O presidente Joe Biden, fazendo uso do que está estabelecido na Constituição americana, concedeu um indulto presidencial a seu filho – condenado na Justiça por fraude fiscal e porte ilegal de armas; ele confessou os crimes e estava à espera da sua sentença de prisão. Biden sustentou, durante anos, que jamais iria usar suas prerrogativas legais para perdoar o filho. Era mentira, como se comprova agora. Mas, mentira ou não, a lei lhe dá esse direito. Como nos Estados Unidos há um sistema de Justiça, leis que valem o tempo todo e uma Corte Suprema que não é um partido político, o filho de Biden vai desfrutar plenamente do indulto, sem interferência de ninguém.
O ex-presidente Jair Bolsonaro, fazendo uso do que está estabelecido na Constituição brasileira, concedeu um indulto ao ex-deputado Daniel Silveira – condenado a quase nove anos de prisão pelo STF, por ter feito ofensas aos ministros num vídeo exibido nas redes sociais. Sua prisão é ilegal. Não foi preso em flagrante por crime inafiançável e não poderia ser condenado por falar; ele tinha a imunidade constitucional, na condição de deputado federal, para expressar quaisquer opiniões, seja lá quais forem elas. Como no Brasil não há um sistema de Justiça, as leis não valem quando desagradam o regime e o STF é uma facção política há pelo menos seis anos, o indulto foi “anulado” e Silveira continua na cadeia.
Nos Estados Unidos ninguém discute que as leis têm de ser aplicadas, seja lá o que você e a Corte Suprema achem ou não achem. Aqui, a lei ou a Constituição não valem o peso do papel em que estão impressas
Todo mundo tem o direito de não gostar do que o presidente Biden fez, nem da conduta de seu filho, centro de uma tragédia familiar relacionada com o alcoolismo. Todo mundo também tem o direito de não gostar do que Bolsonaro fez, nem da conduta de Daniel Silveira. Mas nos Estados Unidos ninguém discute se as leis têm de ser aplicadas, seja lá o que você e a Corte Suprema achem ou não achem. Aqui, a lei ou a Constituição não valem o peso do papel em que estão impressas. Foram eliminadas e substituídas por decretos do STF, que mudam segundo os interesses pessoais e políticos dos ministros.
O STF, no caso do deputado Silveira, veio com uma desculpa estapafúrdia para justificar a delinquência legal de sua decisão: disse que o indulto não valia porque Bolsonaro tinha simpatia pessoal pelo indultado. E no caso do indulto de Biden, então? Ele não teria simpatia pessoal pelo próprio filho? Não vem ao caso. Lei é lei e existe para ser cumprida. Mas é esse o mundo irracional que o STF impõe cada vez mais ao Brasil. É também, exatamente, o mundo que os ministros querem: numa terra de anarquia legal, a destruição da segurança jurídica confere poderes totalitários a quem está mandando.
O STF anula multas bilionárias de empresas que confessaram crimes de corrupção ativa. Mantém durante seis meses na cadeia um cidadão acusado de ir para os Estados Unidos – e, quando ficou impossível sustentar isso, é acusado agora de não ter ido para os Estados Unidos. Aplica censura prévia e perpétua quando cassa os perfis de usuários da internet – essas pessoas ficam proibidas de dizer até o que ainda não disseram.
Patrocina a punição de um deputado da oposição por um discurso feito na tribuna da Câmara; deu certo com Daniel Silveira – e eles querem repetir a dose, com o apoio das gangues partidárias que mandam no Congresso. Promove, agora, opiniões da Polícia Federal à condição de “prova” de um golpe que jamais foi dado. O Estado de Direito está sendo enterrado no Brasil.
FONTE: GAZETA DO POVO https://www.gazetadopovo.com.br/vozes/jr-guzzo/indulto-de-biden-nao-vai-ser-contestado-porque-nos-eua-a-lei-ainda-e-respeitada/
Moraes manda PF se manifestar sobre inquérito contra Elon Musk
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), solicitou nesta segunda-feira (2) que a Polícia Federal (PF) se manifeste sobre dados apresentados pela plataforma X no inquérito que investiga Elon Musk, proprietário da rede social, por possível obstrução de Justiça. O caso ganhou destaque após a PF identificar, em abril, que perfis banidos por decisão judicial conseguiram realizar transmissões ao vivo na plataforma.
Segundo Moraes, o caso será encaminhado à Procuradoria-Geral da República (PGR) após a análise da PF. O ministro reiterou uma decisão de setembro de 2024 e determinou que o setor pericial da corporação avalie os esclarecimentos fornecidos pelo X. Até agora, contudo, não houve uma resposta e por isso o ministro enviou uma nova solicitação.
“Reitero a decisão proferida em 6/9/2024 e determino que a Polícia Federal, pelo setor pericial competente, examine os esclarecimentos prestados pela plataforma ‘X’ e avalie sua verossimilhança”, escreveu o ministro.
A investigação foi aberta em abril, depois que Elon Musk ameaçou não cumprir ordens do STF. Em resposta, o X alegou que uma “falha técnico-operacional” teria permitido que perfis suspensos participassem de transmissões ao vivo. Entre os beneficiados pela falha estariam blogueiros investigados por atos antidemocráticos, como Allan dos Santos e Oswaldo Eustáquio.
De acordo com a PF, os investigados utilizam uma estrutura de “milícia digital” operando fora do Brasil para driblar determinações judiciais. Essa organização estaria promovendo discursos extremistas e polarizadores.
Bloqueio do X no Brasil
O X foi bloqueado em 30 de agosto após Musk descumprir diversas ordens judiciais, incluindo a indicação de um representante legal no Brasil. A rede social permaneceu fora do ar no país por mais de um mês.
A suspensão foi decretada por Moraes e confirmada pela Primeira Turma do STF, que também manteve a aplicação de uma multa de R$ 50 mil para usuários ou empresas que acessassem a rede por meio de VPN ou outros meios tecnológicos durante o período de bloqueio.
Elon Musk é ainda alvo do inquérito das milícias digitais, que apura a atuação de grupos organizados para atacar o Judiciário, seus membros e o sistema eleitoral brasileiro durante as eleições de 2022.
FONTE: GAZETA DO POVO https://www.gazetadopovo.com.br/republica/moraes-manda-pf-se-manifestar-sobre-inquerito-contra-elon-musk/
Musk responde Janja e políticos da oposição repudiam fala desrespeitosa da primeira-dama
O empresário americano Elon Musk comentou neste sábado (16) a declaração ofensiva que a primeira-dama brasileira, Janja Silva, fez contra ele durante um painel do G20 Social. “Eles vão perder a próxima eleição”, disse Musk, ao responder no X a um vídeo com o registro da fala da socióloga.
Janja defendia a regulamentação das redes sociais para combater a desinformação quandos seu discurso foi interrompido pelo sinal sonoro de um navio que passava próximo ao local do evento, na região portuária do Rio. “Deve ser o Elon Musk”, disse, em tom de ironia, para depois usar a expressão vulgar “Fuck you, Elon Musk”.
Políticos da oposição também foram às redes sociais para repudiar a atitude desrespeitosa da primeira-dama. O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) postou um print da resposta de Musk e afirmou que “temos mais um problema diplomático”.
O deputado federal Marcel van Hatten (Novo-RS) disse que protocolou junto à Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional da Câmara um pedido de convocação do chanceler Mauro Vieira. Segundo ele, o ministro deve prestar esclarecimentos sobre “os impactos diplomáticos da declaração ‘cheia de classe’ e irresponsável de Janja”.
A senadora Damares Alves (Republicanos-DF) definiu a atitude da socióloga como “inaceitável, inacreditável e vergonhosa”. “O Itamaraty ainda não entendeu que a atual primeira-dama do Brasil não tem nenhuma condição intelectual ou postura para participar de eventos internacionais?”, disse.
Nikolas Ferreira, deputado federal pelo PL de Minas Gerais, publicou, em inglês, a seguinte mensagem: “Janja da Silva, mulher de Lula, acabou de dizer ‘F*, Elon Musk, durante o painel social do G20. Esta é a esquerda ‘tolerante’”.
O senador Sergio Moro (União-PR) citou a resposta de Musk e disse que “a frase do dia foi dita em inglês”.
Para Carla Zambelli, deputada federal pelo PL de São Paulo, “essa postura baixa, sem educação e completamente desnecessária não apenas mancha a imagem do Brasil, mas também pode comprometer relações diplomáticas importantes com a maior potência mundial”.
O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) disse que “Antes era ‘só’ Musk contra Ele [o ministro do STF Alexandre Moraes]. Agora é Trump e Musk contra Ele e o Descondenado [Lula]”.
De acordo com o site Metrópoles, ministros e diplomatas brasileiros criticaram, nos bastidores, o ataque de Janja Silva contra Elon Musk, que foi um dos principais aliados de Donald Trump na corrida presidencial americana e vai assumir um cargo no governo dos EUA.
Alguns chefes do primeiro escalão do governo concordaram que a primeira-dama “passou do ponto” dessa vez. Já integrantes do Itamaraty afirmaram que a fala foi “desnecessária” e pode prejudicar a relação, já desgastada, entre Lula e Donald Trump.
FONTE: GAZETA DO POVO https://www.gazetadopovo.com.br/republica/musk-responde-janja-politicos-oposicao-repudiam-fala-desrespeitosa-primeira-dama/?ref=veja-tambem
Uma PEC para garantir o direito à vida do nascituro
Uma alteração tão simples quanto poderosa em defesa da vida humana passou pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados na semana passada, com a aprovação da PEC 164/2012. Ela acrescenta, no caput do artigo 5.º da Carta Magna, apenas três palavras por meio das quais seria garantida “aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no país a inviolabilidade do direito à vida, desde a concepção”. Uma expressão curta, mas suficiente para despertar a rejeição de militantes e formadores de opinião defensores do direito ao aborto, e que passaram a disparar todo tipo de falácia contra o texto.
Durante a Assembleia Constituinte que redigiu a Carta de 1988, os constituintes decidiram não inserir a expressão “desde a concepção” no trecho sobre o direito a vida por considerá-la uma redundância; a conclusão de que a vida estava protegida desde seu instante inicial estava implícita, já que o nascituro é um ser vivo, da espécie humana. O tempo, no entanto, mostrou que os constituintes teriam feito bem em aceitar a redundância: os últimos 36 anos foram marcados por inúmeras tentativas de legalizar o aborto no Brasil – quando não totalmente, ao menos em alguns casos ou períodos da gestação –, tanto no Legislativo quanto no Judiciário. Uma dessas tentativas está em curso neste momento, por meio da ADPF 442, que já tem um voto favorável à liberação do aborto no primeiro trimestre de gravidez e só depende da vontade do presidente da corte, Luís Roberto Barroso, para voltar à pauta.
A PEC 164 garante que jamais o Brasil verá o aborto legalizado ou descriminalizado em qualquer circunstância, mas não muda os casos em que o crime deixa de ser punido
Compreende-se a revolta do abortismo, já que explicitar na Constituição a proteção da vida nascente fecharia todas as portas a quaisquer tentativas de legalização ou descriminalização. Por isso, não surpreende que, em sua campanha contra a PEC 164, os militantes estejam recorrendo especialmente à falácia pela qual o texto aprovado na CCJ acabaria com um suposto direito ao “aborto legal”. Aqui, será preciso insistir novamente no equívoco desta expressão, pois, desde que o atual Código Penal entrou em vigor, o aborto nunca foi legal no Brasil; o que ocorre é que, por motivos humanitários ou de política penal (e que consideramos bastante razoáveis), decidiu-se não impor pena à mulher que abortou após ter sido violentada, ou em uma situação na qual enfrentasse risco de vida – circunstâncias às quais o STF acrescentou, em 2012, a gestação de feto anencéfalo. Em ocasiões anteriores, a Gazeta do Povo já explicou, usando outros exemplos tirados do Código Penal, a diferença entre o “não se pune” (a expressão usada pelo legislador para se referir a certos casos de aborto) e o “não constitui crime” (a expressão que ele teria usado caso desejasse legalizar a prática nesses casos).
Em nenhum momento a PEC 164 altera o Código Penal. Ela apenas garante que jamais o Brasil verá o aborto legalizado ou descriminalizado em qualquer circunstância, mas não muda os casos em que o crime deixa de ser punido, nem impede que futuramente o legislador acrescente novos casos a essa lista. O que, isso sim, a PEC 164 faz é escancarar o absurdo pelo qual dinheiro do contribuinte é usado para que, em instalações públicas, seja cometido o crime bárbaro da eliminação de um ser humano indefeso e inocente, com direito até mesmo a cartilhas governamentais de orientação mostrando como o crime deve ser cometido e documentado, sob o enganoso rótulo de “aborto legal”. A este propósito, aliás, é preciso também ressaltar que de forma alguma preferimos que abortos sejam realizados em condições precárias: o objetivo é que não seja realizado aborto nenhum; que se preservem as duas vidas, a da gestante e a do bebê; e que se dê total prioridade à melhor alternativa nos casos em que a mãe (de forma bastante compreensível) não queira criar um filho que é fruto de violência: o encaminhamento para a adoção.Veja Também:
A aprovação da PEC 164 na CCJ é uma primeira vitória em uma guerra que ainda promete ser longa e difícil, como se sabe pela resistência a outros projetos, como o Estatuto do Nascituro e o PL 1.904/24, que tenta coibir o horror do aborto tardio. Embora numericamente minoritário, o abortismo é bastante vocal e conta com uma rede de apoio que vai de setores da opinião pública a membros da cúpula do Judiciário nacional. Que os parlamentares defensores da vida não se intimidem e sigam lutando com boas armas para fazer do Brasil um país onde mãe e filho sejam protegidos e amparados pelo Estado e pela sociedade.
FONTE: GAZETA DO POVO https://www.gazetadopovo.com.br/opiniao/editoriais/pec-164-aborto-defesa-da-vida/
“Progressistas” em pânico por causa de PEC que defende a vida desde a concepção
Houve um escândalo muito grande por parte da imprensa antiga, autodenominada de “progressista” (embora na verdade seja o contrário, o que eles querem não é progresso nenhum), devido à aprovação da PEC 164/2012 na Comissão de Constituição e Justiça, pondo na Constituição a questão do aborto. O artigo 5.º da Constituição, que é uma cláusula pétrea – só uma nova constituinte pode alterar direitos e garantias fundamentais –, garante a inviolabilidade do direito à vida. Os deputados querem deixar mais explícito que a proteção ocorre “desde a concepção”.
É a mesma expressão que está no artigo 2.º do Código Civil: “a lei põe a salvo, desde a concepção, os direitos do nascituro”. Quer dizer, a partir do momento em que o espermatozoide entrou no óvulo e aconteceu a fertilização, a pessoa que está sendo gerada já tem direitos civis, que vão “eclodir” no nascimento, vai ganhar nome etc. – mas os direitos já estão garantidos. Tanto é que o artigo 650 do Código de Processo Civil diz o que acontece no caso da morte de alguém que deixa herança e cuja mulher estiver grávida: “Se um dos interessados for nascituro” – ou seja, aquele que vai nascer – “o quinhão que lhe caberá será reservado em poder do inventariante até o seu nascimento”. Vejam só a força do direito brasileiro protegendo aquele que vai nascer.
E temos também o Conselho Federal de Medicina, que recomendou aos médicos que, no caso de gravidez resultante de estupro, não se faça aborto depois da 22.ª semana; que se faça antecipação do parto, porque o bebê já tem condições de nascer. Não é o caso de anencefalia, nem de perigo de vida para a mãe. É para casos de estupro, que muitas vezes é apenas uma alegação para justificar o aborto. A mulher diz que foi estuprada, mas qual foi a violência? Estava na casa do namorado, não houve violência, dormiram juntos. Mas para conseguir o aborto alega-se isso.
Aí entra o Supremo querendo se intrometer. Isso é assunto para ser tratado pelos representantes do povo brasileiro, e não por quem não recebeu procuração para fazer leis. A origem do poder é o povo; isso é princípio básico da democracia, e está escrito no parágrafo 1.º do artigo 1.º da Constituição. O único poder que pode fazer leis é o Legislativo, por mandato recebido do povo.
STF quer tomar o lugar do Congresso e legislar sobre mídias sociais
O Supremo também quer fazer lei sobre mídias sociais. O Congresso já fez uma lei básica das redes sociais, o Marco Civil da Internet, em 2014; não sente necessidade de fazer mais nada porque já está regulamentado, já se impôs lei ao mundo digital. Se houver calúnia, difamação, injúria, já está tudo no Código Penal há muito tempo, assim como a Constituição garante a indenização por danos morais. Se acham que as penas são pequenas, se quiserem mudar, colocar punições mais pesadas, que sejam os congressistas que façam isso.
Mas o Supremo quer porque quer. O ministro Barroso chegou a dizer “já que o Congresso não legislou e nós demos tempo para legislarem, nós vamos tocar no assunto”. Como assim? Quem manda no Congresso é o povo, o eleitor; ele que é o mandante, e os parlamentares são os mandatários. Acho que está faltando no STF uma cartilha de Educação Moral e Cívica para eles entenderem como funciona uma democracia.
Família Mantovani se retrata em processo que estava todo errado desde o começo
Nessa cartilha também poderia estar escrito que é preciso haver devido processo legal, juiz natural, direito à ampla defesa, poderes do Ministério Público sobre o inquérito e o processo… digo isso porque o ministro Dias Toffoli extinguiu a punibilidade da família Mantovani dizendo que eles “confessaram os crimes praticados” – o que eles fizeram foi se desculpar. Agora já viraram criminosos. O processo foi encerrado, mas extinguiu-se o processo, tal como a Polícia Federal tinha sugerido da primeira vez, dizendo que não havia o que incriminar. A polícia italiana me diz a mesma coisa, que foi um entreverozinho leve entre o povo e uma autoridade, num aeroporto estrangeiro. Ficou tudo muito estranho, com o STF exercendo jurisdição sobre algo cometido na Itália, em um caso no qual os suspeitos não tinham nenhuma prerrogativa de foro, deviam ter ido para a primeira instância.
Propaganda do governo diz que está tudo bem enquanto o dólar dispara
Só não é estranho que, devido às contas públicas – que, segundo a propaganda oficial do governo e aquela dos propagandistas do governo na mídia, vão muito bem –, o dólar tenha passado de R$ 6, a bolsa esteja afundando, e a expectativa seja de alta de juros, da inflação e da dívida pública.
FONTE: GAZETA DO POVO https://www.gazetadopovo.com.br/vozes/alexandre-garcia/pec-164-aborto-progressistas-defesa-da-vida/
A tribuna é a última trincheira do cidadão na democracia representativa
O sereno e forte pronunciamento de Arthur Lira no plenário na quarta-feira passada (27), defendendo a imunidade parlamentar, já entrou para a história. Em um momento único, o presidente da Câmara dos Deputados deixou claro que ninguém iria mexer com a sagrada tribuna parlamentar. E quem ousasse fazê-lo, teria aberto contra si processo por abuso de autoridade da mesma forma como Lira prometeu iniciar procedimento contra policiais federais que indiciaram a mim e a outros parlamentares por falas no púlpito. Um escândalo.
Da direita à esquerda, a solidariedade foi imensa. Até mesmo Chico Alencar, do PSOL, falou na tribuna da Câmara e à imprensa sobre o absurdo. Diverge em quase tudo com os discursos feitos pela direita, mas reconhece que a Constituição garante o mesmo direito de fala a todos. Se assim não fosse, para que serviria a tribuna da Câmara dos Deputados? Apenas para elogiar governantes, para divulgar atividades do próprio parlamentar ou para realizar sessões solenes?
Mais do que nunca, diante de um governo como o de Lula, que persegue opositores, e de uma corte que censura seus críticos, a Câmara dos Deputados precisa se levantar. Fazer valer as imunidades parlamentares por opiniões, palavras e votos expressas na tribuna é fazer valer a Constituição Federal
Tanto Arthur Lira quanto, de forma geral, todos os demais parlamentares sabem que a tribuna é o último bastião da democracia representativa. É a última e mais valiosa trincheira, não apenas da oposição, mas de qualquer parlamentar que queira realizar uma denúncia, apontar um dedo, tratar de temas sensíveis, até mesmo polêmicos ou controversos, sem receio de qualquer tipo de retaliação. É a trincheira do povo, representado por seu parlamentar, para se expressar sem chance alguma de intimidação, ameaça, de quem quer que seja.
No entanto, esta imunidade material conferida a parlamentares no Brasil e em todo o mundo democrático, sem exceção, vem sendo há anos flexibilizada quando a manifestação é feita em outros ambientes diferentes da tribuna. As redes sociais, por exemplo, hoje instrumentos indispensáveis para a comunicação do deputado ou do senador, há anos são consideradas partes de uma zona cinzenta. Daniel Silveira segue preso até hoje após uma fala gravada em vídeo e postada em seus próprios perfis no feriadão de Carnaval de 2021.
No caso de Silveira, à época, a Câmara concordou por maioria de votos (364 votos a favor e 130 contra, incluindo o meu contrário) com a manutenção da prisão decretada por Alexandre de Moraes e confirmada pelo pleno do Supremo Tribunal Federal. Hoje, porém, o clima no Plenário da Câmara é outro: foram tantos os abusos já perpetrados pela Corte que é voz corrente entre os parlamentares não apenas que foi um erro prender Silveira como, também, que prender qualquer outro parlamentar por crime de opinião está fora de qualquer cogitação.
É ainda importante ressaltar que além da dura manifestação de Arthur Lira, ele próprio prometeu mais do que defesa da imunidade: falou em reagir processando os abusadores de autoridade. De fato, no caso específico que envolveu a mim e também aos deputados Cabo Gilberto e Eduardo Bolsonaro, o início de uma investigação por proposta de policiais federais quando o denunciado na tribuna era, ele também, um policial federal, é claramente ilegal. No Supremo Tribunal Federal já virou praxe a suposta vítima ser também parte acusadora, investigadora e julgadora. É preciso reagir antes que a “moda pegue”, como diz o adágio popular.
Mais do que nunca, diante de um governo como o de Lula, que persegue opositores, e de uma corte que censura seus críticos, a Câmara dos Deputados precisa se levantar. Fazer valer as imunidades parlamentares por opiniões, palavras e votos expressas na tribuna é fazer valer a Constituição Federal. É garantir ao Parlamento brasileiro o direito de respirar, ainda que com aparelhos. E, se de fato houver a reação da mesa diretora a que fez referência Arthur Lira em seu discurso, significará também novo fôlego à nossa combalida democracia representativa, carente de ações efetivas para que seja recuperada e revigorada.
FONTE: GAZETA DO POVO https://www.gazetadopovo.com.br/vozes/marcel-van-hattem/a-tribuna-e-a-ultima-trincheira-do-cidadao-na-democracia-representativa/
Anistia: um caminho para a salvação do país
“Falta aos melhores convicção, enquanto os piores/ Estão cheios de ardor apaixonado.”
(W. B. Yeats)
Nada hoje é mais importante para o Brasil do que acabar com o pesadelo dos presos e exilados políticos do 8 de janeiro. Neste domingo (1º de dezembro), a Igreja Católica celebrou o início do período do Advento, em que aguardamos o nascimento de Jesus Cristo, Filho de Deus que se fez homem. É um tempo de esperança e compaixão.
Não apenas os cristãos, mas qualquer pessoa razoavelmente sensata — que ainda tenha um coração de carne e não esteja totalmente dominada pela cegueira política — sabe que os brasileiros presos no dia 8 de janeiro na Praça dos Três Poderes (ou no dia 9 de janeiro no QG de Brasília) não tinham a menor condição de praticar um golpe de estado. É o chamado crime impossível.
Elas estavam lá porque foram iludidas. Acreditaram que algo aconteceria no sentido de reverter o golpe político-revolucionário das eleições de 2022. Elas protestavam contra esse golpe, o único golpe que realmente existiu; alguns irresponsáveis alimentaram-lhes as esperanças (“Vamos inflamar as massas!”); e o silêncio ambíguo do líder em quem mais acreditavam ainda lhes parecia dizer alguma coisa. Nada mais que isso. Não há crime em ser vítima de uma ilusão.
Faço aqui um apelo a todos os políticos de direita e de centro, independentemente de partidos, simpatias e ambições:
— Libertem essas pessoas!
Vocês podem fazer isso e, no fundo, sabem que é a atitude mais justa a ser tomada. Não caiam no discurso da esquerda, que hoje pode lhes oferecer migalhas de poder, mas amanhã não terá o menor escrúpulo em destruí-los impiedosamente.
Aprovam o projeto para anistia das vítimas do 8 de janeiro. Salvem a vida desses homens e mulheres de bem, que, em sua esmagadora maioria, jamais cometeram e nem virão a cometer nenhum crime na vida; que em sua esmagadora maioria jamais tiveram a pretensão de se beneficiar com posições de poder.
Pessoas que, em sua esmagadora maioria, não tinham a mínima ideia do que estava acontecendo naquela fatídica tarde de domingo (como se fossem uma multidão de Fabricios Del Dongos perdidos numa Batalha de Waterloo sem glória e sem heroísmo); que em sua esmagadora maioria só queriam levar uma vida de trabalho, paz e tranquilidade com suas famílias, sem serem roubados e perseguidos (como estão sendo) pelo governo de turno.
São pessoas que, em sua esmagadora maioria, poderiam ser o nosso pai, mãe, filho, filha, irmão, irmã, o nosso próximo, o nosso igual e nós mesmos.
Ao salvar a vida dessas pessoas, impedimos o colapso total do país. Porque o destino dos presos do 8 de janeiro será o nosso destino — e a sua ruína será a ruína de toda a nação
Dias atrás, a jornalista Karina Michelin leu uma carta do meu amigo Gilberto Ackermann, condenado a 16 anos de prisão por se esconder das bombas em um prédio público — e eu simplesmente não consigo entender por que ele e outros 60 brasileiros exilados na Argentina precisam se refugiar em lugares inóspitos como animais raivosos. Gilberto disse com todas as letras:
— Clezão morreu na minha frente. E eu prefiro morrer a voltar para o inferno daquela prisão.
Não é possível que vocês, deputados e senadores eleitos por homens e mulheres de bem, permaneçam impassíveis diante desse sofrimento indizível e excruciante.
Quantas mortes inocentes serão necessárias para vocês entenderem que essa história já foi longe demais? Quanto sangue brasileiro terá de ser derramado para sustentar uma narrativa que vocês sabem ser apenas um engodo político? Quantas mães e filhos vão ter que padecer o martírio de seus entes queridos?
É preciso iniciar um movimento nacional pela anistia ampla, geral e irrestrita dos patriotas. Quanto aos políticos, vejam depois! O importante, agora, é dar liberdade a esses brasileiros comuns tragados pela Cidade de Caim.
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FONTE: GAZETA DO POVO https://www.gazetadopovo.com.br/vozes/paulo-briguet/anistia-um-caminho-para-a-salvacao-do-pais/
Moro vai pra cima de Gilmar Mendes: “Ninguém se importa com a opinião de Gilmar”
O ministro Gilmar Mendes, recebeu na segunda-feira (2), na Câmara Legislativa do Distrito Federal, o título de Cidadão Honorário de Brasília.
Em seu discurso, Gilmar aproveitou a oportunidade para bater na Lava Jato, ao mencionar a Curitiba de sua juventude. Ele falava sobre encontro promovido pela OAB na capital paranaense ao qual foi quando era estudante de direito durante o regime militar.
“Não é [era] a Curitiba que ficou mal-afamada por conta desses episódios de Moro e Dallagnol e companhia. Era a Curitiba que abria cenas para um outro Brasil, que nós trilhamos e que foi extremamente importante”.
Na manhã desta terça (3), Moro rebateu Gilmar, em post no X:
“Amamos Curitiba e o Paraná e ninguém se importa com a opinião de Gilmar Mendes sobre nossa terra.”
Para evitar verdades incontestáveis, âncora da Jovem Pan corta a palavra de advogado de Bolsonaro (veja o vídeo)
Há muito só assisto ao Programa Panico da Jovem Pan News.
Deixei de assistir a este canal após o editorial daquele veículo de comunicação ser publicado um dia depois da eleição de 2022 e a demissão em massa de profissionais como Augustos Nunes, Caio Copolla, Guilherme Fiuza, Carla Cecato, entre outros, e mais à frente do Tiago Pavinatto e Adalberto Piotto e a saída voluntária da Ana Paula Henkel.
Hoje, após o Pânico, ao iniciar o programa Linha de Frente, que tem Fernando Capez como âncora, iria entrevistar o advogado de Jair Bolsonaro, dr. Paulo Cunha Bueno. Resolvi assistir…
O que o Fernando Capez fez é vergonhoso e desrespeitoso! Uma afronta ao bom jornalismo!
O dr. Paulo Cunha foi interrompido por duas vezes, sendo a segunda interrupção de forma definitiva. Por sua expressão facial, dr. Paulo estava estupefato e indignado. Uma violência, e aqui me solidarizo com o dr. Paulo.
A alegação do Capez, caguejante, inclusive, é que o “tempo é curto” e que futuramente faria nova entrevista. Conversa fiada de quem não tem compromisso com a verdade e com audiência.
Meus amigos, a entrevista não tinha 11 minutos, mas ficou claro que o Capez, talvez por ordem da direção, pelo ponto, o que não justifica sua conduta, não queria dar espaço às verdades que o dr. Paulo estava explicando sobre o inquérito que indiciou Bolsonaro.
Não é primeira vez que o Capez dá uma tricotada para não afrontar o STF e o (des)governo do ex-presidiário.
Saudades do Pavinato à frente deste programa!
Veja o vídeo:
Dólar não para de subir, chega ao ‘hexa’, quebra recordes consecutivos e Pânico não perdoa (veja o vídeo)
O dólar comercial fechou a segunda-feira (2), a R$ 6,006.
É o quarto recorde consecutivo de fechamento do dólar, após a equipe econômica anunciar, na semana passada, as medidas do pacote de corte de gastos.
A disparada é consequência da absoluta falta de credibilidade do governo Lula, cuja economia é comandada, com reiteradas demonstrações de incompetência, por Fernando Haddad.
“Vamos ver como isso acomoda”, comentou Haddad sobre a alta do dólar, que atribuiu a um “ruído” causado pelo “debate sobre a renda”, que não é um assunto que vai ser resolvido em três semanas, segundo ele.
Ora, quem colocou na mesa o “debate sobre a renda” foi o próprio governo Lula.
Na sexta-feira (29), a moeda americana fechou pela primeira vez acima dos R$ 6.
O “Pânico” não perdoou.
Veja o vídeo:
https://twitter.com/i/status/1862263021722112270
No governo Lula, Correios acumulam prejuízo recorde; estatal fala em ‘insolvência’
Os Correios, na gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, enfrentam uma crise financeira sem precedentes, registrando um prejuízo de R$ 2 bilhões entre janeiro e setembro de 2024. Esse valor representa o maior déficit da história da estatal nesse período, com a possibilidade de superar o rombo de R$ 2,1 bilhões ocorrido em 2015, no desastroso segundo mandato de Dilma Rousseff (PT).
Para evitar a insolvência, a administração adotou medidas de contenção de despesas, listada da seguinte forma em documento obtido pelo Poder360.
- a) pela suspensão temporária das contratações (mínimo 120 dias);
- b) pela negociação do valor global dos contratos vigentes com redução no mínimo em 10% dos valores bloqueados em 2024 e 2025; e
- c) pela realização das prorrogações de vigências de contratuais a partir de outubro, somente com utilização de recursos oriundos da economia realizada no item anterior.
“Tais medidas visam, fundamentalmente, a recompor o saldo do orçamentário/caixa para retomada do equilíbrio econômico- financeiro e evitar que a empresa entre em estado de insolvência”, afirma um trecho do documento.
FONTE: REVISTA OESTE https://revistaoeste.com/economia/no-governo-lula-correios-acumulam-prejuizo-recorde-estatal-fala-em-insolvencia/?utm_source=pushnews&utm_medium=pushnotification
PT culpava Bolsonaro pelo dólar em 2021, mas agora usa mercado como bode expiatório; vídeo
Em 2021, durante a pandemia de covid-19, o Partido dos Trabalhadores (PT) divulgou um vídeo em que responsabiliza o então presidente Jair Bolsonaro (PL) pela alta do dólar, apesar de o mundo inteiro estar enfrentando crises econômicas por causa do impacto do lockdown.
O vídeo, resgatado recentemente por internautas, surgiu quando o dólar ultrapassou os R$ 6 durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Nele, o PT afirmava que, à medida que o dólar sobe, o preço do diesel aumenta, o que eleva os custos de transporte e, consequentemente, os preços dos alimentos.
No entanto, depois de assumir o Executivo, o governo Lula decidiu atribuir a culpa pelo aumento do dólar ao mercado financeiro e ao presidente do Banco Central, distorcendo a narrativa para desviar a responsabilidade.
Nesta segunda-feira, 2, o dólar atingiu um novo recorde pela quarta vez consecutiva, fechando o dia cotado a R$ 6,06.
FONTE: REVISTA OESTE https://revistaoeste.com/politica/pt-culpa-bolsonaro-pelo-dolar-em-2021-mas-agora-usa-mercado-financeiro-como-bode-expiatorio-video/?utm_source=pushnews&utm_medium=pushnotification
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