Para o presidente Lula e sua corte existem dois tipos de bombardeio, de agressão e de morte. É um crime contra a humanidade quando as bombas vêm de Israel e os mortos estão na Faixa de Gaza ou no Líbano. É um desentendimento que tem de ser resolvido com umas cervejas e conversa numa mesa de botequim quando as bombas vêm da Rússia e matam gente na Ucrânia. Israel, de novo segundo a cabeça de Lula, não tem o direito de defender-se contra os ataques que recebe dos terroristas instalados em Gaza e no Líbano. A Ucrânia não tem o direito de pedir a devolução dos 20% de seu território que foram invadidos pelo Exército da Rússia.
Lula, na ausência de qualquer realização coerente de seu governo, perdeu-se numa ideia fixa: imagina-se fazendo “política externa” no papel, que ele deu a si mesmo, de líder do “Sul Global”. Esse “Sul Global” não existe, mesmo porque as suas maiores potências, Rússia e China, estão no Hemisfério Norte – e, de qualquer forma morreriam de rir com a ideia de serem comandadas por Lula. Tudo o que ele conseguiu, após torrar mais de 3 bilhões de reais viajando com Janja ao redor do mundo (só ano de 2023), foi colocar o Brasil entre as nações-bandidas que negam a democracia, os direitos civis e o senso moral.
A Ucrânia está sofrendo a invasão militar de um país estrangeiro, mas Lula quer que ela “negocie” – e não que a Rússia retire as suas tropas do território ocupado. Ou seja: o culpado pela guerra é o país que foi agredido
É essa a única posição em que se sente bem. Na sua última expedição em busca do “Sul Global”, numa viagem para Nova York em que foi capaz de levar uma comitiva oficial com mais de 100 pessoas, meteu mais uma vez o pé na jaca. Na ONU, Lula disse, falando da Ucrânia, que quando “dois não querem negociar” não é possível chegar-se a paz. É a mesma alucinação de sempre. A Ucrânia está sofrendo a invasão militar de um país estrangeiro, mas Lula quer que ela “negocie” – e não que a Rússia retire as suas tropas do território ocupado. Ou seja: o culpado pela guerra é o país que foi agredido.
Sobre a “Palestina”, sua outra obsessão, Lula só conseguiu repetir na ONU os disparates que tem dito desde o ataque terrorista que matou mais de 1.400 civis inocentes em Israel, um ano atrás. Deu, desta vez, um up grade no teor de demência que usa a cada vez que fala no assunto: para exibir de novo sua convicção de que vidas de israelenses valem menos do que vidas “palestinas”, disse que Israel contou de novo o total de vítimas e baixou o número de mortos no ataque terrorista a “139”. Ninguém entendeu nada.
A “política externa” com que Lula envergonha o Brasil e os brasileiros na ONU e em todo lugar, é o resultado de uma soma francamente tóxica. De um lado, há sua ignorância sem limites, e sobretudo pretensiosa – o que o condena a fazer declarações cada vez mais cretinas. De outro, há as instruções que recebe do Itamaraty para fazer seus discursos e anunciar suas posições – e o Itamaraty, hoje, é um dos produtores mais agressivos de ideias estúpidas em operação no Brasil. Estão juntando Lula e o seu ministro particular Celso Amorim, que ainda vive na era do Sputnik, torce pela Rússia em jogo de futebol e continua convencido de que o combate ao “imperialismo americano” é o único dever que importa neste mundo. Esperar o quê?
O resto da majestática parada de Lula na ONU em Nova York (foi acompanhado até pela ministra dos “Povos Indígenas”, que levou seis assessores junto) foi a fossa da Venezuela, cada vez mais longe de qualquer solução. O ditador-parceiro roubou a eleição na cara de todo mundo. Prende, tortura e mata a oposição. Está condenado por todas as democracias sérias do mundo. Mas Lula simplesmente não consegue dissociar-se destes crimes e continua de mãos dadas com o tirano – fica na mesma ladainha da “negociação” etc. etc. etc. A única coisa que conseguiu até agora foi tornar o Brasil cúmplice de mais uma ditadura. No fundo, é aí mesmo que gosta de estar.
FONTE: GAZETA DO POVO https://www.gazetadopovo.com.br/vozes/jr-guzzo/lula-na-onu-insiste-em-colocar-o-brasil-entre-as-nacoes-bandidas/
Avanço das bets sobre os mais pobres pede ação dura e imediata
As plataformas on-line de apostas – especialmente esportivas –, apelidadas “bets”, se tornaram onipresentes no Brasil. Patrocinam torneios, estampam os uniformes de praticamente todos os principais clubes de futebol, dominam os intervalos comerciais nas emissoras de televisão. Mas dados recentes divulgados pelo Banco Central mostram que tão grande quanto sua visibilidade atual é o problema econômico e de saúde pública em que elas se transformaram, e que demanda ação imediata por parte do poder público: uma combinação perversa entre os mecanismos psicológicos do vício e a ilusão do enriquecimento fácil está privando milhões de famílias do básico de que necessitam para viver.
Só em agosto, 5 milhões de beneficiários do Bolsa Família – ou seja, a parcela mais pobre e vulnerável da população – gastaram R$ 3 bilhões com apostas em bets. O valor inclui apenas o dinheiro enviado por meio de Pix, sem contar as remessas por cartão de débito ou crédito. Os R$ 3 bilhões representam um quinto do gasto do governo com o programa de redistribuição de renda no mês passado, e os 5 milhões de beneficiários apostadores também correspondem a cerca de 20% do total de brasileiros atendidos pelo Bolsa Família. “A correlação entre pessoas que recebem Bolsa Família, pessoas de baixa renda, e o aumento das apostas tem sido bastante grande (…) A gente pega o ticket médio, subiu mais de 200%”, afirmou o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, em evento na terça-feira, dia 24. Ele também chamou a atenção para o risco de inadimplência, e uma outra pesquisa aponta para o mesmo problema: cerca de 30% dos brasileiros com conta em banco tomaram empréstimos com a finalidade de apostar nas bets nos últimos 12 meses. Nada menos que dois terços desse grupo são formados por pessoas que ganham de um a três salários mínimos.
São tão numerosas as disfunções existentes e os desvios praticados que nem é necessário ter de aprofundar a reflexão e a argumentação para admitir restrições severas ao funcionamento das bets
É aberrante que brasileiros abaixo da linha da pobreza deixem de comprar itens de primeira necessidade para fazer apostas, desesperados pelo enriquecimento fácil que a publicidade das bets promete. E as sugestões para combater o problema variam muito em gênero e escala. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que só enxerga arrecadação, promete “tratar jogos como se trata cigarro” na eventual regulamentação das bets, mas não abre mão dos bilhões em impostos que as apostas proporcionarão a partir de 2025. O ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Wellington Dias, prometeu apurar o uso de recursos do Bolsa Família em apostas. E a Confederação Nacional do Comércio pediu ao STF que suspenda a “lei das bets”, sancionada em 2023, usando como principal argumento o prejuízo econômico ao setor, já que dinheiro gasto em apostas não vai para o comércio varejista.
A vertente do liberalismo que a Gazeta do Povo defende, o liberalismo perfeccionista, entende que cabe, sim, ao Estado, precisamente para promover a liberdade e autonomia individuais, atuar tanto para prevenir riscos sistêmicos à liberdade quanto para garantir a criação de opções de vida valiosas. Ao aplicarmos este princípio ao caso das bets, percebemos que são tão numerosas as disfunções existentes e os desvios praticados que nem é necessário ter de aprofundar a reflexão e a argumentação para admitir restrições severas ao seu funcionamento.
Verifica-se, de largada, uma desproporção evidente entre os benefícios, praticamente nulos, e os prejuízos da atividade das bets. O dano mais evidente é o próprio vício em jogos, classificado como doença pela Organização Mundial da Saúde, que destrói não só o adicto, mas todo o seu entorno. Dada a magnitude do fenômeno, o dano sistêmico envolve uma transferência gigantesca de riqueza para o exterior e o empobrecimento e perda de vitalidade de parcela significativa da população. Quanto às disfunções, basta mencionar as práticas publicitárias, incompatíveis com a veracidade e a razoabilidade; a irregularidade de modalidades de aposta que caracterizam pura e simplesmente jogos de azar; as práticas de oferecimento de crédito fácil, que aceleram ainda mais a adição impulsiva; a ausência de qualquer trava ou dificuldade que leve uma pessoa a pausar, refletir e, com responsabilidade, desistir de continuar apostando; o acesso quase irrestrito aos jovens; e tudo isso por meio da apropriação de uma atividade bela e envolvente, o esporte. Destaquem-se, ainda, as potenciais atividades criminosas, como lavagem de dinheiro, dificilmente fiscalizáveis no caso das bets. Tudo isso mais que justifica uma ação estatal, e para já.
De imediato, há uma série de medidas que poderiam ser tomadas, e que vão muito além da obrigação de inócuos avisos sobre o perigo do vício: mudar as regras do Bolsa Família para punir o uso desse dinheiro (que é público, recorde-se) em apostas, por constituírem um claro desvio de finalidade do programa; ou restringir drasticamente a publicidade das bets, a exemplo do que ocorre hoje com o cigarro, são ideias que deveriam estar imediatamente na mesa. No entanto, elas só atacam uma pequena parte da enorme lista que acabamos de elencar, e por isso não se pode descartar – pelo contrário, pode ser inclusive aconselhável – uma revogação do status legal de que as bets gozam hoje no Brasil, tornando-as proibidas, assim como ocorre com os cassinos – a cuja legalização a Gazeta se opõe. Ressalte-se, aliás, que, em comparação com os cassinos, as bets oferecem uma facilidade de acesso muito maior, como já lembramos, e nem sequer trazem o eventual fluxo turístico que os defensores dos cassinos prometem.
Não se trata, portanto, de intervencionismo desproporcional ou mero paternalismo. Da mesma forma, é preciso rejeitar o argumento puramente pragmático pelo qual o proibicionismo é inócuo, já que as pessoas continuarão apostando, assim como continuam consumindo drogas – levado ao extremo, ele justificaria a abolição do Código Penal como um todo. Uma vedação legal não se justifica por sua eficácia, mas pelo seu caráter de indicação do rumo que uma sociedade quer tomar. Queremos ser um país de pobres viciados e endividados, em que “a casa sempre ganha” à custa da miséria dos brasileiros? Da resposta a essa questão depende a solução para o dilema que as bets colocaram diante do Brasil.
FONTE: GAZETA DO POVO https://www.gazetadopovo.com.br/opiniao/editoriais/bets-bolsa-familia-restricoes-estado/
Padrão “A Justiça Sou Eu” de Moraes força brasileiros ao exílio
Centenas de brasileiros vivem no exterior como exilados, em fuga da perseguição judicial dos intermináveis inquéritos comandados pelo ministro do STF Alexandre de Moraes. A arbitrariedade ficou escancarada quando os EUA recusaram pedido de extradição, explicando que as críticas consideradas criminosas por Moraes são, na verdade, o exercício legítimo da liberdade de expressão.
Ironicamente, é com viés esquerdista que se revive no país uma releitura do slogan do regime militar que conclamava: “Brasil, ame-o ou deixe-o”. No caso atual, o slogan está mais para “Moraes: ame-me ou…”
FONTE: GAZETA DO POVO https://www.gazetadopovo.com.br/republica/padrao-a-justica-sou-eu-de-moraes-forca-brasileiros-ao-exilio/
Governo estuda proibir uso do cartão Bolsa Família em apostas online
Após dados revelarem que beneficiários do Bolsa Família gastaram R$ 3 bilhões com apostas online em apenas um mês, o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) estuda proibir o cartão do benefício em jogos de Bets. As apostas online têm mobilizado as esferas do poder público na busca por uma regulamentação adequada para essas plataformas, que já movimentam bilhões no país.
“A regulamentação das bets, coordenada pelo Ministério da Fazenda e Casa Civil, deve conter regra com limite zero para o cartão de benefícios sociais para jogos e controle com base no CPF de quem joga”, disse o ministro do Desenvolvimento Social, Wellington Dias, em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo.
“O presidente defende que Bolsa Família é para alimentação e necessidades básicas de cada família beneficiária. [Lula] pediu urgentes providências”, declarou Dias. Nota técnica do Banco Central revelou que contemplados pelo programa apostaram cerca de R$ 3 bilhões em jogos online via Pix em apenas um mês. Ou seja, excluindo ainda pagamentos feitos com uso do cartão de crédito e débito.
Nesta semana, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, declarou que o governo está estudando maneiras de auxiliar pessoas que desenvolveram dependência em plataformas de apostas online. Uma das medidas em análise é a identificação dos apostadores por meio do CPF, visando mapear e monitorar possíveis jogadores compulsivos.
“Você vai impedir a pessoa de apostar com cartão de crédito, você vai ter CPF por CPF de quem está apostando. Tudo sigiloso. Ninguém vai abrir essa conta. Vamos poder ser um sistema de alerta em relação a pessoas que estão já revelando uma certa dependência psicológica do jogo”, disse o ministro durante o evento J. Safra Brazil Conference 2024 nesta quarta (25).
As chamadas “Bets” foram “legalizadas” em 2018, mas a lei determinava que a regulamentação deveria ser feita em dois anos, o que ainda não aconteceu. O governo do presidente Lula tem defendido a regulamentação dessas plataformas com a intenção de conter o endividamento dos mais pobres.
FONTE: GAZETA DO POVO https://www.gazetadopovo.com.br/economia/governo-estuda-proibir-uso-do-cartao-bolsa-familia-em-apostas-online/
Governo quis liberar apostas para cobrar imposto, agora está vendo a tragédia
Um assunto que nunca me preocupou foi aposta. Nunca apostei na minha vida – melhor dizendo, nunca apostei em outras coisas, sempre apostei em mim. Sempre ganhei, e nunca perdi com dinheiro de aposta. Mas vejo que as pessoas mais pobres estão apostando na internet – eu me recuso a dizer o nome em inglês, porque estou no Brasil e o artigo 13 da Constituição diz que a língua daqui é o português. Mas são apostas digitais esportivas.
Estão dizendo que 20% das pessoas que recebem Bolsa Família estão apostando. Um em cada cinco, gastando dinheiro em apostas. Outros estão se endividando para apostar, pedindo dinheiro emprestado. E a maioria é de mais pobres também. Já houve até gente presa, gente de que eu nunca ouvi falar, não conheço e não tenho o menor interesse em conhecer, porque não creio que seja gente interessante.
O ministro Fernando Haddad fala nisso, o presidente Lula fala nisso, que é preciso dar um jeito. Mas ano passado fizeram uma lei no Congresso, que o presidente sancionou, regulamentando esse tipo de aposta digital esportiva, que está movimentando, aparentemente, R$ 20 bilhões por mês. Que maluquice é essa? E a Confederação Nacional do Comércio entrou no Supremo pedindo a suspensão da lei; a ação está com o ministro Luiz Fux. Vocês vão me perguntar: mas a CNC entrou no Supremo por quê? Com base em que artigo da Constituição? Pegaram o artigo 196, aquele que diz que saúde é direito de todos e responsabilidade do Estado, mas também estão dizendo que as apostas desviam dinheiro do comércio – no primeiro semestre foi R$ 1,1 bilhão –, fazendo com que as pessoas consumam menos porque estão apostando mais. Eu lembro de Delfim Netto almoçando comigo; ele me dizia, rindo, que quando tivesse uma diarreia processaria o Estado, porque a Constituição diz que saúde é dever do Estado.
Enfim, é incrível como as pessoas não pensam. Eu digo para as pessoas que jogam, que apostem em si mesmas porque vão ganhar sempre. Preparem-se, melhorem, qualifiquem-se, que vão ganhar mais e poupar o dinheiro da aposta. Mas a pessoa diz que não, que vai apostar e um dia ganha R$ 5 milhões. Pois é, deem uma olhada nesse pessoal que ganhou milhões, a infelicidade que ganharam também, o fim que tiveram, que triste.
Não é só pelo vício: jogo também é contravenção penal
E aproveitem e deem uma olhadinha na Lei de Contravenções Penais; vocês verão que jogo de azar é contravenção penal, e o artigo que fala disso define “jogo de azar” como todo aquele jogo cujo resultado dependa da sorte. Futebol, vôlei, basquete, natação não são jogos de azar porque dependem da qualidade do atleta. Até o turfe depende da velocidade do cavalo. Mas o próprio governo, pela Caixa Econômica Federal, banca jogo de azar. Aí dizem que é diferente, que uma lei que permite porque o dinheiro vai para organizações beneficentes. Mas está contrariando a lei mesmo assim.
Esse é o Brasil. Escrevemos as coisas, escrevemos a Constituição, tem cláusula pétrea, em que ninguém pode mexer. Como assim? Já mexeram muito, já rasgaram tudo. Estamos em 131.º lugar em segurança pública – eu estou aqui em Portugal, que está em 7.º lugar, onde você pode sair à rua a qualquer hora do dia ou da noite, botar o dinheiro na mão e o celular no bolso de trás, e vai ter 0,00001% de possibilidade de ser roubado. Mas o Brasil não está lá atrás só em segurança pública; está mal em segurança jurídica também.
Os exemplos do legado de Paulo Freire não param de chegar
Para encerrar, mais discípulos de Paulo Freire. Eu vejo aqui na agência oficial – ou seja, agência do governo – que “o Parque da Chapada dos Veadeiros foi fechado por conta de incêndios”. O incêndio vai apagar esse fechamento? A gente vai apagar o incêndio? A gente vai apagar o Paulo Freire? Certamente o jornalista quis dizer “por causa de incêndios”. Está muito difícil de ler jornal. Na prefeitura de Goiânia, li um jornal que dizia que “o chefe do Executivo estadual está apoiando tal candidato, mas o ex-presidente da República apoia tal candidato”; a reportagem segue falando dos candidatos, e no fim afirma que “o primeiro apoia Fulano, o segundo apoia Beltrano”. Eu já tinha me perdido, precisava ler tudo de novo para saber quem era o primeiro e quem era o segundo. É isso que estão ensinando nas faculdades? Não ensinam mais que jornalismo tem de ser claro, simples, objetivo?
FONTE: GAZETA DO POVO https://www.gazetadopovo.com.br/vozes/alexandre-garcia/apostas-bolsa-familia/
Efeito Marçal vai impactar nas eleições majoritárias de 2026
O candidato à prefeitura de São Paulo Pablo Marçal (PRTB) é a grande surpresa das eleições municipais no colégio eleitoral mais importante do país e deve movimentar, também, o pleito eleitoral em 2026. De início polarizado entre Ricardo Nunes (MDB) – candidato apoiado por Jair Bolsonaro (PL) – e Guilherme Boulos (Psol) – apoiado por Lula (PT) – o tabuleiro eleitoral foi sacudido por Marçal em São Paulo, principalmente com o voto do eleitorado conservador paulistano.
Especialistas acreditam que, além de influenciar nas eleições de 2024, Marçal impactará nas disputas majoritárias daqui a dois anos, principalmente ao rivalizar com o principal líder da direita, Jair Bolsonaro (PL). “Estamos assistindo a uma eleição para prefeito de São Paulo que, simultaneamente, vai organizar o campo conservador”, diz Leandro Consentino, cientista político e professor do Insper.
“Pablo Marçal tenta se cacifar como representante legítimo do polo mais à direita, inclusive contra Jair Bolsonaro e suas indicações, o que claramente vai se refletir de alguma forma em 2026”, complementa. Já o cientista político Antonio Lavareda utiliza a expressão “primárias de 2026 e de 2028” para definir o que está ocorrendo no campo da direita nessas eleições municipais em São Paulo. “É absolutamente natural que os postulantes à sucessão do ex-presidente Jair Bolsonaro, caso ele se mantenha inelegível, se lancem nessas eleições para testar o mercado para 2026”, afirma.
Pablo Marçal tenta se cacifar como representante legítimo do polo mais à direitaLeandro Consentino, cientista político e professor do Insper
Lavareda relaciona o que está ocorrendo na disputa à prefeitura de São Paulo com o que ocorreu nas eleições presidenciais de 2018, quando Lula estava inelegível e abriu-se uma competição para ver quem poderia sucedê-lo naquelas eleições. “Tivemos a presença de Boulos, de Ciro Gomes (PDT) e de Fernando Haddad, candidato do PT. Ali houve uma disputa para saber quem passaria para o segundo turno como o representante da esquerda”, compara.
Postura de Bolsonaro sobre apoio a Pablo Marçal é estratégia tanto para 2º turno quanto para 2026
Para Consentino, o fato de o ex-presidente Bolsonaro ainda não ter se posicionado de forma veemente em relação a Pablo Marçal, tanto nas críticas quanto nos elogios, é uma estratégia para que ele tenha margem de manobra caso precise de eventuais apoios no segundo turno dessas eleições ou em 2026.
Citando Ulysses Guimarães e o conselho de que “em política você nunca deve estar tão próximo que amanhã não possa ser adversário ou inimigo, e nem tão distante que amanhã você fique em dificuldade por ter que estar próximo”, Consentino afirma que “certamente Bolsonaro vai querer ter algum contato com Marçal caso ele se mostre alguém importante no campo político”.
Nesse sentido, o ex-presidente Jair Bolsonaro deu algumas demonstrações de apreço a Marçal. Antes de a coligação da chapa de Ricardo Nunes aceitar a indicação de Bolsonaro sobre o vice, coronel Ricardo Mello Araújo, Bolsonaro deu a medalha de “imbrochável” a Pablo Marçal. Posteriormente, fez elogios a ele em entrevista a uma emissora de rádio.
O analista político Aryell Calmon, coordenador de estados e municípios da BMJ Consultores Associados, faz a mesma análise e afirma que “quando Bolsonaro adota uma postura mais comedida, ele ganha tempo para avaliar qual é a garupa de moto capaz de levá-lo mais adiante”. Na visão de Leandro Consentino, nomes fortes politicamente na esfera paulista estão mais incomodados com o crescimento de Pablo Marçal que o próprio ex-presidente Jair Bolsonaro, pois eles teriam mais a perder localmente que no âmbito federal.
Este seria o caso do próprio candidato à reeleição, Ricardo Nunes; do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos); e, ainda, do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL), todos críticos contumazes ao candidato do PRTB. “Marçal sai dessa eleição maior do que entrou e claramente pode atrapalhar alguns planos na sucessão estadual de Tarcísio, que quer alguém de sua confiança, caso ele se candidate à presidência em 2026. Além disso, Eduardo Bolsonaro está de olho em uma das vagas ao Senado e Marçal pode cobiçar uma delas”, afirma Consentino.
Marçal sai vitorioso independentemente do resultado da eleição, diz analista
Aryell Calmon afirma ainda que “Marçal já sai vitorioso desse pleito independentemente do resultado das eleições”, uma vez que “ele já tinha experiência de marketing digital e ganhou um protagonismo muito bom nas redes socais para além do seu público”.
“Ele passa a ser mais conhecido e isso representa uma possibilidade de sucesso eleitoral em 2026, não apenas para o cargo de presidente, mas também de deputado federal ou de senador”, diz ele. Mesmo repercussões como a que ocorreu no debate promovido pelo Grupo Flow na segunda-feira (23), em que Marçal, faltando 10 segundos para o encerramento do debate, infringiu as regras e foi expulso, seriam estrategicamente pensadas e positivas para o candidato do PRTB.
“Embora no último debate Marçal tenha dito que mudaria um pouco de postura, aparentemente esse comportamento é que traz resultados mais benefícios para ele. No entendimento da campanha, isso resulta em engajamento e, portanto, traz benefícios para a visibilidade dele”, complementa Aryell.
Espetacularização da política tem vida curta, diz consultor político
O consultor político Gaudêncio Torquato, por sua vez, é cético a respeito da sustentabilidade da projeção de Pablo Marçal. “Acho muito difícil ele tomar o lugar de Jair Bolsonaro na direita, pois é uma pessoa sem credibilidade, que não passa confiança e é capaz de pular de um hemisfério a outro sem convicção nenhuma”, diz.
Para ele, o eleitor começa a desconfiar do candidato do PRTB. “Marçal tem vida curta na política, ele é um empresário bem sucedido e preparado para engordar o bolso, mas não para permanecer no futuro. Ele deu uma mexida no cenário eleitoral, mas quando o eleitor começa a perceber os dribles que ele está fazendo para aparecer, começa a desconfiar da espetacularização da política em que, quanto mais barulho, mais mídia ele tem”, afirma Torquato.
O eleitor começa a desconfiar da espetacularização da política em que, quanto mais barulho, mais mídia se tem.Gaudêncio Torquato, consultor político
Ainda que só o tempo e o resultado das urnas seja capaz de comprovar a medida dessa nova força política chamada Pablo Marçal, uma coisa é fato: ele já se mostrou capaz de atrair parte da base conservadora e provou que Jair Bolsonaro é uma liderança menos resiliente que o seu opositor da esquerda, Luiz Inácio Lula da Silva.
“Pablo Marçal mostrou que a imagem do Bolsonaro não é tão forte quanto, por exemplo, a imagem de Lula”, diz Aryell. “Ele conseguiu capturar as ideias do bolsonarismo sem Bolsonaro e isso é preocupante para o clã bolsonarista, porque significa que qualquer outro nome com as mesmas ideias pode crescer sem estar necessariamente vinculado ao Bolsonaro”, complementa.
FONTE: GAZETA DO POVO https://www.gazetadopovo.com.br/eleicoes/2024/sao-paulo-sp/candidatura-pablo-marcal-ensaio-direita-eleicoes-2026/
Apostadores compulsivos
Em O Jogador, Dostoiévski relata por meio de uma personagem o seu próprio vício diante de uma mesa de aposta. Para algumas pessoas, aposta se torna realmente algo incontrolável e leva ao endividamento irresponsável e pode acabar destruindo a vida. Diante dessa triste realidade, muita gente defende simplesmente a proibição ou a regulamentação pesada do estado tutelar. Mas deve o vício de alguns tolher o uso de muitos?
Esse debate está na ordem do dia e basta abrir os jornais para ver. A esquerda petista lutou para aprovar as casas de apostas e agora parece arrependida. Influenciadores que ganharam rios de dinheiro fazem agora campanha contra, como o imitador de focas. É arrependimento sincero ou há algo mais por trás dessa campanha coordenada? Não sei dizer, mas eis as manchetes em destaque apenas na Folha e no O Globo de hoje:
Base de Lula, que aprovou projeto das bets, diz agora que foi ‘como abrir as portas do inferno’
O que pensa a Folha: Apostas sem controle avançam entre os mais vulneráveis
Veja as diferenças de regulamentação do setor de Brasil, Estados Unidos e Europa
Deputado quer tirar benefício de quem gasta dinheiro recebido pelo Bolsa Família com bets
Sites levam 10 vezes mais dinheiro que loterias da Caixa
Editorial O Globo: É preciso antecipar monitoramento e fiscalização das bets
O que o governo planeja para reduzir o endividamento com bets e jogos on-line?
Isso tudo, repito, apenas hoje. Ou as bets viraram mesmo um dos maiores problemas do país, ou tem algum caroço nesse angu. Mas vamos admitir que seja uma preocupação sincera com os mais pobres e viciados: a tutela estatal é mesmo a resposta? O liberalismo sempre defendeu a liberdade individual com a devida responsabilidade. Apenas pessoas responsáveis podem ser livres, afinal de contas.
Se tem muita gente usando o Bolsa Família para jogos, isso diz mais sobre falhas do programa de governo do que qualquer coisa. E a crença de que basta o governo proibir ou regulamentar para curar o mal é ingênua e boba: ou o brasileiro não aposta no jogo do bicho há décadas?
Alguns seguidores meus alegam que conservador defender casa de apostas é incoerência, mas onde foi que o conservadorismo partiu para a tutela estatal contra a liberdade responsável dos indivíduos? No mais, é perfeitamente possível condenar algo moralmente, mas não defender leis que proíbam a coisa em si. Tem muito comportamento que julgo indecente ou imoral, mas nem por isso quero a turma do Lula controlando a vida privada do cidadão…
Entendo que o tema seja delicado e que muita gente está genuinamente preocupada com os mais pobres. Discordo, porém, da solução autoritária pregada por quem se diz liberal ou conservador. Numa das reportagens da Folha, consta esse trecho sobre a realidade americana: “Nos Estados Unidos, o mercado paralelo é praticamente inexistente, porque existem ações firmes contra a ilegalidade e, ao mesmo tempo, existe uma flexibilidade que favorece o operador que quer realmente trabalhar de forma correta”, diz o diretor de comunicação da ANJL (Associação Nacional de Jogos e Loterias), Leonardo Benites.
Esse me parece o melhor caminho. O da liberdade com império das leis. O argumento de que há lavagem de dinheiro não é dos melhores, pois há também no mercado financeiro, nas moedas cripto e nas artes, em especial a moderna onde “vale tudo” (há quem pague milhões por uma banana com um adesivo). Nem por isso vamos defender o Estado cuidando de ou proibindo tais atividades.
Há muito mais o que pode ser dito sobre o assunto, mas quero aqui apenas sugerir uma reflexão aos que logo clamam por autoritarismo estatal diante de qualquer problema social. No mais, existe uma grande parcela do povo viciada em uma aposta recorrente fadada ao fracasso: votar no PT. O resultado é sempre mais miséria e escravidão, mas lá vai o apostador viciado novamente fazer sua “fezinha” para ver se dessa vez chove picanha.
O melhor antídoto para esse problema crônico não é acabar com as eleições, mas sim tentar esclarecer o eleitor. O problema, claro, é que o PT, uma vez no poder, faz de tudo para censurar o debate e calar os mais esclarecidos…
FONTE: GAZETA DO POVO https://www.gazetadopovo.com.br/rodrigo-constantino/apostadores-compulsivos-estado-intervir/
Bolsonaro escancara a relação entre PT e Moraes
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou que o Partido dos Trabalhadores (PT) está “unido” com o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. Ele destacou a importância de conter o avanço da esquerda no país.
“Eu, quando era presidente, tinha pelo menos uma ação contra mim”, disse Bolsonaro.
“Aponte uma ação de alguém do Supremo contra o Lula. Tem exatamente o contrário, sempre favorável. Como o Flávio Dino agora diz que o Lula pode gastar a vontade fora do previsto no Orçamento para combater a queimada.”
Bolsonaro também ironizou as declarações do atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva, dizendo que ele estaria tentando culpar o pastor Silas Malafaia por incitar violência no país.
“Ele quer dizer agora que quem tocou fogo no Brasil foi o Malafaia, porque na Paulista ele disse: ‘Vamos incendiar o Brasil’ e ‘Vamos tacar fogo no Brasil’”, comentou Bolsonaro, afirmando que se tratava apenas de uma figura de linguagem. “Uma acusação barata dessas? Acusando bolsonarista para tudo? Nós somos perseguidos o tempo todo.”
Bolsonaro voltou a criticar o ministro Alexandre de Moraes, acusando-o de praticar censura e de ter prazer em prender pessoas. Segundo o ex-presidente, o país vive sob uma repressão constante vinda do magistrado.
“Não podemos viver com tanta censura no Brasil”, afirmou. “Com a censura de uma pessoa que censura e depois fica ameaçando: ‘Vou te prender’. O prazer dele é prender.”
O ex-presidente também considerou a decisão de manter a suspensão da rede social X (antigo Twitter) no Brasil uma forma de censura, destacando que a medida afeta não apenas os cidadãos, mas também a economia do país.
“Estamos sendo vítimas de chacota fora do Brasil”, afirmou.
Por fim, Bolsonaro criticou as prisões e condenações relacionadas aos atos de 8 de janeiro de 2023, mencionando o impacto sobre “muitos idosos, mães com filhos pequenos, que chamo de ‘órfãos de pais vivos’”, que seguem detidos.
Brasileiros de direita são o dobro de esquerdistas, aponta pesquisa do Senado
A preferência política dos eleitores brasileiros pela direita prevalece, independente da renda familiar, escolaridade, raça, gênero e Estado ou região onde vive. De acordo com o Panorama Político 2024, maior pesquisa do DataSenado em parceria com a Nexus, da FSB Holding, divulgada nesta quinta-feira (26), 29% dos entrevistados se identificam com a direita, o dobro daqueles que se denominam de esquerda (15%), enquanto 11% se consideram de centro. Os três grupos somam 55%.
Veja os números da pesquisa:
Evangélicos: 35 a 8%
Entre evangélicos, 35% se dizem de direita, 9% centro e 8% esquerda. Entre católicos, 28% de direita, 15% de esquerda e 10% de centro.
Pista para favoritismo
Os números são tão contundentes que podem explicar o favoritismo dos candidatos conservadores nas próximas eleições municipais.
Mostra expressiva
A pesquisa entrevistou 21.808 eleitores nas 27 unidades da Federação. Do total, 40% alegam não ter posição e 6% não sabem ou silenciaram.
Confiança elevada
O nível de confiança do levantamento é de 95% e a margem de erro média é bastante reduzida: 1,22 ponto porcentual.
Ricardo Nunes abre vantagem de 7,5 pontos sobre Marçal
O Paraná Pesquisas divulgou nesta sexta-feira (27) mais um levantamento sobre a intenção de voto para a Prefeitura de São Paulo.
Este é o quarto levantamento do instituto neste mês e mostra o atual prefeito Ricardo Nunes (MDB), candidato à reeleição, em linha crescente (veja tabela abaixo).
Nunes está numericamente na liderança e tecnicamente empatado com Guilherme Boulos (Psol).
Veja os números no cenário estimulado, quando o eleitor escolhe entre os nomes apresentados pelo pesquisador. A margem de erro da pesquisa é de 2,6 pontos percentuais.
No cenário espontâneo, quando o eleitor escolhe livremente um candidato, Nunes também lidera, mas há um empate técnico. Veja o cenário:
Sobre a pesquisa
O Paraná Pesquisas ouviu, de forma presencial, 1500 eleitores entre 23 e 26 de setembro. O grau de confiança do levantamento é de 95%. A pesquisa está registrada na Justiça Eleitoral sob número SP-09331/2024.
Agora, extremista admite ditadura na Venezuela
O candidato da extrema-esquerda à prefeitura de São Paulo, Guilherme Boulos (Psol), mudou o discurso e reconheceu que a Venezuela vive sob um regime ditatorial, durante entrevista à TV Globo nesta quinta-feira (26): “lógico, é um regime ditatorial”.
“Um regime que persegue opositor, um regime que faz eleição sem transparência, pra mim, não é democrático e ponto”, disse o candidato do Psol.
Boulos aproveitou para alfinetar Nunes e disse que, gostaria que os brasileiros cuidassem da democracia brasileira tanto quanto cuidam da do país vizinho, “quando o Bolsonaro ficou ameaçando a urna eletrônica, tentou dar golpe no dia 8 de janeiro, o Ricardo Nunes disse que foi só uma manifestaçãozinha, que não foi golpe”, afirmou o deputado federal.
Ricardo Nunes (MDB) disse durante sabatina UOL/Folha que os manifestante presentes no 8 de janeiro de 2023 não tinham a intenção de aplicar um golpe, “muito distante de a gente poder dizer que aquelas pessoas tinham uma intenção de dar um golpe de Estado”.
A atitude de Boulos se diferencia em muito da do presidente brasileiro Lula (PT), que durante a sua fala na 79ª sessão da Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) resolveu não falar sobre a Venezuela.
STF tem ‘excesso de protagonismo’, avalia criminalista
Apontado como favorito em eventual disputa pela presidência da OAB do Distrito Federal, o advogado Cléber Lopes, um dos mais admirados criminalistas da cidade, vê o Supremo Tribunal Federal com problema de “excesso de protagonismo”. Em entrevista ao podcast Diário do Poder, afirmou que ministros do STF deveriam evitar comentários políticos e se manifestar apenas nos autos. “Eu ousaria dizer que o grande problema do STF é a TV Justiça”, afirmou, referindo-se aos julgamentos ao vivo. As informações são do jornalista Cláudio Humberto, do Diário do Poder.
Cléber acha que sessões do STF ao vivo, na TV, “expõem e coloca os ministros numa posição de vulnerabilidade” diante da opinião pública.
Ele também critica recomendações de que ministros devem obediência à opinião pública. “Tenho dificuldades de conviver com isso”, lamentou.
“Se voltarmos na História, o povo mandou soltar Barrabás e crucificar Jesus”, ponderou Cleber, para quem respeitar a Lei é o que importa.
AGRURAS DA LATA D’ÁGUA
FONTE: JBF https://luizberto.com/agruras-da-lata-dagua-2/
PODERÃO SER SOLTOS
FONTE: JBF https://luizberto.com/poderao-ser-soltos/
Estadão: Lula imagina ver o mundo ao olhar para o próprio umbigo
Quando olha para seu umbigo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) imagina ver o mundo.
Em editorial publicado nesta sexta- feira, 27, o jornal O Estado de S. Paulo afirma que a passagem do demiurgo pela Assembleia -Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) foi um retrato penoso de sua decadência.
“No plano ideológico, tudo é reduzido a uma grande conspiração dos ‘ricos’ contra os ‘pobres”, afirma a publicação. “No plano pragmático, tudo se passa como se os conflitos globais pudessem ser solucionados em conversas de botequim.”
Para o jornal, naquilo que tem de genuíno, o sonho de Lula, ainda que limitado por seu enquadramento progressista, seria pertinente e até factível, em certa medida.
Basicamente, é a ideia de o Brasil protagonizar alguma liderança numa coalizão do chamado Sul Global para obter concessões dos países desenvolvidos.
Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, durante a Abertura do Debate Geral da 79″ Sessão da Assembleia Geral da ONU | Foto: Ricardo Stuckert/PR
Do ponto de vista estrutural, o Brasil é uma potência pacífica na região latino-americana, um grande exportador de alimentos, guardião de minerais e biomas críticos.
Do ponto de vista conjuntural, Lula tem (ou ao menos teve) carisma, e sua vitória sobre Jair Bolsonaro (PL) foi vista com bons olhos pelas lideranças democráticas, a começar pelo presidente norte-americano Joe Biden.
Além disso, para o Estadão, a conjunção do G20, em 2024, e da COP-30, em 2025, ofereceria condições para o Brasil se projetar, erguer pontes e promover negociações.
FONTE: REVISTA OESTE https://revistaoeste.com/imprensa/estadao-lula-imagina-ver-o-mundo-ao-olhar-para-o-proprio-umbigo/?utm_source=pushnews&utm_medium=pushnotification&utm_campaign&utm_term
Governo Lula quer proibir uso do Bolsa Família para apostas
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) manifestou indignação em Nova York depois de tomar conhecimento do impacto das bets nas contas da população mais pobres e alta de endividamento. Ele cobrou medidas urgentes de seu governo para reverter esse cenário.
O ministro do Desenvolvimento Social, Wellington Dias, disse ao jornal Folha de S.Paulo que Lula solicitou “providências urgentes” sobre o tema. A pasta é responsável pelo programa Bolsa Família.
“O presidente defende que Bolsa Família é para alimentação e necessidades básicas de cada família beneficiária”, disse Dias à Folha. “Pediu urgentes providências.”
O cartão do Bolsa Família, que pode ser usado para compras no débito e outras movimentações, como saque do benefício, deve ser vetado para as bets.
“A regulamentação das bets, coordenada pelo Ministério da Fazenda e Casa Civil, deve conter regra com limite zero para o cartão de benefícios sociais para jogos e controle com base no CPF de quem joga”, acrescentou o ministro.
FONTE: REVISTA OESTE https://revistaoeste.com/economia/governo-lula-quer-proibir-uso-do-bolsa-familia-para-apostas/?utm_source=pushnews&utm_medium=pushnotification&utm_campaign&utm_term
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