Suspeita de armação contra Filipe Martins pode agravar cerco a Moraes nos EUA

A grafia incorreta do nome de Filipe Martins em um registro falso de entrada nos EUA é um dos indícios na suspeita de armação contra ele. (Foto: Reprodução)

A suspeita de armação contra Filipe Martins, ex-assessor para Assuntos Internacionais no governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), tem chamado a atenção nos Estados Unidos de políticos do Partido Republicano, que desconfiam de conluio entre autoridades brasileiras e americanas para forjar provas e manter Martins preso.

Há indícios fortes de que dados de entrada de Martins nos EUA foram manipulados por autoridades com objetivos escusos. As informações incorretas, corrigidas somente em junho de 2024, foram a base para justificar a sua prisão cautelar no Brasil. Martins ficou preso preventivamente por seis meses em Curitiba, entre fevereiro e agosto de 2024, em um processo repleto de ilegalidades que, para juristas consultados pela Gazeta do Povo, tem características de jogo psicológico com o objetivo de arrancar uma delação.

A investigação sobre o caso, que já tem uma denúncia apresentada nos EUA, poderia implicar membros da Polícia Federal (PF) brasileira envolvidos na coleta de provas que justificou a prisão de Martins. Por tabela, poderia impactar também o ministro do STF Alexandre de Moraes, relator do caso. O juiz brasileiro já é alvo de um processo por tentativa de censurar cidadãos americanos e é personagem central de um projeto de lei no Congresso dos EUA contra autoridades estrangeiras que praticam censura.

Moraes foi quem autorizou a prisão preventiva com base em dados fornecidos pela equipe da PF coordenada pelo delegado Fabio Shor. A confirmação de manipulação de dados geraria questionamentos graves sobre a integridade das investigações comandadas pela PF. Nos EUA, há a suspeita de conluio de autoridades brasileiras com burocratas no governo democrata de Joe Biden, o que tende a aumentar a repercussão internacional do caso.

O problema central está em um documento chamado I-94, com o qual o Customs and Border Protection (CBP) – órgão de proteção de fronteiras dos Estados Unidos – registra a entrada de estrangeiros. O I-94 só pode ser gerado se a pessoa realmente passou pela fronteira americana e foi aprovada por um oficial de imigração.

No ano passado, as autoridades americanas inicialmente confirmaram que não havia nenhuma entrada de Filipe Martins nos EUA em dezembro de 2022; pouco tempo depois, surgiu no sistema do I-94 um registro de entrada com erros, incluindo nome incorreto – “Felipe” em vez de “Filipe” –, passaporte cancelado e visto errado. O registro foi removido no começo de junho de 2024 após ser reconhecido como equivocado, mas o caso foi reaberto sem explicação antes de ser encerrado novamente em 31 de julho de 2024, também sem motivação clara, poucos dias antes da liberação de Martins no Brasil.

Atualmente, já não há mais nenhum registro de entrada de Filipe Martins em dezembro de 2022 no sistema de imigração nos EUA. Continua em aberto, contudo, a dúvida sobre por que esse registro chegou a existir.

“Não tem como uma pessoa ter um I-94 sem ter entrado formalmente nos EUA”, afirma o advogado de imigração Mark Morais, brasileiro que já foi policial federal de imigração e alfândega junto ao CBP. Ele falou com a Gazeta do Povo sob a condição de comentar os aspectos técnicos gerais, sem entrar nos fatos específicos do caso, que ele conhece pouco.

Sobre o uso de um passaporte cancelado, Morais afirma que isso só seria possível no caso de a pessoa ter viajado com dois passaportes – um vencido, mas com visto válido, e outro válido, mas sem visto. Mas, mesmo nessas circunstâncias, o uso de um passaporte cancelado pelas autoridades da fronteira no I-94 “seria um erro importante”, diz ele.

Martins cancelou em 2021 o passaporte mencionado, após perdê-lo em Brasília. O registro de entrada nos EUA com o passaporte cancelado é de dezembro de 2022. Isso reforça a suspeita de manipulação indevida dos dados. A grafia errada do nome – embora não seja impossível de ocorrer no CBP, segundo Morais – é mais um elemento que sugere interferência não convencional nos registros.

Mais do que isso, Filipe Martins nunca entrou nos EUA na data mencionada, algo que autoridades americanas e brasileiras já reconheceram oficialmente. Se um registro oficial I-94 foi gerado em seu nome para essa data, isso só permite duas hipóteses: um erro bastante fora do padrão para o sistema de imigração norte-americano, que significaria a existência de uma brecha perigosa para a segurança dos EUA, ou – o mais provável – uma manipulação deliberada dos dados.

Passaporte cancelado de Filipe Martins, misteriosamente empregado em um registro falso de sua entrada nos EUA, com erro de grafia no nome.

A inserção misteriosa de um registro de entrada falso é só um dos aspectos de roteiro policialesco da prisão de Filipe Martins. A história tem uma sucessão de elementos atípicos que tornam plausível a tese de um complô.

Prisão baseia-se em texto de colunista e arquivo “doc” editável

Em fevereiro de 2024, o ministro Alexandre de Moraes determinou a prisão preventiva de Filipe Martins, investigado por ser um dos autores da minuta do decreto, sob a alegação de que havia risco de que ele fugisse do Brasil em meio às investigações.

Na narrativa da PF e de Moraes, a possibilidade de fuga já havia ficado atestada em 30 de dezembro de 2022, quando Martins embarcou no avião presidencial junto com a comitiva de Jair Bolsonaro rumo aos Estados Unidos. A narrativa foi baseada em duas fontes:

  • Um texto de coluna com tom especulativo publicado em outubro de 2023 pelo colunista Guilherme Amado, ex-colunista do site Metrópoles. Amado afirmava: “Nem aliados que eram próximos nem advogados responsáveis por processos envolvendo Martins sabem dizer onde ele se encontra”. Essa especulação jornalística em torno da dúvida sobre o paradeiro de Martins serviu como evidência para a PF de que ele poderia fugir do Brasil.
  • Um documento de Word editável encontrado nos arquivos digitais do tenente-coronel Mauro Cid listava Martins como passageiro da comitiva presidencial com viagem prevista para 30 de dezembro de 2022. A lista era o rascunho de um documento contendo um histórico de edições com versões com e sem o nome de Filipe Martins, mas foi usada como prova de que ele viajou.

Não houve inicialmente qualquer verificação junto a órgãos oficiais brasileiros ou americanos para confirmar se Martins realmente havia saído do Brasil.

Mais do que isso: Moraes e as autoridades brasileiras já tinham pelo menos desde outubro de 2023 informações suficientes para saber que a viagem nunca aconteceu. Isso ficou claro em fevereiro de 2025, quando o ministro tirou o sigilo da delação do ex-tenente-coronel Mauro Cid. Nos documentos do processo, há dados da operadora TIM e do Uber mostrando que Martins estava no Brasil nos últimos dias de dezembro de 2022. Ou seja, tanto a PF como Moraes já tinham sob sua posse dados que eram suficientes para desbancar a tese da viagem.

Provas de que Filipe Martins não deixou o Brasil são ignoradas; réu fica com ônus da prova

Logo após a prisão, a defesa de Martins apresentou uma série de provas demonstrando que ele não havia deixado o país em dezembro de 2022. Essas provas incluíam:

  • Passagens aéreas domésticas, mostrando que ele viajou dentro do Brasil no período em que supostamente estaria nos EUA.
  • Registros de bagagem despachada em um voo dentro do Brasil, no qual embarcou com sua esposa e transportou 14 malas, porque estava de mudança de Brasília para Ponta Grossa (PR).
  • Registros de corridas no aplicativo Uber, mostrando deslocamentos dentro do Brasil.
  • Extratos bancários e contas em seu nome, indicando atividades financeiras no país.
  • Registros de localização do celular, que indicavam sua presença no Brasil. Os registros foram confirmados posteriormente por operadoras de telefonia.

Diante dessas evidências, a Procuradoria-Geral da República (PGR) se manifestou a favor da soltura de Martins no início de março de 2024, dizendo que não havia indícios de que ele tivesse tentado deixar o Brasil para fugir. Moraes pediu novas diligências, afirmando que as provas não eram suficientes.

Como se sabe, no Direito Penal, o ônus da prova recai sobre a acusação. O réu não precisa provar sua inocência; cabe à acusação demonstrar a culpa do réu. No caso de Martins, Moraes exigiu que o réu provasse que não era culpado como condição para ser liberado. Isso, por si só, é uma subversão grave da lei.

PF usa Travel History, documento sem validade oficial, e Moraes pede novas diligências

Para tentar comprovar a suposta saída de Filipe Martins, no dia 7 de março, a PF surpreendeu a defesa com um relatório que mencionava o “Travel History” – histórico de viagem –, documento disponível no site do Department of Homeland Security (DHS), departamento de segurança interna dos Estados Unidos. No histórico de Filipe Martins, constava uma entrada em Orlando em 30 de dezembro de 2022.

  • O Travel History é um registro público que qualquer pessoa pode consultar ao inserir dados de passaporte e informações pessoais no site do DHS. Não é considerado documento oficial para comprovar a entrada legal nos EUA; o documento que cumpre esse papel é o I-94, entregue e carimbado pelos agentes de fronteira no momento em que o viajante entra no país.
  • Só o I-94 é a prova efetiva de entrada legal nos EUA, como esclarecem diversos sites oficiais de universidades americanas. Mesmo assim, a menção ao “Travel History” fez com que o ministro Alexandre de Moraes solicitasse novas diligências, já que parecia existir algum tipo de prova de que Martins havia estado em Orlando em dezembro de 2022.
Este travel history é só uma ferramenta para ajudar o público e não é um registro oficial para finalidades legais, diz o CBP em seu site. Documento foi usado pela PF como evidência da viagem de Filipe Martins.

Defesa de Martins descobre que não há registro oficial de entrada nos EUA

A defesa de Filipe Martins ficou surpresa com a presença do dado de viagem no Travel History, mesmo não se tratando de informação oficial para comprovar a entrada. Para esclarecer a situação, a advogada brasileira Ana Bárbara Schaffert, atuando nos EUA, entrou em contato com o CBP de Orlando, porque foi lá que o voo presidencial desembarcou em dezembro de 2022. O objetivo era saber se o I-94 tinha registrado a entrada de Martins.

Em 11 de abril de 2024, o Orlando I-94 Team, equipe responsável pelos registros de entrada em Orlando, informou que não havia qualquer registro sobre Martins em dezembro de 2022 no sistema oficial. O último registro datava de setembro de 2022, quando ele esteve em Nova York para acompanhar a comitiva presidencial na Assembleia-Geral da ONU. Veículos de imprensa noticiaram essa informação no mesmo dia.

Nosso sistema não está mostrando esta viagem de dezembro de 2022, diz o CBP de Orlando.

Ou seja, até esse momento, oficialmente, não havia qualquer registro indicando que ele tivesse entrado nos EUA em dezembro de 2022. O CBP de Orlando recomendou à advogada contatar o aeroporto JFK, em Nova York, para resolver o problema relacionado ao dado estranho do Travel History, já que a última entrada de Martins havia sido pelo JFK.

Registro de entrada surge sem explicação no sistema

Três semanas depois, o caso ganhou aspectos ainda mais absurdos: o JFK, de Nova York, contrariou a equipe do CBP de Orlando e informou à defesa de Martins que o sistema do I-94 tinha um registro de entrada de Martins em Orlando em dezembro de 2022.

E o documento que surgiu continha vários erros:

  • O nome de Martins estava escrito errado: “Felipe” em vez de “Filipe”.
  • O passaporte usado no registro estava cancelado desde o começo de 2021 – ou seja, Martins teria entrado nos EUA em dezembro de 2022 usando um passaporte oficialmente inativo há quase dois anos.
  • A classe de visto era diferente da que Martins usava para entrar nos EUA: ele tinha o visto G2, e o documento veio com o visto A2.

A presença de tantos erros em um sistema de imigração rigoroso como o norte-americano levou a defesa a suspeitar de manipulação fraudulenta dos dados migratórios. Na tentativa apressada de inserir um registro falso para contestar a primeira versão oficial, o responsável pela suposta fraude poderia ter selecionado o primeiro passaporte listado no relatório da Polícia Federal — sem perceber que ele já estava cancelado — e cometido um erro na grafia do nome. A escolha equivocada desse passaporte pode sugerir que o autor da inserção não verificou sua validade e usou a informação disponível de forma descuidada.

Defesa recorre ao Departamento de Segurança Interna dos Estados Unidos

Ana Bárbara Schaffert retornou ao CBP de Orlando, que teria sido a suposta porta de entrada de Martins, munida de diversos documentos oficiais, para tentar comprovar que ele não tinha entrado nos EUA em dezembro de 2022 e corrigir as informações do I-94. Em vez de excluir o registro fraudulento, a equipe de Orlando alterou alguns campos errados do sistema, como número do passaporte e grafia do nome, mas manteve o I-94 de dezembro de 2022 sem maiores explicações.

Então, a defesa acionou o Department of Homeland Security (DHS) – Departamento de Segurança Interna dos Estados Unidos –, que abriu uma investigação interna para apurar de que forma o registro anômalo tinha aparecido no sistema e por que os dados básicos estavam todos incorretos.

Em 5 de junho de 2024, o DHS emitiu um documento oficial informando que todas as correções necessárias haviam sido feitas e que os dados incorretos sobre Martins tinham sido removidos do sistema. Foi nessa data que a suposta entrada de Filipe Martins em dezembro de 2022 desapareceu do sistema, e voltou a constar no I-94 a última viagem real, de setembro de 2022.

Informação do I-94 de Filipe Martins como consta hoje. Entrada mais recente é de setembro de 2022.

Após notícias no Brasil, DHS reabre investigação; após manifestação da PGR, processo é encerrado

Em 12 de junho de 2024, diversos veículos de imprensa no Brasil, como a própria Gazeta do Povo, noticiaram que o DHS havia corrigido o registro de imigração de Filipe Martins, removendo a entrada fictícia de dezembro de 2022 e invalidando a tese de que ele teria viajado para os EUA naquele período.

No entanto, na manhã seguinte às notícias, a defesa recebeu um e-mail com caráter urgente do DHS solicitando novamente provas de que Martins não havia entrado no país, apesar de o caso já ter sido oficialmente encerrado no sistema Traveler Redress Inquiry Program (TRIP).

A reabertura inesperada da investigação gerou questionamentos, uma vez que o DHS já havia revisado e corrigido os registros. Mesmo assim, a defesa encaminhou novamente a documentação comprobatória. O processo se prolongou até 31 de julho de 2024, quando o caso foi finalmente encerrado de forma definitiva. Isso ocorreu justamente dois dias depois de, no Brasil, a PGR se manifestar favorável à liberação de Filipe Martins, que deixou a prisão no dia 9 de agosto de 2024.

A coincidência das datas entre o que ocorria no Brasil e o que se passava no sistema de imigração dos EUA é mais um motivo para a suspeita de conluio entre autoridades americanas e brasileiras para forjar informações.

O que deve ocorrer a partir de agora

No ano passado, a defesa de Filipe Martins apresentou uma denúncia ao inspetor-geral do DHS e protocolou dois pedidos formais de acesso a informações com base no Freedom of Information Act (FOIA), mecanismo equivalente à Lei de Acesso à Informação (LAI) no Brasil. O objetivo era obter os logs detalhados do sistema de imigração dos EUA para identificar quando e por quem foi inserido o registro que apontava a suposta entrada de Martins em Orlando em dezembro de 2022. Como ainda não houve resposta satisfatória por parte das autoridades americanas, a defesa ajuizou duas ações judiciais nos EUA para obrigar a liberação dessas informações.

Após a abertura dos processos no ano passado, o Attorney General – procurador-geral – dos EUA chegou a fornecer alguns documentos relacionados ao caso, mas as informações mais relevantes foram ocultadas. O nome do oficial responsável por criar o registro no sistema do Customs and Border Protection (CBP) e a data exata da inserção do dado permanecem sob sigilo, impedindo a defesa de comprovar diretamente a possível fraude no histórico migratório de Martins. Diante disso, os advogados já protocolaram um pedido para que essas restrições sejam removidas, permitindo o acesso irrestrito aos arquivos.

A revelação desses registros é considerada crucial para esclarecer se houve manipulação dos dados e, em caso afirmativo, identificar os responsáveis pela inserção do documento falso no sistema do CBP. “A expectativa é que a gente vai conseguir ter acesso a isso, a quando isso foi criado e a quem fez, para a gente entender se houve ou não má-fé e fraude”, afirma a advogada Ana Bárbara Schaffert.

Dependendo da gravidade do que for descoberto, a classe política pode se envolver, o que daria dimensão ainda maior para o caso. “Os parlamentares de oposição devem continuar pressionando para que essa investigação aconteça. Filipe Martins chegou a se encontrar com Trump, e o atual governo americano deveria ser posto a par dessa grave situação e tentar chegar ao fundo dessa questão”, comenta Luiz Augusto Módolo, doutor em Direito Internacional pela USP e autor de “A saga de Theodore Roosevelt” (2020).

“Ele estava sendo monitorado meses antes de sua prisão e já se sabia que ele não tinha viajado com Bolsonaro. E, mesmo que ele tivesse viajado, isso não seria crime”, complementa.

FONTE: GAZETA DO POVO https://www.gazetadopovo.com.br/vida-e-cidadania/suspeita-de-armacao-contra-filipe-martins-pode-agravar-cerco-a-moraes-nos-eua/

Alexandre Garcia
Alexandre Garcia

Para tudo, no Brasil, é preciso permissão de Alexandre de Moraes

Defesa de Braga Netto diz que denúncia da PGR é “filme ruim”
Defesa de Braga Netto disse que acusação da PGR sobre suposta tentativa de golpe é “fantasiosa, inverossímil e incoerente”. (Foto: Isac Nóbrega/PR)

Na terça-feira o general Braga Netto, general quatro-estrelas, que foi ministro da Defesa, ministro-chefe da Casa Civil, interventor na Secretaria de Segurança do Rio de Janeiro no governo Temer, militar brilhante, cidadão patriota, sério, honesto, correto, comemorou seus 68 anos numa prisão, onde está há quase três meses sem ter sido condenado. É para não mexer em provas, disseram. Ele estaria querendo saber o que Mauro Cid falou naquele depoimento em que Alexandre de Moraes disse que ou Cid mudava o depoimento, ou voltaria para a cadeia e seu pai, esposa e filha mais velha seriam investigados. Lá nos tempos da Lava Jato, Gilmar Mendes, disse que isso de ameaçar prender o delator que não dissesse o que queriam ouvir configurava tortura.

Para vocês verem como vivemos em um país de tutela absoluta, suprema, Moraes agora deixou o presidente do PL conversar com o mais notável integrante do seu partido. Valdemar Costa Neto e Jair Bolsonaro não podiam conversar, nem ter contato um com o outro, por ordem de Moraes. Cada vez que um estava na sede do partido, o outro não entrava, para evitar que acabasse tendo de usar tornozeleira eletrônica ou coisa do tipo. Mas já decidiram que Valdemar não tinha nada a ver com isso, ele não foi denunciado pela PGR, e já pode pegar de volta os relógios que tinham sido retirados da casa dele – ele adora relógios, tinham apreendido um Rolex e um Audemars Piguet, suíços, e um Bulgari, italiano. Até o passaporte ele recebeu de volta.

Quem vai compensar as vítimas do arbítrio?

E eu pergunto: quem vai indenizar Valdemar Costa Neto por danos morais? Pela humilhação? Assim como aconteceu com o governador de Brasília, que ficou 66 dias afastado do cargo, vítima de busca e apreensão na casa e no escritório, para no fim dizerem “ah, desculpe, nós nos enganamos”. Agora a vice-governadora também foi absolvida por coisas de dez anos atrás, do tempo em que ela era deputada distrital. Não provaram nada e o juiz disse que, na falta de prova, de convicção de culpabilidade, in dubio pro reo.

Esse juiz está dando uma lição para o pessoal lá de cima, porque nos tribunais superiores não está valendo o in dubio pro reo. Até o Lula, que deveria ter aprendido depois do que passou, disse que Bolsonaro é quem tem de provar a inocência, e não a Procuradoria-Geral da República, que o denunciou, que tem de provar a culpa. Mas quem acusa é que tem de provar: provar que ele pensou em dar golpe, que ele planejou o golpe, que ele tinha meios de dar o golpe… mas não deu o golpe. Ele realmente tinha meios, era o comandante supremo das Forças Armadas. Tendo os meios, não foi adiante. E mesmo assim falam em crime de golpe? A história vai registrar tudo isso.

Artigos publicados desde 2021 estão em meu novo livro

Falando em registro, para quem quiser entender o país, aproveito para falar do lançamento, na Livraria Travessa, aqui em Brasília, do meu livro De Brasília, Alexandre Garcia, da editora LVM. São artigos publicados em jornais, de 2021 até fevereiro deste ano. Também está disponível na Amazon.

Gleisi vai ter de negociar com o Centrão e aparar a briga dentro do PT

Gleisi Hoffmann agora é negociadora do governo. Vai ter de negociar com o Centrão, que está abandonando o barco. O Titanic já bateu no iceberg e o pessoal está saindo. Mas, antes de negociar com o Centrão, o mais urgente será negociar com o próprio partido, que está rachado pela sucessão na presidência da legenda. O presidente Lula quer Edinho Silva, mas há correntes do PT que não querem, e dizem que está ocorrendo uma boa briga dentro do partido.

FONTE: GAZETA DO POVO https://www.gazetadopovo.com.br/vozes/alexandre-garcia/alexandre-de-moraes-braga-netto-valdemar-costa-neto/

Guilherme Fiuza
Guilherme Fiuza

Atriz lulista é assaltada e protesta

A atriz Christiane Torloni usou as redes sociais para desabafar após sofrer assalto na área nobre do Rio de Janeiro: “reféns da bandidagem”. (Foto: Reprodução/Instagram/christorloni)

A atriz Christiane Torloni publicou um desabafo emocionado nas redes sociais. Ela contou que estava passeando de bicicleta na Lagoa, área nobre do Rio de Janeiro, quando teve um cordão arrancado de seu pescoço. Torloni disse então que teve que passar o resto do Carnaval trancada em casa.

No seu desabafo, a atriz se queixou do poder público – afirmando, a partir da sua experiência traumática, que o cidadão virou refém do crime. Foi bom Christiane ter acrescentado um contexto político à sua mensagem. Ela recomendou o voto em Lula em 2022 pela volta do amor, da paz e da harmonia.

O candidato que ela escolheu – e recomendou à sua multidão de fãs que também escolhesse – acha, e já havia expressado isso com clareza, que é natural alguém decidir roubar um celular. A comparação entre o bem a ser roubado e o bem a ser consumido parecia até um pouco desproporcional, mas com a escalada dos preços dos alimentos ela até ganhou mais sentido ultimamente.

E se o ladrão do cordão que estava no pescoço de Torloni tiver vendido a peça para tomar uma cervejinha? Será que ele reconsideraria o seu desabafo?

Afinal, quando escolhemos os nossos candidatos, estamos avalizando os princípios que eles defendem

Ninguém decide um voto, muito menos apregoa esse voto, em nome de uma propaganda fútil que afete uma bondade inexistente, certo? Ou errado? Questão complexa, vamos pulá-la. 

O atual vice-presidente da República havia afirmado que as intenções presidenciais do PT após a prisão de Lula significavam um desejo de retorno à “cena do crime”. Seria esse o mesmo crime do qual Torloni afirmou que o cidadão virou refém? Será que ao fazer propaganda do voto em Lula, a atriz, que tem influência suficiente para isso, deu uma ligada para o Alckmin para que ele lhe explicasse melhor aquela história de voltar à cena do crime?

Difícil saber, mas também não sejamos exigentes demais. A supressão de um cordão pode ser um crime muito mais nocivo do que negociatas milionárias com empreiteiras, ainda mais se aparecer alguém dizendo que esses crimes não tiveram culpados. Cada um se incomoda com o crime que quiser e ninguém tem nada com isso. Viva a liberdade. 

Por isso é tão importante para a população indefesa ter celebridades esclarecidas que sirvam como farol para suas escolhas. Vamos ficar de olho na recomendação de voto da Christiane Torloni ano que vem, para não fazer besteira na hora de escolher o candidato.

Sobre o problema de ficar refém do crime, talvez falte só um upgrade no status petista. Como todos sabem, aliados do partido circulam tranquilamente, sem segurança, em áreas violentas dominadas pelo tráfico. Requeira também o seu passaporte diplomático para zonas de conflito e seja feliz.

FONTE: GAZETA DO POVO https://www.gazetadopovo.com.br/vozes/guilherme-fiuza/atriz-lulista-e-assaltada-e-protesta/

Rodrigo Constantino
Rodrigo Constantino

O vilão agora é quem tem carro elétrico?

Os bilionários Elon Musk e George Soros: o dono da Tesla acusou grupos financiados pelo investidor esquerdista de vandalismo contra seu negócio (Foto: EFE/EPA/Aaron Schwartz / POOL/CLEMENS BILAN)

Elon Musk já votou em Obama e o considerou um ídolo. Musk também era adorado pela esquerda ambientalista por ser o dono da Tesla, a maior montadora de carro elétrico do mundo. Mas tudo isso mudou quando o empresário comprou o Twitter e permitiu liberdade de expressão na plataforma, em vez de adotar a censura contra conservadores, e quando passou a apoiar abertamente Donald Trump.

Musk virou, então, inimigo da turma de George Soros, o bilionário especulador que financia a extrema esquerda. Ao aceitar a missão do DOGE para trazer transparência aos gastos públicos federais, Musk deu um passo além para se tornar o alvo prioritário dos democratas. Basta pensar que na fala do presidente ao Congresso, políticos democratas traziam plaquinhas contra Musk, acusando-o de “roubar”.

A violência sempre foi a linguagem preferida da esquerda radical. Para comunistas, a violência é “redentora” se direcionada contra “fascistas”. Aí basta rotular qualquer um que não seja comunista de “fascista” e pronto, toda a prática realmente fascista passa a ser justificada

Agora, vários atos contra carros da Tesla são praticados no país todo, em ação claramente coordenada. Só não explodem foguetes da SpaceX por conta da dificuldade operacional disso. Matheus Montenegro comentou: “Os esquerdistas estão vandalizando carros da Tesla em ‘protesto’ contra Elon Musk. Não importa de quem seja o carro, é na rua, em concessionária, estão pixando e até ateando fogo em diversos veículos. Essa é a turma que se diz democrática, do amor, da liberdade de expressão”.

Leandro Ruschel acrescentou: “Elon Musk está desbaratando a estrutura que a extrema-esquerda montou dentro do estado americano para financiá-la, nos EUA e no resto do planeta. O objetivo agora é usar terrorismo para impedir que ele siga desmontado o esquema criminoso”. Musk mexeu no ganha pão de muita gente ao lançar luz sobre os esquemas do Deep State, e esses parasitas vão reagir com total desespero para tentar preservar suas tetas estatais.

Pintar Elon Musk como “extrema direita” é ridículo, mas é exatamente o que tem feito esse pessoal da extrema esquerda. Na verdade, Musk sequer mudou muito sua visão política de mundo nas últimas décadas. Como ele mesmo já mostrou, foi o Partido Democrata que se radicalizou e passou a adotar uma agenda insana. Eis que, agora, o vilão não é mais quem rejeita carros elétricos para “salvar o planeta”, e sim quem tem um, enquanto o mocinho é aquele que taca fogo num Tesla!

A violência sempre foi a linguagem preferida da esquerda radical. Para comunistas, a violência é “redentora” se direcionada contra “fascistas”. Aí basta rotular qualquer um que não seja comunista de “fascista” e pronto, toda a prática realmente fascista passa a ser justificada. Se Elon Musk virou o maior inimigo dessa patota, então já sabemos: ele é o grande herói dos tempos atuais. Que continue o fundamental trabalho de expor as maluquices bancadas com recursos públicos.

FONTE: GAZETA DO POVO https://www.gazetadopovo.com.br/rodrigo-constantino/tesla-vilao-agora-e-quem-tem-carro-eletrico/

MP espanhol nega extradição de Eustáquio: Imputações do STF não são crimes na Espanha

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O jornalista Oswaldo Eustáquio (Foto: Arquivo/Gazeta do Povo)

O Ministério Fiscal da Espanha, que corresponde ao Ministério Público (MP) no Brasil, negou o pedido de extradição do jornalista Oswaldo Eustáquio feito pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

De acordo com o documento assinado pela procuradora Teresa Sandoval, os atos atribuídos ao jornalista pelo STF para pedir a extradição não são crimes na Espanha e estão protegidos pela liberdade de expressão.

O pedido de extradição foi enviado pela Embaixada do Brasil em Madri, em outubro de 2024. O pedido tem como base as investigações conduzidas pelo STF contra o jornalista.

Segundo o STF, Eustáquio teria participação em uma organização criminosa “destinada a cometer os crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito e de golpe de Estado”.

Além disso, a suposta organização criminosa da qual o jornalista faria parte teria deflagrado uma “campanha para intimidar agentes da Polícia Federal”.

Nos fatos narrados no pedido de extradição, a Embaixada citou publicações feitas em rede social, no perfil da filha de Oswaldo Eustáquio, no ano passado, com críticas à forma como o delegado da PF, Fábio Shor, conduziu o mandado de busca e apreensão na sua casa, em 2020, ano em que o jornalista chegou a ser preso acusado de “atos antidemocráticos”.

Segundo as publicações da filha de Eustáquio, o delegado teria “roubado” o celular de sua mãe durante as buscas e cometido outros abusos.  

De acordo com o STF, as publicações feitas no perfil da filha do jornalista, que é menor de idade, “impulsionaram atos de exposição e intimidação” contra o delegado e seus familiares.

A negativa do Ministério Público da Espanha ao pedido de extradição foi protocolada no último dia 7 de março.

Justiça espanhola já havia negado pedido de prisão

No dia 26 de fevereiro de 2025, a Justiça da Espanha já havia negado, de forma liminar, ou seja, temporária, um pedido de prisão contra o jornalista Oswaldo também solicitado pelo STF.

Em junho de 2023, a Interpol negou a inclusão do nome de Eustáquio em sua lista de notificações vermelhas. O pedido foi feito pela PF por ordem do ministro Alexandre de Moraes.  

O que diz o jornalista

Ao conversar com a Gazeta do Povo, nesta terça-feira (11), dia em que tomou conhecimento da decisão do MP espanhol, Oswaldo Eustáquio disse que enxerga a medida como o início de uma “restituição de Deus” em sua vida.

De acordo com o jornalista, as decisões do judiciário espanhol ajudam a expor para o mundo as “fragilidades e os abusos do judiciário brasileiro”.

“Não custou caro, custou tudo. Estou banido da minha profissão há cinco anos. Estou exilado na Espanha à margem da sociedade, mas creio que hoje começa um tempo de restituição de Deus na minha vida, vencendo o Estado Brasileiro e o Alexandre de Moraes nos tribunais da Espanha”, disse o jornalista.

FONTE: GAZETA DO POVO https://www.gazetadopovo.com.br/republica/mp-espanhol-nega-extradicao-de-eustaquio-imputacoes-do-stf-nao-sao-crimes-na-espanha/

Primeira Turma do STF torna réus deputados do PL por suspeita de desvio de emendas

STF
Decisão unânime da Primeira Turma é a primeira após a crise das emendas aberta no ano passado pelo ministro Flávio Dino. (Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil)

A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu por unanimidade, nesta terça (11), tornar réus os deputados Josimar Maranhãozinho (PL-MA), Pastor Gil (PL-MA) e Bosco Costa (PL-SE) em uma ação que investiga supostos desvios de recursos públicos por meio de emendas parlamentares.

A decisão atende a uma denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR), que os acusa de organização criminosa e corrupção passiva. É o primeiro caso relativo a supostos desvios de emendas investigado desde que foi aberta uma crise no ano passado pelo ministro Flávio Dino.

“Contra os três parlamentares há evidências produzidas ao longo da investigação criminal indicando que teriam atuado em concertação ilícita para solicitar ao prefeito José Eudes Sampaio Nunes o pagamento de vantagem indevida, o que caracteriza, em tese, o delito de corrupção passiva”, disse o relator, ministro Cristiano Zanin, seguido por Alexandre de Moraes, Cármen Lúcia, Dino e Luiz Fux.

Com a decisão unânime da Primeira Turma, os parlamentares responderão a uma ação penal que, a partir de agora, passa a tramitar com depoimentos de testemunhas e interrogatórios.

A PGR aponta que, em 2020, os três parlamentares teriam solicitado propina de R$ 1,66 milhão ao então prefeito de São José de Ribamar (MA), Eudes Sampaio Nunes, em troca da destinação de R$ 6,67 milhões em emendas federais para o município. Segundo as investigações, Josimar Maranhãozinho era o líder do suposto esquema e tinha influência sobre a distribuição das emendas dos demais envolvidos.

“A tese acusatória de que os denunciados referidos neste tópico se organizaram de forma arquitetada para o cometimento de delitos contra a Administração Pública reúne elementos suficientes que autorizam, neste particular, o recebimento da denúncia”, escreveu Zanin.

A Polícia Federal identificou que Bosco Costa supostamente utilizava familiares para repassar parte dos recursos da organização criminosa, que também contava com agiotas e empresários. Os investigadores apuraram ainda que o grupo teria exigido a devolução de 25% dos valores das emendas destinadas à saúde do município e que, em alguns casos, faziam ameaças armadas para garantir o repasse.

Em um voto à parte complementando o de Zanin, Moraes afirmou que os acusados “estariam unidos, com unidade de desígnios e propósitos, solicitando, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, em razão de função pública, vantagem indevida”.

“Por meio da Operação Ágio Final, foi possível indicar o efetivo desvio de dispêndios financeiros, por meio da prática de corrupção institucionalizada, entre os meses de janeiro e agosto de 2020, período em que os denunciados Josimar, Gildenemir [Pastor Gil] e João Bosco encontravam-se no pleno exercício de seus mandatos parlamentares”, pontuou.

Já Cármen Lúcia, Fux e Dino apenas acompanharam o voto de Zanin.

Com o andamento do processo, os três parlamentares permanecem no exercício dos mandatos, mas terão que responder judicialmente pelas acusações.

FONTE: GAZETA DO POVO https://www.gazetadopovo.com.br/republica/stf-torna-reus-deputados-pl-suspeita-desvio-emendas/

PGR avalia denunciar Bolsonaro no STF pelo crime militar de ‘desobediência’

Ex-presidente Jair Bolsonaro. (Foto: Reprodução/Youtube/CNN).
Ex-presidente Jair Bolsonaro. (Foto: Reprodução/Youtube/CNN).Cláudio Humberto

A Procuradoria-Geral da República (PGR) avalia denunciar o ex-presidente Jair Bolsonaro por crime militar, acusação até agora inédita nas ações que tramitam no Supremo Tribunal Federal (STF) sobre suposta “tentativa de golpe”. O crime seria de “incitação à desobediência” previsto no Artigo 155 do Código Penal Militar, que estabelece pena de reclusão de até quatro anos, mas pode render a perda da patente e até do direito de Bolsonaro aos proventos de capitão reformado do Exército.

Reescrevendo a lei

A denúncia não seria à Justiça Militar e sim ao STF, que já decidiu que Bolsonaro tem privilégio de foro por “crimes no exercício do mandato”.

Previsão legal

A lei penal militar, alterada em 2023, prevê penas idênticas a quem distribui qualquer material, inclusive eletrônico, que incite desobediência.

Ora, as provas

A defesa alega que nas demais acusações contra o ex-presidente não há provas que o incriminem, mas prevalece no STF a narrativa de “golpe”.

Tudo ‘golpe’

Bolsonaro já foi denunciado por organização criminosa, tentativa de abolição violenta do estado, golpe e dano a patrimônio tombado.

FONTE: DP https://diariodopoder.com.br/coluna-claudio-humberto/pgr-avalia-denunciar-bolsonaro-no-stf-pelo-crime-militar-de-desobediencia

Lula denunciado no TCU por torrar R$3,5 bi em propaganda

Lula recebendo instruções de Sidônio Palmeira, chefe da Secretaria de Comunicação – Foto: divulgação.Redação

O governo Lula (PT) é acusado de “malversação de gastos” em denúncia feita ao Tribunal de Contas da União (TCU), após a Folha de S.Paulo revelar que devem chegar a R$3,5 bilhões os gastos, apenas em 2025, de propaganda da gestão petista altamente reprovada pela população. A denúncia do deputado Sanderson (PL-RS) pede a suspensão imediata das licitações que definirão valores até que o TCU passe pente fino nos gastos, que cresceram mais de R$1 bilhão nos últimos dois anos. A informação é da Coluna Cláudio Humberto, do Diário do Poder.

No final do governo Bolsonaro gastava-se cerca de R$2,5 bilhões. Com os novos valores, o crescimento de farra promocional será de 40%.

O governo petista faz autopromoção, diz a denúncia, e fere princípios da administração pública, incluindo os da eficiência e da legalidade.

Só a Secretaria de Comunicação da Presidência terá R$562,5 milhões. Outros 20 órgãos do governo Lula terão mais R$3 bilhões para torrar.

FONTE: DP https://diariodopoder.com.br/uncategorized/lula-denunciado-no-tcu-por-torrar-r35-bilhoes-em-propaganda

Toffoli anula confissões de Palocci que implicam Lula, e PGR recorre

Antonio Palocci no momento em que prestava depoimentos confessando corrupção e implicando Lula na Lava Jato.Redação

O procurador-geral da República, Paulo Gonet, recorreu ao Supremo Tribunal Federal (STF), nesta segunda-feira (10), contra a decisão do ministro Dias Toffoli de anular processos contra o ex-ministro Antonio Palocci, por corrupção que o próprio petista confessou em delação na Operação Lava Jato.Ele chegou a ser condenado a 12 de prisão em um dos processos.

Gonet ressalta que o fato de Palocci ter assinado acordo de delação premiada denunciando empresários e agentes públicos, principalmente o atual presidente Kula (PT), envolvidos em esquemas de corrupção do “petrolão” demonstra a ausência de prejuízos à defesa do delator que justifiquem a decisão de Toffoli de atender a tese de advogados do ex-ministro sobre o ex-juiz Sérgio Moro ter sido parcial em suas sentenças, por suposto conluio com a coordenação da Lava Jato no Ministério Público Federal em Curitiba.

Em suas confissões, Palocci revelou, por exemplo, que ele próprio foi portador, diversas vezes, de propinas destinadas a Lula em espécie, com cédulas acondicionadas em embalagens como caixas de uísque, por exemplo. Além de contar que Lula tinha conta bancária no exterior, aberta com dinheiro de propina, Palocci revelou que petista “fez um pacto do diabo” com a construtora Odebrecht, que o corrompeu.

O ex-petista que foi preso na Lava jato chegou a delatar que o presidente Lula (PT) sabia da corrupção bilionária na Petrobras. Mas teve aplicado por Toffoli os precedentes do STF que levaram à anulação de processos contra Lula. A decisão anulou todos os atos assinados por Moro contra Palocci. Mas mantém sua delação.

“O pleito formulado não se sustenta em vícios processuais concretos ou na ausência de justa causa, mas na pretensão de se desvincular de um acervo probatório autônomo, válido e robusto, cuja existência, em parte, foi por ele próprio reconhecida em sua colaboração premiada”, afirmou Gonet, mesmo ponderando que a PGR não concorda com “excessos ocorridos na Operação Lava Jato”.

“O Ministério Público visa impedir que provas hígidas, obtidas por meio de medidas cautelares e outros procedimentos, sejam indevidamente retiradas do plano de existência jurídico, sem prévia e individualizada análise”, concluiu.

FONTE: DP https://diariodopoder.com.br/brasil-e-regioes/csa-brasil/toffoli-anula-confissoes-de-palocci-que-implicam-lula-e-pgr-recorre

Romeu Zema e Lula trocam provocações durante encontro em Mina Gerais

Governador mineiro Romeu Zema (Novo) faz oposição ao presidente Lula (PT). (Foto: Ricardo Stuckert/PR)Luan Carlos

O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo-MG) e o presidente Lula (PT) trocaram provocações em encontro que ocorreu em Betim, na região metropolitana de Belo horizonte.

Ambos estavam dividindo palco em um evento de visita à fabrica da Stellantis, nesta terça-feira (11). O governador mineiro criticou o número de ministérios do governo petista, que rebateu logo em seguida, defendendo a equipe de gestão do governo.

Zema destacou que Minas Gerais tem apenas 14 secretarias e sugeriu que um governo eficiente precisa de uma equipe estruturada e “enxuta”.

“Apesar de sermos o segundo estado mais populoso do Brasil, somos o que tem o menor número de secretarias, 14. Mas, para um time ganhar o campeonato, não precisa colocar 20, 30 jogadores, precisa de 11 craques, e é o que temos feito aqui”, disse o governador.

Lula respondeu que o mais importante não é a quantidade, mas a qualidade dos profissionais.

“O importante não é discutir se você tem um ou dez, o importante é discutir a qualidade das pessoas que você tem, dos compromissos que as pessoas têm”, declarou o petista.

E continuou argumentando:

“Não quero só um cara formado em filosofia, engenharia, formado em qualquer coisa. É muito importante o diploma, mas quero antes de tudo pessoas que tenham sensibilidade no coração para entender o problema da sociedade brasileira”.

Esta foi a primeira vez desde que Lula assumiu o mandato que Zema participou de um evento ao lado do petista. Nas outras vezes que o presidente esteve em Minas Gerais, o governador enviou seu vice para representá-lo.

FONTE: DP https://diariodopoder.com.br/brasil-e-regioes/e07-brasil/romeu-zema-e-lula-trocam-provocacoes-durante-encontro-em-mina-gerais

8 de janeiro: Justiça aponta a Moraes investigados que tiraram tornozeleira

O documento da Justiça paulista entregou ao ministro Alexandre de Moraes informações sobre o cumprimento das medidas cautelares de 12 investigados pelo 8 de janeiro | Foto: Bruno Peres/Agência Brasil

O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) enviou ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), um relatório que aponta quatro investigados do 8 de janeiro que tiraram a tornozeleira eletrônica.

De acordo com o juiz Flávio Artacho, “os monitorados Natalia Teixeira Fonseca, Lindolfo de Oliveira, Dirce Gonçalves dos Santos e Lucenir Bernardes da Silva encontram-se evadidos”

FONTE: REVISTA OESTE https://revistaoeste.com/politica/8-de-janeiro-justica-aponta-a-moraes-investigados-que-tiraram-tornozeleira/?utm_medium=personalized-push&utm_source=taboola

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