Uma das maneiras mais simples e garantidas para se medir a ruindade básica do governo Lula é considerar a situação do ministro Fernando Haddad. Até certo tempo atrás, por mais estranha que possa parecer uma observação como essa, Haddad era geralmente apontado como um dos ministros menos ruins do time de quinta divisão-C que o presidente escalou para compor o seu ministério. Era como num concurso de miss só com mulher feia. Naquele mar de barangas, Haddad até que parecia menos horrível que a companheirada do “primeiro escalão” – talvez por aparentar uma disposição de espírito menos agressiva do que os demais. É um tempo que já ficou no passado.
Hoje, o ministro da Economia, que confessou antes de assumir o cargo que não entendia nada de economia, subiu de turma e já está plenamente integrado ao núcleo duro dos piores militantes do aglomerado que Lula faz passar como o seu “ministério”. (Foi esse grupo que se reuniu no Palácio do Planalto para fazer “a primeira reunião ministerial do ano” com Lula, em mais uma palhaçada para simular atividade; é óbvio que ninguém pode fazer absolutamente nada numa reunião com 40 pessoas.) Até tu, Haddad? Até tu.
Haddad confirmou, aí, que tem tudo o que é preciso para sair do bloco dos possíveis menos ruins para a comissão de frente dos que são ruins com certeza absoluta. Assim que ficou claro o tamanho da estupidez que sua área tinha cometido, pulou no meio da gritaria histérica contra as ‘fake news’
Se estivesse contando com a imagem de um Haddad “moderado” para aliviar um pouco a sua barra, o governo Lula pode tirar o cavalo da chuva. Nunca houve, essa é que é a verdade, um Haddad moderado, assim como não existe um Rolex fabricado em Pedro Juan Caballero. O que sempre houve foi um Haddad mesmo, o único que existe na vida real – e esse acabou se relevando tão ruim quanto o resto do cardume que nada em volta de Lula. Sua epifania aconteceu com o desastre com perda total das novas regras do Pix, um negócio tão ruim, mas tão ruim, que o próprio governo teve de anular a decisão que tinha tomado.
Haddad confirmou, aí, que tem tudo o que é preciso para sair do bloco dos possíveis menos ruins para a comissão de frente dos que são ruins com certeza absoluta. Assim que ficou claro o tamanho da estupidez que sua área tinha cometido, pulou no meio da gritaria histérica contra as “fake news” – como se fossem as redes sociais de “extrema direita”, e não a Receita Federal, teoricamente sob seu comando, que tivessem escrito a ordem amaldiçoada.
Jogou-se de cabeça na ala policial do governo formada em torno da Advocacia-Geral da União – que manda a Polícia Federal sair atrás dos “culpados” pela alta do dólar, pelo naufrágio do Pix e pelos memes que chamam o ministro de “Taxadd”. Está fazendo declarações tão cretinas como as que Lula faz praticamente todos os dias.
O ministro Haddad virou uma espécie de Janja econômica do governo Lula – um foco de piadas, retrato fiel do cafajestismo geral do Lula-3 e, sobretudo, o sinônimo do gato gordo sem noção que ninguém leva a sério. Já foi considerado um fator de “equilíbrio” no governo. Hoje é só mais um ministro como os outros.
FONTE: GAZETA DO POVO https://www.gazetadopovo.com.br/vozes/jr-guzzo/ministro-haddad-uma-janja-economica-que-ninguem-leva-a-serio/
Posse de Trump: pressão sobre Lula e fim da agenda woke animam oposição brasileira
A posse de Donald Trump como presidente dos Estados Unidos, nesta segunda-feira (20), foi celebrada por parlamentares da oposição brasileira, que aproveitaram o evento para criticar o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e exaltar medidas anunciadas pelo republicano. Entre os temas que dominaram as redes sociais, destacaram-se o confronto à “agenda woke” e a pressão sobre Lula em questões de política internacional.
O deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) ironizou a postura do presidente brasileiro, que, antes das eleições americanas, havia classificado uma possível posse de Trump como “nazismo com outra cara” e declarado apoio à então candidata democrata Kamala Harris.
“Ei @LulaOficial, você quer ser amigo de um nazista agora?”, provocou Eduardo Bolsonaro. O parlamentar ainda apontou incoerência nas declarações de Lula salientou que ministros do governo brasileiro continuaram atacando Trump, mesmo após sua vitória.
O comentário veio após Lula manifestar interesse em ter uma boa relação com o novo governo americano, algo visto como contraditório diante de suas declarações anteriores. Nas redes sociais, internautas que fazem oposição ao governo Lula classificaram a mudança de tom por parte do petista como o “Efeito Trump”.
“O Trump foi eleito para governar os Estados Unidos, e eu, como presidente do Brasil, torço para que ele faça uma gestão profícua, para que o povo brasileiro, o povo americano melhore e para que os americanos continuem a ser os parceiros históricos que são do Brasil. Nós não queremos briga nem com a Venezuela, nem com os americanos, nem com a China, nem com a Índia, nem com a Rússia. Nós queremos paz”, disse Lula em sua primeira reunião ministerial do ano, nesta segunda-feira.
Entre os temas que mais repercutiram no discurso de posse de Trump, a oposição destacou as promessas relacionadas à agenda cultural. O novo presidente americano afirmou que a Casa Branca instruirá o Departamento de Estado e o Departamento de Segurança Interna, bem como outras agências, a removerem as opções “não-binário” ou “outras” de documentos federais, incluindo passaportes e vistos.
A deputada Bia Kicis (PL-DF) celebrou o compromisso do republicano em restaurar a liberdade de expressão e acabar com a perseguição política, e também elogiou a posição contrária à ideologia de gênero do novo presidente dos EUA.
“Restaurar a liberdade de expressão, fim da perseguição política, fim da agenda woke da ideologia de gênero, gestão eficiente do Estado, e seu maior legado, ser um “peace maker” agente da paz, e inspirar a admiração do mundo por ser a nação mais forte e próspera. Esses apenas uns aspectos. Que discurso!”, disse Bia Kicis pelas redes sociais.
Já o deputado Carlos Jordy (PL-RJ) também comentou sobre as medidas anunciadas e salientou o fim da instrumentaliação do Estado.
“Nunca mais o grande poder do Estado vai ser usado para instrumentalizar e perseguir oponentes políticos”, declarou Jordy. Ele também destacou o que chamou de “fim da agenda woke“.
Críticas de Trump sobre ativismo judicial foram celebradas pela oposição
As declarações de Trump contra o ativismo judicial nos Estados Unidos também repercutiram positivamente entre políticos e líderes conservadores do Brasil. O novo presidente americano prometeu acabar com a “armamentização” do Departamento de Justiça ao defender um Judiciário mais equilibrado.
O deputado Marcel Van Hattem (Novo-RS) destacou a postura de Trump no discurso de posse e afirmou que as palavras dele reforçam valores essenciais para a democracia. “Trump fez um discurso que nos deixou, como brasileiros, muito orgulhosos pela sua posição firme em defesa da liberdade de expressão”, declarou o parlamentar em um vídeo postado nas redes sociais.
Já pastor Silas Malafaia utilizou as mídias sociais para criticar o governo Lula e autoridades brasileiras. “Trump toma posse. Um novo vento de liberdade vai soprar e vai chegar no Brasil em nome de Jesus!”, afirmou o líder religioso em publicação no X.
Ausência de Bolsonaro na posse de Trump gera críticas da oposição
Parlamentares da oposição relembraram a ausência do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) na posse de Donald Trump e destacaram que o episódio é reflexo das restrições políticas enfrentadas no Brasil. Bolsonaro não pôde viajar aos Estados Unidos após a negativa do ministro Alexandre de Moraes em devolver seu passaporte. Essa questão foi apontada pela oposição como símbolo de censura e perseguição política no Brasil. A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro e o deputado federal Eduardo Bolsonaro representaram o ex-mandatário na cerimônia.
No vídeo já citado, Van Hattem classificou a proibição de Bolsonaro de comparecer à posse do novo presidente dos EUA como reflexo de tempos difíceis no país. “Foi um sinal muito claro de que vivemos tempos terríveis no nosso país”, afirmou o parlamentar.
O senador Jorge Seif (PL-SC) também criticou a decisão judicial que impediu Bolsonaro de viajar aos Estados Unidos para a posse de Trump. “O mundo sabe que a censura que fizeram a Bolsonaro foi criminosa”, declarou.
A deputada Carla Zambelli (PL-SP) utilizou as redes sociais para demonstrar apoio ao ex-presidente. “Com fé em Deus, um novo tempo de respeito à liberdade e aos valores ocidentais voltará a reinar”, publicou.
Agenda de Trump pode dar “mais gás” à oposição brasileira
Questionado sobre o impacto do discurso de Donald Trump para a oposição no Brasil, o cientista político Adriano Cerqueira, professor do Ibmec de Belo Horizonte, afirmou que a postura do novo presidente dos Estados Unidos traz perspectivas positivas para os opositores do governo Lula.
“Trump está alinhado com uma agenda mais agressiva, que inclui combater narcotraficantes como terroristas e promover políticas duras contra gangues e redes de apoio, inclusive governos que se associam a essas práticas. Isso pode ressoar aqui no Brasil, onde o narcotráfico é uma questão sensível. Além disso, a oposição pode ganhar força com o discurso dele contra regimes autoritários, incluindo o apoio do Brasil a países como Nicarágua, Cuba e Venezuela”, avaliou.
Cerqueira também apontou que o endurecimento das políticas econômicas e de segurança promovido por Trump pode criar um cenário de maior liberdade nas redes e fortalecer as críticas ao atual governo brasileiro.
“Trump já indicou que combaterá a censura na internet e apoiará medidas contra autoridades americanas que ampliaram o controle sobre as redes. Isso deve reforçar a pressão sobre casos similares no Brasil, onde a oposição frequentemente denuncia restrições à liberdade de expressão”, destacou.
Oposição aproveitou a posse de Trump para fazer articulações com autoridades americanas
Além de participarem da posse do novo presidente, deputados e senadores da direita brasileira também aproveitaram a passagem pelos EUA para estreitar laços com autoridades do novo governo. No domingo (19), eles se reuniram com Jim Pfaff, conselheiro de Trump e presidente da “The Conservative Caucus“, uma organização não governamental (ONG) de orientação conservadora.
À comitiva de parlamentares brasileiros, Pfaff afirmou que fará tudo o que estiver ao seu alcance e influência para ajudar a oposição. “Quero que vocês saibam o que acontecerá amanhã não é só importante não só para os Estados Unidos, mas também para o Brasil. Irei fazer tudo o que estiver sob meu alcance para ajudar. E pergunto a vocês como eu posso ajudar”, disse o conselheiro de Trump.
Ele também afirmou ser “muito abençoado por ter amigos” na comitiva brasileira. “Sou muito abençoado por ter amigos presentes aqui. Não só dessa comitiva, mas fico muito feliz por encontrar os amigos que fiz no X aqui”, afirmou.
O conselheiro de Trump também reforçou a torcida por uma eventual candidatura de Bolsonaro nas eleições presidenciais de 2026. O ex-presidente brasileiro está inelegível até 2030 por decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
“É minha oração e minha esperança que a gente possa, no futuro próximo, reabrir a corrida presidencial no Brasil. Não sei como isso vai acontecer. Obviamente, tenho muita esperança que o presidente Bolsonaro possa estar na urna”, destacou Pfaff.
Para oposição, posse de Trump é um “marco da ascensão conservadora”
Parlamentares de oposição brasileira também classificaram a posse de Donald Trump como um “marco da ascensão conservadora no mundo”. Para eles, o novo chefe do Executivo americano representa o combate a regimes autoritários e o fortalecimento dos valores da liberdade.
A deputada Silvia Waiãpi (PL-AP) enfatizou que o retorno de Trump ao poder nos EUA reflete uma mudança global em curso. “A posse de Donald Trump é mais do que um evento político; é um marco da ascensão conservadora em todo o mundo. Os povos estão reagindo contra a opressão de ideologias que destroem valores, e, em 2026, essa onda chegará com força ao Brasil, devolvendo o poder ao povo que defende a Liberdade”, defendeu.
O deputado Ubiratan Sanderson (PL-RS) destacou a importância de Trump para a liberdade econômica e política. “Trump sempre representou a resistência contra o autoritarismo e a corrupção. Sua posse reforça que a direita está ganhando terreno no mundo todo. Não tenho dúvidas de que, em 2026, o Brasil estará alinhado com essa nova era de prosperidade e liberdade”, ressaltou o parlamentar gaúcho.
Já o deputado Rodrigo Valadares (União-SE) apontou a conexão entre a liderança de Trump e o futuro político brasileiro. “A vitória de Trump é um sinal claro de que o mundo está rejeitando governos frouxos e agendas autoritárias disfarçadas de progressismo. O Brasil, assim como os Estados Unidos, terá a sua oportunidade de reverter os erros de governos de esquerda em 2026, retomando os valores que fizeram nosso país grande”, opinou.
Por fim, o deputado Rodolfo Nogueira (PL-MS) afirmou que a liderança de Trump é essencial para a estabilidade internacional. “O mundo anseia por líderes que tenham coragem de defender a liberdade e a paz. Trump simboliza essa força, e seu retorno demonstra que o conservadorismo está mais vivo do que nunca, unindo nações contra regimes opressores. O Brasil será parte dessa virada em 2026”, afirmou.
FONTE: GAZETA DO POVO https://www.gazetadopovo.com.br/republica/posse-de-trump-pressao-sobre-lula-anima-oposicao-brasileira/
Pressão de Trump sobre Lula anima oposição no Brasil
Pressão de Trump sobre Lula anima oposição no Brasil. O programa Entrelinhas desta terça-feira (21) repercute o discurso de posse do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Ao contrário das falas de improviso de Trump, invariavelmente recheadas de hipérboles, o discurso de posse foi preparado palavra por palavra (e lido de um teleprompter).
Nele, o republicano falou explicitamente sobre sua ambição de se juntar ao panteão dos grandes presidentes. “Espero que nossa recente eleição presidencial seja lembrada como a maior e mais importante eleição da história do nosso país”, disse.
É a partir das 10h30, ao vivo.
Pressão de Trump sobre Lula anima oposição no Brasil
A posse de Donald Trump como presidente dos Estados Unidos, nesta segunda-feira (20), foi celebrada por parlamentares da oposição brasileira, que aproveitaram o evento para criticar o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e exaltar medidas anunciadas pelo republicano. Entre os temas que dominaram as redes sociais, destacaram-se o confronto à “agenda woke” e a pressão sobre Lula em questões de política internacional.
O deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) ironizou a postura do presidente brasileiro, que, antes das eleições americanas, havia classificado uma possível posse de Trump como “nazismo com outra cara” e declarado apoio à então candidata democrata Kamala Harris.
“Ei @LulaOficial, você quer ser amigo de um nazista agora?”, provocou Eduardo Bolsonaro. O parlamentar ainda apontou incoerência nas declarações de Lula salientou que ministros do governo brasileiro continuaram atacando Trump, mesmo após sua vitória.
Trump critica ativismo judicial
As declarações de Trump contra o ativismo judicial nos Estados Unidos também repercutiram positivamente entre políticos e líderes conservadores do Brasil. O novo presidente americano prometeu acabar com a “armamentização” do Departamento de Justiça ao defender um Judiciário mais equilibrado.
O deputado Marcel Van Hattem (Novo-RS) destacou a postura de Trump no discurso de posse e afirmou que as palavras dele reforçam valores essenciais para a democracia. “Trump fez um discurso que nos deixou, como brasileiros, muito orgulhosos pela sua posição firme em defesa da liberdade de expressão”, declarou o parlamentar em um vídeo postado nas redes sociais.
Já pastor Silas Malafaia utilizou as mídias sociais para criticar o governo Lula e autoridades brasileiras. “Trump toma posse. Um novo vento de liberdade vai soprar e vai chegar no Brasil em nome de Jesus!”, afirmou o líder religioso em publicação no X.
Assista ao Entrelinhas de segunda a sexta
O programa Entrelinhas traz a melhor cobertura do noticiário, abordando os temas mais urgentes, com apresentação de Mariana Braga e comentários de Paulo Polzonoff. O programa vai ao ar de segunda a sexta-feira, às 10h30, no site da Gazeta do Povo, nos aplicativos de Android e Iphone e no canal do YouTube.
FONTE: GAZETA DO POVO https://www.gazetadopovo.com.br/vozes/entrelinhas/pressao-de-trump-sobre-lula-anima-oposicao-no-brasil/
“Posso fugir agora, qualquer um pode”, diz Bolsonaro sobre decisão de Moraes
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a criticar, nesta segunda-feira (20), o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes por ter proibido sua participação na posse do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. O passaporte do ex-mandatário foi apreendido há quase um ano no âmbito da investigação sobre a suposta tentativa de golpe de Estado em 2022.
“Um juiz que é o dono de tudo aqui no Brasil. É o dono da sua liberdade. Ele abre inquérito, ele te ouve, ouve o delator. Ele é o promotor, ele é o julgador, ele encaminha o seu juiz para fazer a audiência de custódia, tudo ele”, criticou o ex-presidente em entrevista ao canal AuriVerde Brasil, no YouTube.
“Tira teu passaporte. Eu não sou réu. Eu posso fugir agora, qualquer um pode fugir”, acrescentou. Na semana passada, Moraes rejeitou o pedido, alegando risco de fuga. A defesa de Bolsonaro recorreu, mas o ministro manteve a decisão.
Em novembro do ano passado, a Polícia Federal indiciou Bolsonaro e outras 39 pessoas por participação na suposta tentativa de golpe de Estado para impedir a posse do presidente Lula (PT). O ex-presidente nega as acusações.
O caso foi encaminhado à Procuradoria-Geral da República (PGR). Após a análise, a PGR pode apresentar denúncia contra os indiciados, pedir o arquivamento do inquérito ou solicitar mais diligências.
A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL) e o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) foram ao evento como representantes de Bolsonaro. “Tá lá o Eduardo que me representa, ele é meu filho, é mais do que representar, a confiança é 100%, tá lá com a Michelle nos Estados Unidos, obviamente, a Michelle não trata desses assuntos”, disse o ex-presidente.
Bolsonaro reiterou que foi convidado oficialmente para a posse de Trump. Na decisão, Moraes considerou que a defesa do ex-presidente não apresentou um convite oficial para a solenidade.
“Eu fui convidado, apesar da fake news de alguns da esquerda. A imprensa do mundo todo divulgou isso aí. Como a imprensa do mundo todo está divulgando que eu fui proibido de ir para lá por causa de uma decisão de um juiz”, disse.
Bolsonaro diz que “não há democracia”, caso não esteja na disputa em 2026
Bolsonaro criticou a manutenção de sua inelegibilidade e disse que, caso não não possa disputar as eleições de 2026, “não há democracia” no Brasil. “Já tá difícil falar em democracia hoje em dia, né? Mas eleições, sem oposição, não é democracia. Deixa o povo decidir. Isso não é democracia? Alguns falam, ‘quem seria o seu reserva para 2026 se você não vier?’ Se eu não vier, é sinal que não tem democracia”, afirmou ao canal AuriVerde Brasil.
No último sábado (18), o ex-presidente disse acreditar na influência de Trump para reverter sua inelegibilidade. “Com toda certeza, se ele me convidou [para a posse], ele tem a certeza que pode colaborar com a democracia do Brasil afastando inelegibilidades políticas, como essas duas minhas que eu tive”, declarou após acompanhar o embarque de Michelle para os Estados Unidos.
FONTE: GAZETA DO POVO https://www.gazetadopovo.com.br/republica/posso-fugir-agora-qualquer-um-pode-diz-bolsonaro-sobre-decisao-de-moraes/?ref=veja-tambem
Bannon diz que pedirá ações contra o Brasil por impedir ida de Bolsonaro à posse de Trump
O ex-estrategista do presidente Donald Trump, Steve Bannon, anunciou que pedirá ações contra o Brasil em razão da não ida de Bolsonaro à posse do republicano, que ocorreu na última segunda (20). O anúncio foi feito em um evento para representantes da direita mundial, que contou com a presença de parlamentares brasileiros, incluindo o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP).
O pedido deverá ser feito ao novo Secretário de Estado, Marco Rubio. À Folha de S. Paulo, Bannon declarou que as ações devem ser aplicadas ao Brasil e, em especial, ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, para que ele não tenha “nenhum acesso aos Estados Unidos”.
Bannon reforçou o apoio do movimento Maga (“Faça a América Grande Novamente”) ao ex-presidente Jair Bolsonaro: “Eu não falo pelo presidente Trump, mas as pessoas do movimento Maga amam Bolsonaro”.
O ex-estrategista da Casa Branca durante a primeira gestão de Donald Trump já havia se encontrado com Eduardo Bolsonaro, a quem classificou como “uma das pessoas mais importantes no movimento pela soberania ao redor do mundo” e fez uma previsão de que em breve o deputado será Presidente da República.
Jair Bolsonaro foi impedido de ir à posse de Donald Trump após o ministro Alexandre de Moraes negar o pedido da defesa do ex-presidente de devolver seu passaporte apreendido. Moraes argumentou “risco de fuga”, seguindo a orientação da Procuradoria-Geral da República.
FONTE: GAZETA DO POVO https://www.gazetadopovo.com.br/mundo/bannon-diz-que-pedira-acoes-contra-o-brasil-por-impedir-ida-de-bolsonaro-a-posse-de-trump/
Trump assina decretos para consolidar a liberdade de expressão e confirmar saída do Acordo de Paris
O presidente dos EUA, Donald Trump, deu início a sua nova administração na noite desta segunda-feira (20) com a assinatura de uma série de decretos executivos durante um evento no Capital One Arena, em Washington, D.C. Diante de milhares de apoiadores entusiasmados, Trump reafirmou suas promessas de mudanças profundas no cenário político e econômico do país.
O presidente, empossado mais cedo no interior do Capitólio, realizou um discurso enérgico, onde destacou a importância de restaurar a liberdade de expressão nos Estados Unidos. No palco, decorado com as cores da bandeira americana, Trump iniciou seu discurso destacando as mudanças que pretende implementar.
Acompanhado de familiares e do novo vice-presidente, J.D. Vance, o republicano celebrou sua vitória eleitoral em novembro de 2024, descrevendo-a como um mandato claro para restaurar a grandeza dos Estados Unidos.
“Nós ganhamos todos os estados-pêndulo e vencemos no voto popular por milhões e milhões de votos”, declarou, acrescentando novamente que o país está entrando em uma “nova era de ouro”.
O presidente aproveitou seu discurso para criticar a gestão anterior, classificando o governo de Joe Biden como “o pior da história”. Ele também falou sobre a decisão de Biden de conceder perdões de última hora a membros de sua família e outros indivíduos, chamando a ação de um “escândalo” que ele não pôde abordar em seu discurso de posse no Capitólio porque aconteceu justamente durante sua fala.
“Ele fez isso enquanto eu estava falando, para que eu não pudesse mencionar. Vocês podem acreditar nisso?”, questionou.
Outro momento de destaque foi o reconhecimento às famílias de reféns sequestrados pelo Hamas no ataque terrorista realizado contra Israel em 7 de outubro de 2023. Acompanhado de reféns que foram libertados, Trump reiterou seu compromisso de trazer todos os que estão em cativeiro de volta para casa.
“Isso nunca deveria ter acontecido”, declarou, enfatizando que a tragédia no Oriente Médio, assim como a guerra na Ucrânia, seria evitada sob sua liderança.
Trump destacou a necessidade de restaurar a confiança econômica do país. Ele anunciou que instruirá seu novo gabinete a usar “todos os poderes à disposição para derrotar a inflação e reduzir rapidamente o custo de vida diário”.
Ao final do discurso, Trump disse que iria iniciar a assinatura de decretos fundamentais para o seu novo governo. Primeiramente, o presidente disse que iria assinar naquele mesmo momento uma “ordem executiva para encerrar imediatamente a censura do governo federal ao povo americano e parar a sua instrumentalização”. O anúncio foi recebido com aplausos entusiasmados pela multidão.
Trump também formalizou a retirada dos Estados Unidos do Acordo de Paris, retomando uma medida implementada em seu primeiro mandato e posteriormente revertida por Joe Biden.
“Os Estados Unidos não vão sabotar nossas indústrias enquanto a China polui impunemente”, declarou.
Decretos assinados durante o evento
Trump assinou os seguintes decretos após seu discurso aos apoiadores em Washington, garantido o efeito imediato deles:
- Congelamento de novas regulamentações: Um decreto para interromper a imposição de novas regras federais até que o novo governo tenha pleno controle da burocracia.
- Retirada do Acordo de Paris: Uma decisão para priorizar a indústria americana e reduzir custos energéticos, bem como custos ao próprio país.
- Retorno ao trabalho presencial: Uma ordem que exige que funcionários públicos federais retomem o expediente presencial cinco dias por semana.
- Congelamento de novas contratações: Incluindo a suspensão da contratação de novos agentes da Receita Federal americana, com o objetivo de reduzir gastos e reformular o quadro funcional.
- Revogação de 78 ordens executivas de Biden: Trump classificou o governo anterior como o “pior da história” e afirmou que essas medidas eram “radicais e destrutivas”. Entre elas estavam regulações sobre inteligência artificial.
- Restauração da liberdade de expressão e fim da censura federal: O presidente assinou este decreto para reiterar seu compromisso de acabar com o que chamou de “instrumentalização do governo federal”, que era feita para perseguir opositores políticos. O decreto fortalece a defesa da liberdade de expressão nos EUA, direito já garantido pela Constituição americana.
Após o evento na Capital One Arena, Trump se dirigiu à Casa Branca, onde, no Salão Oval, acompanhado por jornalistas, assinou novos decretos, entre eles, um que perdoa os indivíduos não violentos que foram condenados pela invasão ao Capitólio em 2021. Segundo o novo presidente, o decreto abrange 1.500 pessoas. Além deste, o presidente também assinou o decreto que declara emergência nacional na fronteira sul e um decreto que proíbe por 75 dias a aplicação da lei que suspende o TikTok.
FONTE: GAZETA DO POVO https://www.gazetadopovo.com.br/mundo/trump-assina-decretos-para-consolidar-a-liberdade-de-expressao-e-confirmar-saida-do-acordo-de-paris/
O primeiro discurso de Donald Trump
Um novo capítulo da história americana – e possivelmente mundial – começou nesta segunda-feira (20) com a posse do republicano Donald Trump como o 47º presidente dos Estados Unidos. Em seu primeiro discurso após ser empossado, acompanhado por dezenas de chefes de Estado, entre eles o argentino Javier Milei, e realizado na Rotunda do Capitólio devido ao frio intenso que atinge a capital Washington D.C., Trump esboçou as diretrizes que deverão guiar os próximos quatro anos do governo americano e suas relações com os demais países do globo.
Prometendo uma “era de ouro” logo no início de seu discurso e chamando o 20 de janeiro de “Dia da Libertação” dos cidadãos americanos, Trump propôs a reestruturação dos EUA e o início de uma “revolução do bom senso” – e é justamente de “bom senso” que os EUA e o mundo, envoltos em tantas visões de mundo nebulosas, mais precisam neste momento. Em meio a turbulências, é necessário, por vezes, dizer o óbvio, reafirmar verdades que tentam ser desacreditadas e apontar de forma firme um caminho a seguir: e foi isso o que Trump fez em seu primeiro discurso.
Já era tempo de os EUA resgatarem os valores que historicamente forjaram o país e o tornaram conhecido e admirado mundialmente, como a liberdade, o respeito ao Estado Democrático de Direito, a meritocracia e a busca pela excelência
O republicano reafirmou o compromisso em restabelecer uma nação “orgulhosa, próspera e livre”, onde “a balança da Justiça será reequilibrada” e que trabalhará para “trazer de volta a esperança, a prosperidade, a segurança e a paz para os cidadãos de todas as raças, religiões, cores e credos”, além de afirmar que sua administração será “inspirada por uma forte busca pela excelência e pelo sucesso incessante”. Trump também disse que seu maior legado será o de um pacificador e unificador, e lembrou o acordo de cessar-fogo entre Israel e o Hamas e a libertação de três reféns do grupo terrorista no último domingo.
Sobre a liberdade de expressão, Trump disse que implantará medidas para “acabar imediatamente com toda a censura governamental e trazer de volta a liberdade de expressão à América” e que nunca mais o poder do Estado americano será usado como arma “para perseguir oponentes políticos, algo sobre o qual sei alguma coisa”, além de prometer restaurar a “justiça justa, igual e imparcial no âmbito do Estado de Direito constitucional”. O novo presidente também ressaltou que o governo americano não adotará mais políticas de diversidade e inclusão, afirmando que a política oficial do governo dos Estados Unidos será a de reconhecer apenas dois gêneros, masculino e feminino, além de exaltar a necessidade de criar uma sociedade que não enxerga a cor da pele e seja baseada apenas no mérito.
São palavras, sem dúvida, auspiciosas. Já era tempo de os EUA resgatarem os valores que historicamente forjaram o país e o tornaram conhecido e admirado mundialmente, como a liberdade, o respeito ao Estado Democrático de Direito, a meritocracia e a busca pela excelência. O apreço à constitucionalidade e o reconhecimento de que não cabe ao Estado ser agente de censura ou repressão política, lição primordial frequentemente esquecida por governantes de todo o mundo, também são pontos a serem comemorados e que, quiçá, poderão servir de inspiração a outros líderes mundiais.
Trump também aproveitou para anunciar algumas medidas, incluindo as primeiras ações para o combate da imigração ilegal, um problema legítimo e que teve lugar de destaque na campanha eleitoral. Uma das primeiras ações será a ocupação da fronteira dos EUA com o México e o retorno da política “Fique no México”, onde os candidatos à imigração aguardam ao sul da fronteira pela permissão para entrar nos EUA, e não já dentro do país, como ocorria durante o governo de Joe Biden. Reafirmou também que fará a deportação de “milhões e milhões de estrangeiros criminosos aos locais de onde vieram”. Mesmo sendo legítimas, são medidas duras, que vão impactar milhares de famílias e que por isso precisarão ser aplicadas de forma equilibrada, norteadas acima de tudo pela legalidade, respeito à dignidade da vida humana e bom senso. Erros que já foram vistos no passado, como o de separar as crianças de suas famílias ou ações truculentas, precisam ser evitados. Outra medida anunciada, a tarifação de produtos estrangeiros, embora possa agradar num primeiro momento o setor produtivo norte-americano, pode se revelar um erro com o tempo. O protecionismo econômico, por vezes justificável de forma pontual e momentânea, não é uma receita de sucesso no longo prazo para a economia e prejudicará não apenas os norte-americanos, mas também países com os quais os EUA fazem negócios.
Mas de todo o discurso, o ponto que suscita mais preocupação foi a menção de Trump ao Canal do Panamá, importante ligação entre o Atlântico e o Pacífico, e a pretensão de expansão territorial dos EUA, embora não se saiba ainda qual o alcance exato dessas palavras. Queixando-se da taxação excessiva aos navios americanos que utilizam o canal, bem como da presença chinesa, Trump referiu-se à obra como um “presente” dos EUA que nunca deveria ter sido dado ao Panamá e que poderia ser “tomado de volta”. Ora, por mais que a insatisfação com a gestão e as taxas aplicadas aos navios americanos seja razoável, trata-se de uma demanda a ser resolvida por meio dos instrumentos legais e administrativos, jamais pela força. Por mais que, por enquanto, seja impossível saber o real alcance das palavras de Trump e suas intenções com declarações como essa, a simples menção à possibilidade de “tomar” uma área em território alheio é preocupante. Já falamos neste espaço sobre o quão perigoso seria uma eventual política expansionista norte-americana. Destituir o direito internacional substituindo-o pela força bruta, é inadmissível.
Um país que deseja se colocar como “pacificador”, um exemplo a ser admirado pelo mundo, é incompatível com o expansionismo territorial baseado na força. Se Trump for por esse caminho – e oxalá não seja esse seu intuito nem alcance real de suas palavras – e opte por fazer valer a lei do mais forte para colocar em prática suas propostas, estará traindo os próprios valores americanos. Mais do nunca, o mundo precisa de líderes verdadeiramente dotados de bom senso e que o apliquem tanto nos discursos quando na prática.
FONTE: GAZETA DO POVO https://www.gazetadopovo.com.br/opiniao/editoriais/primeiro-discurso-de-donald-trump/
EUA, Argentina, Israel e Ucrânia driblam Lula para manter relações diplomáticas com brasileiros
Ações de política externa do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), orientadas ideologicamente para a esquerda e para dar apoio a governos autoritários, estão fazendo países como Estados Unidos, Ucrânia, Argentina e Israel driblarem as vias diplomáticas e procurarem a oposição para fazer contato político com a sociedade brasileira.
O contato básico entre o Itamaraty e diplomatas desses países continua para a resolução de questões comerciais e consulares (como vistos e questões envolvendo cidadãos). Mas o diálogo político está praticamente congelado e os países acusam Lula de intransigência e radicalismo.
A reportagem apurou que, nos bastidores, o sentimento comum entre representantes desses países é que Lula não representa a sociedade brasileira em diversos assuntos de interesse mundial – como ao comparar os israelenses aos nazistas ou se recusar a tentar mediar o resgate de 20 mil crianças levadas da Ucrânia para adoção forçada na Rússia.
Além disso, o governo Lula simplesmente não recebe diplomatas de países com quem não simpatiza ou usa subterfúgios para postergar essas recepções a fim de não ter que tratar de assuntos que acha desfavoráveis.
Por isso, membros desses governos estão adotando a estratégia de fazer contato direto com membros do Congresso e com a imprensa do Brasil. O caso mais recente foi o do governo do presidente Donald Trump, dos Estados Unidos, que convidou a ex-primeira dama Michelle e o deputado Eduardo Bolsonaro para sua cerimônia de posse nesta segunda-feira (20).
Lula não foi convidado, mas não é tradição que presidentes compareçam à posse nos Estados Unidos. Mesmo assim, isso indica que, apesar de deixar os canais diplomáticos tradicionais abertos, Trump deve preferir dialogar diretamente com Bolsonaro e a oposição em vez de procurar o Presidente da República, segundo analistas ouvidos pela reportagem.
Durante a campanha presidencial americana, ao comparar Trump com Kamala Harris, Lula associou o americano ao nazismo e ao fascismo “com outra cara”. Já quando Trump tomou posse, o brasileiro sugeriu que a relação entre os países de “cooperação, fundamentada no respeito mútuo e em uma amizade histórica” continue avançando. Ele também disse que não quer briga com os Estados Unidos.
Representantes da Ucrânia não são recebidos por Lula e apelam à imprensa brasileira
Um caso da semana passada envolveu a Ucrânia. Desde que Lula assumiu seu terceiro mandato, o presidente Volodymyr Zelensky vem pedindo para ser recebido no Brasil e convidando Lula para visitar Kyiv. O petista já recebeu duas vezes o chanceler russo Serguei Lavrov, mas vem negando audiências ao chanceler ucraniano. Zelensky chegou a viajar a Brasília (a caminho da Argentina) em 2023 e nem assim Lula concordou em falar com ele.
O chefe de gabinete de Zelensky, Andrii Yermak, então apelou à imprensa na semana passada para fazer chegar a Lula o recado que queria convidá-lo para mediar negociações de resgate de cerca de 20 mil crianças ucranianas que foram sequestradas e adotadas ilegalmente por famílias russas. Questionado por órgãos de imprensa brasileiros, o Itamaraty disse que a proposta de paz da China, da qual o Brasil é signatário, já cobre o tema. Mas a proposta não trata do problema e é considerada pró-Rússia por não prever a devolução de territórios anexados à força por Moscou na Ucrânia.
Em entrevista à imprensa, Yermak disse acreditar que apesar de Lula não ligar para o assunto, o povo brasileiro se compadece da tragédia ucraniana. Por isso, Kyiv tem investido em criar parcerias e promover viagens de parlamentares brasileiros para a Ucrânia e políticos ucranianos para o Brasil. Ao menos três encontros oficiais já aconteceram.
Oficialmente o Itamaraty diz que condena a invasão da Ucrânia pela Rússia nas instâncias internacionais. Mas na prática Lula dá sinais de apoiar o ditador russo Vladimir Putin, como ao vetar a venda de ambulâncias blindadas para a Ucrânia ou assinar a proposta de paz escrita pela China e apoio à Rússia.
Israel recorre a Eduardo Bolsonaro para cobrar explicações da Justiça do Brasil
Com Israel, a situação é similar. O Itamaraty foi cuidadoso ao criticar as ações terroristas do grupo Hamas e rápido ao condenar ataques israelenses que causaram baixas civis na Faixa de Gaza. O governo israelense então deu um passo além da Ucrânia e deu a Lula o título de “persona non grata”. O petista se transformou no primeiro presidente brasileiro a não ser considerado bem-vindo em um país estrangeiro.
A punição dada a Lula foi resultado dele ter comparado a guerra que Israel vinha travando contra terroristas do Hamas com as ações dos nazistas contra os judeus. Mesmo antes disso, o embaixador de Israel, Daniel Zonshine, já preferia o contato com a oposição. Ele foi ao Congresso Nacional e se encontrou com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e parlamentares em 2023.
A estratégia continua em prática. Em janeiro deste ano, o ministro de Assuntos da Diáspora e Combate ao Antissemitismo de Israel, Amichai Chikli, preferiu procurar o deputado Eduardo Bolsonaro para entregrar uma carta ao invés de buscar as vias diplomáticas tradicionais. Ele criticou a decisão da Justiça Federal do Brasil de ordenar a investigação de um soldado israelense em férias no Brasil simplesmente pelo fato de ter servido nas Forças de Defesa de Israel em um cargo de baixa patente. A Justiça havia sido provocada por uma organização militante palestina.
Um dos receios dos israelenses é que o assunto ficasse escondido da população se fosse tratado apenas com diplomatas pelas vias oficiais. A carta acabou publicada nas redes sociais de Eduardo e teve ampla cobertura de mídia.
Milei veio ao Brasil e não se encontrou com Lula
A relação de Javier Milei, o presidente da Argentina, com Lula também é praticamente nula, devido a diferenças ideológicas profundas e, principalmente, por Lula ter tentado interferir na eleição argentina apoiando Sergio Massa, o candidato do então presidente peronista Alberto Fernández. Lula angariou a repulsa de Milei por usar o governo brasileiro para favorecer o adversário.
Segundo reportagem do jornal Estado de São Paulo, em 2023, Lula teria atuado para autorizar uma operação para que o Banco de Desenvolvimento da América Latina (CAF) concedesse empréstimo de US$ 1 bilhão à Argentina. Apesar do empréstimo não ser ilegal, a articulação foi interpretada como uma tentativa explícita de ajudar em um momento em que a ação poderia ter impacto eleitoral.
Com a derrota do peronista e a vitória do atual presidente, a relação entre os governos brasileiro e argentino esfriou e o novo presidente argentino passou a estreitar os laços com a oposição local. Em julho do ano passado, ele participou da Conferência de Ação Política Conservadora (CPAC), realizada em Balneário Camboriú, e fez duras críticas aos governos socialistas da América do Sul e apontou perseguição a nomes da direita em diversos países, inclusive no Brasil.
“Lula está isolando o Brasil no cenário internacional”, diz cientista político
Para o cientista político Marcelo Suano, doutor em Ciência Política pela USP, as declarações e ações do presidente Lula estão contribuindo para um isolamento do Brasil no âmbito internacional. Ele critica as alianças com regimes questionados mundialmente, afirmando que isso afasta o país de parceiros estratégicos.
“O que o presidente Lula fez foi exatamente cumprir a profecia das narrativas da esquerda. Ele está isolando o Brasil internacionalmente porque se aliou a personagens e estados questionados por seus regimes políticos. São ditaduras que desrespeitam os direitos humanos e afetam a ordem internacional,” afirmou.
Suano citou como exemplo a proximidade do governo brasileiro com grupos e países que atuam de forma autoritária ou até terrorista. “Vamos pegar o Hamas. O governo não pode ser aliado de uma organização terrorista, mesmo que tenha um braço político mascarado. Isso ficou muito claro para o mundo inteiro,” disse.
Aproximação entre Trump e oposição pode atrapalhar diplomacia brasileira
A exclusão de Lula da posse de Trump e o comparecimento da oposição no evento, com destaque para a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro e o deputado federal Eduardo Bolsonaro, indica que a relação entre o chefe do Executivo americano e a direita brasileira poderá embaralhar as relações entre Washington e Brasília.
Nesse cenário, o Itamaraty poderá ter dificuldades em lidar, por exemplo, com eventuais sanções de Trump contra ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). Durante o ano passado, parlamentares brasileiros foram aos Estados Unidos denunciar a conduta do ministro Alexandre de Moraes na condução do julgamento dos presos no 8 de janeiro.
Para o cientista político Thales Castro, presidente do Instituto de Pesquisas Estratégicas em Relações Internacionais e Diplomacia (IPERID), a vitória de Trump embaralha a diplomacia brasileira, que já enfrenta dificuldades em função da postura do governo Lula. “A crise socioeconômica, o déficit fiscal e a crise moral do governo Lula criam um cenário problemático. Enquanto isso, Trump observa com atenção o Brasil e outros países da América Latina,” afirmou.
O analista afirmou que Trump já obteve vitórias diplomáticas antes mesmo de assumir, como o cessar-fogo entre Israel e Hamas e a devolução de três reféns. Para Castro, essas movimentações consolidam a posição de Trump no cenário global, com implicações para o Brasil.
“Podemos esperar um cenário de retaliação contra o Brasil. O senador Marco Rubio, da Flórida, que será o próximo secretário de Estado, possui uma visão muito clara sobre a América Latina. Ele conhece profundamente a região e compreende como o lawfare — o uso e abuso da Justiça para fins de perseguição e para o estabelecimento de uma neoautocracia pelo Judiciário — vem sendo utilizado. Essa estratégia certamente será observada com muita atenção pelo governo americano.”
FONTE: GAZETA DO POVO https://www.gazetadopovo.com.br/republica/paises-buscam-congresso-e-oposicao-para-excluir-lula/
Musk mostra entusiasmo com planos de chegar a Marte e gera polêmica com saudação
Elon Musk mostrou entusiasmo nesta segunda-feira (20) com os planos do novo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de enviar o homem a Marte pela primeira vez, e provocou polêmica nas redes sociais ao fazer uma saudação que alguns veículos de imprensa e internautas compararam à saudação nazista.
O bilionário, encarregado de cortar gastos públicos no novo Departamento de Eficiência Governamental (DOGE) criado por Trump, foi uma das estrelas convidadas do comício realizado na Capital One Arena após a posse do novo presidente.
“Vocês podem imaginar como será maravilhoso se os astronautas americanos colocarem a bandeira em outro planeta pela primeira vez – como isso seria inspirador!”, exclamou.
“Vamos levar o DOGE para Marte”, disse o homem mais rico do mundo e CEO da empresa aeroespacial SpaceX.
No final de seu discurso, Musk declarou a apoiadores de Trump: “meu coração está com vocês” e levantou o braço, um gesto que parte da imprensa e de usuários de redes compararam à saudação nazista.
Musk, que tem uma relação estreita com Trump desde a campanha eleitoral, foi um dos convidados especiais da cerimônia de posse realizada dentro do Capitólio, em um pequeno espaço, junto com os donos das principais empresas de tecnologia do país, como Jeff Bezos, fundador da Amazon, e Mark Zuckerberg, CEO da Meta.
Musk se manifesta sobre aceno “polêmico”
Nesta terça-feira (21), o bilionário Elon Musk reagiu aos rumores de que fez uma saudação nazista surante um dos eventos de posse de Trump.
“Francamente, ataques do tipo ‘todo mundo é Hitler’ estão tão desgastados”, escreveu em sua plataforma X.
FONTE: GAZETA DO POVO https://www.gazetadopovo.com.br/mundo/musk-mostra-entusiasmo-com-planos-de-chegar-a-marte-gera-polemica-saudacao/
O recado de Trump a Lula
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, deu um recado claro ao presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, em seu primeiro dia de mandato, na segunda-feira 20.
Enquanto assinava os primeiros decretos de seu governo, Trump foi questionado sobre a relação com o Brasil e respondeu: “[A relação é] ótima, ótima. Eles precisam de nós muito mais do que precisamos deles. Nós não precisamos deles, eles precisam de nós. Todo mundo precisa de nós.”
FONTE: REVISTA OESTE https://revistaoeste.com/politica/o-recado-de-trump-a-lula/?utm_source=pushnews&utm_medium=pushnotification#google_vignette
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