Ex-ministro critica “intervencionismo” do STF e diz que 8/1 não foi golpe

O ex-ministro e ex-presidente do STF, Nelson Jobim| Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

Ao citar os desdobramentos do polêmico Inquérito das Milícias Digitais capitaneado pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre Moraes, o ex-presidente da Corte, o ex-ministro Nelson Jobim, criticou o aumento do “intervencionismo” do STF e disse que os atos do dia 8 de janeiro foram “catarse de frustração” e não “golpe”, como tem sido tratado pelo Supremo.

“Começou a haver uma coisa curiosa, um intervencionismo maior. Observem bem esse inquérito [das Milícias Digitais] que está com o ministro Alexandre de Moraes, não termina nunca e cada vez mais expandiu o objetivo”, afirmou Jobim durante entrevista concedida à CNN Brasil neste domingo (11).

“Esse inquérito foi criado pelo [Dias] Toffoli para responder às investigações de pessoas que estavam falando mal do Supremo”, continuou.

Ao falar sobre os desdobramentos do inquérito, o ex-ministro também criticou a condução das investigações contra manifestantes acusados de “tentativa de golpe” com os atos de 8 de janeiro.

“Aquelas pessoas todas ficaram um tempo enorme na frente dos quartéis, acampados, aquela coisa toda, pretendendo que os militares interviessem para o governo. Ou seja, dessem um golpe. [As pessoas] pretendiam uma intervenção militar no processo político […] e não conseguiram”, disse Jobim.

“Eu enxergo aquela manifestação da rua, que é tratada como golpe, como uma espécie de catarse da frustração que tiveram de não obter a intervenção militar”, completou Nelson Jobim.

Segundo o ex-ministro, acusações de “golpe”, “terrorismo” ou abolição do Estado Democrático de Direito não se enquadram nas condutas dos manifestantes.

“Foi problema de destruição de patrimônio público, teve várias coisas. Você lembra que aqui em São Paulo, quando invadiram o palácio do governo, acho que do [Geraldo] Alckmin, ninguém falou em atentado ao Estado Democrático de Direito”, lembrou Nelson Jobim.

FONTE: GAZETA DO POVO https://www.gazetadopovo.com.br/vida-e-cidadania/ex-ministro-critica-intervencionismo-do-stf-e-diz-que-8-1-nao-foi-golpe/

Crescente tensão no Oriente Médio faz com que EUA decidam enviar reforços para proteger Israel

Crescente tensão no Oriente Médio faz com que EUA decidam enviar reforços para proteger Israel
O secretário de Defesa dos EUA, Lloyd Austin (à esquerda), e o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken (à direita), durante uma coletiva de imprensa no Japão em julho| Foto: EFE/EPA/DAVID MAREUIL/POOL


O Pentágono anunciou neste domingo (11) que os Estados Unidos decidiram enviar um submarino de mísseis guiados para o Oriente Médio como parte de um reforço militar em resposta à crescente tensão entre Irã e Israel.

O secretário de Defesa dos EUA, Lloyd Austin, determinou o envio do submarino USS Georgia para a região e reafirmou o compromisso do governo de Joe Biden em proteger seu aliado israelense.

Austin também ordenou que o grupo de ataque do porta-aviões USS Abraham Lincoln, que inclui caças F-35C, acelerasse seu deslocamento para a área, juntando-se ao porta-aviões USS Theodore Roosevelt que já está na região. O porta-aviões Lincoln deve chegar ao local até o final deste mês.

A decisão de enviar tais reforços vem em um momento crítico, após a escalada de hostilidades entre Israel, Irã e o grupo terrorista libanês Hezbollah. As tensões envolvendo as três partes aumentaram significativamente após o ataque ocorrido no último dia 31 de julho, em Teerã, que resultou na morte de Ismail Haniyeh, líder do grupo terrorista Hamas, e um bombardeio israelense que eliminou Fuad Shukr, um alto comandante do Hezbollah, em Beirute. Por causa desses movimentos, a expectativa é de que tanto o Irã quanto o Hezbollah realizem represálias contra Israel.

FONTE: GAZETA DO POVO https://www.gazetadopovo.com.br/mundo/crescente-tensao-no-oriente-medio-faz-com-que-eua-decidam-enviar-reforcos-para-proteger-israel/

EUA estão negociando anistia para Maduro deixar o poder, diz Wall Street Journal

O ditador da Venezuela Nicolás Maduro
O ditador da Venezuela Nicolás Maduro| Foto: EFE/Ronald Peña R.


Uma reportagem publicada pelo jornal americano Wall Street Journal neste domingo (11) afirma que os EUA estão buscando “uma maneira improvável de pressionar” Nicolás Maduro a deixar o poder na Venezuela, em troca de anistia. Fontes do governo Biden ouvidas pela publicação disseram que o país discute perdoar Maduro e os principais homens de seu regime que enfrentam indiciamentos no Departamento de Justiça americano.

O país estaria colocando “tudo na mesa” para persuadir Maduro a sair, admitindo inclusive não impor resistência à extradição das principais figuras do regime venezuelano. Em 2020, os EUA ofereceram uma recompensa de US$ 15 milhões por informações que levassem à prisão de Maduro. 

Ainda de acordo com a publicação, fontes próximas a Maduro disseram que ele já havia recusado uma oferta de anistia dos EUA no ano passado, “durante negociações secretas em Doha”. Segundo o Wall Street Journal, uma pessoa próxima ao regime garantiu que a posição do ditador ainda é a mesma sobre o assunto. 

Em entrevista coletiva na sexta-feira (9), Maduro alertou para que “não mexam nos assuntos internos da Venezuela, é tudo o que peço”.

FONTE: GAZETA DO POVO https://www.gazetadopovo.com.br/mundo/eua-estao-negociando-anistia-para-maduro-deixar-o-poder-diz-wall-street-journal/

Alexandre Garcia

Quanta vergonha o Brasil ainda terá de passar com apoio de Lula a Maduro?

Lula e o ditador venezuelano, Nicolás Maduro.
Lula e o ditador venezuelano, Nicolás Maduro.| Foto: André Coelho/EFE


Eu vejo nesses debates das eleições municipais que muitos deputados e senadores são candidatos a prefeito. Será certo isso? É legal, mas será legítimo na relação entre o eleitor e seu representante? Será ético por parte do mandatário em relação ao seu mandante? Ou seja, se você elegeu um deputado federal ou estadual para representá-lo no Legislativo, será justo que ele o abandone e não seja mais seu representante porque quer ser prefeito de um município, que talvez nem seja o seu?

Será justo que o senador que você elegeu para representar o seu estado por oito anos lá pelas tantas resolva abandonar você e os milhares que o elegeram para ser prefeito de algum lugar, de uma capital, por exemplo? Será justo? Será ético? Será que a moral dele e o caráter dele permitem isso? Que ele o traia? Você foi consultado por ele, já que você é o mandante? Não foi. Foi você que deu o mandato para ele. Ele o consultou ou ele o está traindo? Motivo pelo qual não merece nunca mais o seu voto.

Só para a gente pensar a respeito. A respeito de democracia e sobretudo a representatividade popular, o valor do eleitor. Você, eleitor, é mais importante do que o seu deputado e o seu senador. Porque você que o elegeu. E você o sustenta com seus impostos. É assim que a democracia funciona.

Fernández e a grave acusação de agressão à esposa

Falando em político, vocês viram que o ex-presidente da Argentina don Alberto Fernández foi acusado de bater na mulher. Inclusive enquanto era presidente. Diz ela que apanhou muito dele. Tanto que ela foi à polícia, à justiça. E Alberto Fernández está proibido de chegar perto dela e proibido de sair do país. Ele ia para Espanha onde ela está, com o filho do casal, mas foi impedido. Ele é do partido peronista. Do partido Justicialista. Lembram dele, né?

Brasil não solta a mão do ditador Maduro

Eu estava vendo o Acordo de Barbados, que foi feito sobre a égide da Noruega, assinado pela oposição, assinado pelo governo, assinado por Nicolás Maduro, assinado por representantes de outros países do continente como testemunhas. Estava lá o embaixador Celso Amorim representando o Brasil, em Barbados, em 17 de outubro do ano passado, garantindo eleições livres, garantindo que a oposição poderia escolher o candidato que quisesse.

No entanto, já tornaram inelegíveis duas “corinas”, a Maria Corina Machado e a Corina Yanis. A Venezuela só permitiu quem o Maduro queria que fosse candidato. Não houve acesso da oposição. Foi uma falcatrua imensa. Quando [os chavistas] viram que estavam perdendo, quando chegou a 80%, pararam tudo. Porque ia ficar evidente demais. Aí criou-se um mistério. Segundo a oposição, eles já estavam com 66% dos votos. Aí fechou tudo. Isso foi em 28 de julho, né? Já completamos semanas e nada das atas. Então está na cara. E o Brasil finge que nem estava lá em Barbados acompanhando isso, finge que não acompanhou as garantias que o governo venezuelano deu. Fica tentando uma permanência de Maduro.

O Wall Street Journal diz que os Estados Unidos ofereceram uma anistia para ele ir embora do governo, dizendo que ele não seria preso. É que tem ordem de prisão para ele.

Pois é, fizeram um acordo, o Brasil participou, mas esqueceu. E agora um dos presos [Leopoldo López], que ficou seis anos detido na ditadura venezuelana, está exilado na Espanha e deu uma entrevista para O Globo dizendo: “Esperamos que Brasil e Lula respeitem sua própria declaração de que a vontade popular seja respeitada”. Cobrando do Brasil, né? Que vergonha. Aqueles 30 ex-presidentes latino-americanos mandaram uma carta para Lula, cobrando dele, porque ele é influente para Maduro. Ele que está mantendo Maduro. Todo mundo sabe disso. O mundo sabe disso. Ele já tentou empurrar Maduro goela abaixo de outros presidentes. Até o esquerdista Gabriel Boric, presidente do Chile, reagiu. Ele achou um absurdo. Não aceita a ditadura venezuelana. Nós aceitamos. Quanta vergonha a gente ainda vai ter que passar?

FONTE: GAZETA DO POVO https://www.gazetadopovo.com.br/vozes/alexandre-garcia/quanta-vergonha-o-brasil-ainda-tera-de-passar-com-apoio-de-lula-a-maduro/

Brasil teve 4º pior salário mínimo da América Latina, em julho

(Foto: José Cruz/Agência Brasil).

Exaltado pelo presidente Lula (PT) como um grande avanço de seu governo, o salário mínimo do Brasil foi o 4º pior da América Latina no mês de julho. O valor de R$ 1.412 do salário mínimo brasileiro, convertido em US$ 257,47, só não é pior que os valores pagos a trabalhadores da República Dominicana, Argentina e Venezuela

De acordo com levantamento da Bloomberg Línea, a Costa Rica é o país com o salário mínimo mais alto entre 17 países latino-americanos, com trabalhadores costarriquenhos recebendo US$ 686,61 mensais, equivalente a 358.609,50 na moeda local, em colóns.

Todos os valores foram convertidos das moedas locais para o dólar dos Estados Unidos. E o Uruguai e o Chile têm os respectivos 2º e 3º maiores salários mínimos da América Latina, com 554,70 dólares para os uruguaios e 540,77 dólares para chilenos.

Veja a tabela divulgada pela Bloomberg Línea:

FONTE: DP https://diariodopoder.com.br/brasil-e-regioes/csa-brasil/brasil-teve-4o-pior-salario-minimo-da-america-latina-em-julho

Condescendência de Lula com ditaduras desmoraliza o Brasil, diz Estadão

Lula é condescendente com ditaduras da Venezuela e Nicarágua | Foto: Feijão Almeida/GOVBA

Além dos esforços de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para contemporizar as atrocidades cometidas por Nicolás Maduro na Venezuela, agora o “companheiro” Daniel Ortega, o ditador nicaraguense, colocou um “grão de sal” à desmoralização do Brasil. É o que afirma o editorial do jornal O Estado de S. Paulo desta segunda-feira, 12.

Ortega expulsou o embaixador brasileiro, em razão de sua ausência numa celebração propagandística da Revolução Sandinista. Lula revidou e ordenou a saída da embaixadora da Nicarágua. “Muito pouco, muito tarde”, diz o Estadão.

Para o jornal, apesar de toda a deferência de Lula a Maduro, о ditador venezuelano trata com desdém os pedidos do companheiro brasileiro de que comprove sua vitória eleitoral. Antes das eleições, Maduro ridicularizou as supostas apreensões de Lula e ainda questionou a idoneidade do sistema eleitoral do Brasil.

“Se fosse só ingratidão pela longa ficha de serviços prestados por Lula às ditaduras de extrema esquerda, esses episódios se prestariam apenas a alimentar um exame de consciência do PT”, afirma a publicação.

“Mas, muito além disso, eles ilustram a completa incapacidade do governo brasileiro de exercer influência numa zona de interesse natural, como a América Latina, em que o Brasil é a maior economia”, acrescenta. “O teste de realidade está dizimando as fantasias de Lula e seu ideólogo Celso Amorim de uma liderança regional supostamente alavancada por seus laços com as lideranças de esquerda.”

Jornais criticam demora em pronunciamento do presidente Lula sobre falas do ditador Nicolás Maduro | Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Poder não está nas mãos de Lula

O Estadão destaca que o recado de ditadores como Maduro e Ortega deixa claro que quem manda são a China e a Rússia, que financiam e armam paises dispostos a enfrentar o Ocidente em geral e os Estados Unidos em particular.

“Na prática, o apoio do Brasil se tornou dispensável para esses tiranos, e se isso deixa Lula aflito, que tome ‘chá de camomila’, conforme receitou o insolente Maduro”, diz o texto.

Lula parece perdido entre as ilusões de que o Brasil poderia liderar o movimento regional do “Sul Global” contra as nações ricas e o “imperialismo estadunidense” e a realidade de que o país é hoje um peão no grande jogo sino-russo na América Latina.

“Os ideólogos petistas presumem que o eixo global de poder está mudando definitivamente e que o Brasil precisa se alinhar aos vencedores, isto é, China e seus satélites”, afirma o Estadão. “E é por isso que o Brasil de Lula, sob o manto do ‘pragmatismo’, tem sido vergonhosamente condescendente com a violência dos companheiros Maduro e Ortega, sem que o país tenha nenhum ganho com isso.”

Assim como os interesses nacionais ditam um posicionamento independente na guerra fria entre China e EUA, o pragmatismo impõe cuidados diplomáticos para defender esses interesses com os donos do poder na Venezuela.

Mas esquerdistas insuspeitos, como o presidente chileno, Gabriel Boric, mostram que é possível exercer esse pragmatismo sem conspurcar valores fundamentais, como a defesa da democracia e da soberania do povo venezuelano e de seus direitos humanos.

Sem o poder das armas ou do dinheiro, o Brasil construiu, desde os tempos do Império, uma sofisticada máquina diplomática para exercer o chamado “soft power” e navegar com equilíbrio entre as rivalidades geopolíticas de grandes potências.

“Que Lula jogue essa tradição no lixo

e sobreponha suas afinidades e

fidelidades aos princípios constitucionais das relações exteriores é deplorável, mas não surpreendente”, diz a publicação. “Esse sempre foi o padrão. O surpreendente é que essas atitudes não entregam sequer as prometidas contrapartidas.”

Ninguém escolhe o Brasil como destino de investimentos em razão do palavrório supostamente humanitário de Lula sobre a guerra na Ucrânia ou em Gaza. E as promessas de liderança regional na América Latina se decompõem a olhos vistos.

“O rei está nu, e os delirios de Lula de encerrar sua carreira como “lider do Sul Global”, quando não um ‘príncipe da paz universal’, são triturados sob a Realpolitik de China e Rússia”, afirma o jornal.

“O choque de realidade seria um problema tão somente para Lula, se o seu anacronismo, seu revanchismo e sua pusilanimidade não estivessem arrastando consigo a reputação e os interesses do Brasil”, conclui o texto.

FONTE: REVISTA OESTE https://revistaoeste.com/imprensa/condescendencia-de-lula-com-ditaduras-desmoraliza-o-brasil/?utm_source=pushnews&utm_medium=pushnotification#google_vignette

A COISA É MAIS FEIA DO QUE PARECE

FONTE: JBF https://luizberto.com/a-coisa-e-mais-feia-do-que-parece/

PERGUNTA RESPONDIDA

https://twitter.com/i/status/1822649597417627897

FONTE: JBF https://luizberto.com/pergunta-respondida-6/

A DEMOCRACIA CANHOTA

Imagem

FONTE: JBF https://luizberto.com/a-democracia-canhota/

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