Se Débora Rodrigues fosse de esquerda

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DÉBORA RODRIGUES ESTÁTUA
Débora Rodrigues e a estátua manchada de batom: o que me pega é a vírgula isolando corretamente o vocativo. (Foto: Débora Rodrigues/ Arquivo Pessoal/ Joedson Alves/ Agência Brasil)

Se Débora Rodrigues, a cabeleireira condenada por Alexandre de Moraes a absurdos 14 anos de prisão e ao pagamento de uma multa de inacreditáveis R$30 milhões (ainda faltam os votos dos demais ministros), tivesse escrito “Fora, Bolsonaro!”, “Fora, Temer!” ou “Fora, FHC!” na estátua feiosa de uma Justiça que há muito abandonou o Brasil, hoje ela seria ministra do governo Lula.

Se ela tivesse manchado a mesma estátua num protesto em defesa do assassinato de bebês no ventre materno, sua obra (chamada “instalação”) seria exposta nos maiores museus do mundo como uma pièce de résistance do feminismo.

Sovaco peludo

Se a cabeleireira de Paulínia tivesse diploma de sociologia, os cabelos coloridos, o sovaco peludo e usasse linguagem neutra, era capaz ter seu nome incluído no Panteão da Pátria e da Liberdade, ao lado de Zuzu Angel, Miguel Arraes, Abdias do Nascimento e, por que não?, Marighella.

Se ela não tivesse sido tão espirituosa e não tivesse usado correta e lindamente aquela vírgula para isolar o vocativo na frase pouco civilizada de Barroso, já estaria eleita para a Academia Brasileira de Letras.

SomosTodosDébora

Se a cabeleireira e mãe fosse uma black bloc munida de rojão e apontasse esse rojão para a cabeça de um cinegrafista numa daquelas megamanifestações de 2013, é bem capaz de agorinha mesmo milhares de jovens estarem saindo às ruas clamando pela liberdade dela.

Se Débora fosse de esquerda, Janja já teria dado o sinal para a milícia subir a hashtag #SomosTodosDébora e Tabata Amaral começaria seu discurso na Câmara com “Débora, presente”.

Livro, filme, série

Se em vez de pichar “perdeu, mané” no granito frio e burocrático da escultura de Alfredo Ceschiatti (grande expoente da arte a favor) ela tivesse esfaqueado um candidato de direita, Débora Rodrigues teria acesso aos melhores advogados do Brasil, contaria com o apoio da OAB, seria julgada em 1ª instância, teria direito a apelações sem fim, etc.

Se tivesse planejado a morte dos pais ou esquartejado o marido, sua história teria virado livro, filme e série exaltando a luta contra os opressivos valores da família tradicional brasileira – sem falar no patriarcado e, se calhar, até no racismo estrutural.

Débora/ guerreira/ do povo brasileiro

Se ela tivesse comandado ou simplesmente participado de um grande, enorme, gigantesco esquema de corrupção, neste momento haveria hordas diante da prisão gritando “Débora/ guerreira/ do povo brasileiro”.

Se Débora tivesse sequestrado e mantido sob a mira de uma arma o embaixador norte-americano ou suíço ou japonês ou alemão em troca da liberdade de perseguidos políticos, sua história teria virado filme e best-seller. Ainda mais se ela aparecesse com tanguinha de crochê na praia.

Vítima da sociedade

Se ela traficasse drogas e fizesse parte de uma das facções que dominam o crime no Brasil, não só já teria recebido uns dez habeas corpus e outros tantos “de reserva”, como também seria tratada como vítima da sociedade pelos intelectuais que hoje a chamam de golpista.

Se fosse casada com um corrupto confesso, desses que hoje posam de influencers e, no conforto de suas impunidades, dão dicas culturais, ela teria direito a prisão domiciliar (com direito a visita da revista Caras e tudo) e a ver seus filhos crescendo.

Se

Se Débora Rodrigues, cabeleireira, tivesse se contentado com sua condição de mulher alienada, no máximo uma espectadora de telenovela incapaz de entender a complexa conjuntura do país; se tivesse contido a indignação pela eleição do descondenado e a interferência do STF na vida política do país; se não tivesse acreditado na interpretação equivocada do tal artigo 142; se ao menos não tivesse dado ouvidos a quem lhe ensinou que “o poder emana do povo” e que a Constituição lhe garante o direito de se expressar livremente; se não tivesse acreditado que vivemos numa democracia; se não tivesse se inspirado em manifestações anteriores, muito mais violentas e sem consequências para os manifestantes (todos de esquerda, claro)…

Mártir e símbolo

…hoje ela não estaria presa e praticamente condenada, e sem direito a apelação!, a se tornar mártir e símbolo da tortura e da intimidação perpetradas justamente por aqueles que deveriam proteger o cidadão comum, as cabeleireiras, faxineiras, donas-de-casa, corretores de seguro, agricultores, cuidadores de idosos, pastores e comerciantes do mundo, do poder infinitamente maior do Estado.

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FONTE: GAZETA DO POVO https://www.gazetadopovo.com.br/vozes/polzonoff/debora-rodrigues-esquerda/

Mãe e irmã de Débora Rodrigues apelam por justiça a outros ministros do STF

Débora Rodrigues dos Santos é mãe de duas crianças e está presa desde 17 de março de 2023, sem condenação
Débora Rodrigues dos Santos é mãe de duas crianças e está presa desde 17 de março de 2023, sem condenação (Foto: Arquivo pessoal/ Cláudia Silva Rodrigues)

A família de Débora Rodrigues dos Santos, presa há dois anos por pichar com batom a estátua da Justiça durante os atos de 8 de janeiro, se diz esperançosa de que os outros ministros do Supremo Tribunal Federal terão mais sensatez ao julgar o caso da cabelereira.

No sábado, o ministro Flávio Dino lançou seu voto no plenário virtual da Primeira Turma e acompanhou o relator, ministro Alexandre de Moraes, que propôs pena de 14 anos de prisão para Débora Rodrigues. Até a próxima sexta-feira (28), os cinco ministros da Primeira Turma irão registrar os votos: faltam Cristiano Zanin, Cármen Lúcia e Luiz Fux.

“Ela chorou, ficou muito triste. Mas como sempre falou, toda essa decisão não a define. Porque sabe dos valores dela, sabe o que fez e que não houve um crime para que haja uma condenação de 14 anos”, relatou Cláudia Rodrigues, irmã de Débora, em entrevista ao jornal Metrópoles. Ela e a mãe de Débora, Maria de Fátima, visitaram a cabelereira neste domingo no Centro de Ressocialização Feminina de Rio Claro, no interior de São Paulo.

Família de Débora espera “sensatez” dos ministros

“Ela tem esperança viva no coração de que os ministros olhem toda essa situação com mais razão. E realmente, pratiquem a justiça. E nós também temos essa esperança, de que os juízes irão julgar com sensatez nesse momento, que é tão delicado no nosso país”, relatou Cláudia Rodrigues.

A família já esperava um voto mais duro do ministro Alexandre de Moraes, ficou triste com o voto de Flávio Dino, mas ainda conta com um senso de justiça dos outros integrantes da Primeira Turma. “Nós apelamos para os demais ministros, para que eles usem a razão, usem a capacidade de julgar com imparcialidade nesse caso. Qual foi o crime? Foi uma pichação? Então vamos julgá-la por esse crime, pela pichação. A Débora não entrou em nenhum prédio público, não causou nenhum tipo de dano permanente, então isso precisa ser levado em conta no momento do julgamento”, sublinhou Cláudia.

Todos os fins de semana os familiares de Débora, que são de Campinas e Paulínia, próximo de Rio Claro, se revezam para as visitas na prisão. A mãe da cabelereira relatou noites de angústia, sem dormir, e o impacto da prisão na vida dos netos, de 10 e 7 anos. “Eles (os ministros) precisam entender o que é o amor ao próximo. Alguns deles devem ter filhos, e eles sabem o que é o amor de filho. A lágrima que eu derramo por ela, ela derrama pelos filhinhos dela. E os filhinhos dela derramam por ela também”.

Filhos de 10 e 7 anos sonham com volta da mãe para casa

“Eles dizem: quando minha mãe chegar, aí nós vamos passear em tal canto. Eles já têm os planinhos deles, de saudade, de partilhar com a mãezinha deles…. ‘quando minha mãe chegar, eu vou para o mercado, mamãe vai comprar isso, assim e assim para mim’. É o desejo deles, a loucura deles é a mãe deles em casa”, contou Maria de Fátima.

Sobre a pichação da estátua com batom, em si, a irmã relatou que Débora está arrependida. “Ela se arrepende, sim. Ela fala que naquele momento foi um ato realmente impensado. Foi no calor das emoções. Ninguém sai de casa com um batom na mão, pensadamente, ah, eu vou ali escrever na estátua”.

O caso da cabelereira Débora Rodrigues tem sido apontado como um dos mais emblemáticos dos abusos nos processos contra os manifestantes de 8 de janeiro, e das penas desproporcionais aplicadas pelo STF. Em casos de pichação, a condenação costuma ser de no máximo um ano e multa; normalmente a prisão é substituída por pena alternativa. Mas Débora, como outros manifestantes, são acusados e condenados por associação criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, deterioração de patrimônio tombado e dano qualificado por violência e grave ameaça contra o patrimônio da União.

Bolsonaro pede anistia

Na sexta-feira, após Moraes votar por pena de 14 anos de cadeia para Débora Rodrigues, o ex-presidente Jair Bolsonaro reagiu classificando o ministro de sádico, ao propor pena dessa magnitude.

“Ao propor uma condenação de 14 anos à Débora, Moraes em seu sadismo votou para condenar também duas crianças. Não é só a Débora quem irá amargar uma pena injusta e desproporcional de uma década e meia. São os filhos dela, um garoto de 6 e outro de 9 anos, que vão ficar marcados para sempre por essa crueldade”, reagiu.

“Débora, mãe de dois filhos, conta com Deus e depois o Congresso para que tamanha injustiça tenha um fim com aprovação da anistia”, disse Bolsonaro.

FONTE: GAZETA DO POVO https://www.gazetadopovo.com.br/vida-e-cidadania/mae-e-irma-de-debora-rodrigues-apelam-por-justica-a-outros-ministros-do-stf/

Alexandre Garcia
Alexandre Garcia

Lewandowski oferece constrangimento ao invés de prestígio aos policiais

Ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski
Ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Pegou mal perante a polícia, perante as pessoas que são a favor da lei e da polícia e são contra os bandidos, as declarações do ministro da Justiça Ricardo Lewandowski: “a polícia prende mal e o Judiciário é obrigado a soltar”. O nome da pasta guarda a tradição, “Ministério da Justiça e Segurança Pública”, mas agora não tem nada a ver com justiça. Deveria ser “Ministério do Interior”, mas tudo bem. Ele, Ricardo Lewandowski, era ministro do Supremo Tribunal Federal, em outro poder, o Poder Judiciário. Se aposentou e foi trabalhar com a JBS. Mas Lula o chamou para ser ministro da Justiça, no Poder Executivo.

Então, supõe-se que esse ministro, que é da segurança pública, fosse um estimulante ou um defensor do trabalho da polícia, mas ele parece que não se desligou do Judiciário ainda.

Aí ele fez aquela declaração em dobro. Dizendo que a polícia prende mal e o Judiciário é obrigado a soltar para corrigir o erro da polícia. Criticaram, ele corrigiu e repetiu. A correção veio porque os institutos e associações policiais protestaram e se sentiram ofendidos porque estão aí dando a vida, dando sangue todos os dias e noites pra tentar nos dar segurança.

Só que não, né? Porque é como disse o Nayib Bukelle, presidente de El Salvador, que era o país mais inseguro do mundo e hoje é um dos mais seguros do mundo. Ele botou bandido no lugar em que bandido deve estar, apartado da sociedade. Bukelle disse “olha, os governos são poderosos, se não combatem o crime é porque não querem”.

Bolsonaro assumiu estimulando a polícia, apoiando a polícia e fez o índice de homicídios despencar.

Lá em El Salvador eram 105 homicídios por 100 mil habitantes. Agora está em pouco mais de 1 por 100 mil.  

Mas, enfim, polícia estimulada trabalha melhor e os bandidos se sentem desprotegidos. Agora é o contrário, o bandido se sente protegido e a polícia desapoiada, desprotegida, desestimulada e ainda tem a mídia que adora bandido e detesta a polícia. É um lado ideológico da mídia, que é coerente com a sua ideologia majoritária. E aí vem o ministro, que é o ministro da polícia, o ministro da segurança, e diz isso. Vai corrigir e repete. Dá pena, porque isso influi na nossa segurança. Liberdade é quando a gente tem segurança, tem paz, ordem e progresso. Só temos progresso se houver ordem. Ordem é obediência às leis. E o Estado tem tudo para fazer as leis serem obedecidas. Basta a vontade. É que, por algum motivo, está faltando vontade política, vontade do estado.

Crianças obrigadas a tomar vacina contra Covid

Por falar nisso, tem muita vontade de pegar produtor, criador, agricultor na Amazônia e pai que não vacinou filho com a vacina da Covid. Todo mundo sabe que a vacina é experimental. Antes era proibido dizer isso, porque tinha aquela versão do “não tem tratamento”, “mantenha a distância”, “isso aqui funciona”, “fecha a casa”.  

Hoje todo mundo sabe que era mentira. Então, quem mentiu para você? Pense bem quem mentiu para você. Eu não menti para você.

Mas aí eu vejo lá em Santa Catarina um caso – e toda hora estão aparecendo casos assim – em que entra a polícia e oficial de justiça na casa de um cidadão, de uma família e diz: “A escola informou que o senhor tem uma criança que não foi vacinada”. Todo mundo sabe que até 18 anos, por aí, tem uma resistência à Covid. E por outro lado, se sabe que a vacina recém chegou e todo mundo está vendo casos de miocardite e de trombose. Está cheio de casos de morte de jovens. Temos que investigar, porque está muito além do normal.

E aí impõe-se a vacina lá em Santa Catarina! A família conseguiu um recurso que impediu que a polícia arrombasse a casa da pessoa para pegar a criança e vacinar. Meu Deus, estamos na União Soviética? O que é isso?

Queima de arquivo? 

Vocês viram essa procuradora federal nomeada pelo Biden em 2021, que agora apareceu morta em casa, lá nos Estados Unidos? Tinha 43 anos. Está todo mundo esperando para descobrir a causa da morte. Ela tinha renunciado quando entrou Trump, para abrir vaga para outro procurador federal.  

Mas meu Deus, tem tanta coisa que estão escondendo lá atrás.  

Concedeu perdão para o doutor Anthony Fauci, o homem que deu as ordens que foram obedecidas pela televisão aqui no Brasil, fazendo você fechar sua loja, fazendo você se trancar em casa, fazendo você respirar o seu próprio ar o dia inteiro. Assinou um perdão para o Fauci, sinal que sabem que vão chegar lá e mostrar essas coisas de que eu falei hoje para vocês.

FONTE: GAZETA DO POVO https://www.gazetadopovo.com.br/vozes/alexandre-garcia/lewandowski-constrangimento-prestigio-policiais/

Lúcio Vaz
Lúcio Vaz

Salários de assessores de apenas um senador custaram R$ 12,5 milhões em 2024

Gastança no Senado
Rodrigo Pacheco, no dia em que foi reeleito presidente do Senado, em 2023: PSD, partido de Pacheco, teve 6 dos 24 senadores que mais gastaram com assessores no ano passado. (Foto: Pedro França/Agência Senado)

Os salários dos assessores do senador Eduardo Gomes (PL-TO) custaram R$ 12,5 milhões em 2024. Os salários de um grupo de 15 senadores superaram os R$ 7 milhões, com despesa de R$ 118 milhões. A despesa total com os salários dos gabinetes dos 81 senadores chegou a R$ 508 milhões. Tudo na conta do contribuinte.

Os dados incluem os servidores comissionados, de livre nomeação, com um total de R$ 424 milhões, e os servidores efetivos, concursados, com mais R$ 83 milhões. Algumas décadas atrás, apenas os chefes de gabinete dos senadores eram servidores efetivos. Mas os senadores foram solicitando cada vez mais funcionários, com melhor formação e maiores salários.

Gomes conta com alguns analistas legislativos (efetivos) no seu gabinete. O melhor remunerado tem renda básica de R$ 36 mil, mais R$ 7,7 mil de vantagens especiais e R$ 2,8 mil de função comissionada. Sofre abate-teto de R$ 2,6 mil; mas, como tem abono permanência de R$ 7,2 mil, acaba recebendo R$ 51,3 mil líquidos. O abono é pago a servidores de carreira que completaram o tempo de contribuição para a aposentadoria, mas optaram por continuar tralhando. Em compensação, eles recebem um abono equivalente ao que seria a sua contribuição social.

Dos 24 senadores que mais gastaram com salários de servidores – todos acima de R$ 6 milhões –, seis são do PSD

O líder da gastança em 2024 já havia encabeçado o ranking dos salários de assessores no ano anterior, com R$ 10 milhões. O total das despesas dos 81 senadores chegou a R$ 400 milhões naquele ano, o que demonstra o crescimento da despesa, num momento em que o país vive uma crise fiscal.

Três partidos lideram

Entre os 24 senadores que mais gastaram com salários de servidores – todos acima de R$ 6 milhões – seis são do PSD, partido do então presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (MG). PL, PT e MDB têm quatro senadores nesse grupo privilegiado. Os salários dos assessores do gabinete do senador Pacheco custaram R$ 6 milhões. Mas os assessores do gabinete da presidência do Senado custaram mais R$ 8 milhões em salários, sendo R$ 6 milhões para servidores comissionados. O atual presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), gastou R$ 6,3 milhões com salários de assessores no ano passado.

O segundo colocado no ranking da gastança com assessores foi o senador Omar Aziz (PSD-AM), com R$ 9,99 milhões. Os assessores de Rogério Carvalho (PT-SE) custaram R$ 9,98 milhões. Os assessores de Lucas Barreto (PSD-AP) custaram R$ 9,89 milhões. Renan Calheiros (MDB-AL), ex-presidente do Senado, gastou mais R$ 9,4 milhões.

Randolfe Rodrigues (PT-AP) gastou R$ 9,3 milhões no seu gabinete de senador, mais R$ 2,9 milhões no gabinete da Liderança do Governo no Congresso. Jaques Wagner (PT-BA) gastou R$ 7,4 milhões no seu gabinete, mais R$ 5 milhões na Liderança do Governo. Beto Faro gastou R$ 8 milhões no seu gabinete e R$ 7 milhões no gabinete da Liderança do PT.

O valor médio das despesas com gabinetes é elevado: R$ 6,2 milhões. Mas há alguns nomes na ponta de baixo da tabela. A ex-ministra Tereza Cristina (PP-MS) gastou R$ 3,77 milhões; Fabiano Contarato (PT-ES), R$ 3,54 milhões; Oriovisto Guimarães (Podemos-PR), R$ 3,33 milhões; e Eduardo Girão (Novo-CE), R$ 3 milhões.

Eduardo Gomes foi questionado pelo blog sobre as elevadas despesas com assessoria no seu gabinete. A sua assessoria respondeu que todos os senadores têm o mesmo recurso à disposição para a contratação de assessores. “Fica a cargo de cada um saber qual é a necessidade do gabinete e dividir os valores de acordo com uma tabela do próprio Senado. Em primeiro lugar, vale ressaltar que os recursos utilizados pelo mandato parlamentar do senador Eduardo Gomes são legais, comprovados e autorizados pela Mesa Diretora do Senado Federal”.

O senador acrescentou que seu estado é extenso e conta com 139 municípios. “Para se conseguir obter uma alta performance na produtividade parlamentar se faz necessário, no meu ponto de vista, ter uma equipe de técnicos e assessores de alto nível em Brasília e nas principais cidades do estado. O resultado com certeza aparece. Fruto deste trabalho em equipe, foi possível viabilizar o repasse, nos últimos dois anos, de cerca de R$ 2 bilhões de reais para Tocantins”. Ele citou várias obras, como R$ 148 milhões para o governo do estado, para obras de infraestrutura, saúde, equipamentos e armamentos para a PM, e R$ 106 milhões para o Hospital do Amor.

FONTE: GAZETA DO POVO https://www.gazetadopovo.com.br/vozes/lucio-vaz/salarios-assessores-senador/

“COMITIVA” DESEMBARCANDO NO JAPÃO

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FONTE: JBF https://luizberto.com/comitiva-desembarcando-no-japao/

Roberto Motta
Roberto Motta

“Vou embora: desisti do Brasil”

Pessoas de bem, cansadas do Brasil, compram uma passagem para um lugar civilizado e vão embora (Foto: Igor Rodrigues/Unsplash )

Essa é uma semana difícil. Uma das pessoas que mais respeito e admiro, um cidadão brasileiro, carioca, morador do Rio de Janeiro, me disse que está indo embora. Suas palavras foram: “Roberto, estou de mudança para o exterior. Tenho dois filhos pequenos e desisti do Rio de Janeiro e do Brasil”.

Levei um choque. Essa pessoa – cujo nome não revelarei – é um dos maiores empreendedores do país, um fenômeno de criatividade, inteligência e habilidade em usar tecnologia para desenvolver novos negócios. Se ela vivesse nos Estados Unidos provavelmente teria alcançado projeção equivalente à de Elon Musk e seria conhecida em todo o mundo. Mas aqui tudo é difícil e complicado, tudo exige pedágio e paciência. Aqui, além de talento e trabalho duro – ou seria melhor dizer, no lugar de talento e trabalho duro – você precisa de muita sorte e dos amigos certos, e, ainda assim, coisas terríveis podem acontecer com você. Por isso meu amigo está partindo.

Querido amigo: eu lhe desejo todo o sucesso. Que Deus te abençoe e você prospere no lugar para onde está indo. Eu espero que um dia você possa voltar. Nesse meio tempo, reze pelos que ficam

Ele reuniu os filhos, a esposa e outros parentes e vão embora. Levarão na mala ideias, sonhos, projetos e oportunidades de investimento e criação de empregos. Ele leva muita coisa boa que poderia acontecer no Brasil, mas que agora vai acontecer no país para o qual ele vai se mudar. As coisas que ele criaria aqui agora serão criadas lá.

Não sei qual foi a gota d’água que o fez partir, mas não é difícil pensar em possibilidades. Pode ter sido um crime do qual ele, ou um familiar, foi vítima. O Brasil é um país que flerta com a possibilidade de se tornar um Estado dominado por facções. Pode ter sido insegurança jurídica: ninguém sabe quais leis valem hoje ou valerão amanhã, e ninguém sabe quando aquela jurisprudência tributária que seguimos há décadas ou anos será anulada, com cobrança retroativa de impostos. Vivemos um UFC jurídico.

A razão da partida pode ter sido o renascimento da censura. Dar uma opinião virou atividade perigosa. Pessoas são punidas por palavras com severidade desconhecida por traficantes e sequestradores. O Estado debocha dos seus servos, exigindo impostos cada vez maiores para bancar gastos sem controle. Como a arrecadação nunca mata sua fome, o Estado produz a inflação que corrói o dinheiro. O Estado interventor em tudo interfere, enquanto se nega a cumprir sua missão principal: proteger os direitos fundamentais. O direito de ir e vir, o direito de falar e o direito de propriedade se tornaram favores que o Estado brasileiro faz e que podem cessar a qualquer momento.

Pessoas de bem, cansadas disso tudo, compram uma passagem para um lugar civilizado e vão embora. Morei cinco anos nos Estados Unidos e nunca conheci um brasileiro que tivesse se mudado para lá e que não tivesse prosperado. Nos Estados Unidos não existe CLT, ninguém tem “carteira assinada” e as leis não determinam trinta dias de férias – mas as pessoas prosperam. Os americanos começam uma nova era. Trump chamou para si a missão de reduzir o Estado. Começa um ciclo virtuoso: um Estado menor estimulará a iniciativa privada, serão gerados novos empregos, os salários serão melhores e as pessoas vão comprar mais, o que criará mais empregos. Enquanto isso, no Brasil, discutimos ideias de 50 anos atrás e a lei é colocada, mais uma vez, a serviço dos poderosos. Os EUA avançam na repressão ao crime enquanto o Estado brasileiro continua oferecendo proteção quase sagrada aos criminosos.

Não sei por qual dessas razões meu amigo está indo embora do Brasil. Sei que ele vai e eu fico – desanimado com sua partida, mas trabalhando para que um dia o Brasil se torne um país decente, onde prosperaremos com nosso trabalho, livres dos parasitas criminosos e estatais.

Querido amigo: eu lhe desejo todo o sucesso. Que Deus te abençoe e você prospere no lugar para onde está indo. Eu espero que um dia você possa voltar. Nesse meio tempo, reze pelos que ficam.

FONTE: GAZETA DO POVO https://www.gazetadopovo.com.br/vozes/roberto-motta/vou-embora-desisti-do-brasil/

É DE CORTAR O CORAÇÃO

Caso emblemático de primeiro político condenado no âmbito da Lava Jato, o ex-deputado petista André Vargas (PR) pegou em 2015 pena de prisão de 14 anos e quatro meses por lavagem de dinheiro e corrupção passiva.

No regime atual, 14 anos é o que se pretende na condenação da cabelereira Débora Santos, mãe de duas crianças pequenas, presa há dois anos por ter reproduzido com “perigoso” batom, na estátua da Justiça, a expressão “Perdeu, Mané”.

* * *

Francamente, é de fazer chorar.

É de cortar o coração de qualquer cidadão brasileiro.

Dá pena a situação absurda em que se encontra esta cidadã.

Que os céus se apiedem deste nosso incrível país.

FONTE: JBF https://luizberto.com/e-de-cortar-o-coracao/

URGENTE: Algo inesperado ocorre e julgamento de Débora é interrompido

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O ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), acaba de pedir vista, interrompendo o julgamento de Débora Rodrigues dos Santos, acusada de escrever “perdeu, mané” na a estátua localizada em frente à sede da Corte, durante os atos de 8 de Janeiro. Com o pedido, o caso fica suspenso até que Fux devolva o processo para análise da Primeira Turma, o que pode levar até 90 dias.

A sessão começou na sexta-feira passada com o voto do relator, ministro Alexandre de Moraes, que propôs uma pena de 14 anos para Débora, com entendimento seguido por Flávio Dino. Moraes determinou que 12 anos e 6 meses sejam cumpridos em regime fechado, enquanto o restante, 1 ano e 6 meses, poderá ser cumprido em regime aberto. O julgamento acontece no plenário virtual, onde os ministros apenas depositam seus votos sem debates presenciais.

Moraes argumentou que as provas confirmam o envolvimento de Débora nos atos considerados criminosos. Segundo ele, imagens divulgadas pela imprensa mostram a acusada vandalizando a escultura e comemorando com as mãos sujas de batom vermelho. Além disso, a Polícia Federal apontou que o celular dela não continha mensagens relacionadas aos eventos investigados, o que foi interpretado como uma tentativa de obstrução da Justiça.

A frase escrita por Débora fazia referência à frase “Perdeu, mané”, dita pelo presidente do STF, Roberto Barroso, em 2022, após a vitória de Lula nas eleições. A defesa da ré alegou que ela usou apenas batom para escrever na estátua.

Débora foi presa em março de 2023 durante a 8ª fase da Operação Lesa Pátria, que investiga participantes e financiadores dos atos do 8 de Janeiro. Em julho de 2024, a Procuradoria-Geral da República (PGR) apresentou denúncia contra ela por crimes como associação criminosa armada, golpe de Estado e dano ao patrimônio tombado. A Primeira Turma do STF aceitou a denúncia em agosto do mesmo ano, por unanimidade.

FONTE: JCO https://www.jornaldacidadeonline.com.br/noticias/68426/urgente-algo-inesperado-ocorre-e-julgamento-de-debora-e-interrompido

Campos Neto reaparece e faz revelação bombástica sobre a situação dos bancos em todo o mundo

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O ex-presidente do Banco Central (BC) Roberto Campos Neto reapareceu publicamente nesta sexta-feira (21).

Ele realizou uma palestra na Universidade de Miami, nos Estados Unidos, no evento “Brasil em Transição: Estabilidade Macroeconômica, Desafios Climáticos e Progresso Social”, promovido pela XP Private Bank com a Miami Herbert Business School.

Campos Neto fez uma revelação bombástica:

“Minha maior previsão é a de que bancos tradicionais serão profundamente abalados por bancos de plataformas digitais. É um processo que já está acontecendo e que vai acelerar nos próximos dois anos”.

Segundo ele, há uma capacidade dos bancos digitais oferecerem serviços tecnológicos a um custo “muito mais baixo” do que o das instituições tradicionais, o que leva a “um custo mais baixo de atração e retenção de clientes”.

“Pela crescente digital, os emergentes são mais evoluídos. Ainda se usa talões de cheque nos EUA”, afirmou. O processo é descrito por Campos Neto como “disrupção”.

O ex-presidente do BC citou o surgimento de métodos de pagamento instantâneo, como o Pix, e disse que isso está fazendo com que a “parte transacional” dos bancos valha cada vez menos.

Em um futuro próximo, Campos Neto também afirmou enxergar a existência de uma única plataforma integrada. “Você não terá no seu celular um aplicativo do banco A, B, C ou D. Veremos esses mercados de finanças em um único aplicativo com todos os seus dados, e você poderá migrar suas informações para diferentes instituições e comparar produtos financeiros a preços mais baratos”.

FONTE: JCO https://www.jornaldacidadeonline.com.br/noticias/68383/campos-neto-reaparece-e-faz-revelacao-bombastica-sobre-a-situacao-dos-bancos-em-todo-o-mundo

Mendonça dá lição no tal ministro que se vendeu para o “sistema”

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O ministro André Mendonça, do Supremo Tribunal Federal (STF), defendeu o afastamento de Alexandre de Moraes e Flávio Dino do julgamento da denúncia contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e aliados por suposta tentativa de golpe de Estado. No entanto, sua posição foi derrotada pelos demais ministros da Corte.

Mendonça foi o único a acatar os pedidos das defesas para que Moraes e Dino não participassem do julgamento.

Um levante que, embora não faça diferença na prática, mostrou que ainda existe esperança… Foi uma lição para um certo outro ministro que, rapidamente, se vendeu ao “sistema”!

A luta não acabou!

FONTE: JCO https://www.jornaldacidadeonline.com.br/noticias/68415/mendonca-da-licao-no-tal-ministro-que-se-vendeu-para-o-equotsistemaequot

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POIS É…

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FONTE: JBF https://luizberto.com/pois-e-3/

O linchamento de Tarcísio

A prioridade número dois dos comunicadores brasileiros está mais do que definida: depois de resolverem sua guerra política para a eliminação a qualquer custo do ex-presidente Jair Bolsonaro da vida política nacional, a ordem unida, agora, é “tolerância zero” com o governador Tarcísio de Freitas. Bolsonaro, para eles e para o consórcio Lula-STF, é tratado todos os dias como fatura liquidada. Não pôde fazer campanha eleitoral em 2022. Seu adversário, a horas tantas, foi proclamado vencedor pelo TSE; “missão cumprida”, declarou o chefe da polícia eleitoral na cara de todo mundo, na cerimônia de diplomação do novo presidente. Depois disso, Bolsonaro foi proibido por eles de disputar eleições até 2030; o ex-presidente disse numa reunião de embaixadores estrangeiros que não confiava nas urnas do TSE, como milhões de brasileiros não confiam até hoje. Enfim, para cercar a coisa pelos sete lados, o regime Lula-STF decidiu trancar o inimigo na cadeia; além de já ser “inelegível”, querem que ele fique preso pelo resto da vida. Ainda não deram a sentença, mas Bolsonaro já está condenado.

Entra em cena, então, Tarcísio de Freitas, o governador de São Paulo que poderia herdar o eleitorado do ex-presidente. Seu processo, por “golpe armado”, é uma farsa de A a Z: dos cinco ministros que vão julgar se Bolsonaro é culpado ou inocente, três são inimigos pessoais e declarados de vida ou morte. Como no tribunal invisível que julgava Joseph K. em O Processo e que nunca, em toda a sua história, tinha absolvido ninguém, o STF jamais aceita que qualquer dos seus ministros seja proibido de julgar alguém. Já recusou 290 pedidos de “suspeição” nos últimos 25 anos, ou algo assim. Por que iriam, agora, abrir uma exceção para Bolsonaro, se o seu único objetivo nisso tudo nunca foi fazer justiça, e sim eliminar um inimigo político? De qualquer jeito, pelo sim, pelo não, o linchamento de Tarcísio já foi posto em execução.

O fato é que o regime Lula-STF e a mídia que mais uma vez se coloca a seu serviço já estão trabalhando o day after de Bolsonaro. Seus cálculos podem ou não estar corretos. Mas parece claro que o seu problema, cada vez mais, não é Bolsonaro – é a direita, ou “extrema direita”, que está adquirindo o péssimo hábito de ganhar eleições livres. De fato, para que diabo serve liquidar Bolsonaro se você se arrisca a ter um Tarcísio em seu lugar? O que o consórcio não quer de jeito nenhum, inclusive por razões de segurança pessoal, é largar o osso do governo – estar dentro ou fora faz toda a diferença deste mundo. Estar dentro significa, talvez em primeiro lugar, manter a legalização do roubo em tempo real do Erário. Ninguém ligado ao governo, em nenhuma circunstância, verá a sua impunidade ameaçada. As mulheres dos ministros continuarão a defender causas que vão ser julgadas pelos maridos. O PT e o Psol vão continuar correndo para o STF a cada vez que perderem uma votação no plenário do Congresso, ou quiserem algo para si. Vai haver mais companheirada nos conselhos das estatais. Vai haver mais ministério. Vai haver mais Gilmarpalooza. Vai haver mais Janjapalooza.

Quem quer largar uma vida dessas? Direita no governo, para todos eles, não é apenas um purgante ideológico. Mais que isso, é também um desastre no bolso de muita gente. É ruim para o crime organizado, ou desorganizado. É ruim para o método Paulo Freire de perpetuação do analfabetismo. É ruim para a casta de juízes, procuradores e outros magnatas da máquina estatal que ganham R$ 100 mil, R$ 200 mil, R$ 500 mil por mês, e que estão querendo mais. É ruim para a caverna dos 40 ministérios. É um horror para a mídia que vai receber do governo Lula cerca de R$ 3 bi para publicar propaganda do Brasil que “voltou”. E péssimo para todos que preferem receber as esmolas do Bolsa Família em vez de trabalhar. É ruim para os banqueiros, “campeões nacionais” e bilionários socialistas em geral. É ruim, como regra de vida, para os parasitas, as ONGs e os que prosperam com a “crise do clima”.

Toda essa gente olha com angústia para o que descrevem como “ameaças” à “democracia” a cada vez que a direita ganha uma eleição no mundo. Eleição deixou de ser vista no consórcio Lula-STF como um instrumento vital para o exercício da democracia. Hoje é perigo de gol. O “outro lado” pode ser a maioria — e não há nada que a esquerda deteste mais do que a vontade da maioria. Nunca gostou, na verdade; atualmente, passou a odiar em modo intenso. A eleição de Javier Milei na Argentina é um risco para a América do Sul. A eleição de Giorgia Meloni na Itália é um risco para a Europa. A eleição de Donald Trump nos Estados Unidos é um risco para o mundo. A eleição de Jair Bolsonaro seria um risco para o Sistema Solar.

Não se trata apenas de eleições. O problema real de todos eles se chama liberdade — é esse o inimigo a ser destruído. É simples: o regime Lula-STF é geneticamente incompatível com a livre circulação do pensamento. Ou é um ou é o outro; é impossível ter os dois ao mesmo tempo. É por causa disso que a esquerda não aceita alguém que seja simplesmente um ser humano individual definido pelas suas virtudes, defeitos e circunstâncias. Não é você que diz quem você é — é a estrela amarela que colaram na sua testa, e que certifica qual é a cor da sua pele, se você é hétero ou gay, se é bom ou ruim. E isso que realmente encanta os Moraes da vida: a autoridade para dizer, em nome do Estado, se você é isso ou aquilo, o que pode falar e o que não pode, o que deve pensar e fazer.

Liberdade é tudo o que Lula, Moraes e o processo civilizatório do ministro Barroso não querem no Brasil – nem eles nem os jornalistas, sociólogos, reitores de universidade, artistas da Lei Rouanet e mais do mesmo. Não precisam censurar a imprensa, porque a maior parte dela já é mesmo a favor do regime. Mas querem, desesperadamente, silenciar a praça livre das redes sociais. Torcem para Elon Musk ir à falência, perder os seus US$ 350 bilhões e acabar pedindo esmola na porta da Candelária. Querem que Frei Gilson e os milhões de fiéis que o acompanham em suas orações da madrugada sejam levados à delegacia de polícia pela prática de “fascismo”. Querem cassar todos os deputados de direita. Olhe um pouco o que eles dizem: só querem prender, multar, bloquear, proibir, abrir inquérito, silenciar.

O que adianta, levando-se em conta isso tudo e muito mais, que Bolsonaro seja condenado, fuzilado ou trancado pelo resto da vida no Château d’If, na masmorra do conde de Monte Cristo? Dá para o regime Lula-STF se livrar dele, mas não dá para se livrar da população brasileira. O governador é uma mosca nessa sopa; como se dizia em outros tempos, a junta de governo vai sair de Anás para cair em Caifás. Fazer o quê? Estão atirando todos os dias em Tarcísio, na esperança de que ele caia morto antes das próximas eleições. A polícia de São Paulo, dizem eles, mata bandido demais. Ele esta brigado de novo com Bolsonaro; a imprensa, aliás, garante que eles brigam todos os dias, de manhã, à tarde e à noite. O governador esta numa missão impossível – não pode, ao mesmo tempo, ser leal a Bolsonaro e sobreviver na política brasileira de hoje. Não pode isso. Não pode aquilo. Tem de fazer assim. Tem de fazer assado. “You lost. Game over.” Mas ele não perdeu, o jogo ainda não acabou, e parece cada vez mais claro que o consórcio vai ter de chamar o VAR, e sabe lá o que mais, para levar essa.

FONTE: REVISTA OESTE https://revistaoeste.com/revista/edicao-261/o-linchamento-de-tarcisio/?logged&hash_nonce=eyJuYW1lIjoiU2ViYXN0aVx1MDBlM28gQ1x1MDBlOXNhciBBZ3VpYXIgVmFsZSIsInBsYW5faWQiOjE4MDgwMjUsInBsYW5fdmFsdWUiOiIyNC45IiwiYnlwYXNzIjpmYWxzZSwic3Vic2NyaXB0aW9uIjp7InN1YnNjcmlwdGlvbl9pZCI6IjE4MTcxNTIiLCJwbGFuX2lkIjoiMTgwODAyNSIsInBsYW4iOiJNZW5zYWwgQ29icmFuXHUwMGU3YSA0NSIsImNyZWF0ZWQiOiIyMDI0LTEyLTMxIiwic3RhdHVzIjoid2MtYWN0aXZlIiwicGF5bWVudCI6ImNyZWRpY2FyZCIsInN1YnNjcmlwdGlvbiI6ImFjdGl2ZSIsImV4cGlyZXMiOiIyMDI1LTA0LTA5In0sImFjdGl2ZSI6dHJ1ZX0%3D&hash_popup=eyJzdWJzY3JpcHRpb25faWQiOiIxODE3MTUyIiwicGxhbl9pZCI6IjE4MDgwMjUiLCJwbGFuIjoiTWVuc2FsIENvYnJhblx1MDBlN2EgNDUiLCJjcmVhdGVkIjoiMjAyNC0xMi0zMSIsInN0YXR1cyI6IndjLWFjdGl2ZSIsInBheW1lbnQiOiJjcmVkaWNhcmQiLCJzdWJzY3JpcHRpb24iOiJhY3RpdmUiLCJleHBpcmVzIjoiMjAyNS0wNC0wOSJ9

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