A decisão do deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) de se afastar do seu mandato na Câmara dos Deputados para seguir nos Estados Unidos (EUA) repercutiu durante toda esta terça-feira (18) no Congresso Nacional. A movimentação aconteceu após o PT pedir a apreensão do passaporte do filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o que ampliou a tensão dos parlamentares da direita com o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). O pedido de investigação foi rejeitado após manifestação contrária da Procuradoria-Geral da República (PGR).
“Não irei me acovardar, não irei me submeter ao regime de exceção e aos seus truques sujos. Da mesma forma que assumi o mandato parlamentar para representar minha nação, eu abdico temporariamente dele, para seguir representando esses irmãos de pátria que me incumbiram dessa nobre missão. Irei me licenciar, sem remuneração, para que possa me dedicar integralmente e buscar as devidas sanções aos violadores de direitos humanos”, disse Eduardo Bolsonaro.
A expectativa agora é de que Eduardo fique nos EUA para focar na estratégia de convencer o governo Donald Trump a atuar pela anistia aos envolvidos nos ataques do 8 de janeiro no Brasil e para obter sanções ao ministro Alexandre de Moraes. O magistrado é relator do processo sobre a suposta tentativa de golpe de Estado no qual o ex-presidente Jair Bolsonaro foi denunciado.
A decisão do filho do ex-presidente, no entanto, foi vista com surpresa por parte de parlamentares da oposição dentro do Congresso. Eduardo Bolsonaro era um dos principais cotados para assumir a Comissão de Relações Exteriores da Câmara.
A expectativa da oposição era de que o filho do ex-presidente pudesse usar o comando do colegiado para uma aproximação institucional com o governo Trump. A comissão é responsável pelas relações diplomáticas e consulares da Casa com governos e entidades internacionais.
Segundo o deputado Carlos Jordy (PL-RJ), no entanto, houve uma “interferência por parte do STF” para que Eduardo Bolsonaro não fosse indicado para o colegiado. “O Supremo Tribunal Federal pode julgar quem quiser, aliás, pode fazer o que quiser, inclusive, influenciar nas decisões da Câmara, como está fazendo agora também com relação à indicação do deputado Eduardo Bolsonaro para a Comissão de Relações Exteriores”, parlamentar.
Ainda de acordo com Jordy, a Câmara tem aceitado a interferência de forma “omissa e covarde”. “Estão começando a dar recados, porque acham que isso é uma afronta ao STF, que isso vai tensionar as relações com os demais países e porque, inclusive, podem prender o deputado Eduardo Bolsonaro, se ele assim o fizer – tensionar essas relações. Afronta é o que o STF vem fazendo com esta Casa, e nós estamos aceitando isso de forma omissa e como covardes”, criticou.
Com o afastamento de Eduardo Bolsonaro, o deputado Filipe Barros (PL-PR) é visto como o favorito para assumir a Comissão de Relações Exteriores. A instalação dos colegiados da Câmara ainda depende de acordo junto aos líderes partidários. Mais cedo, o deputado Luciano Zucco (PL-RS), líder da oposição da Câmara, chegou a ser cogitado para a presidência da comissão, mas é o nome de Barros que tem ganhado força.
Eduardo vai pedir asilo nos EUA e Bolsonaro lamenta afastamento do filho
Ao confirmar o seu afastamento do mandato de deputado federal, Eduardo Bolsonaro afirmou que só retornará ao Brasil quando o ministro Alexandre de Moraes for punido por “abuso de autoridade”. “Serei julgado por um inimigo declarado, pela mesma pessoa que eu tenho denunciado aqui no exterior”, afirmou o parlamentar.
A expectativa agora é de que o filho do ex-presidente faça um pedido de asilo político ao governo de Donald Trump. Mais cedo, durante visita ao Congresso Nacional, o ex-presidente Jair Bolsonaro lamentou o afastamento do filho e afirmou que o governo norte-americano pode conceder o asilo ao deputado.
“O afastamento de um filho. Mas um filho que se afasta mais do que por um momento de patriotismo. Tenho um profundo respeito, admiração e gratidão por Donald Trump. Sei que, no momento, ele continuará abraçando o meu filho”, disse Bolsonaro.
Ainda durante sua passagem pelo Senado Federal, o ex-presidente voltou a criticar Alexandre de Moraes, ao dizer que o Brasil “vive uma ditadura”. Quem pode achar essa situação normal? Quando um juiz quer pegar alguém, ainda mais um membro da oposição. O que Moraes pratica não é justiça, é abuso de poder para fins políticos”, afirmou Bolsonaro.
Para o deputado Paulo Bilynskyj (PL-SP), o ministro Alexandre de Moraes “quer pegar” Eduardo Bolsonaro e, na avaliação dele, a decisão de afastamento do deputado foi acertada.
“O Alexandre quer pegá-lo. Foi isso que motivou um pai de família a deixar o pai, a mãe, os irmãos, os amigos, para buscar a segurança de continuar trabalhando por nós. Eu tenho certeza de que o deputado Eduardo vai continuar nos representando nos Estados Unidos frente à perseguição e à ditadura que vivemos”, disse.
Na mesma linha, o deputado Maurício Marcon (Podemos-RS) afirmou que “em breve Alexandre de Moraes estará atrás das grades e o país voltará a respirar a liberdade”. “Esses absurdos de violação dos direitos humanos, da democracia, decisões que não são baseadas em nada na nossa Constituição precisam cessar, e, se não houver pessoas corajosas como Eduardo Bolsonaro, nós não conseguiremos”, defendeu.
Líder da oposição no Senado, Rogério Marinho (PL-RN), afirmou que “se o Eduardo teme acontecer algo com ele, imaginem os cidadãos comuns”.
“Nós fomos impactados hoje com a decisão do deputado Eduardo Bolsonaro, que entendeu [ser melhor seguir nos EUA], em função dessa instabilidade, dessa insegurança, desse temor que existe no Brasil, sobre o respeito às liberdades individuais, à própria inviolabilidade do mandato. Imaginem, se um deputado federal com a importância, com a relevância de Eduardo teme o que pode acontecer com ele, imagine um cidadão brasileiro comum”, disse Marinho.
Moraes arquiva pedido de apreensão do passaporte feito pelo PT
Na esteira da decisão de afastamento do mandato de Eduardo Bolsonaro, o ministro Alexandre de Moraes arquivou o pedido de investigação contra o parlamentar. A ação foi apresentada pelo PT, que acusava o filho do ex-presidente de articular com parlamentares norte-americanos medidas contra a Corte brasileira.
A decisão foi baseada no parecer da Procuradoria-Geral da República (PGR), que concluiu não haver elementos suficientes para dar seguimento ao caso. Além do pedido de investigação, o PT pedia que o STF apreendesse o passaporte de Eduardo Bolsonaro.
“As apontadas relações mantidas entre o parlamentar requerido e autoridades estrangeiras são insuficientes para configurar a prática das condutas penais previstas”, diz o parecer da PGR.
Além disso, o documento afirma que as ações mencionadas “se inserem no âmbito do exercício da atividade parlamentar e estão desacompanhadas de ações concretas que possam indicar intenção delituosa”.
Com a decisão de Moraes, a investigação está oficialmente encerrada, salvo o surgimento de novas provas. O ministro ressaltou que o STF não pode iniciar uma ação penal sem denúncia do Ministério Público e que, no atual contexto, não há justa causa para a continuidade do caso.
“Assim, tendo o Ministério Público requerido o arquivamento no prazo legal, não cabe ação penal privada subsidiária, ou a título originário”, afirmou Moraes.
Questionado sobre a decisão de arquivamento, o deputado Eduardo Bolsonaro afirmou que “ainda não se sente confortável de retornar ao Brasil”.
“O cálculo que eles fazem é sempre político. Lamentavelmente, na Suprema Corte existem algumas pessoas que não se importam com as leis e as decisões são sempre políticas. A pressão veio forte e a repercussão foi grande da notícia de que eu não retornaria ao Brasil. Isso não me deixa confortável para retornar ao Brasil”, disse durante entrevista à Revista Oeste.
FONTE: GAZETA DO POVO https://www.gazetadopovo.com.br/republica/afastamento-de-eduardo-bolsonaro-surpreende-oposicao-e-acirra-embate-com-moraes/
CPI do Abuso de Autoridade é prioridade número um para o país

Com muita pompa e circunstância, o Congresso Nacional está comemorando os 40 anos da redemocratização do Brasil, contados a partir de 15 de março de 1985, data da posse de José Sarney, que substituía o presidente eleito, Tancredo Neves, internado na véspera e que faleceria pouco mais de um mês depois. Uma sessão solene no Senado, realizada nesta terça-feira, e outra na Câmara, marcada para esta quarta-feira, recordam o fim do regime militar, que, entre outras arbitrariedades, prendeu e censurou. Pois apenas quatro décadas depois, a ascensão de um novo regime que prende e censura de forma arbitrária pede uma resposta contundente, que o novo presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), hesita em dar.
Descansam na gaveta de Motta dez requerimentos de criação de Comissões Parlamentares de Inquérito (CPIs), uma herança da gestão de Arthur Lira (PP-AL). Todas elas cumprem o requerimento constitucional do apoio de ao menos um terço dos deputados, mas é preciso que o presidente da Câmara instale a comissão. Não há nenhuma CPI em andamento na casa atualmente, e o Regimento Interno permite que até cinco dessas comissões funcionem simultaneamente. O requerimento que há mais tempo aguarda a decisão do presidente da Câmara é também o mais importante de todos eles: trata-se da CPI do Abuso de Autoridade, cuja abertura foi solicitada pelo deputado Marcel van Hattem (Novo-RS) em 24 de novembro de 2022. O pedido é tão antigo que já foi arquivado uma vez, devido à mudança de legislatura, mas foi repetido no ano seguinte.
Se quiser mesmo demonstrar compromisso democrático, Hugo Motta precisa superar a hesitação e instalar a CPI do Abuso de Autoridade
O requerimento pede a investigação sobre a “violação de direitos e garantias fundamentais, a prática de condutas arbitrárias sem a observância do devido processo legal, inclusive a adoção de censura e atos de abuso de autoridade, por membros do Tribunal Superior Eleitoral e do Supremo Tribunal Federal”, concentrando-se em alguns casos específicos, para cumprir outra exigência constitucional sobre a abertura de CPIs: episódios de censura, de bloqueio de contas bancárias e a perseguição a empresários por conversas em um grupo privado de WhatsApp. Não se trata, como já afirmamos inúmeras vezes, de responsabilizar judicialmente ministros do Supremo ou do TSE, até porque os deputados nem podem fazê-lo; o objetivo é usar esses casos emblemáticos para lançar toda a luz possível sobre todos os desmandos e arbitrariedades cometidos pelos tribunais superiores nos últimos anos, e sua atuação direta contra liberdades e garantias democráticas.
A recuperação da correta compreensão da natureza e do alcance da liberdade de expressão, para enfim superarmos o apagão que vigora há tantos anos, é uma prioridade nacional, e a CPI do Abuso de Autoridade é a “prioridade dentro da prioridade”: é o que de mais importante os deputados poderiam fazer no momento para recuperar, ao menos parcialmente, a normalidade democrática no Brasil. Não pode haver dúvida alguma a esse respeito, e nos últimos meses o país ganhou ainda mais motivos para comprovar o caráter inadiável desta CPI, do bloqueio do X até as revelações sobre a atuação “fora do rito” pela qual o TSE, presidido por Alexandre de Moraes, abastecia os inquéritos abusivos conduzidos pelo mesmo ministro no Supremo.
Se Motta estivesse relutante em instalar a CPI por não compreender a sua relevância no momento atual do país, já estaríamos diante de um caso extremo de cegueira inaceitável no ocupante de um dos cargos mais relevantes da República. No entanto, parlamentares ouvidos pela Gazeta do Povo apontam para um cenário ainda pior: Motta não estaria disposto a criar atritos com o Judiciário. Se de fato for esse o caso, este seria o atestado definitivo do tipo de superpoder em que o STF se transformou, capaz de intimidar assim um dos chefes do Legislativo – ironicamente, mais um motivo que justificaria a necessidade da CPI que Motta hesita em deixar funcionar.
Nesta quarta-feira, a Câmara será palco de muitas loas à democracia, no marco dos 40 anos da posse de um civil no Palácio do Planalto. De fato, a democracia merece ser enaltecida, mas ela não depende apenas de o mandatário de turno usar terno em vez de farda, ou de ser legitimado pelo voto popular em vez da ponta da baioneta. A democracia depende do império da lei, do respeito às garantias e liberdades individuais, do funcionamento dos freios e contrapesos, e tudo isso está em falta no país. Se quiser mesmo demonstrar compromisso democrático, Motta precisa superar a hesitação e instalar a CPI do Abuso de Autoridade; ela fará mais pela democracia brasileira que todos os discursos deste dia 19.
FONTE: GAZETA DO POVO https://www.gazetadopovo.com.br/opiniao/editoriais/cpi-abuso-de-autoridade-prioridade-numero-um-para-o-pais/
Juiz da causa, Moraes é indicado por acusado para depor como vítima

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), relator da denúncia sobre suposto plano de golpe de Estado que envolveria seu próprio assassinato, foi indicado por um dos acusados para depor no processo enquanto vítima.
O pedido foi feito pela defesa do tenente-coronel Rodrigo Bezerra de Azevedo, um dos “kids pretos” acusados de participar da operação que teria mirado a residência funcional do ministro.
O regimento interno do STF atribuiu ao relator do processo – no caso, o próprio Moraes –, a função de dirigir perguntas às testemunhas, inclusive à vítima. Em alguns casos, o regimento permite que o relator convoque outro juiz para exercer a função. No entanto, nos procedimentos de investigação do suposto plano de seu assassinato, Moraes tem chamado a atenção por conduzir interrogatórios pessoalmente, como, de forma controversa, na delação do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Lei exige depoimento da vítima, argumenta defesa
Ao indicarem Moraes como testemunha, os advogados de Azevedo garantiram que não se tratava de provocação ao ministro: “Tal providência é indispensável para a observância do disposto no artigo 400 do Código de Processo Penal”. A referência era a um artigo que estabelece que a vítima do crime será ouvida na audiência de instrução.
À Gazeta do Povo, o advogado do tenente-coronel, Jeffrey Chiquini, justificou: “Nós apenas corrigimos uma deficiência processual que estava havendo”. Segundo o defensor, o ministro não tinha dado depoimento até agora, embora fosse vítima citada 43 vezes no texto da denúncia que resultou das investigações.
O advogado criminalista Gabriel Duda Deveikis corrobora a posição de Chiquini e salienta que a vítima é ouvida nos processos criminais “em quase 100% dos casos”. Segundo ele, esse elemento é considerado “muito importante” para a formação do convencimento do juiz.
No entanto, no caso concreto, Deveikis afirma ser “impossível operacionalizar” a ideia de o próprio juiz ser ouvido como vítima ou testemunha. Para o criminalista, um juiz que se deparar com um pedido do gênero deve se declarar impedido de atuar na causa, porque a lei proíbe um juiz de ocupar múltiplas posições no mesmo processo: “Ou ele é uma coisa, ou é outra”.
Juristas questionam imparcialidade de Moraes
Foi justamente essa a alegação do ex-presidente Jair Bolsonaro, também acusado, ao pedir que o ministro Moraes fosse considerado impedido de julgar o caso, justamente por figurar como vítima. No entanto, o pedido foi negado pelo STF em dezembro.
Na explicação do professor de direito processual penal Rodrigo Chemim, o STF tem argumentado nesses casos que “o crime atinge a coletividade, não uma vítima individualizada”.
O tenente-coronel Azevedo é acusado, entre outros crimes, de tentativa de golpe de Estado, listado no Código Penal entre os “crimes contra o Estado Democrático de Direito”.
O professor Chemim, no entanto, discorda da tese e argumenta que ela poderia ser invocada para qualquer outro crime. Segundo o professor, juridicamente, “o Estado é sujeito passivo de todos os crimes”, mesmo os do dia a dia, como furtos.
Chemim explica que é justamente por ser considerado vítima que o Estado tem o direito de processar quem pratica os crimes – sem que o indivíduo diretamente prejudicado também deixe de ser considerado vítima, inclusive para ser ouvido em audiência.
Além de proibir que o juiz atue em processo no qual é vítima, o artigo 252 do Código de Processo Penal também traz proibição separada de que o juiz atue quando tiver servido como testemunha – o que poderá ser o caso, se o ministro aceitar o pedido apresentado pela defesa do tenente-coronel Azevedo.
Até o momento, o STF não foi chamado a se pronunciar sobre eventual impedimento de Moraes para julgar processo em que tenha deposto como testemunha.
No entanto, Chiquini, advogado do militar, disse à revista Oeste que considerava como cenário mais provável Moraes invocar a tese anterior do STF para se recusar a depor. Nesse caso, especula o advogado, o ministro alegaria que a vítima do suposto plano de homicídio não era ele, e sim o Estado Democrático de Direito.
Crítico à possível tese, o advogado diz que, se ela prevalecer, Moraes estará se colocando não só como “vítima, testemunha, investigador, juiz, [mas] se tornará também o Estado”.
FONTE: GAZETA DO POVO https://www.gazetadopovo.com.br/vida-e-cidadania/juiz-moraes-indicado-depor-como-vitima/
Eunice Paiva, matriarca de “Ainda Estou Aqui”, financiou o aborto do próprio neto

Eunice Paiva, a matriarca retratada no filme “Ainda Estou Aqui”, pagou pelo aborto do próprio neto. A revelação foi feita por Marcelo Rubens Paiva em seu livro homônimo, que inspirou a obra nos cinemas. Segundo o autor, sua mãe teve um papel fundamental na decisão de interromper a gravidez de sua namorada, então com 18 anos.
“Ela nem pensou duas vezes. Não deu lição de moral, uma dura, não reagiu emocionalmente, usou a razão, como sempre. Deu o dinheiro, apoio, e ainda exigiu o melhor”, escreveu ele no capítulo que ficou de fora do filme que rendeu o primeiro Oscar ao Brasil.
Marcelo começa a história tentando justificar sua decisão afirmando que, em 1979, era um estudante do terceiro ano da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) sem dinheiro, vivendo da mesada da mãe e fazendo pequenos trabalhos. Conforme relata no livro, “no calor de um fim de semana na casa de praia de amigos”, eles deram “bobeada” e ela engravidou.
Segundo Marcelo, a família da jovem era “muito conservadora” e ele pesquisou as opções (o aborto), pois queria o “melhor” para a namorada. No seu relato, porém, a garota parece não ter voz. Não fica claro se o aborto foi uma escolha dela ou foi coagida. Para disfarçar o procedimento para retirar o bebê, disseram à família da namorada que fariam uma viagem.
Marcelo descobriu que havia tipos diferentes de aborto e queria o “mais seguro”, afirma no livro. O escolhido por ele foi a sucção, procedimento “caríssimo”, fora de seu alcance financeiro. Foi então que pediu dinheiro à mãe, Eunice, moradora do Jardim Paulista, bairro nobre de São Paulo.
“Minha mãe era assim: não me deu uma dura por engravidar a namorada, me deu uma força para resolver o problema”, relata no livro, tratando o filho em gestação como um “problema”.
Aborto por sucção
Segundo o livro, o aborto foi realizado em uma clínica no Itaim, indicada pelo ginecologista de sua mãe. “Minha mãe era machista. Topava as maluquices e irresponsabilidades do filho homem. Não as das meninas”, acrescenta Marcelo.
O aborto por sucção é um procedimento no qual a mulher é sedada ou anestesiada, tem o colo do útero aberto e um tubo de vácuo (sucção) é introduzido no útero para remover o feto.
Dr. Renato Sá, vice-presidente Sociedade de Ginecologia e Obstetrícia do Rio de Janeiro, explica que geralmente a aspiração é feita de uma vez, retirando o saco gestacional inteiro.
A sucção também é usada nos casos de aborto espontâneo retido, quando o bebê morre e fica dentro do útero, ou incompleto, quando parte dele permanece no corpo da mãe.
“Na aspiração, a mulher é anestesiada e injetado um tipo de seringa grande, que faz o vácuo, na cavidade uterina. Em geral, é uma única sugada, mas pode ocorrer mais de uma se precisar. Costuma ser feito até 12 semanas de gestação”, diz a ginecologista e obstetra Beatriz Barbosa.
No Brasil, o aborto só é permitido na legislação em caso de estupro, quando a mãe corre risco de vida e, quando o bebê é diagnosticado com anencefalia, que é a ausência parcial ou total do cérebro.
Convicção da Gazeta: Defesa da vida desde a concepção
Marcelo ainda tenta se retratar como um namorado solidário ao trauma da companheira, escrevendo que “esperou horas num sofá”, “não dormiu” e ficou “segurando a mãozinha dela”. Ainda de acordo com o livro, a “mãe nunca mais tocou no assunto”.
O capítulo termina com o autor mencionando outro episódio emblemático daquele ano. No fim de 1979, Marcelo sofreu um acidente que o deixaria para sempre usando cadeira de rodas.
“Quando acordei na UTI, eu estava paralisado do pescoço para baixo. Ela (mãe) ficou do meu lado. Mas aí é outro livro”, escreve em referência à publicação “Feliz Ano Velho”, de 1982.
O livro autobiográfico narra a história do acidente que o deixou tetraplégico. Ele bateu com a cabeça em uma pedra quando saltou em um lago.
FONTE: GAZETA DO POVO https://www.gazetadopovo.com.br/ideias/eunice-paiva-financiou-o-aborto-do-proprio-neto/
Lula não é favorito para 2026 e Tarcísio tem mais chance de vencê-lo, diz mercado

Mais da metade dos analistas do mercado financeiro acredita que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não é mais o favorito para se reeleger à presidência em 2026, de acordo com a mais nova rodada da pesquisa Quaest divulgada nesta quarta (19).
O levantamento, que ouviu 106 agentes do mercado financeiro, confirma a disparada da desaprovação de Lula pela opinião pública desde o final do ano passado, e que já respinga diretamente nas eleições do ano que vem. O petista chegou a ser o favorito para vencer há um ano, e hoje as chances de isso acontecer, segundo os entrevistados, são cada vez menores:
A Quaest ouviu 106 analistas do mercado financeiro, gestores, economistas e tomadores de decisões entre os dias 12 e 17 de março, com uma margem de erro de 3,4% para mais ou para menos.
Além de não ser mais favorito para vencer a eleição presidencial do ano que vem, 60% os agentes ouvidos pela Quaest acreditam que ele será candidato, embora diga que não pensa nisso neste momento. Apenas 29% não esperam pela candidatura dele.
Ainda de acordo com os entrevistados, o governador paulista Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP) tem mais chances de vencer um candidato da esquerda nas próximas eleições, superando nomes postos na mesa em outras pesquisas recentes de intenção de votos para a próxima eleição presidencial:
- Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP): 93%;
- Eduardo Bolsonaro (PL-SP): 3%;
- Ratinho Jr. (PSD-PR): 1%;
- Michelle Bolsonaro (PL): 1%;
- Simone Tebet (MDB-MS): 1%;
- Não sei: 1%.
A pesquisa revelou que parte dos políticos do campo da direita tem uma melhor confiança do mercado financeiro do que da esquerda:

Já no campo da esquerda, uma eventual desistência de Lula para tentar se reeleger no ano que vem abriria espaço principalmente para uma nova tentativa do ministro Fernando Haddad, da Fazenda, concorrer. Ele foi derrotado em 2018 por Jair Bolsonaro (PL):
- Fernando Haddad (PT): 57%;Geraldo Alckmin (PSB): 10%;
- Eduardo Paes (PSD-RJ): 8%;
- Camilo Santana (PT-CE): 7%;
- Rui Costa (PT-BA): 4%;
- Ciro Gomes (PDT-CE): 3%;
- Outro: 6%;
- Não sei: 5%.
A pesquisa também apontou que o maior risco para a reeleição de Lula é o aumento da inflação (80%), que atinge diretamente os preços dos alimentos e que fez a desaprovação do presidente disparar desde o final do ano passado. A baixa popularidade também preocupa na possível candidatura dele a um quarto mandato (67%).
Isso fez com que, na avaliação do mercado financeiro, o governo passasse a se preocupar mais com a popularidade do presidente do que com o equilíbrio fiscal, enfraquecendo o papel de Haddad no governo em segurar a condução das contas públicas.
Ao todo, a Quaest ouviu 106 analistas do mercado financeiro, gestores, economistas e tomadores de decisões entre os dias 12 e 17 de março, com uma margem de erro de 3,4% para mais ou para menos.
FONTE: GAZETA DO POVO https://www.gazetadopovo.com.br/republica/lula-nao-favorito-2026-tarcisio-mais-chance-vence-lo/

A grita contra a “mulher bonita” de Lula

A declaração de Lula por ocasião da escolha de Gleisi Hoffmann, como ministra da articulação política, gerou grande repercussão. O presidente disse que uma “mulher bonita” ia favorecer o entendimento no Congresso. Poucas vezes Lula foi tão criticado no país. Logo ele, com a exuberância de suas obras completas.
O destaque ficou para a bancada feminina na imprensa. Várias dessas jornalistas que têm vivido a exaltar o governo petista, procurando formas de adocicar até a inflação, gritaram em uníssono contra o ato machista. Poxa, não dava pra quebrar mais esse galho?
Não, não deu. Uma delas chegou a exigir que o presidente se desculpasse com ela (a própria jornalista, não a Gleisi). Enquanto isso, tem uma ministra de Lula dizendo aos quatro ventos que foi assediada por um ex-ministro de Lula – e não se ouve grita alguma. Detalhe: era o ministro dos Direitos Humanos.
O ministro foi demitido e o caso saiu das manchetes. O próprio ministro andou tentando acomodar as coisas com sua acusadora (uma delas), dizendo que ambos tinham sido vítimas de uma armadilha. Não colou. A acusação de assédio foi reiterada em público. Sem coro de indignação feminina na mídia. Vai ver que não há preparo suficiente ainda para proselitismo simultâneo (racial e sexual).
As redes sociais andaram inventando a coleção de frases de Lula com sotaque machista. Não são poucas, são bem conhecidas e aqui podemos poupar o respeitável público de tamanha erudição. Mas nenhuma delas gerou a grita que sobreveio à “mulher bonita”.
Será que o feminismo adormecido acordou? Ou só desandou a falar dormindo?
Não importa. Se a questão é humanitária, a conta do silêncio midiático já está bem alta. Que tal gritar contra os massacres de Maduro e a eleição roubada sob a vista grossa do Brasil? E o petismo com carta branca para bancar os terroristas do Hamas? E o apoio indefensável à ditadura de Ortega? São muitas as “mulheres bonitas” no campo da complacência autoritária. O Oscar não virou troféu para Lula, o “Sr. Democracia”? Será que todo esse silêncio é para não estragar a lenda?
De qualquer forma, todo despertar é bem-vindo. Pena que não tinha “mulher bonita” na planilha da Odebrecht.
FONTE: GAZETA DO POVO https://www.gazetadopovo.com.br/vozes/guilherme-fiuza/a-grita-contra-a-mulher-bonita-de-lula/

Os anistiados de 1979 se tornaram os ditadores de hoje

Durante a manifestação pela anistia dos presos do 8 de janeiro, e mesmo com a patética orientação de não se levar cartazes, alguém usou uma cartolina e um pincel atômico azul (ou seria verde?) para escrever que “os anistiados de 1979 são os ditadores de hoje”. Infelizmente não tenho a imagem, mas você a encontra facilmente por aí.
Concordo e me parece difícil discordar do autor do cartaz. Principalmente depois que Marcelo “Ainda Estou Aqui” Rubens Paiva andou fazendo campanha contra a anistia de gente como a cabeleireira Débora Rodrigues. Que, ao contrário do pai do cadeirante, comunista notório que queria instalar no Brasil uma ditadura do proletariado, apenas escreveu “Perdeu, mané!” naquela estátua feia e cafona em frente ao STF.
Não me conformo
Não me conformo. E não me conformo justamente porque Marcelo Rubens Paiva sabe melhor do que eu e você a dor que é perder um ente querido para o Estado hiperpoderoso, cruel, perverso e autoritário. Tampouco me conformo com o silêncio da esquerda festiva, dos Caetanos, Gils e Chicos da vida. Afinal, eles sabem que o “perdeu, mané” da cabeleireira nunca teve esse poder revolucionário todo que os canalhas atribuem ao ato que, se tivesse sido cometido por alguém de esquerda, seria considerado uma “instalação revolucionária que denuncia o sistema opressor, blá, blá, blá” e talvez estivesse até exposta em Inhotim.
Aqui vale notar que o “perdeu, mané” da Débora é catártico e até espirituoso. Ao contrário do “perdeu, mané” original, aquele que Barroso esfregou na cara da sociedade enquanto curtia um privilégio em Nova York. Esse, sim, é um ato que transborda soberba, ressentimento, violência e desejo de vingança. Ou seja, é fruto da mentalidade revolucionária que, pasmem!, ocupa o posto mais alto do Judiciário brasileiro.
Gabeira
De volta ao cartaz, porém, fiquei pensando na lenta construção das circunstâncias capazes de transformar em ditadores os anistiados de 1979. Não, esquece! Não vou continuar esse raciocínio, que culminaria numa crítica aos meus professores. Porque acabei de me lembrar do Gabeira e, mais do que Rubens Paiva, o Gabeira ser contra a anistia (ou não se manifestar claramente a favor dela – dá no mesmo) é de uma incoerência sem tamanho. Ou melhor, desse tamanho assim, ó.
Gabeira fez parte do grupo que sequestrou o embaixador americano Charles Burke Elbrick, lá no longínquo ano de 1969. O crime (e acho que ninguém vai discordar se eu disser que um sequestro é beeeeeeeeeem mais grave do que uma pichação numa estátua feiosa) virou até peça de propaganda filme. Bom filme, aliás, que a direita deveria assistir para entender como é até natural (sim, natural) que os anistiados de 1979 se tornassem os ditadores de hoje. Meu amigo, esse sempre foi o objetivo.
Sacripanta
Definitivamente, o grito de “sem anistia” dos ex-revolucionários de esquerda, dados a assaltar, sequestrar e matar em nome da ditadura do proletariado, nada mais é do que sem-vergonhice. Patifaria. Coisa de sacripanta – palavra feia, mas gostosa de dizer. É a submissão total de qualquer resquício de humanidade à ideologia. (Não que já não soubéssemos disso, mas que fique registrado). Coisa de quem, aos 84 anos, não aprendeu nada nada nada. Impressionante.
Quanto ao cartaz que diz que os anistiados de 1979 são os ditadores de hoje, só vejo um probleminha nele. É que, ao fazer o diagnóstico certo do presente, ele ignora o futuro ameaçador que (sem querer) prenuncia. Afinal, o cartaz pode ser interpretado como um agourento sinal de que o ciclo de vingança, violência e ressentimento políticos não terá fim tão cedo. E que os que pedem anistia em 2025 podem vir a se tornar os ditadores daqui a 40 ou 50 anos. Ou você duvida?
Fetiche & perversão
Eu não duvido. Até porque a defesa plena da democracia como “a única forma de governo que respeita plenamente a dignidade humana e permite aos cidadãos desenvolverem ao máximo as suas potencialidades” ainda não pegou por aqui. E, vamos combinar?, esse STF que está aí, ao tratar a democracia como uma palavrinha da moda, como um fetiche e uma perversão, não ajuda a fomentar cultura democrática nenhuma.
Em algum momento, porém, esse ciclo terá de ser rompido. E não será com a hegemonia de um grupo supostamente virtuoso, a direita liberal conservadora cristã tal e tal, e sim com (1) o fim da cultura do medo e (2) a recusa, nem que doa, em continuar com o ciclo de vingança, violência e ressentimento e vingança, violência e ressentimento e. Não sei se ainda estarei aqui para ver isso, mas acordei otimista hoje. Então.
FONTE: GAZETA DO POVO https://www.gazetadopovo.com.br/vozes/polzonoff/anistiados-1979-ditadores-hoje/

Lula cancela ida a Santa Catarina para evitar vaia

O presidente Lula iria a Santa Catarina nesta semana, mas cancelou a ida a Itajaí e Navegantes. Alguns dizem que ele viu o governador Jorginho Mello no palanque de Copacabana, ao lado de Jair Bolsonaro, ficou com raiva e deixou de ir. Na verdade, Lula deve ter pedido para avaliarem bem o que poderia acontecer com ele lá. Não consegue atrair mais público. E em Santa Catarina poderia haver vaia, porque sabemos que a maioria de Santa Catarina desaprova o governo Lula cada vez mais.
O Congresso virou o último dos três poderes, e por vontade própria
Lula convidou os presidentes da Câmara e do Senado para outra viagem, para o Japão, e eles aceitaram. O Legislativo é o mais importante dos poderes, é o primeiro a ser mencionado no artigo 2.º da Constituição, mas está encolhido, castrado – autocastrado. O Supremo faz e muda leis no lugar do Legislativo, estabelece até quantos gramas de maconha o maconheiro ou o traficante podem carregar, e o Congresso fica olhando. Rasga-se a Constituição a toda hora e o Senado não reage. É o único poder que pode reagir, o único que está acima do Supremo, porque o Senado aprova os ministros do STF e também tem o poder recíproco de reprovar, mas não faz nada. E estão aceitando convites de Lula a toda hora, achando tudo muito bonitinho.
A Constituição diz que os poderes são “independentes e harmônicos”. Nota 10 para a harmonia dos presidentes da Câmara e do Senado. Mas para a independência… o Legislativo está em primeiro lugar na Constituição e, por vontade própria, vai para o lugar derradeiro. O pior é que leva seus representados consigo.
Governo admite que está tirando R$ 27 bi por ano dos mais pobres
Lula fez o convite para a viagem quando entregou o projeto de lei que isenta de Imposto de Renda – mas só no ano que vem, se o projeto for aprovado – os que ganham menos de R$ 5 mil. E o governo diz que precisa achar uma compensação para os R$ 27 bilhões que vai deixar de arrecadar. Quer dizer que o governo admitiu que está cobrando, neste ano, R$ 27 bilhões de Imposto de Renda dos mais pobres! E só no ano que vem esses brasileiros, que ganham até R$ 60 mil no ano, ou R$ 5 mil por mês, estarão isentos.
Para buscar a compensação desses R$ 27 bilhões o governo diz que vai cobrar dos “super-ricos”. Quem são eles? Os que ganham mais de R$ 600 mil por ano, ou R$ 50 mil por mês. Diz o ministro Fernando Haddad que os super-ricos são 100 mil brasileiros. Já o relatório mundial da União de Bancos Suíços afirma que só há 45 pessoas super-ricas no Brasil. Além disso, quem ganha R$ 50 mil não recebe isso no contracheque; ganha como pessoa jurídica, como empresário, e é classe média-alta. Super-rico talvez seja alguém que ganhe R$ 1 milhão, R$ 2 milhões por mês.
Tem algo de muito esquisito com os perdões que Biden assinou no fim do mandato
Lembram daqueles perdões assinados por Joe Biden nos últimos dias de seu mandato de presidente dos Estados Unidos? Ele perdoou o próprio filho, o cunhado, perdoou também Anthony Fauci, que foi o doutor da Covid, do distanciamento, do fecha-tudo, do bota máscara, do tomem a vacina da Pfizer. Ninguém ainda apresentou nada contra ele, mas estavam desconfiando que iriam pegá-lo por ter cometido erros que custaram a vida de muita gente
Agora descobrem que as assinaturas desses perdões são absolutamente idênticas. Se empilhar tudo e olhar de cima, vemos uma só. Não tem um tracinho sequer diferente das outras. E o presidente Trump, então, está dizendo que provavelmente alguém assinou por ele, porque Biden nem sabia de nada. Durante um briefing na Casa Branca, os repórteres perguntaram como é que o governo iria provar isso, e a porta-voz de Trump respondeu: vocês não são investigadores, não investigaram o caso Watergate? Investiguem também que vão descobrir.
FONTE: GAZETA DO POVO https://www.gazetadopovo.com.br/vozes/alexandre-garcia/lula-viagem-santa-catarina-vaia/
Ex-ministro socialista da Espanha é investigado por ‘lavar’ dinheiro no Brasil

“Operador” de José Luis Abalos, ex-ministro do Desenvolvimento do governo socialista da Espanha, “lavou” mais de 500 mil euros (R$3,1 milhões), no Brasil, furtados de contratos de compra de máscaras durante a pandemia da covid, segundo a Promotoria Anticorrupção da Espanha, órgão especial do Ministério Público. Autoridades espanholas afirmam que para “dificultar o rastreamento” do dinheiro roubado uma boa parte foi depositada em conta aberta em nome da empresa brasileira Suro Capital no banco Itaú BBA. O caso já é investigado no Brasil.
Lavagem socialista
Policiais suspeitam que o dinheiro acabou retornando às mãos do ex-ministro socialista, por meio de pessoas próximas.
Silêncio no Brasil
Há suspeita da participação de brasileiros no esquema, que explodiu há um ano, quando foi preso Koldo Izaguirre, ex-assessor de Ábalos.
Acusações graves
Ábalos já responde a processo no Supremo espanhol por suspeita de corrupção, peculato, tráfico de influência e crime organizado.
Absurdo ao quadrado
O grupo criminoso, diz a promotoria espanhola, também usou empresas em Luxemburgo para lavar dinheiro roubado de verbas para a pandemia.
Lula é reprovado por 88% do mercado e aprovado por 4%

A pesquisa da Quaest divulgada nesta quarta (19) registra que a avaliação do governo Lula no mercado financeiro é negativa para 88% dos agentes entrevistados, neste mês de março. E apenas 4% consideram o governo petista negativo, com 8% de avaliação regular.
Os entrevistados ainda atribuem a queda de popularidade de Lula, principalmente, à alta nos preços dos alimentos (64%) e aos equívocos na política econômica (56%). O mercado ainda avalia que o aumento dos impostos (41%) e violência urbana e insegurança (36%) pesam negativamente na aceitação de Lula junto ao eleitor brasileiro.
A Quaest ainda registra que 92% dos agentes financeiros apontam o presidente Lula como principal responsável pelo rumo tomado pela política econômica do Brasil. Enquanto somente 5% indicam o ministro da Fazenda Fernando Haddad como quem conduz a economia nacional; 2% indicam o Congresso Nacional e 1% diz ser o Banco Central o culpado.
Ainda assim, o desempenho de Lula teve leve melhora desde dezembro, quando 90% do mercado avaliava negativamente a gestão do petista. E somente 3% aprovava o governo.
A Quaest ouviu 106 fundos de investimentos com sede em SP e no RJ, via questionários online, entre os dias 12 e 17 de março. Entre os entrevistados estão economistas, analistas, gestores e tomadores de decisão do mercado financeiro. A pesquisa encomendada pela Genial Investimentos tem margem de erro de 3,4 pontos percentuais para mais ou para menos.
Janja vai dar uma esticada a Paris após passeio no Japão

Janja optou por roteiro internacional próprio, longe do maridão. Ela viaja ao Japão uma semana antes de Lula (PT), para agenda e gastos sob “sigilo”, e emenda com intrigante viagem a Paris. “La vie en rose” sempre encanta a politicalha, ainda mais por conta de quem paga impostos. O governo diz que Janja irá “preparar a visita de Lula”. É falso: integram os escalões “avançado” e “precursor”, sem espaço para improvisações, apenas rigorosos profissionais de logística, comunicações e segurança. A informação é da Coluna Cláudio Humberto, do Diário do Poder.
O governo não informa custos da viagem e de hotéis de luxo: “Janja não tem cargo público”. Mas não explica por que então pagamos o passeio.
Em Paris, Janja irá a uma “Cúpula para Nutrição e Crescimento”, dias 27 e 28. Mas o governo prefere divulgar que o tema, claro, será desnutrição.
Paris foi escolhida sob a explicação oficial da realização, ali, dos jogos olímpicos, cujo cardápio até virou alvo de críticas dos atletas em 2024.
FONTE: DP´https://diariodopoder.com.br/uncategorized/janja-vai-dar-uma-esticada-a-paris-apos-passeio-no-japao
Eduardo Bolsonaro fica nos EUA e vira novo exilado político

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) anunciou que se licenciará do cargo e permanecerá nos Estados Unidos para evitar o que considera uma “perseguição política” no Brasil.
O parlamentar acusou o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, de abusar de sua autoridade e afirmou que não retornará ao Brasil enquanto o ministro não for punido pelos supostos crimes que teria cometido.
Eduardo afirmou que seu passaporte corre risco de apreensão e que há um plano para prendê-lo injustamente no Brasil.
Para evitar isso, o deputado decidiu se licenciar sem remuneração e se dedicar à busca de sanções aos responsáveis pelos “violadores de direitos humanos”.
Eduardo criticou a atuação de Moraes e da Polícia Federal, a quem se referiu como “gestapo”, e declarou que sua missão será buscar justiça para os apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que, segundo ele, estão sendo perseguidos.
O deputado ainda comentou sobre a prisão de figuras como o ex-secretário de Segurança Pública do DF, Anderson Torres, e a condenação do ex-deputado federal Daniel Silveira.
O parlamentar alega que Moraes age ilegalmente para silenciar opositores e que sua missão será lutar por eleições limpas e transparentes no Brasil, denunciando as ações do STF e do governo atual.
Eduardo afirmou que sua decisão de permanecer no exterior foi protegida por uma “providência divina”, já que ele havia partido para os EUA no mesmo dia em que deputados do PT pediram à PGR a apreensão de seu passaporte.
‘Não tenho dinheiro para comer, como vou pagar multa?’: o drama do morador de rua preso pelo 8 de janeiro para negociar acordo com a PGR

A Defensoria Pública da União (DPU) tenta negociar com a Procuradoria-Geral da República (PGR) os termos do Acordo de Não Persecução Penal (ANPP) do morador de rua Flávio Soldani, de 58 anos, preso por causa do 8 de janeiro.
Sem nenhuma motivação política, Soldani frequentava os acampamentos montados nas cercanias do Quartel-General (QG) de Brasilia para comer e dormir. Ele não encontrou condições de se manter na capital federal, desde que chegara de Natal (RN) em busca de uma vida nova. Acabou detido pela polícia no dia seguinte ao protesto na Praça dos Três Poderes.
Oferecido aos detidos no QG, o ANPP da PGR prevê a confissão de crimes, a realização de um “curso da democracia”, o cumprimento de horas de trabalho comunitário e o pagamento de uma multa, que, em alguns casos, chega a R$ 5 mil. Dessa forma, a DPU solicitou à PGR que dê condições de o morador de rua cumprir o acordo a fim de se livrar da tornozeleira e outras restrições. “Não tenho dinheiro para comer” relatou Soldani, durante uma audiência com um juiz auxiliar do gabinete do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). “Como vou pagar multa? Para varrer uma rua, preciso, antes, ter dormido um pouco e me alimentado também, além de possuir um local para guardar as minhas coisas, o que não tenho hoje.” Ao STF, a DPU observou que o homem está “debilitado fisicamente, com 14 quilos a menos que o seu peso habitual”.
Soldani foi ouvido pelo magistrado que trabalha com Moraes, depois de ter sido preso preventivamente no domingo 16, na cidade de São Paulo. O homem esteve na manifestação pela anistia, na tentativa de conseguir uma oportunidade de emprego fixo, devido à trajetória malsucedida com bicos, desde que saiu da Papuda, onde ficou 11 dias. Um policial na Avenida Paulista, contudo, acabou levando Soldani a uma delegacia ao receber uma denúncia anônima. Os agentes constataram que havia um mandado de prisão expedido pelo STF, em virtude de violações de cautelares. O homem justificou o descumprimento: “Não tenho endereço fixo, por morar na rua”. Sobre questionamentos acerca da tornozeleira, informou que o equipamento apresentou problemas que dificultavam até mesmo ser carregada na tomada.
FONTE: REVISTA OESTE https://revistaoeste.com/no-ponto/nao-tenho-dinheiro-para-comer-como-vou-pagar-multa-o-drama-do-morador-de-rua-de-58-anos-preso-pelo-8-de-janeiro-diante-do-acordo-da-pgr/
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