Eleições consagram a direita e humilham Lula, PT e a esquerda

“Não há uma relação direta entre a eleição municipal e a eleição nacional”, disse hoje o ministro de Relações Institucionais do governo Lula, Alexandre Padilha (PT). A constrangedora afirmação tinha apenas um objetivo: suavizar o impacto da derrota humilhante que Lula, o PT e a esquerda sofreriam no 1º turno das eleições municipais de 2024, encerrado hoje.

O PT não elegeu nenhum prefeito de capital no 1º turno, indo ao 2º turno em apenas quatro das 26 capitais brasileiras: Fortaleza, Natal, Cuiabá e Porto Alegre. Em todas elas, os candidatos do PT estão em desvantagem, aparecendo em segundo lugar. Enquanto isso, o PL, sigla do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), venceu em duas capitais já no 1º turno (Rio Branco e Maceió) e foi para o 2º turno em outras oito: Fortaleza, Manaus, Belém, Cuiabá, João Pessoa, Aracaju, Palmas e Goiânia.

Em Teresina, uma vitória considerada fácil para o PT, o partido foi derrotado em primeiro turno por Silvio Mendes, candidato de Ciro Nogueira (PP), mesmo com o petista Fábio Novo contando com o apoio triplo de Lula, do atual ministro e ex-governador Wellington Dias e do atual governador Rafael Fonteles. Foi uma derrota acachapante e humilhante do PT em um lugar onde acreditavam ser imbatíveis.

A força demonstrada pelo PL ao ir para o 2º turno em 6 capitais do Norte e do Nordeste, onde Lula e o PT sempre tiveram vida fácil, é um sinal preocupante para Lula, que, nas últimas semanas, abandonou completamente as campanhas de aliados petistas, causando desespero e debandadas dentro do próprio PT. O único evento recente de campanha em que Lula compareceu foi a caminhada com Guilherme Boulos (PSOL), no último sábado (5), na Avenida Paulista.

O PT não elegeu nenhum prefeito de capital no 1º turno, indo ao 2º turno em apenas quatro das 26 capitais brasileiras

As duas grandes capitais com candidatos apoiados por Lula que se destacaram foram Rio de Janeiro e Recife, onde tanto Eduardo Paes quanto João Campos foram reeleitos no 1º turno com votações expressivas, mas suas vitórias não podem ser creditadas a Lula: ambos os prefeitos possuem forte carisma pessoal e agregaram diversos outros apoios além do PT, além de serem extremamente reconhecidos pelos eleitores.

Uma das cidades em que Bolsonaro mostrou mais força nos últimos dias foi São Paulo: os esforços de última hora do ex-presidente e do governador Tarcisio de Freitas (Republicanos) foram recompensados com a ida de Ricardo Nunes (MDB) para o 2º turno contra Guilherme Boulos, que conseguiu desbancar Pablo Marçal (PRTB), sem dúvida a grande novidade destas eleições municipais.

Embora não tenha conseguido avançar para o 2º turno, Marçal, a partir de suas polêmicas estratégias de marketing, conseguiu nacionalizar seu nome e se firmar como uma figura forte da direita, obtendo mais de 1 milhão e 700 mil votos, o que pode levá-lo a novos voos em 2026, caso decida disputar as eleições para deputado federal ou senador. Se escolher concorrer como deputado federal, pode se tornar um grande puxador de votos, possibilitando a eleição de uma bancada forte, o que torna sua candidatura bastante atrativa para partidos de direita. Tudo isso, claro, depende da manutenção de seus direitos políticos, diante da enorme quantidade de ações eleitorais movidas contra ele por adversários.

Em Curitiba, o candidato da esquerda, Luciano Ducci (PSB), ficou de fora do segundo turno, sendo superado por Cristina Graeml (PMB), que surpreendeu com uma votação de 31,17%. Curitiba terá agora um segundo turno entre Cristina e o vice-prefeito Eduardo Pimentel (PSD), que está na liderança com 33,51% dos votos e é o candidato apoiado oficialmente por Jair Bolsonaro, pelo governador Ratinho Júnior e que tem como vice o ex-deputado Paulo Martins, do PL.

Não poderia encerrar esta análise do 1º turno das eleições municipais de 2024 sem expressar meu orgulho pelo partido Novo, do qual sou embaixador: de acordo com os resultados até agora, ainda não consolidados, elegemos pelo menos 14 prefeitos e 203 vereadores em todo o Brasil, com 1 candidato a prefeito e 7 candidatos a vice-prefeito indo para o segundo turno em capitais e grandes cidades, como Manaus, Cuiabá, Santos, Jundiaí e Ribeirão Preto. Uma de minhas maiores alegrias foi a vitória do meu candidato a vereador em Curitiba, Guilherme Kilter, o segundo mais votado da cidade, com mais de 16 mil votos.

O resumo da ópera foi o seguinte: o 1º turno das eleições municipais de 2024 foi um vexame para Lula, o PT e a esquerda, e uma grande demonstração de força do campo da direita, onde se encontram conservadores, liberais, bolsonaristas e cristãos. Em comum, todas essas pessoas defendem o livre mercado, as liberdades individuais, a família, a liberdade de expressão e a contenção de abusos judiciais do Supremo. Os resultados de hoje mostram que o campo de batalha de 2026 já foi semeado: daqui a dois anos, colheremos os deputados federais e senadores que poderão, enfim, colocar um ponto final no regime de censura de Alexandre de Moraes.

FONTE: GAZETA DO POVO https://www.gazetadopovo.com.br/vozes/deltan-dallagnol/eleicoes-consagram-a-direita-e-humilham-lula-pt-e-a-esquerda/

Alexandre Garcia

Eleitor brasileiro foi às urnas amordaçado pela Justiça

Eleições municipais 2024
AME5029. RÍO DE JANEIRO (BRASIL), 06/10/2024.- Una persona llega a un centro de votación durante la primera vuelta de las elecciones municipales este domingo, en Río de Janeiro (Brasil). EFE/ André Coelho| Foto: EFE/André Coelho

Ontem fomos para uma eleição sem comprovante de voto. A gente é fraquinho, né? Está escrito na Constituição que todo o poder emana do povo, só que não. A gente vai continuar na dúvida sobre os resultados eleitorais, porque se houver dúvida não tem como comprovar. Na Venezuela tem. Todo mundo ficou sabendo que o Maduro perdeu porque ele se esqueceu de cortar a apuração antes. Só cortou quando a apuração já chegava 83,5% dos votos e ele estava perdendo, o adversário tinha mais de 60% dos votos e todo mundo ficou sabendo. Aqui não.

Outra coisa, fomos para a eleição censurados. Mais de 21 milhões de brasileiros, quase 22 milhões, que usam o X para expressar as suas ideias, as suas opiniões, foram censurados. É ruim que a gente vá para uma eleição de mordaça na boca. Inclusive, durante a semana, o X acabou cumprindo todas as exigências, pagou multa, R$ 28 milhões, eu acho, um dinheirão.

Bloqueio ao X

Enfim, foi mais de 20 milhões, pagou tudo, e aí a alegação foi “não, pagou errado”. Gente, devia ter pago no Banco do Brasil, pagou na Caixa Econômica, é a mesma coisa, as dois são instituições financeiras estatais do governo federal e os dois têm depósitos judiciais. Foi feito o depósito judicial, mas essa desculpa foi para empurrar a decisão, para não abrir o X antes da eleição, para calar a boca, porque todo mundo sabe que a direita é mais forte, é mais ágil, é mais dinâmica, se aprofunda mais no uso das redes sociais que a esquerda. Então se fez isso para fazer uma restrição, uma censura. É lamentável que isso tenha acontecido.

Venda de sentenças

Mudando de assunto, me chamou a atenção, saiu na Veja, saiu em vários jornais, o que foi descoberto depois que mataram um advogado em Mato Grosso. Um advogado chamado Roberto Zampieri. Deram 12 tiros nele. E aí sobrou o celular dele. E lá pelas tantas a polícia resolveu dar uma olhada no celular. Meu Deus do céu! Tem uns quatro anos de mensagens, de venda de sentenças. Compre e venda, claro. Mercado de sentenças, leilão de sentenças, bolsa de sentenças, Câmara de Compensação de Sentenças, horrível. Já foram afastados em consequência disso dois desembargadores do Tribunal de Justiça de Mato Grosso.

Sebastião de Moraes Filho e João Ferreira Filho. Dois filhos que não estão honrando os pais pelo jeito. Foram afastados pelo Conselho Nacional de Justiça. Mas também está pegando lá no Superior Tribunal de Justiça, que é um tribunal superior lá de Brasília. Está o nome de quatro desembargadores. Vendiam as minutas de sentença: “Você quer comprar essa?”, aí depois sai a sentença igual. O sujeito escolhe, paga, digamos, R$ 50 mil, depois sai a sentença ou despacho igualzinha à minuta que foi vendida. Esse Zampieri que foi morto resolvia coisas em causa própria ou funcionava como intermediário e lobista. Só para lembrar, casos semelhantes já foram encontrados em Tocantins, São Paulo, Bahia e sabe lá em quantos outros lugares isso está acontecendo.

União na Amazônia

Produtores rurais da Amazônia, principalmente do Pará, do Sul do Pará estão se unindo para defender os seus objetivos. Essa gente ocupa o Brasil. O Brasil garante a sua soberania graças aos brasileiros que põem o pé sobre o território, que plantam. No caso, é gente que plantava cacau, café, que criava gado e que foram escorraçados de lá. Porque depois que eles foram instalados pelo Incra, inventaram reservas indígenas e eles foram escorraçados.

Já são 600 pessoas em torno disso unidos para defender seus direitos. Depois a história vai reconhecê-los como responsáveis pela soberania nacional. Tal como a história reconhece os bandeirantes, os criadores de gado, os garimpeiros, dos templos de Brasil Colônia que avançaram além da linha do Tratado de Tordesilhas.

FONTE: GAZETA DO POVO https://www.gazetadopovo.com.br/vozes/alexandre-garcia/eleitor-brasileiro-urnas-amordacado-venda-sentencas/

Urnas confirmam que o Brasil é conservador: PT elegeu só 4,5% dos prefeitos

Jair Bolsonaro (PL), ex-presidente da Repúbliica.Cláudio Humberto

As eleições municipais de 2024 confirmaram o que as pesquisas apontavam: o Brasil é politicamente conservador ou “de direita” ou ainda de “extrema direita”, como jornalistas ativistas de esquerda chamam os políticos desse campo ideológico. Os partidos conservadores conquistaram a maioria esmagadora dos municípios, neste  domingo (6), enquanto a esquerda pagou mico.

Contados os os votos, os brasileiros elegeram prefeitos em 5.471 municípios brasileiros, dos quais apenas 248 (ou 4,5% do total) são filiados ao PT. No campo político de esquerda, os partidos puxadinhos do PT também deram vexame: o PCdoB elegeu 0,3% dos prefeitos, o PV 0,2% e o Rede apenas 0,07%. O Psol, de extrema-esquerda, não elegeu um só prefeito neste domingo.

O PL de Jair Bolsonaro, por outro lado, que ontem elegeu 510 prefeitos, mais do dobro do  PT, irá disputar o segundo turno em 23 dos os 51 municípios onde haverá a disputa, enquanto os petistas tentarão vitória em quatro e o Psol em dois, incluindo São Paulo. Em nenhum dos municípios onde disputarão o segundo turno os candidatos de esquerda aparecem como favoritos.

PL campeão de votos

O PL, partido de Bolsonaro, foi o campeão nas urnas este ano, somando 15,7 milhões de votos,  um  crescimento de 236% em relação à eleição anterior, de 2020, quando somou 4,7 milhões.

O desempenho do PL é o dobro daquele obtido pelo PT. O partido de Lula ficou em 6º lugar, com 8,9 milhões de votos, atrás do PSD (14,5 milhões), que registrou crescimento de 32,5% em relação ao pleito anterior. O PSDB encolheu ainda mais, totalizando apenas 4,7 milhões de votos, redução de  56%  em relação à eleição de 2020.

O PL também elegeu os maiores campeões de voto na disputa por vagas em câmaras  municipais, incluindo Carlos Bolsonaro, no Rio de Janeiro, com seus mais de 130 mil votos, e Jair Renan, o mais votado vereador em Balneário Camboriú.

FONTE: DP https://diariodopoder.com.br/politica/urnas-confirmam-que-o-brasil-e-conservador-pt-elegeu-so-45-dos-prefeitos

J.R. Guzzo

Lula chamou o Brasil para uma briga eleitoral – e perdeu feio

Presidente Lula votou logo pela manhã em São Bernardo do Campo (SP)
Presidente Lula votou logo pela manhã em São Bernardo do Campo (SP)| Foto: Ricardo Stuckert / PR


No início da campanha eleitoral para a disputa das 5.500 prefeituras do Brasil, Lula, o presidente da República, num de seus comícios a portas fechadas para a habitual plateia de camisas vermelhas, proclamou aos gritos: “Essa eleição é entre eu e o Bolsonaro”. Foi Lula, mais uma vez, no papel de Lula. Ele se vê sempre como o centro do universo – não há, na sua cabeça, nenhuma possibilidade de se fazer nada neste país sem a sua presença sagrada.

Depois, diante da continuação de seu fiasco permanente de público – e como faz todas as vezes em que as suas ameaças fracassam – foi sumindo do mapa e abandonando os feridos à própria sorte. Mas não há como esconder a sua derrota. Ele chamou o Brasil para uma briga eleitoral – e perdeu.

Nas 100 maiores cidades brasileiras, as que podem ter segundo turno, o PT e o Psol, seus dois partidos, foram arrasados. É possível que fiquem com menos de 10% de todas as prefeituras das cidades mais populosas do país

Encerrada a apuração de votos, nem os maiores bajuladores oficiais conseguiam esconder que Lula conseguiu sair desta eleição sem obter nenhuma vitória clara. É muito pouco para quem se acha o maior líder popular que já apareceu na história do Brasil. Mas é o retrato mais aproximado da realidade política do momento. Lula não pode sair à rua no país que preside. Sua última tentativa de fazer uma manifestação de massa, em São Paulo, atraiu 1.600 pessoas. As realizações de seus quase dois anos de governo, aos olhos da população, são um triplo zero.

Na véspera da eleição, ele estava falando de sua obsessão antissemita, passeando no México e se metendo em coisas que não têm o mínimo interesse para a maioria dos brasileiros. Seus candidatos, em geral, foram um desastre. Não podia, desse jeito, colher resultado diferente do que colheu.

Nas 100 maiores cidades brasileiras, as que podem ter segundo turno, o PT e o Psol, seus dois partidos, foram arrasados. É possível que fiquem com menos de 10% de todas as prefeituras das cidades mais populosas do país. Em muitos municípios, o PT sequer teve candidato – precisou terceirizar a eleição para aliados e declarar que ganhou com a classificação de outro. O Psol conseguiu perder a única prefeitura de capital que tinha, Belém do Pará – seu prefeito, em vez de se reeleger, não foi nem para o segundo turno. Pior ainda, a direita, que Lula tanto odeia, está em condições de ter o seu melhor momento eleitoral no Brasil.

A maior conquista que Lula e a esquerda conseguiram nessa eleição foi levar seu candidato ao segundo turno em São Paulo, o maior colégio eleitoral do Brasil com 9,3 milhões de eleitores, por um punhado de votos – ficaram por um triz da humilhação de serem rebaixados para a segunda divisão. Lula, que queria disputar as eleições municipais com Bolsonaro, foi reduzido a disputar com Pablo Marçal, um desconhecido que nunca tinha participado de uma eleição. Quase perdeu, e teve de se contentar com a passagem para um segundo turno problemático. Ele vai ter, daqui até eleições gerais de 2026, de arrumar uma “nova missão” para o TSE.

FONTE: GAZETA DO POVO https://www.gazetadopovo.com.br/vozes/jr-guzzo/eleicao-lula-chamou-brasil-briga-eleitoral-perdeu-feio/

Náusea, indiferença e repúdio: as eleições de São Paulo

TV Globo promove último debate em São Paulo.
TV Globo promove último debate em São Paulo.| Foto: Reprodução G1


As eleições municipais de São Paulo prometem deixar uma marca na política brasileira, independente de seu resultado. Não se trata de um julgamento do valor ou do caráter de nenhum dos participantes. Não me proponho a isso. Mas é evidente que o mundo mudou, as pessoas mudaram e a tecnologia avançou de forma assombrosa, enquanto a política brasileira continua na década de 1980 – principalmente a política praticada pelos partidos de esquerda.

Na teoria, a principal característica do sistema democrático é a livre escolha, pelo cidadão, de quem serão seus governantes. Mas, na prática, no Brasil essa escolha é condicionada ao cumprimento de uma lista enorme de leis, regras e regulamentações que circunscrevem, restringem e dificultam a escolha do eleitor.

Troque o discurso de um candidato pelo discurso de outro e ninguém notará a diferença: é o mesmo desfile de sandices, frases feitas e mentiras compradas a peso de ouro dos mesmos marqueteiros

Você não vota na pessoa que você considera a mais preparada para governar a cidade. Na verdade, você faz sua escolha a partir de uma lista de candidatos que foi previamente montada por outras pessoas. Para fazer parte desse cardápio de candidatos, o indivíduo precisa vencer uma série de barreiras: ele precisa se filiar a um partido, precisa ter a sua candidatura aprovada pelos caciques partidários, lutar para conseguir um pedaço das verbas para sua campanha e implorar desesperadamente por alguns segundos da propaganda eleitoral. Ao mesmo tempo, precisa contratar um advogado e um contador para minimizar o risco de descumprir algumas das milhares de regras que regem uma campanha. Esse risco está longe de ser zero. Há vários casos de políticos que vencem eleições, tomam posse e, anos depois, têm seu mandato cassado por ter descumprido alguma regra, muitas vezes um dispositivo obscuro cuja interpretação está sujeita ao humor do momento.

Tudo isso faz com que o cardápio eleitoral oferecido ao eleitor seja, quase sempre, uma repetição dos mesmos nomes. São, em sua maioria, profissionais da política, cuja biografia se resume a flutuar de um cargo público para outro, de um partido para outro, de uma ideia tola para outra, sem qualquer compromisso com nada, a não ser com a satisfação de suas próprias necessidades.

Um exemplo perfeito: há anos o Rio de Janeiro sofre com certo político da esquerda radical. Ele já foi deputado estadual e federal, e hoje está confortavelmente encastelado na presidência de uma estatal federal irrelevante. Na sua trajetória radical ele sempre foi defensor ardoroso da legalização das drogas (chegou até a sugerir que existiria uma “dose segura de crack”) e crítico implacável da polícia e do sistema de justiça criminal (há um vídeo em que ele pergunta “prender para quê?” e afirma que “prisão não serve pra nada”). Não faz muito tempo, ele decidiu se candidatar ao governo do estado. Na época, eu fiz uma previsão: antes que a campanha acabe, ele vai renegar a pauta das drogas, irá à missa e vestirá uma farda da Polícia Militar.

Das três previsões que fiz, errei apenas uma.

A mesma coisa se repete agora nas eleições em São Paulo.

Tratar o eleitor como idiota é a regra, não a exceção. Candidatos nas eleições de São Paulo ou qualquer outra cidade, representam personagens caricatos, que caberiam bem em um programa de humor. Troque o discurso de um candidato pelo discurso de outro e ninguém notará a diferença: é o mesmo desfile de sandices, frases feitas e mentiras compradas a peso de ouro dos mesmos marqueteiros. Compradas com nosso dinheiro.

O eleitor reage a isso com náusea, repúdio e, principalmente, indiferença. Se o voto não fosse obrigatório meu palpite é que menos de 40% dos eleitores se dariam ao trabalho de votar. O impacto disso seria enorme em todos aqueles que ganham muito bem a vida organizando e participando de eleições. Por isso o voto permanece obrigatório e se gasta cada vez mais dinheiro para convencer o eleitor de que o seu voto faz a diferença. O eleitor não tem muita certeza disso.

A única forma de protesto que resta ao eleitor é escolher um candidato – qualquer candidato – que lhe pareça uma alternativa a esse sistema perdulário, debochado e parasita. Isso ocorrerá com frequência cada vez maior, a despeito dos protestos dos iluminados e dos “editores” do Brasil.

FONTE: GAZETA DO POVO https://www.gazetadopovo.com.br/vozes/roberto-motta/nausea-indiferenca-e-repudio-as-eleicoes-de-sao-paulo/

Filha de Fernandinho Beira-Mar se reelege vereadora em Duque de Caxias

Fernanda da Costa assumiu uma cadeira na Câmara Municipal de Duque de Caxias em 2021
Fernanda da Costa assumiu uma cadeira na Câmara Municipal de Duque de Caxias em 2021| Foto: Divulgação/Câmara Municipal de Duque de Caxias (RJ)


A filha do narcotraficante Fernandinho Beira-Mar, a vereadora de Duque de Caxias (RJ), Fernanda Costa (MDB), conseguiu se reeleger para o segundo mandato na Câmara Municipal. Fernanda, como é mais conhecida, obteve 7.355 votos, segundo registro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Ao concorrer ao pleito em 2020, Fernanda ficou na suplência, mas assumiu uma cadeira na Câmara Municipal de Duque de Caxias em 2021, ao substituir o vereador Sandro Lelis, que foi assumir a Secretaria de Serviços Públicos do município.

Fernanda declarou à Justiça um patrimônio de R$ 100 mil e recebeu do Fundo Partidário o valor de R$ 200 mil para a campanha deste ano.Veja Também:

Fernanda já foi condenada por ligação com o CV

No ano passado, Fernanda foi condenada a 4 anos e 10 meses de prisão pelo crime de organização criminosa.

A vereadora, que também é dentista, é acusada de repassar mensagens do seu pai para integrantes da facção Comando Vermelho (CV). Fernanda recorreu da decisão e responde em liberdade.

Atualmente, o pai de Fernanda cumpre pena de 320 anos de prisão no presídio federal em Catanduvas (PR). Beira-Mar é considerado um dos líderes do CV.

Também no ano passado, Fernanda foi uma das agraciadas com o “Prêmio Responsabilidade Social 2023” concedido pela Associação Grupo Para Todos (AGPT) durante cerimônia realizada na Câmara de Vereadores.

FONTE: GAZETA DO POVO https://www.gazetadopovo.com.br/eleicoes/2024/filha-de-fernandinho-beira-mar-se-reelege-vereadora-em-duque-de-caxias/

Oposição arma ofensiva contra gastança de Lula

Janja e o presidente Lula ao embarcarem no Airbus para um dos seus tours, mundo afora – Foto: Ricardo Stuckert/PR.Cláudio Humberto

De volta ao Brasil após mais de uma semana roletando no exterior, Lula terá dor de cabeça no Congresso com a colossal comitiva que levou a tiracolo, 100 membros. Se multiplicam ações na Câmara, no Senado e TCU cobrando a Casa Civil, o Itamaraty e a Secom pela gastança. No Senado, a chance de dar algo é rala, já que senadores como Soraya Thronicke (Pode-MS), Teresa Leitão (PT-PE), Humberto Costa (PT-PE) e Jaques Wagner (PT-BA) colaram em Lula e viajaram por nossa conta.

Assinam os pedidos

Deputados Kim Kataguiri (União-SP), Evair de Melo (PP-ES), Mario Frias (PL-SP), Marcos Pollon (PL-MS) e o senador Eduardo Girão (Novo-CE).

Uma vergonha

“Ter Lula como presidente é uma vergonha nacional, ele demonstra completo desprezo pelo contribuinte”, falou Evair à coluna.

Degradação de valores

Girão avalia a farra como vingança, “É um governo que veio para se esbanjar de forma perdulária. É o fruto da degradação de valores”.

Cadê o respeito?

Pollon questiona se tem limite para a irresponsabilidade do governo. Diz que é “um verdadeiro desrespeito com o dinheiro público”.

FONTE: DP https://diariodopoder.com.br/coluna-claudio-humberto/oposicao-arma-ofensiva-contra-gastanca-de-lula

JHC é reeleito em Maceió com mais de 83% dos votos

Prefeito de Maceió, JHC. (Foto: Reprodução/Instagram/Acervo Pessoal).Mael Vale

João Henrique Caldas, o JHC (PL), foi reeleito no primeiro turno ao cargo de prefeito de Alagoas, capital de Maceió, com 83,23% dos votos válidos neste domingo (6).

O segundo colocado, Rafael Brito (MDB), obteve 12,68% dos votos válidos.

Perfil de João Henrique Caldas

João Henrique Holanda Caldas tem 37 anos, é advogado, especialista em direito digital e compliance, mestrando em gestão pública e empreendedor.

Além de prefeito, JHC já foi eleito para os cargos de deputado federal (2015-2018) e deputado estadual (2011-2014).

João foi reeleito deputado federal para o mandato de 2019 a 2023, mas renunciou ao cargo em 2021 para assumir a prefeitura de Maceió.

Vice do prefeito eleito:

O vice-prefeito eleito na chapa de JHC é Rodrigo Cunha (Pode), que é senador licenciado pelo Estado de Maceió.

FONTE: DP https://diariodopoder.com.br/brasil-e-regioes/alagoas/e01-alagoas/jhc-e-reeleito-em-maceio-com-mais-de-83-dos-votos

PSD de Kassab desbanca MDB e elege mais prefeitos

Gilberto Kassab, fundador e presidente nacional do PSD.Rodrigo Vilela

Em expansão desde que foi criado, em 2011, o PSD de Gilberto Kassab encerra o primeiro turno das eleições como o partido que mais elegeu prefeitos em 2024.

O PSD já garantiu 874 prefeituras. É um avanço em relação a 2000, quando a sigla fez 652 prefeitos. Em 2016, foram 536.

O partido de Kassab ultrapassou o MDB, que ficou na segunda colocação, com 847 prefeitos eleitos este ano. Em 2020, com 783 municípios, o MDB ainda manteve o posto de partido com maior número de prefeitos, apesar da brusca queda em relação a 2016 quando o partido elegeu 1.035 prefeitos.

Em terceiro lugar figura o PP, também em ascensão. Foram 494 partidos em 2016, avançou para 687 em 2020 e, este ano, fez 743 prefeitos.

Em quarto lugar figura o PL, com 510 prefeitos eleitos. O número também subiu em relação a 2020 (343) e 2016 (294). O Republicanos levou 430 prefeituras, também cresceu quando comparado com anos anteriores, 2020 (209) e 2016 (103).

O PSB, que chegou a ter 402 prefeitos em 2016, caiu para 250 em 2020, se recuperou e conseguiu eleger 309 chefes de executivo este ano.

Já o PSDB teve mais um ano de acentuada queda. Em 2016, o partido contava com 785 prefeituras. O número caiu para 515 em 2020. Este ano, outra queda, 269.

O PT ensaia uma recuperação e se aproxima do resultado de 2016, quando elegeu 254 prefeitos. Este ano, são 248 prefeitos petistas. Foram 178 em 2020.

A lista encerra com o PDT, em queda. Eram 331 prefeitos em 2020, caiu para 311 em 2020 e, este ano, a sigla ficou com 148.

FONTE: DP https://diariodopoder.com.br/brasil-e-regioes/xwk-brasil/psd-de-gilberto-kassab-e-o-partido-que-mais-elegeu-prefeitos

LEVI ALBERNAZ – ANÁPOLIS-GO

Muito bom dia para todos os leitores do nosso jornal.

Vejam aí os resultados das eleições de ontem.

Foi de lavada!!!

FONTE: JBF https://luizberto.com/levi-albernaz-anapolis-go-139/

A NATUREZA ESTÁ VOLTANDO!

FONTE: JBF https://luizberto.com/a-natureza-esta-voltando/

Partido de Bolsonaro, PL elegeu mais que o dobro de prefeitos no 1º turno do que o PT, de Lula

Bolsonaro durante motocarreata em Vitória, no Espírito Santo | Foto: Divulgação/PL-ES

O Partido Liberal (PL), do ex- presidente Jair Bolsonaro, ficou em primeiro lugar em votos para prefeito no Brasil. A legenda garantiu a vitória de 510 candidatos no primeiro turno das eleições municipais, neste domingo, 6. Liderado por Valdemar Costa Neto, o PL ficou em quinto lugar entre aqueles que mais elegeram prefeitos em nível nacional. Foram 15,7 milhões de votos, o que representa mais que o dobro do PT, de Luiz Inácio Lula da Silva.

Os Estados com número mais expressivo de vendedores nas urnas pelo PL foram:

  • São Paulo (101);
  • Santa Catarina (89),
  • Paraná (52);
  • e Minas Gerais (50).

No entanto, foi no Rio de Janeiro (22), em Santa Catarina e Maranhão (39) que o partido se destacou ao liderar a disputa entre todos os demais partidos.

FONTE: REVISTA OESTE https://revistaoeste.com/politica/partido-de-bolsonaro-pl-elegeu-mais-que-o-dobro-de-prefeitos-no-1o-turno-do-que-o-pt-de-lula/?utm_source=pushnews&utm_medium=pushnotification&utm_campaign&utm_term#google_vignette

Carlos e Jair Renan, filhos de Bolsonaro, são os mais votados no Rio e em Balneário Camboriú

Carlos e Jair Renan

Os dois filhos do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) que disputaram as eleições municipais deste ano foram eleitos e os mais votados em suas cidades.

Carlos Bolsonaro (PL) foi eleito vereador do Rio de Janeiro (RJ) com 130.480 votos, numero que representa mais que o dobro do segundo colocado: Marcio Ribeiro (PSD), segundo colocado, obteve 56,7 mil votos. Carlos Bolsonaro vai para o sétimo mandato com vereador do Rio.

Já Jair Renan (PL) foi eleito vereador em Balneário Camboriú (SC), com 3.033 votos, o mais votado da cidade O segundo colocado na Câmara da cidade catarinense obteve 2.888 votos. Esta é a primeira vez que Jair Renan é eleito para um cargo público.

FONTE: REVISTA OESTE https://revistaoeste.com/politica/carlos-e-jair-renan-filhos-de-bolsonaro-sao-os-mais-votados-no-rio-e-em-balneario-camboriu/?utm_source=pushnews&utm_medium=pushnotification&utm_campaign&utm_term

Be the first to comment on "Eleições consagram a direita e humilham Lula, PT e a esquerda"

Leave a comment

Your email address will not be published.


*