Começou o teatro patético!

Rodrigo Constantino
Jair Bolsonaro
Procurador-geral da República diz que a denúncia explica “de forma compreensível e individualizada” a conduta dos envolvidos. (Foto: Isaac Fontana/EFE)

Circo ridículo. Teatro mequetrefe. Ninguém sério consegue levar a sério esse “julgamento”. A presença de Jair Bolsonaro, principal alvo da denúncia estapafúrdia do golpe armado sem armas, foi o ponto alto do show no STF. A imprensa falava horas antes da possibilidade de fuga do ex-presidente, mas ele foi lá, olho no olho, encarar seus algozes, figuras moralmente diminutas, que num país sério estariam sentados no banco dos réus.

Hoje era apenas para o recebimento da denúncia da PGR, não para entrar no mérito da questão. Mas alguns advogados de defesa ignoraram isso e fizeram discursos políticos. Entende-se: tudo nesse justiçamento é político, nada é jurídico. Mas o papel dos advogados de defesa é justamente escancarar esse absurdo. Eles deveriam se ater estritamente a uma defesa técnica, comprovando os ilícitos da denúncia, nem que seja para a posteridade, para a história, ou para uma eventual anulação em cortes internacionais.

Bolsonaro será condenado, isso está claro. Condenaram vários outros inocentes só para manter viva a narrativa fajuta da tentativa de golpe. O ex-presidente parece ter optado pela prisão como mártir, ou acredita em alguma possibilidade de acordo, o que seria, em minha opinião, algo bastante ingênuo

Como de tédio o brasileiro não morre, o desembargador Sebastião Coelho foi detido por “desacato”. Ele reclamava que não o deixavam entrar, como advogado de Filipe Martins. Sebastião já foi solto, mas o recado foi dado pelo sistema. Todos serão perseguidos, e dá para ver em alguns advogados o receio de confrontar os ministros supremos. O Brasil já vive numa ditadura de toga e quem nega isso ou é muito iludido ou é cúmplice.

Bolsonaro será condenado pelo STF, isso está claro. Condenaram vários outros inocentes só para manter viva a narrativa fajuta da tentativa de golpe. O ex-presidente parece ter optado pela prisão como mártir, ou acredita em alguma possibilidade de acordo, o que seria, em minha opinião, algo bastante ingênuo. Se Bolsonaro buscasse refúgio numa embaixada como a dos Estados Unidos, não seria covardia, mas sim astúcia: onde ele pode contribuir mais na luta pela liberdade do povo brasileiro?

Mas respeito sua decisão, e ninguém sabe ao certo o que vai acontecer com o país quando resolverem prendê-lo após esse circo todo. Só acho que quem deposita todas as fichas numa bala de prata do governo Donald Trump pode quebrar a cara. O presidente americano não surgirá como um cavaleiro branco para salvar seu colega conservador. O Brasil já mergulhou numa tirania, eis a triste realidade. E quem quer que finja haver normalidade institucional diante desse teatrinho patético é parte do problema, não da solução. Se houver alguma solução…

FONTE: GAZETA DO POVO https://www.gazetadopovo.com.br/rodrigo-constantino/stf-bolsonaro-julgamento-comecou-teatro-patetico/

O “empréstimo do Lula” e o PT que toma tudo para si

Gleisi Hoffman empréstimo do Lula
Contra juros altos, Gleisi Hoffmann sugere que brasileiros peguem “empréstimo do Lula”. (Foto: Jose Cruz/Agência Brasil)

Uma característica repetidamente comprovada do petismo é tomar tudo para si, especialmente as estruturas do Estado – de ministérios a empresas estatais, o PT julga que tudo lhe pertence e pode ser usado como achar melhor. Pois agora até o dinheiro que os trabalhadores têm depositado no FGTS está sendo apropriado pelo petismo para fins eleitoreiros. “Apertou o orçamento? O juro tá alto? Pega o empréstimo do Lula”, propagandeou a ministra Gleisi Hoffmann em seus perfis nas mídias sociais. Era uma referência ao novo empréstimo consignado para trabalhadores CLT, empregados domésticos, trabalhadores rurais e microempreendedores, usando o FGTS como garantia em caso de inadimplência.

O Fundo de Garantia por Tempo de Serviço foi criado em 1966 para compensar a perda da estabilidade no emprego que o trabalhador privado conquistava depois de dez anos na mesma empresa. É uma poupança com depósitos mensais feitos pelo empregador – ou seja, não é um dinheiro descontado do salário, como a contribuição previdenciária e o Imposto de Renda retido na fonte – e que pode ser sacada no caso de demissão sem justa causa, aquisição de casa própria, certas doenças, calamidade pública e aposentadoria, entre outros casos. Em resumo, é dinheiro que pertence ao trabalhador, mas que o petismo transformou em garantia para que ele possa pegar um “empréstimo do Lula”. Só nos primeiros dias após o lançamento da modalidade de consignado, houve 40 milhões de simulações, 4,5 mil solicitações de empréstimo e 11 mil contratos fechados.

Se o brasileiro souber ligar os pontos, o “empréstimo do Lula” rapidamente haverá de virar a “inflação do Lula”

Há quem argumente que limitar os saques é uma postura paternalista e que o trabalhador deveria ter acesso ilimitado ao que é seu, seja para gastar, seja para investir em busca de rentabilidades muito superiores às oferecidas pelo FGTS, que são tradicionalmente baixas. Há quem mencione a pouca cultura de poupança do brasileiro e ressalte a importância de um colchão que garanta (como diz o próprio nome do FGTS) algum recurso ao trabalhador em um momento de vulnerabilidade, como é a demissão. Há quem lembre do importante papel do FGTS no financiamento imobiliário, que seria prejudicado caso todos pudessem e resolvessem sacar seu saldo. Não é nosso objetivo, aqui, tomar partido neste debate, mas evidenciar o absurdo do uso eleitoreiro feito por uma ministra de Estado, que correu para apagar o vídeo assim que a publicação sofreu questionamentos por violar a impessoalidade na administração pública, transformando o “Crédito do Trabalhador” em “empréstimo do Lula”.

A possibilidade de trocar um empréstimo a juros mais altos por outro com juros menores é atrativa e pode justificar a adesão ao Crédito do Trabalhador, mas esta possibilidade só estará disponível no fim de abril; um assalariado interessado em levantar capital para começar um pequeno negócio também verá vantagens em buscar o consignado. Mas tudo indica que não é bem isso que o governo tem em mente com o novo empréstimo. Lula já afirmou, um mês atrás, que “o que roda a economia é dinheiro na mão do povo”; com o país dando sinais de desaceleração, o presidente quer manter o PIB em alta estimulando o consumo de qualquer maneira – inclusive posando de banco ou financeira pronto a socorrer brasileiros desesperados.

Lula também acha que a macroeconomia é “bobagem”, mas a vontade lulista não basta para impedir que mais crédito e dinheiro circulando em uma economia já superaquecida resulte em pressão inflacionária, o que por sua vez manterá os juros altos por um tempo mais longo. Em outras palavras, o mesmo “dinheiro na mão do povo” com que Lula espera recuperar sua popularidade, grudando seu nome ao novo programa de empréstimos, deve alimentar a inflação que irrita os eleitores até mesmo nos estados tradicionalmente alinhados ao PT. Se o brasileiro souber ligar os pontos, o “empréstimo do Lula” rapidamente haverá de virar a “inflação do Lula”.

FONTE: GAZETA DO POVO https://www.gazetadopovo.com.br/opiniao/editoriais/emprestimo-do-lula-gleisi-hoffmann-fgts/

Guilherme Fiuza
Guilherme Fiuza

O Teorema de Alckmin

O vice-presidente da República, Geraldo Alckmin. (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Recém-convertido ao lulismo, Geraldo Alckmin parece já ter se graduado na escola. Diante da subida crescente dos preços, o vice-presidente da República defendeu a retirada de dois itens do cálculo do índice de inflação: alimentos e energia.

Alckmin foi modesto. Do jeito que está a escalada de preços, suprimir só alimento e energia não vai fazer efeito. Até recentemente, sustentando o discurso de respeito à meta de inflação, o governo parece ter resolvido rasgar a fantasia e ser feliz sem culpa. Agora, o estouro da meta tem sido encarado com mais naturalidade e alto astral. Talvez a preocupação de Alckmin nem seja necessária. 

De qualquer forma, se Lula quiser mudar o discurso – tá caro, não compra – para retomar a coreografia do controle inflacionário, a fórmula de Alckmin terá de ser aprimorada.

Um governo que se iniciou com a abolição do teto de gastos precisa ser mais assertivo. Por que não lançar logo um arcabouço de preços?

Assim como o arcabouço fiscal, não seria difícil explicar a medida à população. Se o primeiro queria dizer basicamente “acabou o teto, agora o céu é o limite”, o novo arcabouço poderia decretar: “tire a mão do bolso, que não tem nada aí”. 

Funcionaria de forma muito simples: o consumidor faria uma lista dos produtos que não consegue mais comprar e enviaria ao IBGE. O órgão oficial de estatística faria a tabulação, comporia uma planilha e estabeleceria um padrão personalizado. Em no máximo 30 dias, o consumidor receberia o seu índice particular de inflação – livre de todos os produtos onerosos que estragam o seu dia. 

Tudo resolvido: o cidadão ficaria à míngua na maior felicidade, sem o pesadelo da inflação alta consumindo os seus nervos. 

Parece que Alckmin pretende pedir ao Banco Central que estude a sua ideia. Como o BC é o órgão executor da política monetária e não tem nada a ver com o cálculo da inflação, supõe-se que o vice esteja sendo mais sagaz ainda do que pareceu à primeira vista: ele deve ter imaginado um combo – queda da inflação e dos juros numa canetada só. Faz sentido. Não há tempo a perder. Ele disse que nos EUA já é assim. Então está explicado o sucesso da maior economia do mundo. Por que o Brasil não pensou nisso antes?

Então vamos lá: alimentos, energia, moradia, combustível, vestuário, medicamentos, transporte, telefonia… Vamos contribuir com o Teorema de Alckmin e enfrentar a inflação pela primeira vez de forma efetiva no país, tirando do caminho todos os preços que teimam em subir, sabe-se lá por quê. Abaixo a inflação! Viva a astronomia!

FONTE: GAZETA DO POVO https://www.gazetadopovo.com.br/vozes/guilherme-fiuza/o-teorema-de-alckmin/

Rodrigo Constantino
Rodrigo Constantino

Começou o teatro patético!

Jair Bolsonaro
Procurador-geral da República diz que a denúncia explica “de forma compreensível e individualizada” a conduta dos envolvidos. (Foto: Isaac Fontana/EFE)

Circo ridículo. Teatro mequetrefe. Ninguém sério consegue levar a sério esse “julgamento”. A presença de Jair Bolsonaro, principal alvo da denúncia estapafúrdia do golpe armado sem armas, foi o ponto alto do show no STF. A imprensa falava horas antes da possibilidade de fuga do ex-presidente, mas ele foi lá, olho no olho, encarar seus algozes, figuras moralmente diminutas, que num país sério estariam sentados no banco dos réus.

Hoje era apenas para o recebimento da denúncia da PGR, não para entrar no mérito da questão. Mas alguns advogados de defesa ignoraram isso e fizeram discursos políticos. Entende-se: tudo nesse justiçamento é político, nada é jurídico. Mas o papel dos advogados de defesa é justamente escancarar esse absurdo. Eles deveriam se ater estritamente a uma defesa técnica, comprovando os ilícitos da denúncia, nem que seja para a posteridade, para a história, ou para uma eventual anulação em cortes internacionais.

Bolsonaro será condenado, isso está claro. Condenaram vários outros inocentes só para manter viva a narrativa fajuta da tentativa de golpe. O ex-presidente parece ter optado pela prisão como mártir, ou acredita em alguma possibilidade de acordo, o que seria, em minha opinião, algo bastante ingênuo

Como de tédio o brasileiro não morre, o desembargador Sebastião Coelho foi detido por “desacato”. Ele reclamava que não o deixavam entrar, como advogado de Filipe Martins. Sebastião já foi solto, mas o recado foi dado pelo sistema. Todos serão perseguidos, e dá para ver em alguns advogados o receio de confrontar os ministros supremos. O Brasil já vive numa ditadura de toga e quem nega isso ou é muito iludido ou é cúmplice.

Bolsonaro será condenado pelo STF, isso está claro. Condenaram vários outros inocentes só para manter viva a narrativa fajuta da tentativa de golpe. O ex-presidente parece ter optado pela prisão como mártir, ou acredita em alguma possibilidade de acordo, o que seria, em minha opinião, algo bastante ingênuo. Se Bolsonaro buscasse refúgio numa embaixada como a dos Estados Unidos, não seria covardia, mas sim astúcia: onde ele pode contribuir mais na luta pela liberdade do povo brasileiro?

Mas respeito sua decisão, e ninguém sabe ao certo o que vai acontecer com o país quando resolverem prendê-lo após esse circo todo. Só acho que quem deposita todas as fichas numa bala de prata do governo Donald Trump pode quebrar a cara. O presidente americano não surgirá como um cavaleiro branco para salvar seu colega conservador. O Brasil já mergulhou numa tirania, eis a triste realidade. E quem quer que finja haver normalidade institucional diante desse teatrinho patético é parte do problema, não da solução. Se houver alguma solução…

FONTE: GAZETA DO POVO https://www.gazetadopovo.com.br/rodrigo-constantino/stf-bolsonaro-julgamento-comecou-teatro-patetico/

URGENTE: Moraes conclui seu voto

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O relator da denúncia da Procuradoria-Geral da República sobre o golpe de Estado, Alexandre de Moraes, votou pelo recebimento integral da denúncia contra Jair Bolsonaro e mais sete integrantes do núcleo central da peça de Paulo Gonet.

Quem poderia imaginar algo diferente…

FONTE: JCO https://www.jornaldacidadeonline.com.br/noticias/68494/urgente-moraes-conclui-seu-voto

Os ladrões de celular: Lula e mais uma radical e oportunista mudança de opinião (veja o vídeo)

Foto: Agência Brasil
Foto: Agência Brasil

Em 8 de novembro de 2019, o país presenciava um dos eventos mais graves e desonrosos de sua história: Lula era solto. Mal deixara a prisão e já sinalizava sua intenção de disputar a presidência novamente — para o desespero dos brasileiros.

No dia seguinte, participou de seu primeiro grande comício político pós-libertação, na sede do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, em São Bernardo do Campo, São Paulo.

Ali, empunhava uma nova narrativa: a do “inocente” perseguido pelo sistema. Foi nesse clima que ele proferiu uma de suas frases mais polêmicas, encaixando perfeitamente com sua nova postura de vítima:

“Eu não posso ver mais jovens de 14 a 15 anos assaltando e sendo violentado, às vezes inocentes ou às vezes porque roubaram um celular.”

A declaração repercutiu negativamente: Lula aparentava colocar criminosos lado a lado com vítimas inocentes, relativizando o crime e direcionando sua indignação, não aos assaltantes, mas à ação da polícia.

Enquanto isso, com o advento da pandemia, a narrativa imposta ao presidente Bolsonaro era oposta: a de vilão, o ‘genocida’.

Sabemos o desfecho: Lula voltou ao poder; Bolsonaro perdeu e, depois, foi declarado inelegível.

Mas o tempo passou. E o encantamento começou a ruir.

Hoje o cenário é outro. Apesar do esforço constante para descredibilizar a oposição, Lula alcançou neste ano sua maior taxa de rejeição desde que assumiu o poder pela primeira vez.

As promessas que o elegeram, carregadas de nostalgia e slogans populares, não sustentam a realidade.

Lula dizia a quem nunca viajou de avião que iria voltar a voar. E eles acreditavam.

Há mais de três mil anos, o rei Salomão já havia escrito, no que viria a se tornar o sétimo capítulo do livro de Eclesiastes da Bíblia Sagrada, o seguinte alerta:

“Nunca digas: Por que foram os dias passados melhores do que estes? Porque não provém da sabedoria esta pergunta.”

A nostalgia costuma ser enganosa: suaviza memórias, apaga dificuldades, mascara a realidade. 

Lula pode até não entender esse fenômeno na teoria, mas domina sua aplicação prática. 

Foi assim que se elegeu: vendendo o “retorno” de um conforto idealizado a um eleitorado que, na realidade, nunca viveu isso, mas acreditou no sonho. 

Em abril de 2024, reiterou sua promessa: o Brasil voltaria a ser grande “quando o pobre puder andar de avião”. Três dias antes, disse que “não havia esquecido da cervejinha e da picanha”. Será que agora esqueceu?

Na última quarta-feira (19), declarou que não permitirá a “república dos ladrões de celulares” e, ironicamente, que “bandidos tomem conta do país”.

Lula não sente vergonha de desdizer o que afirmou, de ser contraditório ou mentiroso. E, se sente, então sua idade avançada já compromete sua lucidez — e ele já pode ser chamado, sem receio, de senil.

A nova hipocrisia de Lula não é surpresa. Não é novidade. É apenas mais uma na prateleira.

Relembre: 

FONTE: JCO https://www.jornaldacidadeonline.com.br/noticias/68479/os-ladroes-de-celular-lula-e-mais-uma-radical-e-oportunista-mudanca-de-opiniao-veja-o-video#google_vignette

Perdido e despido da função de julgador, Moraes novamente passa recibo no caso Débora

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O rei está nu. Moraes cada vez mais vai revelando o caráter político de todas as suas decisões.

Parcial, autoritário e arbitrário, ele tenta, em pleno julgamento, se defender das críticas e cada vez se complica mais.

O site O Antagonista pôs o dedo na ferida:

“Moraes defendeu a materialidade criminal dos atos de 8 de janeiro, e afirmou que ‘nenhuma Bíblia e nenhum batom é visto nesse momento’, como forma de tentar atestar a gravidade dos atos de 8 de janeiro. Nesta terça-feira, Felipe Moura Brasil analisou no Papo Antagonista infográficos exibidos pelo ministro sobre as penas impostas a réus do 8/1 – centenas delas a menos de 3 anos de prisão – porque Moraes tinha sentido a repercussão negativa do voto contra Débora dos Santos por 14 anos de pena e multa de R$ 30 milhões. Agora ele passou recibo diretamente, dizendo o seguinte: ‘Passam a querer criar uma própria narrativa, como eu disse ontem, de velhinhas com a Bíblia na mão, de pessoas que estavam passeando, estavam com batom e foram lá passar um batonzinho só na estátua.’ Moraes, no entanto, além de confundir o papel de juiz com o de rebatedor de narrativas políticas de rede social, mistura o caso de Débora com os de outros réus, atribuindo a ela as condutas deles, para legitimar seu voto forçado.”

Por outro lado, vale lembrar aquele que talvez seja o aspecto mais chocante da decisão que condenou Débora a 14 anos de prisão. O trecho da decisão de Moraes que transforma a ausência de mensagens incriminadoras no celular dela, em prova contra ela — ou seja, a falta de evidências se torna, por si só, uma evidência.

A perícia do aparelho aponta “indícios” de que mensagens poderiam ter sido deletadas, enquanto o relator alega com certeza que ela teria ocultado provas. Ainda que isso fosse verdade, há um princípio universal de Justiça que assegura a todo acusado o direito de não produzir provas contra si mesmo.

Para a Justiça brasileira, porém, parece que tal princípio não é mais válido.

Confira:

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FONTE: JCO https://www.jornaldacidadeonline.com.br/noticias/68493/perdido-e-despido-da-funcao-de-julgador-moraes-novamente-passa-recibo-no-caso-debora

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