Donald Trump anunciou o fim da censura federal nos Estados Unidos. Ele estabeleceu que o governo federal não pode interferir nas redes sociais contra discursos dos quais discorda. Em uma de suas primeiras ações presidenciais, ele destacou que tais práticas eram comuns durante o governo de Joe Biden. Ele ordenou uma investigação para avaliar os danos causados à liberdade de expressão, garantida pela Constituição.
Trump argumentou que a administração anterior limitava esse direito essencial. Ele afirmou que isso ocorria por meio de pressão coercitiva sobre empresas tecnológicas. Isso incluía a moderação, a remoção ou a supressão de conteúdos que não estavam alinhados aos interesses do governo democrata. A ordem também determinou que recursos públicos não podem ser usados para restringir o direito à livre expressão dos cidadãos.
“Nos últimos quatro anos, a administração anterior massacrou o direito à liberdade de expressão ao exercer, com frequência, uma pressão substancial coerciva sobre empresas, como as redes sociais, para moderar, derrubar ou, de alguma outra forma, suprimir um discurso que o governo federal não aprovava”, disse o presidente norte-americano.
FONTE: REVISTA OESTE https://revistaoeste.com/mundo/trump-decreta-o-fim-da-censura-governamental-nas-redes-sociais/?utm_source=pushnews&utm_medium=pushnotification#google_vignette
Lula transforma governo em comitê de campanha, diz Estadão
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) avisou formalmente seus auxiliares na primeira reunião ministerial do ano que todo o seu governo deve começar a trabalhar por sua campanha à reeleição, em
É o que destaca o jornal O Estado de S. Paulo em editorial desta quarta-feira, 22. Aliás, o presidente o fez sem rodeios nem ambiguidades: “O que eu quero dizer para vocês é que 2026 já começou”, disse Lula.
A bem da verdade – destaca o veículo – Lula já está em campanha há muito tempo, mas agora é oficial. E, claro, tudo por culpa da oposição: “Pelos adversários, a eleição já começou”, afirmou. “E só ver o que vocês assistem na internet para vocês perceberem que eles já estão em campanha.”
“Como tudo o que envolve Lula, há obviamente um bocado de mistificação”, diz o Estadão. “O que o petista chama de ‘campanha eleitoral’ da oposição nada mais é do que a exploração política dos inúmeros erros do governo, o que é a essência do embate democrático.”
FONTE: REVISTA OESTE https://revistaoeste.com/imprensa/lula-transforma-governo-em-comite-de-campanha-diz-estadao/?utm_source=pushnews&utm_medium=pushnotification
“Make America Great Again”: decretos sinalizam como Trump guiará os EUA pelos próximos anos
As primeiras movimentações do governo de Donald Trump apontam para uma guinada radical na forma como o país estava sendo conduzido pelo seu antecessor democrata Joe Biden.
Para os próximos anos, é aguardada uma política mais focada no crescimento interno dos EUA, alinhada com o próprio lema de campanha – que acompanha Trump desde seu primeiro mandato: Fazer a América Grande Novamente (Make America Great Again, em inglês).
As dezenas de ordens executivas assinadas nas primeiras horas desde a posse cobrem pautas fundamentais para a vitória do republicano nas urnas, em novembro: economia nacional, imigração, combate à agenda woke na administração pública, gastos com política internacional e mais.
Veja ponto a ponto dos decretos anunciados pelo 47º presidente dos EUA
Grande parte dos decretos referendados pelo presidente recém-empossado envolve o combate à imigração ilegal – foram contados pelo menos nove documentos nesse sentido.
Trump vinha alertando desde a campanha que revogaria medidas implementadas pela gestão Biden que, segundo ele, provocou uma verdadeira “crise nacional”, ao permitir a entrada de estrangeiros indocumentados pela fronteira.
Com as ordens assinadas nesta segunda-feira, o presidente cumpre sua promessa de tomar medidas importantes para proteger o território americano no primeiro dia de seu governo, uma iniciativa que recebe bastante apoio dos americanos, segundo uma pesquisa recente do jornal The New York Times.
Entre as ações já implementadas pelo governo Trump está a declaração de emergência nacional na fronteira, visando proteger os Estados Unidos de terrorismo e, segundo um dos decretos, “outras ameaças à Segurança Nacional e Pública”.
No mesmo dia, houve o encerramento do aplicativo móvel CBP One, que permitia a entrada de migrantes no país através dos postos de entrada na fronteira com o México. Por meio do recurso, que entrou em operação em janeiro de 2023, mais de 930 mil pessoas se apresentaram nos postos de entrada para que as autoridades processassem seus casos, de acordo com o Departamento de Segurança Interna (DHS).
O presidente Trump também assinou uma ordem executiva para negar a cidadania americana aos filhos de imigrantes ilegais nascidos no país, uma alteração na interpretação atual da 14ª Emenda da Constituição dos EUA, que estabelece que qualquer pessoa nascida em solo americano obtém automaticamente a cidadania, independentemente do status de imigração de seus pais.
Na prática, a eliminação da cidadania automática nesse caso impediria que o Departamento de Estado emitisse passaportes para crianças nascidas de pais em situação ilegal nos EUA e que a Administração da Previdência Social as reconheça como cidadãs americanas.
Os secretários de Estado e de Segurança Interna, o procurador-geral e o comissário da Previdência Social serão responsáveis por emitir regulamentações e políticas para aplicar a medida.
Outro documento anunciado por Trump delimita o papel dos militares na proteção da integridade territorial dos EUA. Essa ação executiva visa fechar a fronteira e permitir o planejamento e execução estratégica de combate a qualquer ameaça ao país, incluindo a invasão ilegal no território e atividades criminosas, como tráfico de drogas, de pessoas e contrabando.
Cartéis de drogas e outras organizações que contribuem com o caos interno, por meio da propagação de drogas e crimes, passarão a ser classificados como “agentes terroristas”. Trump também colocou na agenda federal a finalização do muro que divide o país e o México.
A “Garantia de Proteção contra Invasões”, outra ordem assinada pelo republicano, também coloca em prática o plano de deportação em massa daqueles que não estão em conformidade com a legislação nacional.
Incentivos ao crescimento econômico
A economia, outro tema delicado para os eleitores americanos que contribuiu com a vitória de Trump, ganhou destaque nos decretos anunciados pela nova administração da Casa Branca, no primeiro dia de mandato.
Entre as medidas está a assinatura de uma ordem executiva declarando “emergência energética nacional”, que lhe dá autoridade para aumentar a produção de petróleo e gás no país, incluindo a abertura de novas plataformas de perfuração no Alasca.
“Desbloquear essa abundância de riqueza natural aumentará a prosperidade de nossos cidadãos, ao mesmo tempo em que ajudará a melhorar a segurança econômica e nacional de nossa Nação para as gerações futuras”, diz o documento que, entre outras coisas, visa reverter a transição para fontes limpas defendida pelo antigo mandatário, Joe Biden.
Trump afirmou que é “política dos Estados Unidos aproveitar ao máximo” essas vastas terras e recursos para o benefício da nação.
O slogan Make America Great Again foi bastante explorado na formulação dos decretos. Uma das primeiras ordens executivas publicadas no site da Casa Branca fala justamente sobre “Colocar os Estados Unidos em Primeiro Lugar nos Acordos Ambientais Internacionais”. Isso se concretizou com a informação de que o país, sob a gestão Trump, deixará o Acordo de Paris.
O governo de Donald Trump também informou a intenção de abandonar o Acordo Global de Tributação da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), mais uma revogação de compromissos assumidos durante a administração de Joe Biden.
No documento, é justificado que o acordo da OCDE “não só permite jurisdição extraterritorial sobre a renda americana, mas também limita a capacidade da nossa Nação de promulgar políticas tributárias que atendam aos interesses de empresas e trabalhadores americanos”.
Trump deu ordens para que as lideranças de todos os departamentos e agências executivas adotassem políticas de alívio de preços emergencial para os cidadãos, a fim de “aumentar a prosperidade do trabalhador americano”.
O presidente citou a redução do custo e a expansão da oferta de moradia; eliminação de despesas administrativas desnecessárias; criação de oportunidades de emprego para trabalhadores americanos; e eliminação de políticas “climáticas prejudiciais e coercitivas que aumentam os custos de alimentos e combustíveis”.
A criação do Departamento de Eficiência Governamental (Doge), que será chefiado por Elon Musk, também é uma medida que surge com o objetivo de cortar gastos do Estado e tornar o governo federal menos burocrático.
O novo governo dos EUA também indicou que revisará suas relações comerciais com outros países, como Canadá e México, ameaçando impor tarifas a partir de 1º de fevereiro. A gestão republicana está considerando impor tarifas de 25% aos dois países e a China também é visada nessa linha.
“Se o presidente decidir prosseguir com tarifas sobre produtos canadenses, o Canadá responderá e tudo está sobre a mesa”, disse o primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau, nesta terça.
Os Estados Unidos e o Canadá, juntamente com o México, mantêm há décadas um acordo de livre comércio no valor de centenas de bilhões de dólares por ano. O Canadá sofre com um alto nível de dependência comercial dos Estados Unidos, com 77% de todas as exportações canadenses indo para seu parceiro e vizinho.
A presidente do México, Claudia Sheinbaum, também prometeu “defender o México acima de tudo” após os decretos sobre migração, comércio e tráfico de drogas assinados pelo novo presidente.
Combate às políticas woke na agenda de Trump
A nova administração da Casa Branca também divulgou ordens executivas que colocam em xeque a agenda woke incentivada pelo governo Biden nos últimos quatro anos.
Desde sua primeira campanha, Trump foi um forte crítico dos programas de diversidade, equidade e inclusão, conhecidos pela sigla DEI, implementados pelos democratas.
A nova gestão republicana defende que “os cidadãos americanos merecem uma força de trabalho federal excelente e eficiente que atraia o mais alto calibre de servidores públicos comprometidos em alcançar a liberdade, prosperidade e governo democrático que nossa Constituição promove”.
Segundo o documento, inserir as políticas DEI nos processos de contratação “subverte a vontade do povo, coloca funções críticas do governo em risco e corre o risco de perder os candidatos mais qualificados”.
Interrupção da ajuda externa em meio a guerras
O guia da política externa do novo governo Trump ainda é um mistério em sua totalidade. Apesar disso, ele já deixou claro que deseja encerrar conflitos pelo mundo, como os que estão acontecendo entre Rússia e Ucrânia; Israel e Hamas.
Uma das ordens executivas assinadas nesta segunda-feira suspende temporariamente todos os programas de ajuda externa dos EUA durante 90 dias, até que um “realinhamento” seja feito. A ação acompanha a proposta anunciada uma semana antes pelo secretário de Estado, Marco Rubio, agora confirmado pelo Senado.
Segundo o decreto de Trump, “a indústria de ajuda externa e a burocracia dos Estados Unidos não estão alinhadas com os interesses americanos”, atualmente, por isso será feita uma “reavaliação” dos critérios para envio de recursos de Washington para fora. A ordem de Trump significa que Rubio determinará onde a ajuda externa deve ser gasta.
Nesta semana, o ditador russo Vladimir Putin enviou um recado parabenizando Trump pela posse e disse estar “aberto ao diálogo” para resolver o conflito no leste europeu.
O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov, criticou nesta terça-feira (21) os métodos anunciados pelo novo presidente dos Estados Unidos para promover os interesses de seu país no mundo.
O chefe da diplomacia russa enfatizou que os interesses de Washington nunca mudaram, independentemente de quem esteja no poder – democratas ou republicanos. “O interesse está em ser sempre mais forte que qualquer rival”.
O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, está tentando agendar uma reunião com Trump, mas ainda não conseguiu uma data, segundo afirmou em um painel de entrevista no Fórum Econômico Mundial em Davos, na Suíça.
O líder de governo já enfatizou que não vai concordar com as exigências russas de reduzir drasticamente o tamanho de suas forças militares em um possível acordo de paz.
FONTE: GAZETA DO POVO https://www.gazetadopovo.com.br/mundo/decretos-sinalizam-como-trump-deve-guiar-eua-proximos-anos/
Trump ameaça retaliar países que tributam multinacionais e medida pode respingar no Brasil
O novo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou uma ofensiva contra um acordo fiscal global da OCDE que estabelece um imposto extraterritorial mínimo de 15% sobre lucros de multinacionais. A medida, sancionada no Brasil pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em dezembro, projeta uma arrecadação de, pelo menos, R$ 16 bilhões a partir de 2026, e afeta empresas com faturamento global acima de 750 milhões de euros, cerca de R$ 4,7 bilhões.
Na segunda-feira (20), Trump assinou uma ordem executiva retirando o apoio dos Estados Unidos ao pacto, alegando que as regras prejudicam empresas americanas. Ele ordenou a elaboração de uma lista de medidas retaliatórias em até 60 dias, com foco em países signatários como União Europeia, Reino Unido, Japão, Coreia do Sul e Canadá.
“Se algum país estrangeiro não está em conformidade com qualquer tratado fiscal com os EUA ou tem regras fiscais em vigor, ou é provável que coloque regras fiscais em vigor, que sejam extraterritoriais ou afetem desproporcionalmente empresas americanas”, declarou o republicano, que também criticou a chamada Regra dos Lucros Subtributados (UTPR).
Essa norma, ainda não aplicada no Brasil, permite que governos tributem a matriz de multinacionais caso subsidiárias no exterior paguem menos que o piso estipulado. Para Trump, isso configura uma tributação “extraterritorial” que fere os interesses das big techs americanas, como Google e Apple.
Durante seu primeiro mandato, ele já havia ameaçado a França com tarifas em resposta a impostos digitais que afetavam essas empresas.
A OCDE, que liderou o acordo global em 2021, prevê um aumento na arrecadação mundial de até US$ 192 bilhões anuais. No entanto, o secretário-geral da entidade, Mathias Cormann, confirmou que os EUA levantaram preocupações sobre o pacto.
Ele afirmou que a entidade continuaria trabalhando com os Estados Unidos e “todos os países na mesa para apoiar a cooperação internacional que promove a certeza, evita a dupla tributação e protege as bases fiscais”.
A União Europeia respondeu com cautela às declarações de Trump afirmando que “permanecemos comprometidos com nossas obrigações internacionais… e estamos abertos a um diálogo significativo com nossos parceiros internacionais”.
No Brasil, a lei que implementa o imposto mínimo global entrou em vigor em janeiro de 2025, com o primeiro pagamento previsto para 2026. Técnicos do governo acompanham as movimentações americanas, mas avaliam que o alvo principal de Trump é a União Europeia.
FONTE: GAZETA DO POVO https://www.gazetadopovo.com.br/economia/trump-retaliar-paises-tributam-multinacionais-brasil-afetado/
Diplomacia ideológica de Lula pode custar caro para o Brasil
Ontem, numa palestra que eu fiz para a ADESG Nacional, me perguntaram sobre como vai ser Trump com o Brasil. Eu disse, olha, eu não tenho bola de cristal, ainda mais para prever o que vai fazer um homem como Trump, que pode nos surpreender. Lula o chamou de nazista, Lula defendeu Kamala, mas Lula já mandou cumprimentos em nome do governo brasileiro. Uma pista é o fato de ele não ter convidado Lula e ter convidado Milei para estar lá.
Eu lembro que uma vez um presidente dos Estados Unidos disse que na América Latina, para onde tender o Brasil, a América Latina vai atrás. Isso pode até ser alterado. Para onde pender a Argentina, a América Latina vai atrás, dependendo do prestígio, da recuperação da economia argentina, da posição internacional da Argentina.
A posição internacional do Brasil é a favor do Hamas, do Irã, afinada com a China dentro do BRICS, apoiando Cuba, fechando os olhos para a fraude da eleição venezuelana. Então, não é muito boa em relação ao Ocidente, principalmente a um governo como o de Trump.
Já Milei é o oposto. Ele está valorizando as empresas argentinas. Buenos Aires, eu vi imagens, está virando um brinco, uma cidade europeia de novo, uma Paris, uma Madri. E o peso foi a moeda que mais se valorizou no mundo, ou seja, quem está comprando em peso no exterior está se beneficiando. E o governo brasileiro precisa se dar conta, que inclusive isso é percebido pelos brasileiros.
O Instituto Ipsos, conforme publicou o Globo ontem, está mostrando que 63% dos brasileiros dizem que o governo está na direção errada, que 65% acham que a economia vai mal, e que os maiores problemas são crime 41%, saúde 38%, pobreza 37%. Tudo isso é consequência de fracassos do Estado brasileiro nos seus três níveis. Agora, pobreza, especialmente o governo Lula, que desde o Lula 1, ele disse que ia acabar com a fome – vale dizer com a pobreza – mas veio 1, veio 2, veio Dilma 1, Dilma 2 e agora Lula 3 e 37% estão achando que o nosso terceiro problema em tamanho é a pobreza. Então está na hora de pensar nisso. E o próprio Trump deu um sinal, – “Eles precisam de nós, nós não precisamos deles”.
Na palestra de hoje eu lembrei que quando chegou o primeiro embarque de Coca-Cola no Brasil, meu pai comprou uma garrafa. Eu tinha uns 5 anos de idade, ou 6. Hoje a gente não precisa mais importar Coca-Cola, a gente produz aqui. Mas tem outras coisas que a gente precisa. Remédios, partes mecânicas e tecnológicas de altíssimo grau para a indústria aeronáutica brasileira, que é muito importante, também para a indústria automobilística. Precisamos muito, sim, dos Estados Unidos. A gente tem que pensar nisso.
Perigo nas estradas
E eu queria encerrar comentando sobre o perigo das estradas, principalmente neste mês de janeiro. Foi preso ontem o motorista daquela carreta que no dia 21 de dezembro, vésperas de Natal, matou 39 pessoas, perto de Teófilo Otoni, Minas Gerais. Ele estava conduzindo blocos de granito, estava com a carga de 68 toneladas de blocos de granito, com vários eixos, e chegou a trafegar a 130 km por hora.
Na hora do acidente, ele estava a 90 km numa rodovia de 80 km. E agora descobriram que ele estava movido a cocaína e álcool. Foi preso. Foi preso ontem. E já tinha um histórico de álcool ao volante. Entrou no homicídio doloso, porque ao ingerir cocaína e álcool, ele está assumindo o risco de matar. É o Arilton Bastos Alves.
Vamos ver se ele vai ser condenado muito mais que quem usa um batom para escrever uma frase na estátua da justiça.
FONTE: GAZETA DO POVO https://www.gazetadopovo.com.br/vozes/alexandre-garcia/diplomacia-ideologica-lula-custar-caro-brasil/
Nos EUA, fim da censura é política de governo, já por aqui…
Donald Trump tomou posse ontem e já chegou chutando o pau da barraca: anunciou medidas que fizeram a festa de seus apoiadores e, claro, o horror de seus opositores , que veem nele o próprio anticristo. Mas, deixando de lado as análises e ladainhas a respeito do discurso do presidente dos EUA, gostaria de destacar uma única frase, que escancara uma diferença brutal entre lá e cá em relação à censura.
Ao assumir novamente a cadeira de presidente dos EUA, Trump fez questão de dizer que assinaria “um decreto para imediatamente pôr fim à censura governamental e trazer de volta a liberdade de expressão para a América”. Com essas palavras, o republicano colocou a liberdade de expressão como um compromisso de governo, uma política pública, tão importante quanto outros temas de primeira grandeza, como o controle inflacionário, o combate à imigração ilegal e o desenvolvimento econômico. Algo assim, ao menos no contexto atual, seria impensável no Brasil.
Quando a censura vem bem disfarçada de boas intenções, batizada com nomes mais bonitos como “moderação” ou “regulamentação”, é bem mais fácil fazê-la entrar por nossas gargantas. Tem gente que defende a censura, não se dá conta disso e ainda se acha muito inteligente
Diferente dos EUA, por aqui, sabemos muito bem, o governo lulista tem interesse em fazer exatamente o inverso: transformar a censura em uma política de Estado e limitar cada vez mais a liberdade de expressão. Lembram-se do chilique dos nossos políticos e poderosos quando a Meta anunciou que não usaria mais agências de checagem? E a recente tentativa de criminalizar as postagens e críticas às mudanças do Pix propostas pelo governo? Nesse último caso, não foi um, nem dois, mas vários integrantes do governo e, pior ainda, jornalistas, que endossaram a ideia de que criticar uma política pública seria “crime”. Claro que não é – e matéria da Marlice Vilela, aqui da Gazeta, explica isso muito bem.
Criticar o governo – e políticos e poderosos em geral – só é crime em ditaduras, que precisam manter o controle sobre tudo o que é dito e pensado pela população. Ditadura e censura são unha e carne, simples assim. Se um cidadão mora em países como Rússia, China, Venezuela e critica ações desses governos, certamente será enquadrado pela “justiça” – que, no caso de ditaduras, deve ser escrita com letra minúscula mesmo, porque não são instituições independentes, mas meros tribunais que existem só para atender aos interesses do ditador. Por mais justa e razoável que seja a crítica, em países ditatoriais não tem conversa: qualquer manifestação diferente de elogios e loas ao governo é tachada como fake news, fascismo, discurso de ódio, golpe, ataque. E, claro, leva seu autor direto para a lista dos “inimigos do Estado”.
Mas, se é fácil identificar a censura e o cerceamento da liberdade em territórios sob domínio de ditadores, o mesmo não acontece quando se fala em democracias. Quando a censura vem bem disfarçada de boas intenções, batizada com nomes mais bonitos como “moderação” ou “regulamentação”, é bem mais fácil fazê-la entrar por nossas gargantas. Tem gente que defende a censura, não se dá conta disso e ainda se acha muito inteligente. Em países com democracias capengas, marcadas por governantes medíocres e rupturas, onde a população se envolve menos do que deveria com a política (até porque tem um milhão de outras preocupações imediatas para tratar), essa percepção é ainda mais difícil, o que facilita bastante a vida dos censores.
Se nos EUA a demanda por mais liberdade de expressão e fim da censura esteve presente na campanha eleitoral e acabou como política de governo com Trump, aqui no Brasil ela iria para o “fim da fila”, digamos assim. Num país carente de várias coisas, pobre (sim, os salários brasileiros da maioria da população são baixos), com uma educação ridícula, falar em “liberdade de expressão” não é prioridade – infelizmente – e dificilmente seria incluída entre os compromissos de campanha de um candidato. Claro, há pessoas e políticos que têm essa clareza e entendem a importância desse tema, mas são minoria.
O fato de Trump incluir em seu discurso de posse nos EUA o compromisso com o fim da censura e a garantia da liberdade de expressão não é um indício de heroísmo ou santidade – nunca canso de dizer, não existem salvadores da pátria – mas de alinhamento com seus eleitores. Foi demanda deles – e é por isso que o tema entrou nos debates eleitorais e acabou ganhando espaço dentro do plano de governo do presidente. Seria ótimo se, por aqui, os eleitores brasileiros também se preocupassem com esse assunto – antes que seja tarde demais.
FONTE: GAZETA DO POVO https://www.gazetadopovo.com.br/vozes/jocelaine-santos/eua-censura-liberdade-expressao-politica-governo/
COITADINHA DA BLOGUEIRA QUE FEZ O “L”…
https://twitter.com/i/status/1877165867512836111
FONTE: JBF https://luizberto.com/coitadinha-da-blogueira-que-fez-o-l/
O resgate do bom senso
Era previsível e foi promessa de campanha: Donald Trump não está para brincadeiras! Acabou a palhaçada e o novo governo vai tentar desfazer inúmeras trapalhadas do anterior logo nos primeiros dias. Teremos um começo frenético de trabalho, com dezenas de ordens executivas – várias delas já assinadas por Trump no primeiro dia, que marcam uma guinada rumo ao resgate do bom senso.
Trump anunciou a “era de ouro” que se inicia na América neste momento e o início da revolução do bom senso. Para tanto, será preciso focar naquilo que funciona, contra ranços ideológicos que vinham desvirtuando o que realmente interessa para os americanos. O presidente deixou claro que cada ação sua colocará como prioridade os interesses da América, e é assim que deve ser. Ele foi eleito, afinal, por americanos para presidir os Estados Unidos.
Em resumo, Trump está botando pra torar, os Estados Unidos saíram da OMS, as fronteiras foram fechadas, temos o fim de sigilo no FBI instrumentalizado, Cuba volta a ser país que fomenta terror, centenas de presos políticos perdoados para encerrar a narrativa do ‘golpe, adeus Acordo de Paris
Logo de cara, as fronteiras voltam a ser prioridade, tropas são despachadas em emergência, imigrantes ilegais começam a ser deportados e os cartéis mexicanos serão tratados como grupos terroristas. O petróleo volta a ser visto como um “ouro líquido” capaz de contribuir para o desenvolvimento da nação, que vai sair do Acordo de Paris e abandonar a histeria dos ecoterroristas.
Os Estados Unidos estão fora da OMS também, o puxadinho do Partido Comunista Chinês sob o comando do revolucionário marxista da Etiópia. Por falar em pandemia, dr. Fauci recebeu um perdão no último minuto de Joe Biden, o que soa como confissão de crime. Confie na “ciência”, mas garanta um perdão preventivo para o responsável por medidas abusivas sem qualquer comprovação científica!
Falando em ciência, voltam a existir apenas dois gêneros, homem e mulher, em tudo que é oficial do governo federal. A grama é verde, o céu é azul, e a normalidade parece ser resgatada de pronto. É como se toda uma nação se recuperasse de um transe, acordasse de um pesadelo!
Outra medida visa a garantir a liberdade de expressão contra todo tipo de censura, mas é Trump o acusado de ser autoritário, não os que querem… a censura! Haverá mais transparência nas instituições de estado também. Alguns servidores suspeitos, tanto que receberam perdão do Joe Biden, como o general Milley, já foram demitidos no primeiro dia. As coisas vão mudar rápido.
Em resumo, Trump está botando pra torar, os Estados Unidos saíram da OMS, as fronteiras foram fechadas, temos o fim de sigilo no FBI instrumentalizado, Cuba volta a ser país que fomenta terror, centenas de presos políticos perdoados para encerrar a narrativa do “golpe”, adeus Acordo de Paris, etc. Enquanto isso, a imprensa falando só do “gesto fascista” de Elon Musk. Não aprendeu nada!
Saiam da sala, crianças. É hora dos adultos consertarem suas lambanças. Vocês podem ficar com a velha imprensa como brinquedinho de vocês, para demonizar o trabalho de quem não liga tanto para narrativas fofinhas pois está focado em entregar os bons resultados!
FONTE: GAZETA DO POVO https://www.gazetadopovo.com.br/rodrigo-constantino/donald-trump-volta-resgate-do-bom-senso/
RECADO
FONTE: JBF https://luizberto.com/recado-6/
PCC e CV podem se encaixar na classificação de cartéis terroristas proposta por Trump
O republicano Donald Trump retornou ao poder como presidente dos Estados Unidos, nesta segunda-feira (20), em guerra contra organizações criminosas e ao terrorismo. Logo após a posse, ele assinou uma ordem executiva na qual classifica cartéis de drogas, sem especificar quais, como organizações terroristas estrangeiras. Organizações criminosas brasileiras – como o Primeiro Comando da Capital (PCC) e o Comando Vermelho (CV) – têm características técnicas similares aos dos cartéis e por isso podem entrar na lista.
A lista de cartéis que ganharão o rótulo de terroristas só deve ficar pronta em duas semanas. Mas analistas dizem que a medida pode afetar não apenas a criminalidade interna e a do vizinho, o México, mas também países da América do Sul. Essas nações estão entre as grandes produtoras de cocaína e têm importantes grupos criminosos responsáveis pela disseminação da droga pelo mundo.
Os cartéis de droga são organizações criminosas que controlam a produção, distribuição e comercialização de substâncias ilegais, como cocaína, maconha e outros entorpecentes. Essas organizações operam de forma estruturada e, no caso das brasileiras, em nível internacional. Elas são responsáveis por parte expressiva do tráfico para outros continentes.
Além de gerenciar o transporte e a venda de drogas, os cartéis também costumam se envolver em atividades criminosas, como lavagem de dinheiro, extorsão e violência, mantendo o controle sobre suas rotas e mercados, além de influenciar a política e a segurança em várias regiões.
“Os cartéis se envolveram em uma campanha de violência e terror em todo o Hemisfério Ocidental, que não apenas desestabilizou países com importância significativa para nossos interesses nacionais, mas também inundou os Estados Unidos com drogas mortais, criminosos violentos e gangues cruéis”, diz um trecho da ordem assinada por Trump.
Para especialistas ouvidos pela Gazeta do Povo, as organizações criminosas brasileiras já se enquadram em especificações de cartéis e células terroristas, apesar do não reconhecimento como tal internamente.
Contudo, não está claro ainda se a inclusão de cartéis na lista de organizações terroristas anunciada por Trump vai levar em conta apenas critérios técnicos ou também políticos, como o impacto dessas organizações nos Estados Unidos.
Atentados a bomba e assassinatos podem justificar enquadramento de facções como terroristas
Por ora nenhum grupo criminoso foi nomeado por Trump para a escala de terroristas, mas o governo americano criou um grupo de trabalho que deve fechar uma lista de facções nos próximos 14 dias.
Segundo o delegado da Polícia Federal Marco Smith, que investiga a atuação de organizações criminosas na região da fronteira entre o Brasil e Paraguai, facções com como PCC e CV já podem se encaixar nos dois eixos: cartel e terrorismo.
“São vários atendados, assassinatos de um juiz e de rivais, de outras autoridades, explosões a bomba, inclusive em fórum [sedes do Judiciário]. São atos tipicamente terroristas”, disse Smith. Ele lembrou ainda a infiltração dessas organizações em núcleos políticos para ter espaço no poder formal do Estado.
O PCC aparece em relatórios do Drug Enforcement Administration (DEA), a Administração de Repressão às Drogas, nos Estados Unidos, como um dos responsáveis pelo envio de cocaína ao país a partir de suas parcerias com os cartéis mexicanos. Smith avalia que, no contexto de cartel, a facção brasileira se destaca por sua organização hierárquica, domínio de território e rotas de tráfico de drogas, infiltração estatal e atuação internacional com seu avanço aos Estados Unidos.
O PCC tem cerca de 42 mil faccionados e mil deles estão em outros países, segundo levantamento do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público de São Paulo (MP-SP). Parte dos que vive fora do país foi para os Estados Unidos como imigrante ilegal. Eles são conhecidos pela facção e autoridades em segurança pública como “soldados” do crime.
Os membros do PCC passaram a entrar nos Estados Unidos com os objetivos de fugir da justiça brasileira, de fazer lavagem de dinheiro à organização criminosa e de realizar tráfico de armas para o Brasil.
A organização criminosa tenta avançar com o mercado da cocaína aos EUA, ainda que o movimento ocorra em pequena escala com rotas de tráfico controladas pelos cartéis mexicanos.
Serviços de inteligência dos EUA têm identificado um número cada vez maior de membros da organização criminosa brasileira, que poderá ser enquadrada como terrorista, entrando ilegalmente no país nos últimos anos. Investigações da Polícia Federal e do governo dos EUA revelaram que Miami, na Flórida, aparece como uma das regiões preferidas. Mas há registros da presença de criminosos em Massachusetts, cuja capital é Boston, e no estado da Pensilvânia, onde vivem muitos brasileiros.
A unidade de Operação de Fiscalização e Remoção (ERO, na sigla em inglês), do governo americano, já vinha enviado relatórios às autoridades brasileiras sobre um elevado número de faccionados presos na região de Boston, em Massachusetts. Todos estão sendo deportados ao Brasil. “Esses relatórios certamente serão utilizados para mapear a presença e concentração desses criminosos em território americano”, completa o delegado.
Trump fará força-tarefa na fronteira contra imigração ilegal e criminosos
Donald Trump afirmou durante seu discurso de posse que vai usar toda a estrutura do Estado para combater essas organizações terroristas. A medida não é uma novidade e já havia sido proposta por Trump em seu primeiro mandato, no ano de 2019.
“É muito provável que o presidente americano pleiteie, junto aos governos de outros países, que caracterizem suas organizações criminosas, os cartéis, também como núcleos terroristas, a exemplo do que ele promete fazer internamente”, destaca o cientista político Gustavo Alves.
Se os cartéis de drogas forem classificados como organizações terroristas pelos Estados Unidos, isso teria várias consequências significativas tanto para os próprios cartéis quanto para o México e outros países da América do Sul. O especialista destaca algumas delas:
- Sanções financeiras e jurídicas: uma das possíveis consequências seria a imposição de sanções severas, o que poderia incluir o congelamento de ativos, a proibição de transações financeiras com membros ou associados dos cartéis e a possibilidade de bloqueio de suas contas bancárias em instituições financeiras americanas. Qualquer pessoa que colabore com essas organizações, como traficantes ou fornecedores de recursos, também pode ser processada e enfrentar penas de prisão por apoio ao terrorismo, a exemplo do que chegou a ser proposto em 2019.
- Ações diretas em territórios originários das facções: com os cartéis considerados grupos terroristas, os Estados Unidos poderiam pressionar outros países, incluindo o México e alguns da América do Sul, a adotar medidas semelhantes. Já a possibilidade dos Estados Unidos mandarem tropas para outros países para combater traficantes é uma opção menos provável. Ela dependeria do estabelecimento de acordos bilaterais, os quais poucos países estariam dispostos a assinar.
- Prisão e condenações mais severas: indivíduos associados aos cartéis, mesmo em níveis baixos, como traficantes de rua ou fornecedores de apoio logístico, poderão ser processados por terrorismo e enfrentar penas mais severas, como longas sentenças de prisão. Isso também facilitaria o processo judicial contra esses envolvidos, o que pode resultar em penas de décadas nos EUA.
- Mudança na prioridade de combate: Os cartéis estarão entre as prioridades de segurança nacional dos Estados Unidos, o que pode implicar em um enfoque mais agressivo e intensificado no combate a essas organizações, incluindo operações de inteligência e ações preventivas contra aqueles que passarem a ser considerados terroristas.
Voltando os olhares às organizações criminosas brasileiras, o advogado e especialista em Segurança Pública Alex Erno Breunig reforça, com destaque para o PCC e o CV, que elas atuam como cartéis e núcleos terroristas há tempos. “Ou seja, são várias organizações [no Brasil e fora] que se agrupam para atuar como tal. Assim, podem ser chamadas de cartel”. Para ele, a classificação como terroristas nos EUA, de fato, pode ocorrer em breve.
A exemplo da promessa de combate ao crime organizado, o presidente americano garantiu a declaração de emergência nacional na fronteira sul do país, com o México, em uma ação focada contra a imigração ilegal. Trump disse que “toda entrada ilegal será imediatamente barrada” e que começará o processo de retorno de “milhões de estrangeiros criminosos” aos lugares de onde vieram.
Trump vai enviar tropas à região e elas devem impedir, além da entrada de imigrantes ilegais, estancar o avanço dos cartéis, os quais passarão a ser caracterizados como grupos terroristas no país. Para poder adotar a medida, Trump invocou uma norma americana do século 18: a Lei dos Inimigos Estrangeiros, de 1798.
Trump deve pressionar mais governos da América Latina a combater organizações criminosas terroristas
Além da adoção de medidas internas para caracterizar grupos criminosos voltados ao tráfico de drogas como terroristas, especialistas acreditam que Trump poderá pedir para que outros países, sobretudo os de origem dessas organizações, façam o mesmo.
“Vimos isso em outros momentos e é provável que se repita, sob pena de alguma restrição, sanção econômica, financeira ou comercial como descrevemos anteriormente”, completa Gustavo Alves.
O principal exemplo é o Canadá. Após ser eleito, Trump disse que, se o Canadá não aumentasse a segurança na fronteira com os Estados Unidos, ele elevaria em 25% a taxação das exportações canadenses. O primeiro-ministro Justin Trudeau demorou para tomar as medidas exigidas e a vice prrimeira-ministra deixou o cargo denunciando a falta de ação.
O resultado foi a queda do governo de Trudeau, que era líder do Partido Liberal e atuou como primeiro-ministro por quase uma década. Ele era considerado progressista e anunciou sua renúncia em meio a um cenário político tumultuado, marcado por forte desgaste pessoal e queda de popularidade. A decisão reflete não apenas a insatisfação generalizada entre a população, mas também as divisões dentro de seu próprio partido.
A oposição, liderada por Pierre Poilievre, do Partido Conservador, capitalizou o descontentamento popular ao prometer reformas, melhorias emergenciais na segurança pública, cortes de gastos e enfrentamento de problemas econômicos e sociais.
O próprio Trump, antes de assumir como presidente, falou das vulnerabilidades enfrentadas pelo Canadá e chegou a sugerir que o país fosse anexado aos Estados Unidos.
Além da pressão, em tese, Trump pode tomar medidas concretas e firmar parcerias para o combate ao crime organizado. Alves sugere como exemplo o Plano Colômbia, desenvolvido na década passada. O objetivo, à época, foi reforçar as forças armadas e a polícia local em uma das maiores produtoras de cocaína do mundo, com um acordo militar entre os dois países no combate ao terrorismo e em uma ação focada contra as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc).
O plano foi implementado durante o governo colombiano de Julio César Uribe Flores e acabou substituído pelo Paz Colômbia em 2016. Os EUA destinaram recursos ao desenvolvimento social e reforço das instituições. O acordo militar permitiu que a Colômbia usasse bases aéreas, navais e do Exército americano no seu território para estabelecer uma política comum nos países andinos contra o narcotráfico.
A decisão de oferecer apoio financeiro no período foi do presidente republicano George W. Bush. “Podemos ter ações similares, pedidos para que os países adotem medidas mais severas contras suas organizações criminosas ou ainda uma tentativa de intervenção direta dos Estados Unidos nesses países. Teremos indicativos sobre isso já nas próximas semanas”, opina Alves.
Mas nem todos os países da América do Sul aceitariam acordos como esse, especialmente os governados pela esquerda. Em geral, a aceitação de ajuda americana tem o potencial implícito de enfraquecer governantes, que admitiriam sua incapacidade de lidar com o problema de segurança.
Tais medidas também encontrariam resistência nos militares desses países. As próprias Forças Armadas do Brasil não são favoráveis à sua instrumentalização para o combate ao crime organizado, como ocorreu na Colômbia. Isso porque tais ações abrem margem para infiltração de criminosos e corrupção de militares e tira o foco da preparação dos militares para seu dever maior de proteger o país contra exércitos invasores.
Por outro lado, há uma pressão da parcela da sociedade que não entende a importância da defesa nacional e quer ver as verbas destinadas às Forças Armadas sendo usadas no combate ao crime organizado.
A segurança pública e os problemas em países vizinhos e no continente
Na fronteira sul dos Estados Unidos, o país vive o seu maior dilema na segurança pública por causa do México. O país latino tem tentado enfrentar o crime organizado e seus cartéis há décadas, mas as ações não têm funcionado e refletem a crise de opioides na América. As estratégias adotadas ao longo dos anos têm variado, mas os resultados são insuficientes e vistos como insatisfatórios pelo governo Trump.
O país já adotou a estratégia de confronto direto de guerra às drogas, focou no uso das forças armadas e policiais federais para confrontar diretamente os cartéis na captura ou eliminação de seus líderes. Essa abordagem resultou em um aumento significativo da violência, com um grande número de mortos e desaparecidos, mas não conseguiu enfraquecer significativamente o poder dos cartéis.
Outra estratégia foi a de captura de líderes das organizações criminosas. A tática pretendia desmantelar os cartéis a partir da prisão ou morte de seus líderes. No entanto, essa estratégia muitas vezes levou à fragmentação dos cartéis, com o surgimento de novas organizações menores e mais violentas, ou ocasionou a intensificação das disputas internas pelo poder.
Houve ainda a reforma policial e institucional com tentativas de reformar as forças policiais, melhorar o sistema judicial e fortalecer as instituições responsáveis pela aplicação da lei. Elas têm sido implementadas ao longo dos últimos anos, mas a corrupção generalizada e a falta de recursos adequados têm dificultado o progresso.
Somado a isso, o México adotou programas de prevenção ao crime e desenvolvimento social com programas sociais e iniciativas de prevenção ao crime. Essas ações foram implementadas com o objetivo de abordar as causas profundas da violência e do envolvimento com o crime organizado, como a pobreza, a falta de oportunidades e a exclusão social. No entanto, o alcance e o impacto desses programas foram limitados e ineficazes.
O governo Trump avalia que as medidas adotadas pelo México não foram nem são eficazes diante da corrupção sistêmica dentro das instituições, incluindo as forças de segurança e o sistema judicial. “A infiltração dos cartéis nesses setores compromete a eficácia das operações e dificulta a punição dos criminosos”, avalia o cientista político e especialista em segurança pública Marcelo Almeida.
Outro ponto pode ser associado à violência e à fragmentação diante de uma estratégia de confronto direto, que gerou um ciclo de violência ainda maior, com os cartéis lutando entre si e contra as forças de segurança. “A captura de líderes muitas vezes levou à fragmentação dos cartéis, criando novas organizações mais violentas e difíceis de controlar”.
O especialista avalia ainda a falta de estratégias abrangentes adotadas pelo governo mexicano. “Somado a isso, há o poder econômico dos cartéis e outras atividades ilícitas, o que permite que eles corrompam autoridades, adquiram armamentos pesados e expandam sua influência”.
A extensa fronteira com os EUA facilita o tráfico de drogas e armas, o que torna o combate ao crime organizado ainda mais complexo. Para o especialista, o anúncio feito pelo governo americano pode ser benéfico para impedir o avanço dos cartéis nos EUA.
“O México tem tentado combater o crime organizado com uma variedade de estratégias, mas a corrupção, a violência, a falta de estratégias abrangentes e o poder econômico dos cartéis têm dificultado o sucesso”, destaca.
“A situação exige uma abordagem multifacetada que inclua o fortalecimento das instituições, o combate à corrupção, a prevenção ao crime, o desenvolvimento social e a cooperação internacional, mas uma ação direta dos EUA no México vai interferir na soberania daquele país e é quase incerta”, completa Almeida.
O avanço das facções brasileiras no tráfico internacional
A maior parte de droga “exportada” pelas fações brasileiras vai para a Europa e África, com áreas de atuação sendo ampliadas em todos os continentes a partir de parcerias com máfias e cartéis. Segundo o Gaeco do Ministério Público de São Paulo, somente para a Europa – a partir do Porto de Santos (SP) -, o PCC escoa quatro toneladas de pasta base de cocaína por mês. A droga segue camuflada em meio a cargas licitas em cargueiros que rodam o mundo.
O impacto disso foi demonstrado em um relatório referente ao ano de 2023, realizado pelo Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC). Ele aponta para um aumento significativo na produção global de cocaína, com um crescimento de 35% de 2021 a 2022, o maior desde 2016. O levantamento de 2024 ainda não foi concluído. Esse aumento é acompanhado por uma diversificação nas rotas de tráfico, com destaque para a expansão das operações criminosas brasileiras em países lusófonos, como Angola, Moçambique e Cabo Verde, mas avançando sobre outros continentes, como a Europa, Ásia e nas Américas.
O Brasil, considerado também um núcleo de consumo de cocaína, continua sendo um dos principais pontos de trânsito do entorpecente, segundo o relatório, com rotas que levam a substância para a Europa e outros continentes, seja diretamente ou via África. O relatório aponta que o PCC tem expandido sua presença internacional, e controla várias etapas do processamento e da distribuição. Essa expansão é facilitada pelo uso de rotas logísticas já estabelecidas para o contrabando de mercadorias legais, como cigarros.
Apesar de o mercado de cocaína ainda estar concentrado nas Américas e em partes da Europa, há uma tendência de expansão para a África e Ásia, o que representa uma nova ameaça transnacional, revelou o levantamento. O aumento na produção de cocaína também está relacionado a um aumento na demanda global, especialmente nas Américas – colocando o governo americano de Donald Trump em alerta máximo – e em algumas regiões da Europa.
O relatório destaca que, em 2021, houve um aumento substancial nas apreensões de cocaína, totalizando um recorde de duas mil toneladas apreendidas globalmente. A UNODC enfatiza que a crescente distribuição de cocaína exige uma resposta coordenada da comunidade internacional, baseada em conscientização, prevenção e cooperação, para enfrentar essa ameaça transnacional.
O peso e a interferência política em ações de enfrentamento ao crime organizado
Em outros países, o enfrentamento ao crime organizado também tem se mostrado desafiador a um custo caro, político e de estratégias. El Salvador enfrentou há pouco anos altos índices de violência, com gangues controlando territórios e impondo extorsões a moradores e comerciantes. Após um ataque que deixou aproximadamente 80 mortos, o governo de Nayib Bukele decretou estado de emergência e iniciou uma repressão maciça às gangues, com prisões em massa e forte presença militar.
A ação reduziu significativamente os homicídios e eliminou a influência das gangues em muitos locais, permitindo que áreas antes perigosas fossem recuperadas pelos moradores. Apesar das melhorias na segurança, a estratégia foi criticada por violações de direitos humanos, incluindo prisões arbitrárias e denúncias de tortura em prisões superlotadas.
Mesmo com controvérsias, Bukele manteve a alta aprovação popular, com cidadãos de outros países da região apoiando sua abordagem contra o crime. No entanto, especialistas alertam para os riscos de sacrificar liberdades civis em nome da segurança, o que cria um modelo potencialmente perigoso para outras nações da América Latina.
No Brasil, uma intervenção federal na segurança pública do Rio de Janeiro, com áreas dominadas por organizações criminosas e milicias, foi uma medida decretada pelo então presidente Michel Temer (MDB), em 2018, com o objetivo de conter a grave crise de segurança pública. O interventor foi o general Walter Souza Braga Netto.
O Rio de Janeiro enfrentava altos índices de criminalidade, com violência urbana, tráfico de drogas e atuação de milícias. A situação levou o governo do estado a solicitar o apoio do governo federal, que decretou a intervenção.
Em dez meses, a intervenção reverteu uma escalada de crimes, como homicídios e roubos de carros. Mas seu principal legado foi o investimento em equipamentos, como carros de polícia, helicópteros e armas, e a criação de planos eficazes de organização logística para a manutenção eficaz e posterior substituição desses equipamentos. As polícias também tiveram cargos e unidades remanejados, com o fechamento de bases ineficazes e o remanejamento de policiais para áreas mais críticas.
Contudo, o ex-governador Wilson Witzel (PSC) foi eleito em seguida e não deu continuidade a essas ações de combate ao crime. Posteriormente, ele acabou afastado após investigações sobre um esquema de corrupção e sofreu impeachment.
FONTE: GAZETA DO POVO https://www.gazetadopovo.com.br/republica/pcc-cv-classificacao-carteis-terroristas-proposta-trump/
HÉBER CRUZ – MANAUS-AM
Regime de Maduro x Regime de Lula, uma parelha prá lá de escrota!
FONTE: JBF https://luizberto.com/heber-cruz-manaus-am-52/
Moody’s prevê tarifa de 5% dos EUA sobre produtos brasileiros veja o impacto
O diretor da Moody’s Analytics, Alfredo Coutiño, declarou que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, deve implementar tarifas sobre bens importados do México e do Brasil ainda neste ano.
Ele afirmou que os produtos mexicanos enfrentariam uma taxa de 10%. Os bens brasileiros estariam sujeitos a 5%.
Em resposta, é esperado que os dois países adotem medidas semelhantes. O México aplicaria uma tarifa de 10% sobre bens norte-americanos. O Brasil faria o mesmo com uma taxa de 5%. Essa previsão foi compartilhada em um evento on-line. O evento foi organizado pela subsidiária da Moody’s, uma das principais agências de classificação de risco do mundo.
O Bradesco, por sua vez, analisou o impacto de tarifas de 10% e 25% sobre produtos brasileiros. Embora a tarifa para o Brasil não esteja confirmada, Trump revelou que considera a possibilidade de impor uma taxa de 25% para o México e o Canadá. Essa decisão deve ser anunciada em breve. Existe a possibilidade de ela vigorar em 1° de fevereiro.
Alfredo Coutiño explicou que, caso essas tarifas sejam efetivadas, elas poderão pressionar as moedas de México e Brasil. O crescimento econômico dos dois países será reduzido. No Brasil, a economia deve crescer apenas 2% em 2025.
Essa situação será influenciada pelas tarifas norte-americanas e pela desaceleração chinesa, que também enfrenta pressões comerciais dos EUA. Para o México, o crescimento pode cair de 1,5% em 2024 para 0,6% no ano seguinte.
FONTE: REVISTA OESTE https://revistaoeste.com/mundo/trump-deve-impor-tarifa-de-5-sobre-produtos-brasileiros-preve-moodys/?utm_source=pushnews&utm_medium=pushnotification
AGUARDEMOS O FIM
FONTE:; JBF https://luizberto.com/aguardemos-o-fim/
Governo Lula paga quase R$ 10 mi em pesquisas, mas mantém resultados sob sigilo
O governo Luiz Inácio Lula da Silva decidiu manter sob sigilo o resultado de pesquisas de opinião encomendadas pela Secretaria de Comunicação Social (Secom) desde 2023.
A gestão petista justifica que o material consiste em “documentos preparatórios” e que sua divulgação poderia resultar em “pressões externas” e “manipulação da opinião pública”. As informações são da Folha de S.Paulo.
Por outro lado, a Controladoria-Geral da União (CGU) exigiu transparência sobre pesquisas realizadas durante a gestão de Jair Bolsonaro, que deverão se tornar públicas. Esses levantamentos abordavam temas como o Auxílio Brasil e outros temas sociais.
FONTE: REVISTA OESTE https://revistaoeste.com/politica/governo-lula-paga-quase-r-10-mi-em-pesquisas-mas-mantem-resultados-sob-sigilo/?utm_source=pushnews&utm_medium=pushnotification
A HISTÓRIA POR TRÁS DA FOTO
Dizem que durante o discurso de Trump, as pessoas que estavam à sua direita, próximos à Kamala e ao Biden, sentiram um odor desagradável, semelhante a um peido, mas como o ex presidente Joe sempre foi muito “flatulento”, atribuíram e ele o feito.
Luiz Berto ficou firme, mas Chupicleide quase perdeu a compostura.
Jamais saberemos a verdade.
FONTE: JBF https://luizberto.com/a-historia-por-tras-da-foto/
Be the first to comment on "Trump decreta o fim da censura governamental nas redes sociais"