Enquanto burocratas da Califórnia rejeitam mais lançamentos de foguetes da SpaceX por causa das opiniões políticas de seu fundador e chefe executivo Elon Musk, o bilionário responde com uma semana miraculosa em demonstrações de inovação.
No domingo (13), o mundo testemunhou parte de um foguete de 120 metros de comprimento da SpaceX retornando de um lançamento e pousando com precisão delicada, com “marcha à ré”, em uma plataforma no Texas. O veículo Starship é o maior e mais poderoso foguete já construído.
O módulo capaz de retornar, chamado “Super Heavy” (“Superpesado”), é um impulsionador. A nave espacial que ele levou em seu quinto voo de teste, Starship, separou-se dele e partiu para uma quase órbita. Então o módulo caiu de uma altura de 75 quilômetros, atingindo a velocidade do som, e amorteceu sua própria queda reacendendo 13 motores. Três outros motores entraram em atividade para a manobra de pouso nos braços de metal na torre de lançamento que os engenheiros da SpaceX, seguindo o bom humor do chefe, chamaram de “Mechazilla”.
O foguete pousou no mesmo ponto de onde havia partido sete minutos antes. Enquanto isso, a Starship percorreu meio planeta, reentrou na atmosfera após atingir a velocidade máxima de 26.000 km/h, resistiu à altíssima temperatura causada pelo atrito e pousou pacificamente no Oceano Índico 65 minutos depois do lançamento, também amortecendo sua queda com três motores. A meta disso tudo é mandar uma nave não tripulada para Marte até 2026.
“Este é um dia para os livros de história da engenharia”, disse Kate Tice, diretora de engenharia de sistemas de qualidade da SpaceX. O chefe executivo do Google, Sundar Pichai, confessou que viu as imagens várias vezes e chamou o feito de “incrível”.
“Um grande passo foi dado hoje na direção de tornar a vida multiplanetária”, afirmou Elon Musk.
A NASA não partilha da antipatia dos burocratas californianos: o foguete da SpaceX foi o escolhido para sua missão Artemis 3, que deve levar astronautas à Lua em setembro de 2026. A SpaceX afirmou que investiu 12 mil horas de trabalho de sua equipe só no desenvolvimento do escudo térmico da Starship.
Optimus
No mesmo dia em que os burocratas da Califórnia rejeitaram mais lançamentos da SpaceX, outro empreendimento de Elon Musk, a fabricante de carros elétricos Tesla, chamou a atenção no evento “We, Robot”, promovido em Los Angeles em um estúdio da Warner.
O evento lançou dois produtos com a pretensão de revolucionar o transporte público, o CyberCab e a Robovan, e mostrou um estado atualizado do robô humanoide Optimus.
Várias unidades do Optimus interagiram com os presentes, demonstrando novas capacidades de movimento fino e servindo bebidas. “Já quis ter o seu próprio C3PO?”, perguntou Musk no evento, fazendo referência ao robô humanoide de Star Wars. “Creio que este será o maior produto de todos os tempos. Acho que todos, dos oito bilhões de pessoas na Terra, vão querer seu amigo Optimus”.
Musk previu que um Optimus terá um preço entre R$ 113 mil e R$ 170 mil. “Ele pode ser um professor, babá para suas crianças, caminhar com seu cachorro, cortar sua grama, fazer compras, ser seu amigo, servir bebidas. O que você puder pensar, ele vai fazer”, afirmou.
Alguns dos presentes, contudo, perguntaram aos robôs que serviam as bebidas se estavam sendo ajudados por pessoas nos bastidores, e a voz que saía deles confirmou. Aqui, os principais concorrente que Musk precisa vencer são a empresa Boston Dynamics, no quesito do hardware, e a OpenAI, no software. Ambas, por enquanto, estão entregando resultados melhores.
Segundo a agência Bloomberg, pessoas envolvidas relataram que as máquinas humanoides de fato tiveram auxílio remoto de operadores humanos, mas que caminharam completamente guiadas por sua própria inteligência artificial. A estrela do evento não era para ser o Optimus, mas os novos veículos autônomos. Mas Musk quis adicioná-lo três semanas antes, disseram entrevistados pela agência. A corrida de última hora para atender o pedido foi o que levou aos operadores remotos.
O evento não foi tão empolgante quanto os investidores esperavam, e a Tesla acabou tendo sua maior queda no valor das ações em dois meses.
Robotáxi e Robovan
O CyberCab, produto central do evento, é um táxi sem motorista, sem volante e sem pedais, operado autonomamente por software. O plano da Tesla é que ele entre em produção em 2027, com preço de US$ 30 mil (R$ 170 mil na cotação atual), e custo de operação de cerca de R$ 1,40 por quilômetro. Em vez de aço, o CyberCab tem um acabamento de placas de alumínio pintadas, para reduzir o custo de produção.
A Tesla afirmou que o CyberCab será dez a 30 vezes mais seguro que carros dirigidos por humanos e que existirão centros em que os robotáxis poderão ser lavados por sistemas automáticos e recarregados por indução — ou seja, sem fio.
A Robovan, como o nome indica, é um microônibus elétrico, com capacidade para 20 passageiros, com um design ousando que lembra o movimento de estilo Art Déco de cem anos atrás. Ela pode ser adaptada para funcionar também como veículo de carga.
As escolhas da Tesla levantaram ceticismo entre alguns observadores. A falta de volante no CyberCab é uma aposta que não apenas sinaliza um grau de inovação ainda a ser demonstrado, como uma escolha em termos de segurança.
Competidores da Tesla no ramo dos veículos autônomos “estão bem mais adiantados e têm dados para demonstrar a segurança (ou falta dela) e como afetam o tráfego”, disse o analista de segurança em tecnologia britânico James Bore ao site PYMNTS. Os concorrentes também têm “controles manuais e, mesmo quando não têm motoristas humanos dentro dos veículos, com frequência têm motoristas remotos de segurança para a ocasião dos modelos autônomos de direção falharem”.
Se os sonhos de Elon Musk se concretizarem para o robotáxi e o microônibus autônomo, ele será capaz de transformar o transporte mais uma vez, como já fez com os outros produtos da Tesla, a um nível tão dramático quanto o do pouso do “Super Heavy”.
FONTE: GAZETA DO POVO https://www.gazetadopovo.com.br/ideias/foguete-com-marcha-a-re-robotaxi-e-androide-a-incrivel-semana-de-elon-musk/
Resgate seu dinheiro esquecido antes que o governo coloque as mãos nele
Nesta quarta-feira termina o prazo para os donos do dinheiro esquecido retirarem os seus R$ 8,6 bilhões que ficaram nos bancos, ou o governo vai meter a mão nesses valores, em uma atitude pragmática, porém sem ética. Vocês sabem: nos “achados e perdidos” de aeroportos, metrôs, estações ferroviárias do mundo inteiro, os objetos ficam à disposição por anos. O sujeito vai buscar um guarda-chuva, um par de sapatos, que perdeu dois anos atrás. Mas o governo quer se apossar de muito dinheiro, de muita gente: 6 milhões de pessoas têm dinheiro parado que vai de R$ 100 reais até R$ 1 milhão.
E o governo já tirou dinheiro das pessoas em ocasiões anteriores, a cada vez que inventavam uma moeda nova, tirando zeros e zeros. Eu fui prejudicado nisso: quando era menino, meu avô depositava uma quantia todo ano, no meu aniversário, na caderneta de poupança da Caixa Econômica Federal. Depositou o equivalente a uns US$ 70 mil. Cresci, fui lá ver a conta, tinha centavos. E, se fossem cobrar comissão de permanência, ainda ficaria devendo. Isso é confisco. E o governo tira também pela inflação, que hoje está em 4,5% no acumulado de 12 meses: é isso que sai do bolso das pessoas, dos depósitos em conta corrente. Isso não é ético, e ainda menos ético é pegar os impostos e não prestar serviços públicos à altura do que cobra.
A imunidade parlamentar novamente sob ataque do STF
O deputado Marcel van Hattem (Novo-RS) denunciou na Câmara que está sendo alvo de um inquérito por ter feito um discurso na tribuna sobre um delegado federal, Fábio Shor. O caso está no Supremo e o relator, ministro Flávio Dino, diz que “numa primeira análise os fatos podem ultrapassar as fronteiras da imunidade parlamentar”, que poderia haver crime contra a honra. Não entendo, então, por que está escrito no artigo 53 da Constituição que “deputados e senadores são invioláveis, civil e penalmente, por quaisquer palavras”. Quaisquer palavras. Pode falar da mãe do papa ou da mãe do presidente da República, não importa: são quaisquer palavras.
Eu cobri a Constituinte e me lembro dessa discussão. Um dos que participaram, por exemplo, foi o jurista Ives Gandra Martins, e houve muito debate para colocar o termo “quaisquer”, porque a imunidade do parlamentar não é dele, pessoal; é daqueles que ele representa. Ele tem de ter imunidade para poder representar bem o povo e dizer o que quiser. E, no caso de Van Hattem, o discurso dele foi na tribuna, no lugar específico para isso no plenário. Cada interpretação que estão dando à Constituição Cidadã, que é claríssima, simples, fácil de entender…
Dólares fogem do Brasil em sinal de falta de confiança no país
Estamos vendo um sinal grave de falta de confiança na economia brasileira, na política brasileira, na estabilidade de leis e de decisões, na previsibilidade de decisões judiciais. Lula disse uma vez para um japonês que tudo aqui era previsível, mas só nos primeiros nove meses deste ano, até 30 de setembro, foram retirados na conta financeira do Brasil US$ 52,4 bilhões. Esse número só foi superado no ano da pandemia, em 2020.
FONTE: GAZETA DO POVO https://www.gazetadopovo.com.br/vozes/alexandre-garcia/prazo-retirada-dinheiro-esquecido/
Dólares em fuga
No início de outubro, a agência de classificação de risco Moody’s surpreendeu o mercado financeiro ao elevar a nota da dívida brasileira, deixando o país a apenas um nível de recuperar o “grau de investimento”, o desejado selo de bom pagador. A surpresa derivou tanto do timing do anúncio, após um encontro com Lula e Fernando Haddad em Nova York, quanto dos fundamentos invocados para a decisão, considerados frágeis – tão frágeis que, ato contínuo, as outras duas grandes agências, Fitch e Standard and Poor’s, vieram a público avisar que não viam razão alguma para elevar a nota brasileira, nem sequer mudando a perspectiva da nota atual de estável para positiva. Aos poucos, os dados vão mostrando que os investidores sabem quem está com a razão.
Há fortes chances de o Brasil terminar 2024 com mais um “nunca antes na história deste país” – no caso, nunca antes tantos dólares saíram do Brasil por meio da chamada “conta financeira”. No fim de setembro, a retirada somava US$ 52,4 bilhões, faltando apenas US$ 2 bilhões para bater o recorde de 2020, ano em que estourou a pandemia de Covid-19. O retrospecto é preocupante, já que tradicionalmente o último trimestre é época de mais fuga de dólares por esse meio: a média histórica medida pelo Banco Central desde 1982 é de uma saída de US$ 5,2 bilhões, mas nos últimos três anos ela subiu para R$ 11,2 bilhões. O que vem salvando a pátria e impedindo uma depreciação ainda maior do real é a conta comercial, com uma entrada de dólares que compensa e supera a fuga da conta financeira.
As razões mais profundas da fuga de dólares nem são muito difíceis de encontrar: basta olhar para a forma como o governo trata a questão fiscal
A fuga de dólares em 2024 tem um fator novo, é verdade: segundo o jornal Valor Econômico, criptoativos e “serviços recreativos” (rubrica que inclui desde sites de apostas, as “bets”, até o pagamento de streamings) respondiam por uma saída de US$ 14,7 bilhões de janeiro a agosto deste ano. No entanto, isso equivale a apenas 30% da fuga total de dólares pela conta financeira. As razões mais profundas do fenômeno estão em outro lugar, e nem são muito difíceis de encontrar: basta olhar para a forma como o governo trata a questão fiscal, o que leva a indicadores como o aumento da dívida pública e a inflação, que segue rondando o limite máximo de tolerância da meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional.
Marcus Pestana, diretor-executivo da Instituição Fiscal Independente, vinculada ao Senado, afirmou, em entrevista publicada na segunda-feira, que o governo Lula “está sinalizando que já abandonou perseguir o centro da meta”, em referência ao objetivo de zerar o déficit fiscal este ano, previsto no arcabouço elaborado pelo próprio governo. O déficit primário acumulado de janeiro a agosto de 2024 já estourou os R$ 100 bilhões, e Pestana acredita que o buraco real em 2024 será de 0,8% do PIB – no papel, será menor porque várias despesas têm sido excluídas dos cálculos para efeito de cumprimento da meta. Nesta terça-feira, foi a vez de o ministro Haddad reconhecer que, da forma como as contas públicas estão sendo tratadas, o arcabouço não se sustenta. Mas o discurso do ministro ainda dá a entender que, para ele, o verdadeiro problema estaria no fato de o governo estar arrecadando pouco, e não gastando demais – um exemplo é a mania de culpar o Congresso pela falta de “equilíbrio fiscal” devido ao imbróglio da reoneração da folha de pagamento de empresas e pequenos municípios.
O investidor enxerga essa insistência do governo em seguir arrancando mais e mais dinheiro dos brasileiros e do setor produtivo, enquanto gasta cada vez mais e também incentiva a sociedade a gastar, e responde reduzindo sua confiança nos ativos brasileiros. O Banco Central enxerga essa política fiscal expansionista e responde com a única ferramenta que tem: uma política monetária contracionista, elevando os juros. Não surpreende que, hoje, os papéis brasileiros mais atrativos incluam os títulos da dívida pública atrelados ao IPCA, pagando juros reais que se aproximam dos 7% ao ano.
E pensar que o Brasil estava em uma posição privilegiada para atrair capital. Com outros emergentes fora do jogo pelos mais diversos problemas – como a instabilidade institucional mexicana, a superinflação turca e a exclusão da Rússia devido à sua guerra de agressão contra a Ucrânia –, bastaria ao Brasil fazer a lição de casa com um capricho mínimo para se beneficiar, mesmo com os juros norte-americanos ainda altos. Mas nem isso Lula, Haddad e o PT foram capazes de entregar.
FONTE: GAZETA DO POVO https://www.gazetadopovo.com.br/opiniao/editoriais/fuga-de-dolares-conta-financeira-questao-fiscal/
Moraes pede extradição de 63 investigados pelo 8/1 foragidos na Argentina
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes pediu, nesta terça-feira (15), a extradição de 63 brasileiros investigados pelos atos de 8 de janeiro de 2023 que estão foragidos na Argentina.
Moraes atendeu a um pedido da Polícia Federal e notificou o Ministério da Justiça. O Departamento de Recuperação de Ativos e Cooperação Jurídica Internacional (DRCI), vinculado à pasta, avaliará se a solicitação atende aos requisitos previstos em tratados internacionais.
A informação foi divulgada pelo portal g1 e confirmada pela Gazeta do Povo. O caso tramita em sigilo e, até o momento, a Corte não divulgou detalhes sobre a decisão.
O Brasil e a Argentina fazem parte do Acordo de Extradição entre os Estados Partes do Mercosul. O texto foi promulgado em 2006 pelo presidente Lula (PT).
O acordo prevê que os países membros “obrigam-se a entregar, reciprocamente”, as pessoas “que se encontrem em seus respectivos territórios e que sejam procuradas pelas autoridades competentes de outro Estado Parte”. Mesmo assim, a Argentina pode ou não conceder a requisição.
Quando essas pessoas voltam aos países de origem podem ser processadas pela “prática presumida de algum delito”, responder a processo já em curso ou cumprir a execução de uma pena privativa de liberdade.
Após a análise do DRCI, a determinação será encaminhada para o Ministério das Relações Exteriores, responsável por negociar os detalhes da extradição com as autoridades argentinas.
Não há prazo definido para que os investigados sejam presos na Argentina e transferidos para o Brasil.
Operação Lesa Pátria
No dia 6 de junho deste ano, a PF tentou cumprir 208 mandados de prisão preventiva contra suspeitos de participação nos atos de 8 de janeiro de 2023, mas apenas 49 pessoas foram encontradas. A medida foi realizada em uma das fases da Operação Lesa Pátria.
Na ocasião, a corporação afirmou que “mais de duas centenas de réus, deliberadamente, descumpriram medidas cautelares judiciais ou ainda fugiram para outros países, com o objetivo de se furtarem da aplicação da lei penal”.
Para a PF, parte dessas pessoas teria atravessado a fronteira do Brasil para Argentina a pé ou de carro, na tentativa de pedir refúgio ao governo de Javier Milei, aliado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Duas semanas após a operação, a Argentina enviou ao governo brasileiro a lista com cerca de 60 nomes de foragidos do 8 de janeiro que se registaram ao entrar no país.
FONTE: GAZETA DO POVO https://www.gazetadopovo.com.br/republica/moraes-pede-extradicao-investigados-8-1-foragidos-argentina/
PCC faz parceria com outros grupos criminosos para roubos milionários no Brasil e Paraguai
Uma parceria entre duas facções criminosas, o Primeiro Comando da Capital (PCC), tida como a maior facção brasileira, e a Bala na Cara, a maior do Rio Grande do Sul, tem levado a roubos milionários de carros-fortes, depósitos de valores e bancos no Brasil e no Paraguai. Somadas, as cifras levadas passam do bilhão, calcula a Polícia Federal.
A união entre os dois grupos criminosos rendeu e segue rendendo uma série de ocorrências que colocam a PF, o Ministério Público Federal e forças estaduais de segurança em alerta. Os roubos têm resultados milionários, esquemas cinematográficos e deixam cidades aterrorizadas.
Entre os casos recentes e de cifras vultosas está o do aeroporto de Caxias do Sul, na serra gaúcha, em 19 de junho deste ano. Com o Aeroporto Salgado Filho fechado em Porto Alegre devido às enchentes do fim de abril e início de maio, o fluxo aéreo foi transferido para a estrutura em Caxias.
Por volta das 19h30 daquela quarta-feira, os bandidos chegaram com veículos adesivados como se fossem da Polícia Federal. Eles também usavam roupas similares às da PF, o que facilitou a abertura dos portões. Renderam funcionários e começaram a caçada pelo dinheiro, que estava em uma aeronave. Depois, carregaram veículos blindados com R$ 30 milhões roubados. Imagens das câmeras de monitoramento registraram toda a ação. Parte do bando usou uma van plotada como veículo escolar para facilitar a fuga.
Na saída do aeroporto, os ladrões entraram em confronto com a Polícia Militar e deixaram para trás um dos carros, onde estavam cerca de R$ 15 milhões. Outros R$ 14,4 milhões foram levados.
O confronto deixou dois mortos, um dos criminosos e o 2º sargento da Brigada Militar do Rio Grande do Sul Fabiano Oliveira, de 47 anos. Um segundo suspeito morreu em São Paulo no decorrer das investigações – também em confronto com a polícia após resistir à prisão.
As investigações da Delegacia de Repressão a Crimes Contra o Patrimônio (Delepat) da Polícia Federal identificaram os envolvidos. No mês passado, o Ministério Público Federal ofereceu denúncia à Justiça Federal.
“O MPF denunciou os envolvidos por crimes como latrocínio (roubo seguido de morte), organização criminosa com uso de arma de fogo, explosão, entre outros. Treze dos denunciados estão presos”, disse em nota o MPF.
Ao todo, foram 19 denunciados. Seis são procurados. Todos vão responder por pelo menos seis crimes. Segundo o MPF, trata-se de membros do PCC ou do Bala na Cara. Do total levado, menos de R$ 100 mil foram recuperados e a PF pediu o bloqueio de 19 contas bancárias e apreendeu 16 veículos.
Na denúncia, o MPF reitera a necessidade de os criminosos tidos como de alta periculosidade seguirem para presídios federais de segurança máxima, onde ficarão isolados e distantes da linha de comando das novas ações criminosas do bando que segue nas ruas.
FONTE: GAZETA DO POVO https://www.gazetadopovo.com.br/republica/pcc-parceria-grupos-criminosos-roubos-milionarios-brasil-paraguai/
Eleições 2024: Bolsonaro avança em estados conquistados por Lula em 2022
Passado o primeiro turno das eleições municipais, o Partido Liberal, encabeçado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), teve êxito em avançar sobre importantes redutos eleitorais do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Dos 13 estados que deram vitória ao petista em 2022, o PL superou o PT no número de prefeituras em quatro. Outros seis foram para o PT, e três registraram empate entre as legendas.
Por outro lado, das 14 unidades da federação que votaram no ex-mandatário naquele ano, 12 elegeram mais prefeitos do PL do que do PT. Sem contar com o Distrito Federal, que não possui eleições municipais, o PL empatou com o PT somente em Roraima.
Das 509 prefeituras conquistadas pelo partido de Bolsonaro, 137 foram em redutos de Lula. No outro lado, dos 248 executivos municipais, os petistas elegeram apenas 38 gestores nos redutos de Bolsonaro.
O avanço sobre o eleitorado de Lula pode ser observado no Maranhão, onde a sigla de Valdemar Costa Neto arrematou 40 das 217 prefeituras, destacando-se como o partido que mais elegeu prefeitos. O PT elegeu apenas dois prefeitos.
No Rio Grande do Norte, governado por Fátima Bezerra (PT), o PL emplacou 18 gestores municipais, enquanto o PT apenas sete. Já na Paraíba, foram 11 prefeituras contra apenas uma prefeitura petista. Em Minas Gerais, os liberais elegeram 53 prefeitos e os petistas, 35.
FONTE: GAZETA DO POVO https://www.gazetadopovo.com.br/eleicoes/2024/bolsonaro-lula-analise-prefeituras/
O gosto amargo da volta do X
Faz pouco mais de uma semana que o X foi “autorizado” a voltar a funcionar no Brasil. Ficamos um mês na mesma situação das ditaduras onde o X é proibido – como na Venezuela, na Rússia ou na Coreia do Norte. Por aqui, tivemos até um gostinho a mais: quem tentasse burlar o bloqueio nacional por meio do uso de uma ferramenta de VPN ficou sujeito a pagar uma multa de R$ 50 mil, mesmo que fosse só para dar uma espiadinha no que o restante do mundo andava publicando na rede social.
Agora o X voltou – mas não como uma conquista da democracia, do respeito às liberdades ou ao Estado Democrático de Direito. Ao contrário, a volta do X vem com o gosto amargo do avanço do autoritarismo judicial, do achincalhamento da lei e – talvez pior que tudo – da indiferença da sociedade. Não há nada de normal na volta do X, assim como não é nada normal que a maioria das pessoas não seja capaz de entender a gravidade do que ocorreu.
O X voltou – mas não como uma conquista da democracia, do respeito às liberdades ou ao Estado Democrático de Direito. Ao contrário, a volta do X vem com o gosto amargo do avanço do autoritarismo judicial
Um mês atrás, o X foi bloqueado no Brasil por ter se recusado a se curvar diante de exigências absurdas de um ministro do STF. (Aqui, um pessoal que gosta de autoritarismo, como os pseudo-jornalistas que só sabem aplaudir os desmandos do STF vão chiar com aquele blá-blá-blá de sempre, dizendo que o problema foi o X não ter representante legal no país e que Musk queria “ferir a soberania nacional” – mas sabemos que não foi isso). E agora, após o primeiro turno das eleições, foi desbloqueado justamente porque se sujeitou às vontades do ministro supremo – que, aliás, inventou mil e um impedimentos para que o retorno da rede social demorasse ainda mais.
Nesse meio-tempo, o que mais se viu, salvo algumas manifestações de repúdio aqui e ali, foi uma inação preocupante. Imagine-se em um barco, junto de uma ou duas dezenas de pessoas, e, nesse barco, começam a surgir pequenos buracos, pelos quais a água invade lentamente. Pois bem, agora imagine que todos ao seu redor permanecem absolutamente indiferentes à água que continua a entrar no barco. E há alguns que vão além, divertindo-se com cada novo buraco que se abre no casco do barco, aplaudindo alegremente a água que entra – e, que, caso nada seja feito, fatalmente levará o barco e seus passageiros ao fundo do rio ou do mar.
É essa a sensação que se tem ao assistir ao silêncio e à conivência, especialmente daqueles que teriam a obrigação de zelar pela democracia (a real, fundamentada na Constituição, nas leis, na liberdade de expressão e pensamento, não a democracia de mentirinha), diante do bloqueio e agora desbloqueio do X no Brasil. A história do sapo sendo lentamente fervido, sem perceber o aumento gradativo da temperatura da água, parece ser mesmo verdade.
Exatamente esse silêncio, essa apatia e inação é o que permite que cada vez mais buracos sejam feitos na já tão maltratada democracia brasileira. É fato conhecido que todos os que flertam com o autoritarismo, seja onde for, adotam a censura como estratégia, reprimindo as vozes discordantes e criando crimes inexistentes, só para perseguir aqueles que insistem em reagir e se manifestar contra os avanços contra o Estado de Direito e as liberdades. O silêncio da população, das instituições e das lideranças é o melhor alimento para os desmandos dos tiranos.
FONTE: GAZETA DO POVO https://www.gazetadopovo.com.br/vozes/jocelaine-santos/o-gosto-amargo-da-volta-do-x/
Marçal, Malafaia ou Bolsonaro?
Ainda tem gente que acha que ser “de direita” quer dizer alguma coisa. Será? Bem, se sua ideia é que “direita” seja uma forma de identificação política (eventualmente virtuosa), talvez seja necessário tirar algumas dúvidas decorrentes de um conceito tão vago. Seguem sugestões para você redigir o seu verbete “de direita” e recitá-lo sempre que for usar essa palavra – na esquina, no trabalho ou na internet -, caso não queira ser mal interpretado:
1. A sua “direita” é a do Malafaia, a do Bolsonaro ou a do Marçal?
2. A sua “direita” é a mesma da Joice?
3. A sua “direita” é a mesma do AI-5? Não? Ah, você é um democrata e não defende medidas autoritárias? Mas é que em muitos livros, registros históricos e em boa parte do imaginário brasileiro o AI-5 é associado com a “direita”. Melhor você explicar isso ao seu interlocutor, ok?
4. Na segunda metade do século passado, um regime considerado “de direita” no Brasil instituiu a censura. Você, que se diz “de direita”, é a favor da censura? Caso não seja, é bom esclarecer, ok?
5. A sua “direita” é a do Weintraub, do Santos Cruz e do Ernesto Araújo? Faz também essa distinção por favor. Todos esses supracitados – entre muitos outros “direitistas” – meteram o malho no governo Bolsonaro (ao qual tinham servido) e o seu interlocutor tem o direito de saber de que lado fica a sua “direita” em relação a um governo considerado, por essa mesma conceituação, “de direita”.
6. Sabe aquele regime desagradável da Alemanha na Segunda Guerra Mundial? (Desagradável é uma homenagem ao grande líder brasileiro que trata de forma carinhosa a ditadura venezuelana). Pois é, o regime desagradável com o qual o Adolfo tentou botar o mundo debaixo do seu chicote também é associado em boa parte da literatura política à “direita”. Não! – dirá você. Aquilo era uma variação do socialismo! Adolfo era um esquerdista! etc. Desculpe, mas independentemente da sua vontade, e não obstante todos os esclarecimentos filosóficos que você possa trazer, boa parte do senso comum identifica aquele regime desagradável da Alemanha com a “direita”. Então seria de bom tom você, um democrata virtuoso, esclarecer isso também quando se disser “de direita”, ok?
7. Ser “de direita”, no seu caso, significa alguma forma de compromisso religioso? Qual? Desculpe, mas muita gente faz essa associação automática. Se para você não tem nada a ver uma coisa com a outra, é bom incluir esse esclarecimento no seu verbete.
8. Ser “de direita” é ser “conservador”? O que é “conservador”? É conservar hábitos do passado e rejeitar a evolução dos costumes? Não é nada disso? Desculpe novamente, mas para muita gente, muita mesmo, “conservador” quer dizer exatamente isso. Será que dá pra você explicar? Quem sabe você pode andar com uma bula no bolso, ou com uma mensagem estampada na sua camisa, ou talvez tatuar um QR code? É super prático. Aí ninguém fica na dúvida do que significa “direita conservadora”.
9. A “direita conservadora” é contra os gays? Se não for, bota por favor esse esclarecimento também na sua bula acessível pelo QR code tatuado no seu antebraço. Não deixe essa dúvida no ar.
10. Tem algum problema pra você chamar liberdade de liberdade, honestidade de honestidade, corrupção de corrupção, democracia de democracia, censura de censura, abuso de poder de abuso de poder, ética de ética e mentira de mentira? Se não tiver, talvez você nem precise tatuar o QR code.
FONTE: GAZETA DO POVO https://www.gazetadopovo.com.br/vozes/guilherme-fiuza/marcal-malafaia-ou-bolsonaro-qual-e-a-sua-direita/
Lula ganha passe livre no Círio de Nazaré
“Cabe ao arcebispo de Belém a condução da Imagem Peregrina em todas as etapas de embarque e desembarque do Garnier Sampaio.” São palavras de dom Alberto Taveira Corrêa, arcebispo de Belém (PA), em nota datada de 7 de outubro de 2022 a respeito da participação do presidente da República na romaria fluvial do dia 8, um dos eventos mais icônicos do Círio de Nazaré – Garnier Sampaio é o nome da corveta da Marinha que leva a Imagem Peregrina de Nossa Senhora de Nazaré. O tom da nota é bem seco, uma espécie de “não temos absolutamente nada a ver com isso”, em relação à presença do chefe do Executivo federal na embarcação.
Corta para 2024, e lá está o presidente da República participando do Círio de Nazaré, colocando a Imagem Peregrina na redoma de vidro que a protege durante no trajeto de quase 20 quilômetros pela Baía do Guajará. A Agência Brasil, órgão oficial do governo federal, diz que o presidente “deu início ao cortejo e realizou o ato litúrgico de colocar a imagem peregrina de Nossa Senhora de Nazaré em nicho de vidro no navio Garnier Sampaio, da Marinha” – ou seja, fez aquilo que em 2022 o arcebispo havia dito expressamente que cabia única e exclusivamente a ele. Mas, desta vez, sem notinha, nem mesmo um esclarecimento no site ou nas mídias sociais da arquidiocese.
Quando o tratamento dado a um líder político é ditado mais pelas simpatias pessoais que pela correspondência desse líder aos valores do Evangelho, a credibilidade e o respeito do bispo ficam em xeque
Qual a diferença? A resposta é muito simples: em um dos episódios, temos um presidente abortista, que afirma que “quando quero conversar com Deus, não preciso de padre ou de pastores”, que defendia até pouco tempo atrás ditador que promove uma perseguição feroz contra a Igreja Católica (hoje estão meio brigados, aparentemente): Luiz Inácio Lula da Silva. No outro, temos Jair Bolsonaro. Ainda que eu não tivesse colocado data nenhuma, nem a foto que abre esta coluna, o leitor saberia muito bem de qual presidente o arcebispo queria máxima distância (e Deus o livre de colocar a mão na santa!), e qual presidente ganhou passe livre para tomar o lugar do arcebispo no ato litúrgico – e não foi só ele, já que a imagem antes passou pelas mãos da primeira-dama também.
Se os pastores querem levar a sério o “não desejamos e nem permitimos qualquer utilização de caráter político ou partidário das atividades do Círio”, como dizia a nota de 2022, podiam começar aplicando o mesmo critério a todos os casos em que um presidente da República quiser participar do evento, em vez de praticamente dizer a um deles que não é bem-vindo, enquanto o outro recebe liberação para violar o protocolo. Para piorar a situação, dom Alberto Taveira foi um dos 152 bispos e arcebispos que, em 2020, assinaram uma carta com várias críticas a Bolsonaro; o ex-presidente está longe de ser perfeito, obviamente, mas quando o tratamento dado a um líder político é ditado mais pelas simpatias pessoais que pela correspondência desse líder aos valores do Evangelho, são a credibilidade e o respeito do bispo que ficam em xeque.
A coluna entrou em contato com a Arquidiocese de Belém na manhã de segunda-feira para entender melhor o que aconteceu nesta participação de Lula no Círio de Nazaré: se as regras mudam de acordo com o presidente de plantão; se não mudaram, mas o arcebispo fez vista grossa porque, afinal, é o Lula, nosso “homem sem pecado”; ou se tudo aquilo aconteceu à revelia da vontade do arcebispo, sabe Deus como. Até agora, nada de resposta, mas o espaço continua aberto.
FONTE: GAZETA DO POVO https://www.gazetadopovo.com.br/vozes/marcio-antonio-campos/lula-no-cirio-de-nazare-passe-livre/
Apagão não afeta vantagem de Ricardo Nunes sobre Boulos: 52,3% a 39,2%
Oss eleitores paulistanos não se impressionaram com as tentativas do governo Lula (PT) e do adversário de atribuir culpa ao prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), pelo apagão de energia ocorrido na cidade, a julgar pelo levantamento realizado pelo instituto Parraná Pesquisas divulgado na manhã desta quarta-feira (16).
De acordo com a nova pesquisa, Nunes mantém vantagem folgada sobre o candidato de extrema-esquerda Gulherme Boulos (Psol), com o prefeito registrando 52,3% das intenções de voto, contra 39,2% do adversário, que, durante o debate da Band, segunda-feira (14), deixou clara sua estratégia de culpar o rival pelo apagão. No levantamento anterior, há uma semana, Nunes tinha 52,8% e Boulos 39%.
O candidato do Psol tem sua rejeição como obstáculo difícil de superar: praticamente metade do eleitorado (48,4%) reafirmam que não votam nele de jeito nenhum, segundo a pesquisa divulgada hoje. A rejeição a Ricardo Nunes é de 36,1%.
O Paraná Pesquisas entrevistou presencialmente 1.500 eleitores entre sábado (12) e terça-feira (15), com grau de confiança de 95% e margem de erro de 2,6% para mais ou para menos, e foi registrada na Justiça Eleitoral sob nº SSP-06311/2024.
Veja o resultado da pesquisa estimulada:
Lacração de ministro gera crise do PSD de Kassab com Nunes
Pegou muito mal na campanha de Ricardo Nunes (MDB), que tenta se reeleger prefeito de São Paulo, a fala do ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, que o acusou de disseminar fake news sobre o apagão da Enel, distribuidora de energia da cidade. Para o entorno de Nunes, faltou sensibilidade política ao ministro, que tentou ajudar a desgastar o candidato apoiado pelo seu partido, o PSD. O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), está entre os indignados.
Amigo do dono
Tarcísio é o principal padrinho da campanha de Nunes e presenteou Gilberto Kassab, dono do PSD, com a Secretaria de Governo.
No dia do apagão
Silveira se irritou após Nunes lamentar fala do ministro sobre renovação de contratos com a Enel em convescote com o diretor da empresa.
Gregos e troianos
Assessores de Nunes vêem na fala de Silveira o PSD “servindo a dois senhores”, tentando blindar o governo Lula pelo apagão.
Oportunismo
No PSD, a ala que está fechada com Nunes desconfia que Silveira quer aproveitar a crise para tentar se cacifar na disputa pelo governo mineiro.
Gilmar ataca PEC que enquadra o STF: ‘é um vexame’
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, afirmou que a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que permite ao Congresso sustar decisões do Supremo é um “vexame”.
O magistrado afirmou que já existiu uma proposta igual vigente no Brasil, quando Getúlio Vargas presidia o País.
“Isso já existiu no Brasil, na Constituição de 1937, a carta de Getúlio Vargas, que dizia que o Congresso poderia derrubar medidas aprovadas pelo Supremo. Leis declaradas inconstitucionais, o Congresso poderia cassar. Claro que não houve Congresso em 1937, e era o Getúlio com seu canetaço que cassava decisões do Supremo, e cassou. Mas isso é de tão triste memória, que a gente nem deveria lembrar disso. É um vexame que estejamos discutindo isso num país democrático”, afirmou.
Gilmar acredita que a proposta “não vai passar” no Congresso e afirma que a PEC é “extravagante”.
“Não acredito que essa proposta passe pela porta, que algum contínuo no Congresso não vá barrar essa proposta, porque ela é tão extravagante, que é uma estrovenga [coisa fora do comum; estrupício]”, declarou em entrevista à CNN.
O que diz a PEC
O texto aprovado na última quarta-feira (9) pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) da Câmara dos Deputados autoriza ao Congresso derrubar decisões do Supremo se considerar que a Corte ultrapassou o exercício da função jurisdicional.
A Casa poderá sustar a decisão por meio do voto de 2/3 dos integrantes de cada uma de suas casas legislativas (Câmara e Senado), pelo prazo de dois anos, prorrogável uma única vez por mais dois anos. O STF, por sua vez, só poderá manter sua decisão pelo voto de 4/5 de seus membros.
A PEC também estabelece a inclusão automática, na pauta dos tribunais, de liminar pedindo que o colegiado analise decisão tomada individualmente.
A proposta ainda precisa ser analisada por uma comissão especial e pelo Plenário da Câmara, em dois turnos de votação. Depois, ainda segue ao Senado.
Delator da Odebrecht é contratado pela J&F e participa de reuniões no governo Lula
João Carlos Mariz Nogueira, ex- delator da Odebrecht, foi contratado pela J&F, dos irmãos Joesley e Wesley Batista, e tem participado de reuniões no governo Luiz Inácio Lula da Silva. O executivo atua como diretor de relações internacionais na área de novos negócios do grupo.
Nogueira já representou a Novonor (Odebrecht) e o Sindicato Nacional da Indústria da Construção Pesada (Sinicon) em compromissos durante o início da gestão petista, quando atuava como consultor.
Entre 2023 e 2024, ele esteve no Palácio do Planalto em pelo menos 14 ocasiões. No entanto, o nome de João Carlos Mariz Nogueira só constou nas agendas de autoridades em cinco dessas datas. As informações são da Folha de S.Paulo.
FONTE: REVISTA OESTE https://revistaoeste.com/politica/delator-da-odebrecht-e-contratado-pela-jf-e-participa-de-reunioes-no-governo-lula/
RN: 8 pacientes perdem olho depois de mutirão contra catarata
Uma infecção que acometeu 15 de 48 pessoas que passaram por mutirão de cirurgia de catarata, em Parelhas (RN), resultou em oito perdas de globo ocular. A Secretaria de Saúde do município confirmou a informação nesta terça-feira, 15.
O mutirão ocorreu nos dias 27 e 28 de setembro, na Maternidade Dr. Graciliano Lordão, onde se realizaram 48 intervenções cirúrgicas. No primeiro dia, 20 pacientes realizaram o procedimento. Desses, 15 desenvolveram endoftalmite, uma infecção ocular causada pela bactéria Enterobacter cloacae. Nenhuma das 28 pessoas do segundo dia de trabalho está entre os doentes.
“Infelizmente, 15 pacientes foram acometidos pela infecção bacteriana. Desses 15, oito tiveram que retirar o globo ocular, quatro fizeram cirurgia de vitrectomia [substituição de um gel que fica dentro do olho] e três seguem sendo acompanhados pelos oftalmologistas”, informou o secretário de Saúde da cidade, Tiago Tibério dos Santos
FONTE: REVISTA OESTE https://revistaoeste.com/saude/infeccao-depois-de-mutirao-contra-catarata-resulta-em-8-retiradas-de-globo-ocular/?utm_source=pushnews&utm_medium=pushnotification
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