As palavras “incêndio”, “chama” e “queimada” sumiram dos dicionários, de português ou de qualquer idioma falado nas nações desenvolvidas – essas mesmas que há anos se declaram angustiadas com os incêndios, as chamas e as queimadas no Brasil. Não houve nenhuma reforma mundial nos vocabulários. Também não pararam os incêndios.
O que houve é que Lula se tornou presidente do Brasil em 1º de janeiro de 2023 e, segundo a Consolidação Universal do Pensamento de Esquerda, é impossível que aconteçam incêndios, queimadas, ou qualquer tipo de agressão à natureza num governo Lula. O fogo queima igual ao que sempre queimou, ou muito mais, como ocorre neste momento. Mas como a “destruição do planeta” é atividade privativa da “extrema direita”, o que está acontecendo hoje no Pantanal não é nada.
Como se pode pensar que Lula, e Santa Marina Silva de Calcutá e das Florestas, iriam permitir a queima de um único pedaço de pau no território deste país?
“A Amazônia está em chamas”, exclamou um horrorizado presidente Emmanuel Macron tempos atrás, durante o governo Bolsonaro, usando uma foto de 20 anos para denunciar as queimadas que estariam acontecendo no momento do seu discurso. Macron disse que o Brasil estava “tirando o ar” do resto do mundo e fez menções obscuras à “internacionalização” da Amazônia.
A exemplo do presidente da França, o resto do mundo que se descreve como civilizado passou os quatro anos do governo anterior denunciando a morte iminente da natureza no Brasil. Mas com um ano e meio de governo Lula o que se vê, no mundo dos fatos, é que queimadas e desmatamento estão muito piores do que estavam – só que não existem no noticiário das primeiras páginas, nem entre os especialistas, cientistas, ecologistas e signatários de pesquisas sobre a “mudança climática”. Como se pode pensar que Lula, e Santa Marina Silva de Calcutá e das Florestas, iriam permitir a queima de um único pedaço de pau no território deste país? Não se pode.
Temos, assim, que o Pantanal do Mato Grosso está sofrendo os piores incêndios dos últimos 25 anos, desde que o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais começou a medir a extensão e o volume nas queimadas na região. A mídia fala todos os dias sobre a “mudança climática” e as nebulosas responsabilidades que a “direita” tem nisso.
Choveu? Mudança climática. Fez sol? Mudança climática. Calor demais, frio de mais, enchentes no Rio Grande do Sul, terremoto na Cochinchina – é tudo culpa da “crise climática”. Até a falência da Casa do Pão de Queijo foi posta na conta do clima. Mas quando o Pantanal pega fogo e o poder público federal não faz nada que preste para prevenir e combater as queimadas que já destruíram 5% de toda a vegetação do Pantanal, o que se tem é silêncio elevado ao cubo.
É um retrato em alta definição do descaso lulista diante das realidades ambientais do Brasil o fato de que a ministra do Meio Ambiente, tida como heroína-mor da natureza entre os milionários de Davos e nos cortejos de Lula pela Europa, não julgou necessário se dar ao incômodo de ir ao Pantanal – nem para tirar retrato e fazer propaganda de si própria.
Tempos atrás, ela disse que a culpa pelas queimadas era do “governo Bolsonaro”, que não teria dado recursos ao Ibama etc. E agora, após dezoito meses de governo – onde andam os tais recursos? Marina, como sempre, culpou pelo desastre o judas preferido do governo e da esquerda: o produtor rural. É um escândalo que fale isso. Os criadores de gado do Pantanal, exatamente ao contrário do que a ministra diz, são os únicos que realmente lutam para evitar incêndios na região – até porque têm interesse vital em preservar as suas pastagens.
No mais, Marina acusou o El Niño, La Niña, a “matéria orgânica”, o “ponto fora da curva” e outras peças do seu estoque pessoal de demônios. Esperar o quê? Ela já falou que o mundo está ameaçado de desaparecer por causa dos “nanomísseis” que estão mudando “as regularidades cósmicas” – e depois, para tornar tudo ainda pior, acusou de “desinformação” a publicação das notícias sobre o que tinha falado. Coitado do Pantanal.
FONTE: GAZETA DO POVO https://www.gazetadopovo.com.br/vozes/jr-guzzo/governo-lula-queimadas-muito-piores-que-antes/
“Eu deveria estar morto”, diz Trump em 1ª entrevista após atentado
O ex-presidente dos EUA Donald Trump acredita ter vivido um milagre após o ataque que tentou acabar com a sua vida em um comício no último sábado (13) na Pensilvânia.
“O médico do hospital disse que nunca tinha visto nada parecido, falou que era um milagre”, declarou Trump, com parte da cabeça ainda enfaixada devido aos ferimentos sofridos no atentado, em entrevista ao jornal New York Post.
Um Donald Trump “grato e por vezes desafiador” disse ao jornal que “deveria estar morto”, ao recordar o momento em que o atirador o alvejou no comício da campanha republicana.
O magnata detalhou a “experiência muito surreal” que quase acabou com sua vida durante uma entrevista a bordo de seu avião particular a caminho de Milwaukee, onde começa nesta segunda-feira (15) a Convenção Nacional Republicana que o confirmará como candidato presidencial.
Ex-presidente dos EUA, Donald Trump, foi atingido na orelha em um ataque durante comício na cidade de Butler, na Pensilvânia.| EFE/EPA/David Maxwell
“Eu não deveria estar aqui, deveria estar morto”, afirmou Trump ao repórter do Post.
Trump estava realizando um comício em Butler, Pensilvânia, no sábado, quando foi atingido por uma bala na parte superior da orelha direita. Uma pessoa morreu, duas ficaram feridas e o atirador, que disparou de fora do local, foi morto pela polícia.
O FBI confirmou que o autor do ataque, Thomas Crooks, de 20 anos, agiu sozinho e atirou no ex-presidente do telhado de um prédio e usando um fuzil AR-15 que tinha sido comprado legalmente pelo seu pai.
Crooks, que foi morto por agentes do Serviço Secreto poucos segundos depois de abrir fogo contra Trump, era um eleitor registrado do Partido Republicano.
No entanto, os registros eleitorais mostram que alguém com seu nome e endereço fez em 2021 uma doação de US$ 15 ao Projeto de Participação Progressista, uma organização democrata.
Nikki Haley será oradora na convenção republicana
A ex-embaixadora dos EUA na ONU Nikki Haley, última pré-candidata a desistir nas primárias que definiram o indicado para concorrer à Casa Branca pelo Partido Republicano e que foram vencidas pelo ex-presidente Donald Trump, foi convidada de última hora para a convenção que vai oficializá-lo como candidato presidencial pela legenda.
Haley não foi incluída no programa original, e sua equipe havia confirmado recentemente que ela não estaria presente no evento em Milwaukee, no estado de Wisconsin, mas seu porta-voz, Chaney Denton, disse à imprensa americana neste domingo (14) que ela será uma das oradoras.
A convenção republicana será realizada de segunda a quinta-feira, e o discurso de Haley, de acordo com o jornal Washington Post, está programado para esta terça-feira (16). A agenda ainda não apresenta uma programação detalhada dos oradores.
O anúncio ocorreu um dia depois de Trump ter sido ferido em um atentado durante um comício na pequena cidade de Butler, no estado da Pensilvânia.
FONTE: GAZETA DO POVO https://www.gazetadopovo.com.br/mundo/eu-deveria-estar-morto-diz-trump-em-1a-entrevista-apos-atentado/
Incômodas coincidências nas reações a atentados contra Trump e Bolsonaro
A reforma tributária foi aprovada a toque de caixa na Câmara: muita gente votou sem saber no que estava votando. Está no Senado agora. Queriam que já resolvesse tudo antes das férias legislativas, mas o Senado não topou essa pressa e faz muito bem esperar. Porque afinal o Senado tem a responsabilidade de ser a Câmara revisora.
Ao que consta para os entendidos em assuntos tributários, é um caos. A pretexto de evitar a guerra fiscal, por exemplo, está se tirando a autonomia de municípios e estados, ou seja, está se acabando com a Federação. Vira república unitária na parte fiscal, na parte tributária, fica a União com todo o poder de distribuir o dinheiro.
É prefeito de bandeja na mão, governador de bandeja na mão. Se está dependendo de finanças, depende também politicamente. E aí corta a ideia de ser uma República Federativa e machuca feio, fere gravemente, a democracia.
Risco de ter o maior imposto agregado do planeta
Além disso, a pretexto de diminuir o número de impostos, é para facilitar a cobrança dos impostos. O eufemismo diz o seguinte: aí fica mais fácil de pagar e fica mais fácil de cobrar mais. Mais carga fiscal. É isso que vai acontecer.
Mudam os nomes, estão trocando cinco por três, só que na verdade é seis por meia dúzia. E talvez pior. Talvez não, certamente vai piorar a carga fiscal. Já está se anunciando que do jeito que está, o valor agregado do imposto vai ser o mais alto do planeta Terra, ultrapassando a Hungria, que é a campeã com 27%.
Então é um engodo e é preciso que vocês alertem os seus senadores que estão a serviço dos estados brasileiros. Cada estado tem três senadores representando. Então, quais são os interesses dos estados e dos municípios?
Atentando contra Trump: como no Brasil, vítima é acusada
Eu queria mencionar de novo o caso Trump, que mencionei no meu canal no YouTube, porque há uma lembrança feita pelo ex-procurador-geral dos Estados Unidos, que foi endossada pelo Wall Street Journal. Que diz o seguinte: os democratas têm que parar com essa conversa grosseiramente irresponsável sobre Trump ser uma ameaça existencial à democracia. Ele não é.
É a mesma coisa que no Brasil. Terrível coincidência. É Adélio Bispo aqui com uma faca e lá o Thomas Crooks com um Fuzil AR15. E a coincidência é acusar a vítima do atentado de ser contra a democracia, de ser um perigo para a democracia, de ser fascista, de ser isso, de ser aquilo.
Acusam lá Trump e acusam aqui Bolsonaro. É a mesma coisa. E aí está valendo para cá também o que diz o jornal e o ex-procurador-geral dos Estados Unidos. Parar com essa conversa grosseiramente irresponsável, dizendo que a pessoa é uma ameaça existencial à democracia e não é. É exatamente o contrário.
Como o serviço secreto não viu homem no telhado?
O jornal chega a elogiar a reação de Trump depois do tiro que só não pegou nele porque ele virou a cabeça. Um calibre 5.52, que é igual ao 22 de um Fuzil AR15, que acabou matando um bombeiro que estava atrás, que estava protegendo as duas filhas. Um bombeiro de 50 anos. Feriu gravemente outra pessoa, antes que o atirador de 20 anos fosse abatido pelo serviço secreto. Mas conseguiu rastejar em cima de um telhado com uma visão do palanque livre na frente dele. Como é que o serviço secreto não viu isso?
Hoje em dia é fácil por satélite e mais ainda por drone perceber quais são as visadas de um alvo potencial, de onde se pode atirar diretamente num alvo potencial. O serviço secreto não viu isso. A gente ouviu vários tiros e os tiros finais já eram do serviço secreto, parecia que já sabiam onde o sujeito estava. Tudo muito, muito estranho.
Para encerrar, queria mencionar que nós tivemos aqui também algo que pode ter sido um atentado político. Esse ex-deputado Márcio Camargo, lá de Cotia, que recebeu dez tiros de um assaltante. Um assaltante não dá dez tiros no dono da casa. O assaltante dá um tiro ou dois nos cachorros e foge. Dois assaltantes no quintal da casa esperando que ele abrisse a porta. Muito estranho, ele é coordenador da campanha de Pablo Marçal. Vamos ver a que ponto chega a investigação. Ele recebeu um tiro na perna e precisou de cirurgia.
FONTE: GAZETA DO POVO https://www.gazetadopovo.com.br/vozes/alexandre-garcia/atentados-contra-trump-e-bolsonaro-reacoes-semelhantes-e-infundadas/
Manifestação na Paulista repudia censura e pede impeachment de Moraes
Milhares de pessoas participaram neste domingo na Avenida Paulista, em São Paulo, da manifestação “O povo nas ruas contra a censura”. O ato defendeu a liberdade de expressão, o fim da censura, a anistia aos presos de 8 de janeiro e o impeachment do ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes. Mais cedo, houve manifestação semelhante em Belo Horizonte.
Em depoimento entrecortado por lágrimas, a filha de Clériston Pereira da Cunha, o Clezão, preso nos protestos de 8 de janeiro que morreu na penitenciária da Papuda em novembro de 2023, disse que não desistirá de lutar por justiça à memória do pai. “Meu pai passava mal dentro do presídio, muitos não sabem, mas era taxado como frescura. Meu pai teve três mal súbitos dentro do presídio, a voz dele foi calada. Lutarei até o último suspiro por justiça pelos inocentes do 8 de janeiro e por justiça para o Clezão”, disse Luiza da Cunha.
A família de Clezão acusa o ministro Alexandre de Moraes de prevaricação, maus-tratos, abuso de autoridade e tortura. Mesmo com parecer da Procuradoria-Geral da República favorável à soltura de Clezão, por motivos de saúde, e apesar de reiterados pedidos da defesa, durante meses seguidos o magistrado preferiu não analisar o caso.
Críticas a reformas paradas na Câmara
Dentre políticos com mandato presentes ao protesto na Paulista, o senador Eduardo Girão (NOVO-CE), endossou as críticas ao STF e a Moraes. Ele afirmou que há muitas famílias “destruídas, devastadas, porque o ordenamento jurídico do Brasil não é respeitado pelos ditadores da toga”.
“Eu critico o Senado sempre que possível. Mas a culpa não é só do Senado. A responsabilidade por esse momento trágico do Brasil é da Câmara dos Deputados também”, afirmou Girão, que elencou três importantes leis aprovadas pelos colegas, mas que estão paradas na Câmara: a PEC do fim do foro privilegiado, a PEC antidrogas, e o projeto de lei da prisão em segunda instância.
O organizador do evento, o advogado Marco Antônio Costa, conclamou os manifestantes a não desistirem da corrente de empatia e solidariedade pelos presos de 8 de janeiro e pelos perseguidos políticos, que se refugiam na Argentina e nos Estados Unidos. “O Allan dos Santos está com dificuldade financeira para viver. O Filipe Martins está preso, o Daniel Silveira está preso. É tudo prisão golpista, criminosa. E na verdade quem cometeu e ainda comete todos esses crimes em estado de flagrância é o Alexandre de Moraes”, criticou Costa. “A pauta prioritária, que está no coração de vocês, como no meu, é o fora Moraes”, resumiu.
Ativismo judicial repercute cada vez mais no exterior
Durante a transmissão do evento, a ex-juíza Ludmila Lins Grillo, aposentada compulsoriamente por críticas ao STF, comentou os protestos a partir dos Estados Unidos, onde se exilou. Para ela, um marco das arbitrariedades ocorreu em 2019, quando houve proibição de reportagens que falavam sobre as ligações do ministro Dias Toffoli com a empreiteira Odebrecht.
“Ali a coisa começou a desandar, já considerei que estávamos numa ditadura. Agora o jogo é outro, a gente vai realmente precisar de ajuda internacional, porque de acordo com os mecanismos internos do Brasil, não foi possível. Foi por isso que eu saí do país, para poder continuar falando. Se estivesse no Brasil já estaria presa ou com medida cautelar me proibindo de dar entrevistas”, disse Ludmila.
Dentre representantes internacionais no ato da Paulista, estava o jornalista português Sergio Tavares, que em fevereiro deste ano ficou detido por quatro horas no aeroporto de Guarulhos pela Polícia Federal, quando veio ao Brasil cobrir a manifestação convocada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro. Desde então, segundo Tavares, a repercussão dos abusos judiciais só cresceu, tanto em Portugal, como na sede da União Europeia, em Bruxelas, como em Washington. “Eles tentaram me intimidar no dia 25 de fevereiro, tentaram me assustar, mas não conseguiram, só me deram mais voz”, afirmou.
Novos protestos serão convocados
Os eventos deste domingo, em São Paulo e Belo Horizonte, devem ser os primeiros de uma série a ser convocada em outros municípios do país, com a mesma bandeira de enfrentar o ativismo judicial.
“Os atos de hoje mostraram que o movimento tem resiliência, a gente está obstinado na luta por um Brasil livre do abuso de poder e de autoridade do STF. A pauta principal é o impeachment do Alexandre de Moraes, mas só isso não resolve. Vai abrir um freio de arrumação para as reformas necessárias no STF. Mas, com os instrumentos que o supremo tem hoje, ele vai continuar cometendo abusos. A classe política que tem receio de se manifestar, acho que vai enxergar que a população não tem receio. A mobilização popular existe e ela é quente”, avaliou Marco Antônio Costa.
FONTE: GAZETA DO POVO https://www.gazetadopovo.com.br/republica/manifestacao-na-paulista-repudia-censura-e-pede-impeachment-de-moraes/?ref=principais-manchetes
Maconha e tráfico: decisão do STF redefine segurança na fronteira com o Paraguai
O Supremo Tribunal Federal (STF) ainda não havia decidido pela descriminalização da maconha para uso pessoal em até 40 gramas para diferenciar usuários de traficante e a Polícia Rodoviária Federal (PRF) registrava um recorde histórico de apreensões da droga na região de fronteira com o Paraguai, pelo estado do Paraná.
De janeiro a junho foram 127,4 toneladas apreendidas somente nas estradas paranaenses: média de quase 1,5 tonelada a cada dois dias e aumento de 61,1% em relação ao mesmo período do ano anterior. O volume no primeiro semestre quase equivale a tudo o que foi retirado de circulação em 2022, quando foi registrada a apreensão de 131 toneladas de maconha. O estado tem uma vasta área de fronteira com o Paraguai, principal fornecedor do entorpecente ao Brasil.
O combate a um dos principais crimes transfronteiriços promete piorar com a descriminalização da maconha, impondo novos mecanismos de fiscalização e controle. “Temos uma vulnerabilidade na fronteira e vai aumentar o tráfico internacional. A descriminalização para consumo pessoal incentiva o uso e, consequentemente, aquece o mercado, necessitando de mais produto, que certamente entrará pela fronteira, exigindo mais e novas formas de enfrentamento”, avalia o policial rodoviário federal aposentado Sérgio Leonardo Gomes, que por anos atuou no serviço de inteligência da PRF na região.
Gomes preside o Conselho Municipal de Segurança em Cascavel, cidade distante 125 quilômetros do Paraguai, mas ainda considerada região de fronteira. A quinta maior cidade do Paraná, com quase 350 mil habitantes, tem convivido com problemas crescentes provocados pelo tráfico internacional. E a descriminalização da maconha está atrelada a outro efeito negativo, na avaliação de Gomes: o avanço das facções nas regiões de fronteira e de centros operacionais para o crime.
O município de Cascavel é um entroncamento rodoviário por onde passam – e há registros de apreensões de vulto – de maconha e de outras drogas ilícitas, além de ser o corredor de escoamento do bilionário mercado de cigarros contrabandeados. Cortam a cidade as BRs 163 (que liga o Brasil de Norte a Sul); 277 (que cruza o estado de ponta a ponta, até o porto de Paranaguá, um dos canais para o tráfico internacional de entorpecentes; e 369 (de acesso aos estados São Paulo e Rio de Janeiro, considerados os maiores centros consumidores do Brasil).
“A cidade é um importante entroncamento rodoviário e logístico para o tráfico e isso tem fomentado facções criminosas, tanto é que neste ano vimos os homicídios avançarem de forma preocupante, muitos por disputas de espaço e de poder”, evidenciou o especialista.
Em 2023, Cascavel registrou 26 homicídios, enquanto nos seis primeiros meses deste ano o número já ultrapassou 40 casos. “O tráfico ganha um novo fôlego trazendo mais perigo à fronteira e nisso entram cidades próximas, como Cascavel, maior município da região. Antes de circular pelas rodovias, temos muitos quilômetros de fronteira pelo rio Paraná, difícil de ser fiscalizado e onde há falta de profissionais da segurança”, alertou o policial aposentado.
Narcotráfico domina Lago de Itaipu sem fiscalização da Marinha
O lago de Itaipu, na fronteira com o país vizinho, é frequentado por criminosos que passam dia e noite indo e vindo com barcos e lanchas lotados com produtos ilegais. O destaque fica com o narcotráfico, o tráfico de armas e o contrabando de cigarros. “Nunca entendemos porque a Marinha brasileira não faz a segurança no lago de Itaipu [no rio Paraná]. Sempre fizemos esses questionamentos, pedimos essa fiscalização, mas nunca nos foi explicado pela Marinha que é quem deveria estar ali, cuidando, monitorando, atuando”, criticou Gomes.
Sem a presença efetiva da Marinha no lago, a fiscalização fica por conta dos Núcleos de Polícia Marítima da Polícia Federal (Nepom), Foz do Iguaçu e em Guaíra, ambos no Paraná. Além deles, há monitoramento com o Batalhão da Polícia de Fronteira (BPFron) da Polícia Militar do Paraná, com sede em Marechal Cândido Rondon, outro município beira-lago e rota dos criminosos.
Cultivo da maconha em ascensão para o tráfico no Paraguai
Para quem está na linha de frente no combate ao tráfico internacional, a descriminalização da maconha traz outro agravante: o risco de intensificação no cultivo da droga no país vizinho. Fontes da Polícia Federal (PF) avaliam que, como a descriminalização deve facilitar a venda do entorpecente nos grandes centros brasileiros, a tendência é para aumento na procura entre fornecedores e necessidade de ampliar cultivos.
Investigações da PF e do Ministério Público de São Paulo indicam que nos últimos anos facções brasileiras têm investido em áreas para o plantio da maconha no Paraguai, eliminando assim os atravessadores. Com aquisição de terras na Bolívia e na Colômbia para cultivo da cocaína, o Primeiro Comando da Capital (PCC) também tem comprado áreas para plantar maconha no Paraguai.
Profissionais ligados ao serviço de inteligência da PF na fronteira também alertam para o aumento iminente da entrada de droga no Brasil porque a descriminalização para consumo promete estimular o “tráfico formiguinha”, com tendência de traficantes se aproveitarem da regulamentação para porte mantendo a quantidade de usuário como parâmetro para destinar a droga à venda, amparados como se fossem usuários. O racicínio é de que pode parecer pouco 40 gramas, mas se várias pessoas traficarem sem parar o dia todo esse volume, chega-se a um montante bem expressivo.
Tráfico de maconha e a sobrecarga às forças de segurança na fronteira
O coronel da reserva remunerada da Polícia Militar do Paraná Alex Erno Breunig, vice-presidente da Assofepar (Associação dos Oficiais da PM e dos Bombeiros Militares do Paraná), alertou para a sobrecarga nos serviços de controle e fiscalização. “O tráfico internacional, que é expressivo, vai aumentar. Se as diversas esferas federal e estadual conseguissem fazer uma fiscalização mais intensa nas fronteiras e rodovias, com prisões e apreensões no atacado, de todas as drogas, teríamos menos varejo para surpreender nos centros das cidades. Mas conheço a complexidade das nossas fronteiras e dos desafios enfrentados por quem está na linha de frente”.
Para o especialista, não se trata de falta de vontade das forças de segurança, mas do avanço indiscriminado das facções. “Há trabalho intenso na região da fronteira, mas existem agravamentos. O Brasil não produz maconha, ela virá de algum lugar. O Paraguai é um dos destaques no fornecimento. Vamos ter mais problema na fronteira e os problemas que já são gigantescos ficarão ainda maiores”, destacou.
Breunig avaliou que o impacto é imediato, de fácil análise por quem atua na segurança pública. “Só existe o tráfico porque existe o uso e só existe esse tráfico porque o rendimento vale o risco”.
Para o coronel da reserva da PM, a legislação e o Estado brasileiro concedem benefícios aos criminosos, promovendo uma espécie de estímulo. “E não é só para o tráfico. Temos benefícios que incentivam a criminalidade. Isso acaba fazendo com que o risco criminal seja menor diante de um lucro bastante grande. Para os marginais vale a pena e fica o risco para a polícia e para a sociedade”, afirmou.
Paraná é porta de entrada para o tráfico, reconhece governo federal
O governo federal reconhece a exposição da tríplice fronteira entre Brasil, Paraguai e Argentina, confirmando que a posição geográfica estratégica do Paraná se torna porta de entrada para o tráfico de drogas. “A extensa fronteira do estado com países vizinhos, como Paraguai e Argentina, facilita o escoamento de drogas para o interior do país”, informou.
Para a PRF, o salto significativo nas apreensões neste ano corresponde a um conjunto de medidas estratégicas que passam por capacitação dos profissionais, uso de inteligência policial e cooperação entre órgãos de segurança. “O uso da inteligência policial se tornou uma ferramenta importante no combate ao tráfico de drogas. Por meio da análise de dados, a PRF consegue identificar os principais focos do tráfico e direcionar suas ações de forma mais eficaz, com abordagens com maior assertividade”, descreveu a corporação.
FONTE: GAZETA DDO POVO https://www.gazetadopovo.com.br/parana/maconha-trafico-descriminalizacao-redefine-seguranca-fronteira-paraguai/
Conhecido influencer atropela homem que tinha acabado de se casar, mata e foge no RJ (veja o vídeo)
O influencer Vitor Vieira Belarmino está sendo acusado de ter atropelado e matado um homem na Avenida Lucio Costa, Zona Oeste do Rio de Janeiro, na noite do último sábado (13).
A vítima foi identificada como Fábio Toshiro Kikuta, tinha acabado de se casar.
Uma câmera captou o momento exato do acidente.
De acordo com a polícia, Vitor dirigia uma BMW, quando atingiu a vítima, que estava deixando a festa do próprio casamento por volta das 22h, em um sítio em Guaratiba.
Uma testemunha afirmou que, com o impacto do atropelamento, o corpo de Fabio foi projetado para dentro da BMW. Os ocupantes do veículo teriam parado, deixado o corpo na via pública e, depois, fugido.
Esse testemunho pode complicar ainda mais a vida do atropelador.
A polícia pediu a prisão de Vitor Vieira Belarmino, que foi determinada pela Justiça. O influencer é considerado foragido.
O veículo foi apreendido em um condomínio de luxo da Barra da Tijuca.
Veja o vídeo:
Marca: 28,2% dão ‘nota zero’ para Lula em Natal
Enquanto 39% dos eleitores de Natal (RN) avaliam o governo Lula (PT) como “ruim ou péssimo” e 40,1% acreditam que a administração petista é “ótima ou boa”, segundo levantamento Marca Pesquisas divulgado nesta segunda-feira (15), 28,2% dos eleitores de Natal (RN) dão nota zero para o trabalho do presidente até agora. Outros 17,7% disseram que o terceiro governo do petista é “regular” e 2,7% não souberam avaliar.
Veja a pesquisa completa aqui.
Fátima é ainda pior
A avaliação da governadora Fátima Bezerra (PT) é ainda pior: 50,1% acham o trabalho da petista ruim ou péssimo. Só 4,15% dão “nota 10”.
Corrida em Natal
O ex-prefeito Carlos Eduardo Alves (PDT) é o preferido para assumir a Prefeitura de Natal (RN), em 2025. Segundo o Marca: soma 38,4%.
Coadjuvantes
Carlos Eduardo é seguido pelos deputados Paulinho Freire (União), com 14,9%, Natália Bonavides (PT), 13,7% e Rafael Motta (PSB), 6,2%.
Dados da pesquisa
A pesquisa ouviu 820 eleitores em Natal (RN), entre 28 de junho e 4 de julho e foi registrada na Justiça Eleitoral sob o nº RN-07322/2024
Senado prepara outra punhalada no Orçamento
Sempre mais amigável ao Executivo, o Senado prepara um golpe que deve arrancar mais um naco do Orçamento: parlamentares querem tornar impositivas as emendas de comissão. No último ano, o mesmo plano foi sufocado na Câmara, se tivesse vingado, o governo teria que dispor obrigatoriamente de R$15,2 bilhões para bancar as emendas de comissões da Câmara e do Senado. O movimento, puxado principalmente pela oposição, também tem digitais de partidos da base.
Muy amigos
PP, PSD, Republicanos, União Brasil e PSB, todos com ministérios na Esplanada de Lula, têm digitais na autoria do projeto que garfa a verba.
Até tu?!
Chama atenção a senadora Professora Dorinha Seabra (União-TO) figurar entre os autores, é vice-líder de Lula no Senado.
Na miúda
O projeto foi protocolado no início do mês, numa quinta-feira com pouco movimento no Senado e ainda sob ressaca do recesso de São João.
Poder sem Pudor
Carroças de sempre
Lula está sob pressão para aumentar impostos de importação de carros elétricos, em “proteção à indústria nacional”, mesmo após lançar o Mover e liberar R$19,3 bilhões em incentivos fiscais para esses folgados. Nos anos 1990, a pressão era sobre o presidente Fernando Collor. Tempos depois de liberar importação de automóveis, antes proibida, e criar um programa de incentivo à melhoria de qualidade das “carroças”, ele recebeu representantes das montadoras e a ameaça: fábricas fechariam, a começar pela VW de Taubaté, no mês seguinte, se não fossem criadas cotas, “imediatamente”, para limitar a importação. A reação de Collor causou espanto. Chamou seu porta-voz e orientou, com ironia, como se fosse um “furo” a ser divulgado: “Acompanhe o presidente da Anfavea até os jornalistas, ele anunciará o fechamento da Volks de Taubaté!” O porta-voz entrou no clima: “Claro, grande notícia! Por aqui, por favor”, disse, indicando a saída do gabinete. Enquanto o porta-voz chegava ao elevador do 3º andar do Planalto, os apóstolos da indústria nacional partiam em direção oposta, cantando pneu. Sumiram. A fábrica da VW continua ativa, 34 anos depois.
Sem surpresa
Pegou um total de zero pessoas de surpresa a escolha de Eduardo Braga (MDB-AM) como relator da regulamentação da reforma tributária no Senado. Ele é obediente a Lula e a Rodrigo Pacheco.
Esculhambou geral
Ciro Gomes acha suspeitíssima a compra “de repente, não mais do que de repente” de empresa de energia pelos irmãos Batista, posteriormente favorecida pelo governo Lula: “É muita esculhambação, minha gente”.
Sem açodamento
A oposição está junto com o relator da reforma tributária no Senado, Eduardo Gomes (MDB-AM), quer o texto seguindo trâmite normal, passando pelas comissões, sem o regime de urgência.
Pedala, Haddad
Até o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), sempre tão amável ao governo, tem se irritado com Fernando Haddad (Fazenda). Vive cobrando que o ministro seja mais propositivo e leve soluções.
Frase do dia
“Prometer e não cumprir é pior do que mentir. E o PT faz os dois”
Senador Ciro Nogueira (PP-PI) sobre aumento de impostos e da gasolina na gestão Lula
Alvoroço
Deputado Delegado Ramagem (PL-RJ), ex-diretor da Abin, nega que tenha monitorado autoridades. Diz que os nomes foram retirados de conversas de whatsapp e revelam apenas “impressões pessoais”.
Se a moda pega…
O presidente da Argentina, Javier Milei, anunciou intervenção de 180 dias na equivalente a Anac argentina. Quer a desregulamentação do mercado aéreo e a reestruturação da disfuncional agência.
Redução geral
“Em 2023, houve redução de 60% em investimentos de campanhas contra a dengue. E houve redução de 80% na contratação dos agentes de endemias”, denuncia o ex-ministro da Saúde Marcelo Queiroga.
Foco é outro
Ficou para depois do recesso a análise, na CCJ da Câmara, da PEC que anistia os presos pelo 8 de janeiro. “Estamos agindo estrategicamente”, explicou o relator deputado Rodrigo Valadares (União-SE).
Pensando bem…
…perdão de dívidas como o dos partidos políticos é o novo sonho da classe média.
FONTE: DP https://diariodopoder.com.br/coluna-claudio-humberto/marca-282-dao-nota-zero-para-lula-em-natal
Trump foi alvo de tentativa de assassinato, atesta FBI
Enquanto opositores do ex-presidente republicano dos Estados Unidos tentam forjar teses que minimizam o ataque a tiros de ontem (13) contra a vida de Donald Trump, o FBI não teve dúvidas ao afirmar, neste domingo (14), que o rival do presidente democrata Joe Biden foi alvo de uma tentativa de homicídio. Trump sobreviveu ao ataque com tiros de fuzil AR-15, ao discursar em comício eleitoral e ter sua orelha perfurada por uma das balas.
“O FBI identificou Thomas Matthew Crooks, de 20 anos, de Bethel Park, Pensilvânia, como o sujeito envolvido na tentativa de assassinato do ex-presidente Donald Trump em 13 de julho, em Butler, Pensilvânia. Esta continua sendo uma investigação ativa e contínua, e qualquer pessoa com informações que possam ajudar na investigação é encorajada a enviar fotos ou vídeos on-line em fbi.gov/butler ou ligar para 1-800-CALL-FBI”, disse o comunicado de hoje da principal agência de aplicação da lei nos Estados Unidos.
Ainda ontem, o FBI comunicou que assumiu seu papel institucional na investigação do que ainda era chamado de incidente. E disse que seus agentes especiais do FBI Pittsburgh Field Office responderam imediatamente, para incluir membros da equipe de resposta a crises e técnicos de resposta a evidências.
“Continuaremos a apoiar esta investigação com todos os recursos do FBI, ao lado de nossos parceiros no Serviço Secreto dos EUA e na aplicação da lei estadual e local”, declarou, ainda no sábado.
Senado prepara outra punhalada no Orçamento
Sempre mais amigável ao Executivo, o Senado prepara um golpe que deve arrancar mais um naco do Orçamento: parlamentares querem tornar impositivas as emendas de comissão. No último ano, o mesmo plano foi sufocado na Câmara, se tivesse vingado, o governo teria que dispor obrigatoriamente de R$15,2 bilhões para bancar as emendas de comissões da Câmara e do Senado. O movimento, puxado principalmente pela oposição, também tem digitais de partidos da base, como expôs a Coluna Cláudio Humberto desta segunda (15).
PP, PSD, Republicanos, União Brasil e PSB, todos com ministérios na Esplanada de Lula, têm digitais na autoria do projeto que garfa a verba.
Chama atenção a senadora Professora Dorinha Seabra (União-TO) figurar entre os autores, é vice-líder de Lula no Senado.
O projeto foi protocolado no início do mês, numa quinta-feira com pouco movimento no Senado e ainda sob ressaca do recesso de São João.
FONTE: DP https://diariodopoder.com.br/brasil-e-regioes/csa-brasil/senado-prepara-outra-punhalada-no-orcamento
Senado prepara outra punhalada no Orçamento
Sempre mais amigável ao Executivo, o Senado prepara um golpe que deve arrancar mais um naco do Orçamento: parlamentares querem tornar impositivas as emendas de comissão. No último ano, o mesmo plano foi sufocado na Câmara, se tivesse vingado, o governo teria que dispor obrigatoriamente de R$15,2 bilhões para bancar as emendas de comissões da Câmara e do Senado. O movimento, puxado principalmente pela oposição, também tem digitais de partidos da base, como expôs a Coluna Cláudio Humberto desta segunda (15).
PP, PSD, Republicanos, União Brasil e PSB, todos com ministérios na Esplanada de Lula, têm digitais na autoria do projeto que garfa a verba.
Chama atenção a senadora Professora Dorinha Seabra (União-TO) figurar entre os autores, é vice-líder de Lula no Senado.
O projeto foi protocolado no início do mês, numa quinta-feira com pouco movimento no Senado e ainda sob ressaca do recesso de São João.
FONTE: DP https://diariodopoder.com.br/brasil-e-regioes/csa-brasil/senado-prepara-outra-punhalada-no-orcamento
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