O Brasil de Alexandre de Moraes continua sugando os esforços de todos aqueles que desejam encontrar na literatura algum paralelo com as situações surreais impostas pelo Supremo Tribunal Federal ao país. Depois das “crimideias” orwellianas e dos processos kafkianos, chegamos à fase do “Ardil-22”, expressão cunhada por Joseph Heller no livro de mesmo nome e que descreve uma situação da qual é impossível escapar devido a uma série de regras absurdas, contradições ou loopings infinitos. Foi o que ocorreu com o X, em seus esforços para se livrar da suspensão imposta por Moraes no fim de agosto: após cada exigência cumprida, surgia algo novo que adiava o desfecho da disputa – até que, nesta terça-feira, finalmente o ministro determinou o desbloqueio do X no Brasil.
No fim de setembro, o X avisou que havia cumprido as ordens de censurar os perfis que o ministro gostaria de ver bloqueados e indicar um representante legal no Brasil, além de ter pago (por meio de confisco estatal, é verdade) a multa imposta por Moraes. Ele reconheceu que as condições haviam sido atendidas, mas não desbloqueou a rede social; em vez disso, aumentou a lista de exigências, cobrando mais R$ 10,3 milhões e exigindo da rede que abrisse mão do direito de recorrer das decisões que determinaram as multas. Novamente, o X fez sua parte, e enviou os comprovantes a Moraes na sexta-feira, 4 de outubro.
Com a sua versão suprema do “Ardil-22”, Moraes demonstrou que o retorno do X, no fim das contas, não dependia do cumprimento das exigências legais, mas apenas da sua vontade
Ainda naquele mesmo dia, o “Ardil-22” entrou em ação. O ministro não desbloqueou imediatamente a rede social, sob a alegação de que o dinheiro havia sido depositado em uma conta da Caixa Econômica Federal, e não do Banco do Brasil (a Caixa transferiu os recursos para o BB); e ainda afirmou que não decidiria sobre o desbloqueio antes de uma manifestação da Procuradoria-Geral da República – órgão que, no sistema persecutório moraesiano, só é acionado (e ouvido) quando convém ao ministro. A defesa do X reagiu rapidamente, e também no dia 4 afirmou que Moraes estava, mais uma vez, acrescentando obrigações que não constavam das decisões originais.
E os advogados da rede de Elon Musk estavam cobertos de razão. Na decisão datada de 27 de setembro, em que Moraes impôs a segunda rodada de condições para desbloquear o X, não havia indicação de nenhuma conta bancária na qual a multa deveria ser depositada – até existia menção a uma conta do BB, mas apenas a título de informação sobre a destinação dada em 11 de setembro aos recursos do X e da Starlink que Moraes havia confiscado; os advogados ressaltaram que o pagamento da nova multa “foi realizado por meio do pagamento de guia de depósito emitida pela Caixa Econômica Federal (CEF) de acordo com as orientações recebidas deste E. Supremo Tribunal Federal”. De qualquer forma, tratava-se de mera formalidade, já que ambas as contas eram, ao fim e ao cabo, do mesmo “dono”; o essencial, aqui, era a confirmação do pagamento, indicando que o dinheiro já não estava em posse do X, e sim do Estado brasileiro.
Tampouco a participação da PGR era mencionada como condição para o desbloqueio do X. A parte final da decisão de Moraes não deixava dúvidas a esse respeito quando afirmava (com todos os negritos e maiúsculas possíveis) que, “para que a X Brasil Internet Ltda. retorne imediatamente às suas atividades em território nacional, determino” o pagamento de todas as multas, e só. O máximo que a PGR poderia fazer seria o que de fato acabou fazendo: verificar os comprovantes e confirmar que as multas foram devidamente quitadas, obviedade atestada no parecer enviado nesta terça-feira.
Foi uma manobra que teve como único objetivo possível ganhar tempo – tempo que, nestas circunstâncias específicas, equivale a poder. Com a sua versão suprema do “Ardil-22”, Moraes retardou o desbloqueio do X para que a rede não voltasse ao ar na reta final da campanha do primeiro turno das eleições municipais. Assim, demonstrou que o retorno do X, no fim das contas, não dependia do cumprimento das exigências legais, mas apenas da sua vontade; em resumo, o ministro mostrou quem manda, e continuará usando o braço estatal para perseguir quem tenha sido flagrado usando o X ao longo do período de bloqueio. Como afirmamos dias atrás, isso já não é justiça, mas represália. E não só isso; afinal, os operadores do Direito sabem muito bem que nome se dá a essa atitude de prolongar um processo até onde for possível com a única intenção de retardar seu desfecho.
FONTE: GAZETA DO POVO https://www.gazetadopovo.com.br/opiniao/editoriais/desbloqueio-do-x-moraes-demonstracao-forca-manobra/
Bolsonaro elegível em 2026 domina o debate da reforma da Ficha Limpa
O Senado está prestes a votar o projeto de lei complementar que relaxa a Lei da Ficha Limpa. Na pauta do plenário desta quarta-feira (9), o PLP 192/2023 propõe unificar o prazo de inelegibilidade em oito anos para casos de condenação judicial, cassação ou renúncia.
O texto, contudo, enfrenta resistência de governistas devido a um ponto controverso que, acreditam, pode abrir uma brecha jurídica capaz de tornar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) novamente elegível, em tempo para se candidatar nas eleições presidenciais de 2026.
Entre outras alterações na legislação eleitoral, o texto propõe alteração na alínea “d” do artigo 1º da Lei Complementar 64/1990 (Lei das Inelegibilidades), que determina a inelegibilidade por abuso de poder político – como no caso do ex-presidente -, para que passe a exigir “comportamentos graves que possam resultar em cassação”. Juristas ouvidos pela Gazeta do Povo reconhecem que a especulação vem dessa mudança, pois Bolsonaro não teve o seu mandato cassado.
O debate do projeto em plenário começou em 3 de setembro, mas foi suspenso a pedido de senadores, tanto contrários quanto favoráveis, para analisar questões mais sensíveis. Aprovado pela Câmara, o texto recebeu no Senado parecer favorável do relator, Weverton Rocha (PDT-MA).
Márlon Reis, um dos criadores da Lei da Ficha Limpa, alertou sobre a possibilidade de o projeto atual beneficiar Bolsonaro ao afirmar que a inelegibilidade só ocorre em casos que envolvem cassação de registro ou diploma, que não é o caso do ex-presidente.
Neste sentido, o senador Randolfe Rodrigues (PT-AP) propôs uma emenda ao texto para garantir que candidatos condenados por abuso de poder econômico ou político permaneçam inelegíveis, mesmo que não tenham sido eleitos.
Projeto define data para começar a inelegibilidade, com duração de oito anos
O PLP 62/2023 estabelece que os oito anos de inelegibilidade devem ser contados a partir dos seguintes marcos: decisão judicial que leva à perda do mandato; eleição em que o abuso de poder foi cometido; condenação por um órgão colegiado; ou renúncia ao cargo. Hoje é levado em conta para iniciar o impedimento a data de cumprimento da pena. A lei atual considera inelegíveis os condenados por abuso de poder nas eleições em que participaram e por mais oito anos.
Weverton Rocha destacou que o projeto não atende apenas a interesses políticos e lembrou que a Constituição atribui ao Congresso a responsabilidade de legislar sobre inelegibilidade e seus prazos. “Esse projeto corrige, assim como no Código Penal e em outras leis brasileiras, a questão de que quem erra deve pagar sua pena, mas precisa haver um prazo para isso. Ninguém pode ficar punido indefinidamente”, disse o senador.
A professora de Direito Constitucional Vera Chemin acredita que há uma chance de o ex-presidente viabilizar candidatura em 2026 com a aprovação da reforma da ficha limpa, a depender de outros fatores. Embora Bolsonaro não tenha sido cassado, perdeu parte de seus direitos políticos com a condenação do TSE. Se surgirem novas condenações de efeito semelhante, a sua inelegibilidade poderá ir além dos atuais oito anos, conforme do PLP 192/2023.
Segundo a jurista, a possibilidade de Bolsonaro concorrer à Presidência dependerá da natureza dos crimes que lhe forem imputados e da interpretação sobre se estes estão relacionados aos atos que provocaram sua inelegibilidade, declarada pela Justiça Eleitoral. “Em caso positivo, continuaria inelegível por pelo menos 12 anos”, afirma.
FONTE: GAZETA DO POVO https://www.gazetadopovo.com.br/republica/bolsonaro-elegivel-em-2026-domina-o-debate-da-reforma-da-ficha-limpa/
Após fracasso do PT na eleição, Lula embarca na campanha de aliados no 2º turno
Depois de sinalizar aos aliados que não pretendia se envolver diretamente na disputa municipal no segundo turno, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) desenhou uma agenda que envolve encontros com candidatos que terão apoio do Palácio do Planalto em pelo menos duas capitais, São Paulo (SP) e Fortaleza (CE). Além disso, existe ainda uma discussão sobre a possibilidade de o petista visitar outras duas capitais: Natal (RN) e Belo Horizonte (MG).
“Lula vai estar presente naquilo que é possível enquanto presidente da República”, disse o ministro Alexandre Padilha, das Relações Institucionais. O chefe do Executivo se reuniu nesta segunda-feira (7) com seus ministros e líderes da base no Congresso para fazer um balanço dos resultados das urnas no primeiro turno.
A avaliação é de que, mesmo com Lula na Presidência da República, o PT teve um desempenho frágil nas eleições municipais após não ter conseguido eleger nenhum prefeito em capitais nesta primeira rodada. O partido vai para o segundo turno em quatro capitais: Fortaleza, Cuiabá, Natal e Porto Alegre. Em São Paulo, o candidato Guilherme Boulos, do Psol, apoiado por Lula, está no segundo turno.
No entanto, em nenhuma delas o candidato de Lula terminou a primeira rodada de votação na frente. Além disso, o Partido dos Trabalhadores não conseguiu chegar ao segundo turno em outras capitais onde havia expectativas de vitórias, como em Goiânia e em Teresina.
O PT também fracassou no berço político de Lula, em São Bernardo do Campo, no ABC Paulista, onde o candidato do partido, Luiz Fernando, não conseguiu avançar para o segundo turno. O petista terminou a votação com um pouco mais de três pontos atrás do segundo colocado, o deputado federal Alex Manente (Cidadania).
A cidade do ABC, onde o presidente iniciou sua vida sindical, foi administrada pelo PT durante 24 anos. A sigla, no entanto, foi derrotada em 2016, quando o PSDB elegeu Orlando Morando. O tucano foi reeleito também em 2020.
“É preciso entender que a gente vive um processo de recuperação, reorganização. A eleição de 2016 foi difícil, a de 2020 foi difícil e, agora, a de 2024 mostra um processo de reconstrução do PT no processo eleitoral local, o que é muito importante”, minimizou a presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann.
Diante desse cenário, a expectativa é de que Lula escolha em quais regiões vai atuar e foque em apenas uma região onde o PT terá candidatos no segundo turno, a região Nordeste. A justificativa oficial do Planalto é de que a viagem do presidente à Rússia no final deste mês inviabiliza agendas com os demais candidatos.
O petista vai participar da cúpula do Brics (Brasil, Rússia, Índia, China, África do Sul, Arábia Saudita, Egito, Etiópia, Emirados Árabes Unidos e Irã) entre os dias 21 e 23 de outubro. A viagem a Kazan acontece uma semana antes do segundo turno, marcado para 27 deste mês.
“Sabemos da força dessa “extrema-direita” no país, ninguém nega essa força, ninguém nega a capilaridade nacional dessa força. Agora acreditamos que, no segundo turno, essas lideranças que compõem essa frente ampla do presidente Lula têm todas as condições de derrotar, inclusive, essas lideranças de extrema-direita”, disse o ministro Alexandre Padilha, das Relações Institucionais, depois da reunião com Lula. Padilha chama genericamente a direita de “extrema-direita” em tom pejorativo.
Aliados querem visita de Lula no Nordeste antes do 2º turno
Das quatro capitais onde o PT estará no segundo turno, existe uma expectativa de que Lula participe de agenda ao menos em Fortaleza e em Natal. A avaliação é de que por estarem no Nordeste, a presença de Lula nessas cidades pode influenciar diretamente no eleitorado.
Em Fortaleza, o partido ficou em segundo lugar ao receber 34,30% dos votos para Evandro Leitão. O petista vai concorrer contra André Fernandes (PL), que obteve 40,37% dos votos e conta com o apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
A visita ao estado cearense vem sendo costurada pelo ministro da Educação, Camilo Santana, e deve acontecer ainda nesta semana. A previsão é de que Lula faça uma agenda institucional na quinta-feira (11) para entregas de casas do Minha Casa, Minha Vida e na sexta-feira (12) realize uma caminhada no centro da cidade com Evandro Leitão.
Ainda na cidade, o presidente pretende gravar peças publicitárias para o horário eleitoral do candidato petista da capital cearense. Além de Fortaleza, o Palácio do Planalto desenha uma viagem de Lula para a cidade de Natal, onde Natália Bonavides (PT) chegou ao segundo turno após receber 28,50% dos votos.
A petista ficou atrás de Paulinho Freire (União), que recebeu 44,13% dos votos. A pressão para que Lula entre na campanha da capital do Rio Grande do Norte veio depois que a petista conseguiu avançar na disputa mesmo diante da ausência do presidente.
“Ainda não falei com Lula, mas ele vai vir. Ele ia vir no primeiro [turno], mas vimos o que aconteceu em relação às queimadas, e ele não conseguiu estar aqui. Já falei com a presidente do PT, Gleisi [Hoffmann], e está todo mundo animado. O presidente será um importante reforço”, afirmou a candidata após o resultado das urnas.
Lula cancelou uma visita que faria à região na véspera do primeiro turno, depois que o avião presidencial enfrentou problemas técnicos em uma viagem do México para o Brasil. Agora, além de uma agenda pela cidade, a expectativa dos aliados é de que o presidente também grave materiais de campanha para o segundo turno.
“Enfrentaremos desafios, mas vamos traçar um caminho claro e com o apoio fundamental do presidente Lula e o meu”, afirmou a governadora do Rio Grande do Norte, Fátima Bezerra.
Na contramão do Nordeste, Lula deve se ausentar da disputa de duas capitais onde o PT também terá candidatos: Porto Alegre, com Maria do Rosário, e Cuiabá, com Lúdio Cabral. Segundo integrantes do Planalto, o período curto da campanha inviabiliza a presença do presidente nessas cidades.
Aliados das campanhas, no entanto, ainda buscam junto ao governo a possibilidade de agendas antes do fim da disputa.
Presidente vai reforçar campanha de aliados no Sudeste
Em outra frente, Lula pretende participar de agendas ao lado de Guilherme Boulos (Psol), em São Paulo. A avaliação dentro da campanha de Boulos é de que o presidente fez uma participação tímida no primeiro turno e precisa fortalecer sua presença nessa reta final.
O candidato do Psol vai disputar contra o prefeito Ricardo Nunes (MDB), que conta com o apoio do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) e do ex-presidente Bolsonaro. Apesar de reconhecerem o favoritismo do emedebista, alguns integrantes do PT avaliam que Lula possa atrair votos para o candidato do Psol nas regiões mais pobres da capital paulista.
Além de São Paulo, os petistas acreditam que Lula deve se envolver pessoalmente na disputa pela prefeitura de Belo Horizonte para apoiar Fuad Noman (PSD) contra Bruno Engler (PL). Ainda durante as costuras de alianças, o presidente chegou a trabalhar para que o PT indicasse o vice na chapa de Noman, tendo em vista sua aliança com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD), no estado de Minas Gerais.
O diretório mineiro do PT, no entanto, acabou bancando a candidatura própria de Rogério Correia. O candidato petista acabou ficando em sexto lugar com pouco mais de 4% dos votos.
“O Fuad apoiou o presidente Lula [em 2022]. Agora que foi ao segundo turno, já inclusive conversou com ele [o presidente]. Lula reforçou o apoio ao nome do Fuad, que estará no segundo turno contra um ícone dessa “extrema-direita”. Ele [Lula] já tinha dito isso antes, que se Fuad fosse ao segundo turno, iria apoiar ele”, afirmou Padilha.
Reservadamente, petistas admitem preocupação com a capital na disputa pelo eleitorado em Minas Gerais, considerado o colégio eleitoral que mais se assemelha com o perfil de voto nacional. Avaliação é de que a eleição de Bruno Engler poderia impactar no avanço do sentimento antipetista em todo o estado, mas ainda não foi acertado uma visita do petista à região.
FONTE: GAZETA DO POVO https://www.gazetadopovo.com.br/eleicoes/2024/apos-fracasso-do-pt-na-eleicao-lula-embarca-na-campanha-de-aliados-no-2o-turno/
Juízes antecipam votos e condenam Pablo Marçal por antecipação
Muitos de vocês talvez já tenham se acostumado com o ativismo judicial. Eu não consigo me acostumar, porque isso não existiu pela maior parte da minha vida; é coisa surgida dez anos atrás. Agora leio no Valor Econômico que Pablo Marçal vai ter de acertar contas com a Justiça Eleitoral e poderá ser declarado inelegível, segundo ministros do TSE e do STF ouvidos pelo Valor.
Quando leio uma coisa dessas, me cai o queixo. Juízes que vão julgar um caso já estão antecipando a decisão, anunciando que a pessoa vai ficar inelegível. É como se dissessem “nós ainda nem recebemos nada, não sabemos se vai chegar aqui um processo, mas certamente vai chegar, e aí vamos condenar”. É incrível! Estudantes de Direito, advogados, juristas que estejam me ouvindo ou lendo, podem ficar horrorizados também. A menos que essa notícia não seja verdadeira, porque não traz o nome dos tais ministros que falaram com o Valor Econômico.
Agora que a eleição terminou em boa parte do Brasil, Moraes desbloqueia o X
Já posso voltar para o Brasil: Alexandre de Moraes desbloqueou o X, que eu continuei a usar aqui em Portugal. Mas os brasileiros ficaram sem a rede social por quase todo o período eleitoral. A rede saiu em 30 de agosto, ficou bloqueada por todo mês de setembro; os brasileiros não puderam discutir pelo X ideias, opiniões e valores que estão em jogo numa eleição. Não puderam fazer isso nem nos últimos dias antes da eleição, nem mesmo no dia seguinte à eleição; só a partir desta terça-feira. Ficamos sem poder debater em um período importante, porque as plataformas digitais são a nova ágora do mundo, é o lugar em que o povo – que é a origem de todo o poder – pode discutir ideias, e do choque de ideias surgem os valores, as verdades de cada um, que são submetidas ao debate com seus contrários, seus adversários.
Daniel Silveira só mudou de cadeia, mas continua preso
O X está de volta; só quem não recupera a liberdade é o ex-deputado Daniel Silveira. Ele saiu de um presídio e foi para outro, uma colônia agrícola. Continua preso; chegou a haver notícias de que ele ganharia a liberdade, mas não.
Não achem que o PT está virando carta fora do baralho
Muita gente está olhando os números do PT, dizendo que o partido perdeu feio no domingo. O PT pode não ter voto (e tem cada vez menos), mas tem a mídia, o meio artístico, os professores – não só universitários, mas os professores em geral. Então, o PT ainda tem muito. Por outro lado, a direita e a centro-direita têm brigas internas, cisões como essa do pastor Silas Malafaia, que praticamente xingou Jair Bolsonaro, dizendo que ele cometeu erros estúpidos em Curitiba e em São Paulo. E o segundo turno terá encontros de direita versus direita, ou direita versus centro-direita, em muitas cidades. É assim que a maioria se enfraquece, se divide, e fica do mesmo tamanho da minoria.
Mais álcool na gasolina que enche o tanque do seu carro
O presidente da República sancionou uma lei que aumenta a quantidade de álcool na gasolina do seu carro; agora, pode ser de até 35%. O diesel teve apenas um aumento de 1 ponto sobre os 14% de biodiesel atuais, para chegar a 20% em 2030 e a 25% em 2031. Eu me perguntando como fica o sistema de alimentação dos carros, o sistema de injeção de diesel e de gasolina, com esse acréscimo de álcool. Até onde eu sei, forma uma borra, entope. Acontece o mesmo nos aviões. E o pessoal ligado à aviação diz que esse combustível que não tem carbono etc. é cinco vezes mais caro, o que vai aumentar o custo da passagem. Será que vamos deixar de lado o nosso petróleo? Acho muito bom produzirmos álcool de cana, também é riqueza – eu lembro de quando surgiu o Proálcool, nos anos 70, programa que foi chefiado por Aureliano Chaves, vice-presidente da República. Mas ainda temos uma riqueza grande em petróleo. Faremos o quê com ela? Produzir apenas plástico, talvez?
Galípolo está confirmado como próximo presidente do Banco Central
O Senado aprovou o novo presidente do Banco Central pelos próximos quatro anos. Sai Roberto Campos Neto, em 31 de dezembro, e entra Gabriel Galípolo. Ele já está no Banco Central como diretor; passou pela sabatina e o plenário do Senado aprovou seu nome. Galípolo foi secretário do Ministério da Fazenda sob Fernando Haddad, é muito ligado a Aloizio Mercadante e Luiz Gonzaga Belluzzo. Não se aproxima nem um pouco de Paulo Guedes, portanto.
FONTE: GAZETA DO POVO https://www.gazetadopovo.com.br/vozes/alexandre-garcia/tse-stf-pablo-marcal-inelegibilidade/
Fui parar numa colônia agrícola brasileira
Achei que teria minhas contas bancárias descongeladas, minhas redes sociais liberadas e meu passaporte devolvido. Mas, antes desse momento tão esperado, tive que passar um tempo numa colônia agrícola brasileira. Lá eu fui finalmente “recivilizado”.
Foram trinta horas de aula sobre democracia com o professor Barroso. Aprendi que a missão de um ministro supremo não é apenas defender a Constituição, mas sim empurrar a história, mesmo que rasgando a Constituição. O objetivo mais nobre de um ministro supremo é derrotar o bolsonarismo, a direita tacanha.
Tive aulas sobre ambientalismo com a Anitta, e finalmente me dei conta de que o inimigo do planeta é o agronegócio. Com os olhos presos por palitos, fui forçado a ver inúmeras vezes o vídeo em que Lula, Nosso Guia, chama os produtores rurais de fascistas
Em seguida, fui obrigado a ler o novo livro do imitador de focas para compreender a importância da tolerância. Finalmente entendi que, para tolerarmos uns aos outros, antes é preciso demonizar todo conservador, destilar ódio nas redes sociais contra a extrema direita. Sem antes odiar, não é possível amar.
Tive aulas sobre ambientalismo com a Anitta, e finalmente me dei conta de que o inimigo do planeta é o agronegócio. Com os olhos presos por palitos, fui forçado a ver inúmeras vezes o vídeo em que Lula, Nosso Guia, chama os produtores rurais de fascistas. Foi uma lição difícil, mas depois de cinco horas nessa posição, acabei acatando e hoje uso um boné do MST.
Por fim, tive de escutar MPB de Gil e Caetano por horas e horas, até toda minha masculinidade tóxica de roqueiro estadunidense fosse devidamente enterrada. Na prova final do curso para ser recivilizado, gabaritei todas as questões, pois já sabia que o comunista Cesare Battisti era inocente, João de Deus tinha poder transcendente e que aquela cabeleireira do batom era uma ameaça ao país. Tirei dez e ganhei um selo do STF de democrata.
Acordei todo suado, abracei minha noiva e agradeci a Deus por ser americano e estar nos Estados Unidos, onde esses ministros supremos tupiniquins, em breve, sequer poderão entrar como turistas…
FONTE: GAZETA DO POVO https://www.gazetadopovo.com.br/rodrigo-constantino/recivilizado-fui-parar-numa-colonia-agricola-brasileira/
Malafaia: Um traidor de oportunidade ou parte de uma grande encenação?
09/10/2024 às 09:51Ler na área do assinante
Eu já havia dito: a metralhadora do Silas Malafaia, que Bolsonaro mandou virar contra Pablo Marçal, eventualmente se voltaria contra o próprio presidente.
A verdade é que esse cachorro enganador de fiéis atravessaria a linha para o lado que lhe fosse mais conveniente assim que os ventos mudassem.
E, como previsto, não demorou para vermos o “homem de Deus” morder a canela do seu antigo aliado.
Bolsonaro, que parece não ter mais nada a oferecer a Silas, já respondeu com uma frase sintomática: “O meu posto Ipiranga não tem mais gasolina”.
Para bom entendedor, fica claro que o que o pastor quer, Bolsonaro simplesmente não pode (ou não quer) dar. Agora, a pergunta que fica no ar: qual será o próximo movimento de Malafaia?
No Rio de Janeiro, a aliança do PL com o centro para apoiar Ricardo Nunes em São Paulo custou caro.
O partido precisava de uma candidatura competitiva no Rio, mas o que vimos foi o inexpressivo Ramagem ser lançado ao sacrifício. E olha que o PL poderia ter jogado pesado, colocando Flávio Bolsonaro, Romário ou até Carlos
Bolsonaro. Mas não, o resultado já estava combinado, e o Ramagem serviu como figura decorativa para não deixar feio para os filhos do presidente.
Enquanto isso, Malafaia, o maior cabo eleitoral de Eduardo Paes, segue nos bastidores. Junto com Edir Macedo, ele garantiu apoio maciço dentro das igrejas, tanto na Assembleia de Deus quanto na Universal, para o atual prefeito. Em agosto, o pastor até fingiu neutralidade nas eleições cariocas, alegando uma amizade de longa data com Paes. Mas todos viram os milhões de panfletos de Paes e Malafaia espalhados pelas periferias do Rio.
E foi assim que o PL no Rio aceitou um acordo humilhante, em troca do apoio a Nunes em São Paulo. Já estava tudo certo… até Marçal surgir na jogada. Silas, apavorado com o risco de perder sua influência, pulou alto para difamar Pablo
Marçal. Afinal, o acordo era para que tudo corresse bem, fácil e sem turbulências. O PL lançou um nome inexpressivo no Rio para não correr riscos, enquanto o verdadeiro foco era São Paulo.
A última cena patética dessa novela foi a entrevista de Bolsonaro com Ramagem, ambos com caras de derrota, o ex-presidente falando com a imprensa enquanto Ramagem devorava um pastel, como se a campanha fosse um mero detalhe.
Estranho, não? Claro que não! Malafaia, nos bastidores, já estava ao lado de Paes o tempo todo.
A discussão com Ottoni de Paula em agosto, motivada pela “neutralidade” de Silas nas eleições, foi só mais um episódio desse teatro bem ensaiado.
O fato é que os pastores ligados a Malafaia e Edir Macedo venderam suas almas – um entregando o PL para o PSD, o outro, o Republicanos para o PT. Agora, Malafaia, como se precisasse enviar um recado de submissão, vai publicamente atacar Bolsonaro em uma live com jornalistas do sistema.
Qual será o próximo ato dessa farsa?
Malafaia é um traidor de ocasião ou todos estão no mesmo barco, fingindo conflitos para manter as aparências?
Até agora, a única manifestação contra as acusações de covardia feitas pelo pastor – que chamou Bolsonaro de medroso e chorão em uma entrevista – veio do Senador Flávio Bolsonaro, dizendo que “Roupa suja se lava em casa.” E só.
E quanto ao PT? Não sabia que Lula desistiu de lançar uma candidatura no Rio para garantir o apoio exclusivo à sua reeleição em 2026? Dê um google, está lá para quem quiser ver. E não adianta falar sobre o “apoio” pífio que Bolsonaro deu a Ramagem.
A campanha praticamente não existiu. Ramagem só conseguiu 31% dos votos porque não havia mais ninguém. Sua candidatura foi apenas para dizer que o PL não ficou de fora. Mais uma jogada ensaiada nessa grande farsa eleitoral.
Deputados torraram R$250 milhões na campanha municipal e não se elegeram
Dos 73 deputados federais que resolveram testar as urnas e disputar uma prefeitura nas eleições municipais deste ano, apenas sete conseguiram se eleger como prefeito já no primeiro turno das eleições. Por trás do pífio desempenho de suas excelências há uma amarga fatura de R$256 milhões torrados no pleito, e usando dinheiro público do indecoroso Fundo Eleitotal, este ano fixado em R$5 bilhões. Isso até agora, já que a conta deve subir com o avançar do segundo turno. Os deputados que vão trocar a Câmara por uma prefeitura gastaram R$6,3 milhões.
Mão no nosso bolso
Parte da turma ainda pode virar prefeito. São 15 os deputados no 2º turno. Essas campanhas têm custo milionário, claro: R$110,6 milhões.
Tanta grana por nada
As campanhas dos 49 que foram logo rejeitados pelo eleitor, sem direito a segundo turno, deixaram para trás a gastança de R$138,4 milhões.
Boulos gastador
O deputado que mais gastou foi Guilherme Boulos (Psol), que pelejou para avançar na disputa pela Prefeitura de São Paulo: R$46,1 milhões.
Nada a declarar
Por ora, a campanha mais “em conta” é de Gerlen Diniz (PP), sem gasto registrado no TSE. Foi eleito prefeito de Sena Madureira (AC).
Ampla vitória da direita teve recorde de militares eleitos
Exatos 152 candidatos com patentes militares foram eleitos no primeiro turno de domingo (6), quando a direita brasileira aplicou uma “sova” de votos na esquerda, de acordo com levantamento da Nexus, empresa de pesquisas do grupo de comunicação FSB. É o recorde nos últimos 24 anos, com aumento de 13% em relação a 2020. Pelo PL foram eleitos 52 militares, 18 pelo Republicanos e 16 pelo MDB. O recorde anterior, nas eleições de 2020, registrou vitória de 134 militares, segundo o TSE. A informação é da Coluna Cláudio Humberto, do Diário do Poder.
Dados do Tribunal Superior Eleitoral citados pela Nexus mostram que 112 militares foram eleitos entre 2000 e 2024, crescimento de 36%.
Em 2000, disputaram 707 militares e em 2024 foram 1.204, aumento de 70%. No mesmo período, candidaturas em geral cresceram 14%.
O PT de Lula liderou o vexame, apesar da estrutura do governo a seu serviço, elegendo apenas 248 (ou 4,5%) dos 5.471 prefeitos.
FONTE: DP https://diariodopoder.com.br/politica/ampla-vitoria-da-direita-teve-recorde-de-militares-eleitos
Comemorações antecipadas e exageradas de candidatos viralizam pós-eleição
A apuração dos votos no primeiro turno das eleições municipais produziu situações tensas e corridas apertadas, como no caso de São Paulo (SP), mas eleitores também puderam acompanhar com constrangimento e choque as “comemorações” de alguns candidatos Brasil afora.
É o caso do prefeito eleito de Medina (MG), Lucas Luterplan (MDB), cujo vídeo de celebração rodou o WhatsApp. Flagrado sem camisa, empunhando uma garrafa de cerveja e uma espécie de botijão, Luterplan foi filmando dançando no meio da rua. Eleitores até de fora de Minas Gerais se impressionaram com as cenas.
No Rio de Janeiro, o prefeito reeleito Eduardo Paes (PSD) promoveu uma verdadeira festança, com show ao vivo de artistas famosos no Parque Oeste, projeto que ele mesmo lançou este ano, que tem até palácio para o prefeito despachar. Teve show Xande de Pilares, ex-Revelação, e Tia Surica. Tudo “de graça”.
No Maranhão, Thaymara Amorim (PL) viralizou por outro tipo de exagero: comemorou antes da hora. Antes do fim da apuração, Thaymara foi às suas redes sociais agradecer o apoio dos seus eleitores pela vitória. Entretanto, na noite de domingo a votação foi resolvida por dois votos e o candidato Ary Menezes (PP) foi declarado o novo prefeito de Nova Olinda (MA). Constrangimento foi geral e o caso correu o Instagram.
Já Glêdson Bezerra (Podemos) também comemorou antes da hora, em Juazeiro do Norte. Seus apoiadores tomaram as ruas e ele adiantou o horário de eventos após a eleição para celebrar. Ele acabou eleito, mas o concorrente Fernando Santana (PT) não gostou nada da atitude. Fechou seu comitê de campanha, mas antes fez ‘live’ para criticar as comemorações antecipadas.
Em 2020, ficou famoso o caso do candidato Márcio Luís (MDB), que promoveu até uma carreata para celebrar o que achava era sua vitória para prefeito de Porangatu (GO). Ele teve que voltar atrás e pedir desculpas.
Moro: EUA punem corrupção que Brasil premia anulando penas
O senador e ex-juiz federal, Sergio Moro (União-PR) condenou a sequência de anulações de condenações de corruptos sentenciados pela Operação Lava Jato no Brasil, enquanto os Estados Unidos puniu, em setembro, o ex-trader de petróleo e gás Glenn Oztemel, pelo esquema de propina instalado na Petrobras. Oztemel pegou pena de oito anos de prisão por repassar um montante de 1 milhão de dólares de suborno para obter contratos com a estatal brasileira, entre 2010 e 2018. Para Moro, um vexame que expõe o cenário de terra arrasada da Justiça do Brasil e também do combate à corrupção no governo de Lula (PT), que é um dos ex-condenados com pena anulada.
Moro demonstra indignação por ver o júri de Bridgeport cumprir o papel que a cúpula do Judiciário do Brasil tem deixado de assumir, enquanto assiste diversas de suas sentenças contra corruptos da Lava Jato serem anuladas pelo Supremo Tribunal Federal (STF), sob a alegação de conluio entre ele quando juiz e procuradores da República que denunciaram o maior esquema de corrupção do país.
O senador pondera que respeita as decisões do Supremo. Mas avalia que são decisões que não se sustentam juridicamente, sequer do ponto de vista da competência, como bem aponta o procurador-geral da República, Paulo Gonet.
“Esse indivíduo [Oztemel] teria pago o subornos reiterados a funcionários da Petrobras. Quem, senadores e senadoras, está sendo processado no Brasil, hoje em dia, por crime de corrupção? As notícias são só de anulações mal fundamentadas. Aí somos submetidos a esse vexame de ver a corrupção praticada no Brasil sendo julgada e combatida, não pelas cortes de justiça brasileira mas pela justiça norte-americana. Porque lá, pelo menos, a lei se aplica, rule of law, o império da lei. Enquanto que, aqui, o cenário é completamente de terra arrasada”, condenou Moro.
Judiciário e governo Lula
O ex-juiz da Lava Jato sugeriu que o Senado questione se funcionários da Petrobras subornados pelo condenado pela justiça americana estão igualmente sendo processados e se foram condenados aqui no Brasil. Ou se foram condenados e tiveram os processos foram anulados. Ou ainda, que considera pior, fizeram acordo e, de repente, foi anulado, “uma virada de mesa”.
“Enfim, o que vemos hoje é um quadro de absoluto deserto de prevenção e combate à corrupção no Brasil do governo Lula. Sei que há magistrados muito probos no Brasil, muitos corretos, muitos sérios, às vezes até, infelizmente, perseguidos por conta disso, mas tem uma coisa que, para mim, é clara: a responsabilidade, por esses tempos obscuros e sombrios, está no Palácio do Planalto”, criticou Moro, ao apontar enfraquecimento das leis de governança, revogação de processos de corrupção, suspensão da Lei das Estatais promovida por aliados de Lula.
Lula está cada vez mais parecido com Dilma, diz Estadão
A Moody’s subiu a nota de classificação de risco do Brasil, o que deixou o país a um passo do grau de investimento. No entanto, já há quem vaticine que haverá novo rebaixamento em dois ou três anos. É o que destaca o jornal O Estado de S.Paulo em editorial desta quarta- feira, 10,
O motivo, segundo a publicação, está na constatação de que o crescimento brasileiro está sendo puxado pelo aumento dos gastos públicos e, por isso mesmo, é insustentável.
“É um crescimento de uma economia a pleno-emprego, turbinado pelos gastos públicos, com salários correndo além da produtividade do trabalho, exportações líquidas como proporção do PIB em queda e rentabilidade das empresas em queda”, disse ao Estadão o economista Samuel Pessoa, pesquisador do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre-FGV). “Tudo isso aponta para uma trajetória de crescimento insustentável.”
“O Brasil está correndo severo risco fiscal”, alertou o ex-secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda Márcio Holland. Em entrevista ao jornal Valor Econômico, Holland lembrou que em 2012 os problemas fiscais que levariam à recessão já eram “identificáveis”.
Mas naquela época, disse o economista, o governo foi adiando medidas dolorosas de ajuste para não comprometer a popularidade de Dilma.
Segundo o economista, o mesmo está acontecendo agora. “Nós estamos adiando um ajuste fiscal”, afirmou. “E eu estou antecipando, com riscos de análise, que, como há eleições em 2026, (…) existe uma chance de a gente adiar esse ajuste de novo.”
Para Holland, “a gente vai ter um Lula 3 muito parecido com Dilma 1, que foi um período em que, em certo momento, já havia a necessidade de ajuste fiscal”.
Samuel Pessoa é ainda mais pessimista: “É um cenário muito parecido com o governo Dilma 2” – aquele em que o Brasil mergulhou na recessão.
Mas Pessoa considera que a desorganização da economia não começou com Dilma, e sim com o próprio Lula em seu segundo mandato. “Ou seja, o descuido com o equilíbrio fiscal é uma espécie de marca registrada do lulopetismo, que Dilma apenas acentuou em razão de suas teimosias ideológicas”, diz o Estadão.
FONTE: REVISTA OESTE https://revistaoeste.com/imprensa/lula-esta-cada-vez-mais-parecido-com-dilma-diz-estadao/?utm_source=pushnews&utm_medium=pushnotification&utm_campaign&utm_term
TCU investiga desvio de finalidade em R$ 2,3 milhões pagos pelo governo Lula em pesquisas
O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva alocou R$ 2,3 milhões para um grupo da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) investigar anúncios políticos nas redes sociais. O Tribunal de Contas da União (TCU), na figura do ministro Augusto Nardes, iniciou, no último dia 27, uma investigação preliminar sobre possível desvio de finalidade desses recursos.
O objetivo seria de avaliar os impactos nas estratégias de campanhas eleitorais entre os anos de 2018 e 2024. O tribunal decidiu, ainda, que necessita de envio de informações e depoimentos de gestores envolvidos na celebração de convênio, com o Ministério da Justiça, que banca a pesquisa.
O grupo da universidade é o NetLab. Fundado em 2013, se destaca por estudar a desinformação digital no Brasil. Tornou-se referência na análise da matéria, espalhada por políticos. A investigação do TCU começou depois de suspeitas de que a verba pública não estaria sendo usada para pesquisas voltadas aos consumidores de internet.
FONTE: REVISTA OESTE https://revistaoeste.com/politica/tcu-investiga-desvio-de-finalidade-em-r-23-milhoes-pagos-pelo-governo-em-pesquisas/?utm_source=pushnews&utm_medium=pushnotification&utm_campaign&utm_term
Bolsonaro é a maior liderança da direita no Brasil, afirma Tarcísio
O governador do Estado São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos- SP), afirmou nesta terça-feira, 8, que Jair Bolsonaro é a “maior liderança” da direita no Brasil. Ele destacou que o ex-presidente “deu voz ao sentimento do brasileiro” e deixou um “legado calcado em medidas estruturantes”.
Em uma postagem no Instagram, Tarcísio reiterou seu compromisso em defender esse legado. Ele declarou: “Precisamos de uma direita cada vez mais forte e pronta para enfrentar os desafios que emperram o nosso crescimento, bem como a ameaça que a esquerda significa para nossa liberdade”.
O governador reiterou que o “presidente” é “nossa maior liderança política” no país, “apesar das crises que enfrentou” enquanto governava em seu mandato na Presidência da República.
Confira: “Kassab diz que Tarcísio não deveria concorrer à Presidência em 2026”
Tarcísio disse ainda que em São Paulo vai seguir trabalhando para defender esse legado, os valores da família, o liberalismo econômico e “garantir dignidade e prosperidade para todos”.
Confira a publicação do governador na rede social:
https://www.instagram.com/p/DA4MtCRvhbQ/?utm_source=ig_embed&utm_campaign=loading
FONTE: REVISTA OESTE https://revistaoeste.com/politica/bolsonaro-e-a-maior-lideranca-da-direita-no-brasil-afirma-tarcisio/?utm_source=pushnews&utm_medium=pushnotification&utm_campaign&utm_term
Be the first to comment on "Moraes desbloqueia o X, mas não resiste a nova demonstração de força"