna No Ponto analisa e traz informações diárias sobre tudo o que acontece nos bastidores do poder no Brasil e que podem influenciar nos rumos da política e da economia. Para envio de sugestões de pautas e reportagens, entre em contato com a nossa equipe pelo e-mail noponto@revistaoeste.com.
FONTE: REVISTA OESTE https://revistaoeste.com/no-ponto/a-bomba-que-pode-sair-do-senado/?utm_medium=personalized-push&utm_source=taboola
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