Caixa demite gerentes que barraram operação de risco de R$ 500 milhões

A cúpula da Caixa Econômica Federal destituiu, na última segunda-feira, 8, dois gerentes que se opuseram à compra de R$ 500 milhões em letras financeiras do Banco Master. As informações são do blog de Malu Gaspar, do jornal O Globo.

Em um parecer sigiloso obtido pela equipe da colunista, a área de renda fixa da Caixa Asset, o braço de gestão de ativos do banco estatal, desaconselhou a operação, considerada “atípica” e “arriscada”, não apenas em virtude do valor, considerado alto demais, como por causa do rating [nota de crédito] do banco.

O Banco Master, formado a partir do antigo Banco Máxima, tem como principais acionistas Douglas Vorcaro, Mauricio Quadrado e Augusto Ferreira Lima.

O parecer da Caixa descreveu o modelo de negócios do Master como “de dificil compreensão” e apontou um “alto risco de solvencia”, motivo pelo qual a operação foi retirada da pauta do comitê de investimentos da Caixa Asset.

Quatro dias depois, os gerentes Daniel Cunha Gracio e Maurício Vendruscolo, responsáveis pelo parecer, deixaram os cargos. Fontes do blog afirmaram que a destituição dos diretores foi comunicada em videoconferência na qual participou o CEO da Caixa Asset, Pablo Sarmento.

A medida foi interpretada como uma tentativa de eliminar resistências internas ao negócio, já que o comitê de investimentos, a quem cabe dar aval a esse tipo de operação, deverá ser recomposto com os novos gerentes dessas áreas. A hipótese provocou uma crise interna no banco, que repercutiu entre operadores do mercado financeiro.

Embora a compra dos títulos tenha sido suspensa, fontes revelam que a operação pode ser retomada em futuras reuniões do comitê de investimentos. A área técnica da Caixa Asset expressou preocupação, pois não há precedentes de uma operação desse volume e risco na história da companhia.

As letras financeiras emitidas pelo Banco Master que a Caixa considerava comprar previam uma rentabilidade de 130% do CDI ao ano no prazo de dez anos.

Mas, no documento sigiloso encaminhado ao comitê de investimentos, os gerentes observaram que a Caixa Asset nunca aplicou um volume sequer próximo de R$ 500 milhões durante um prazo tão longo em instituições de perfil arriscado como o Master, que tem um rating interno de BB+, considerado de médio risco. Leia também: “Caixa leva à leilão mais de 2.3 mil imóveis, com desconto de até 40%; confira”

No geral, esse tipo de aporte só é feito em instituições renomadas no mercado, como os principais bancos públicos e privados.

Além disso, o parecer ressalta que nenhuma das concorrentes do braço de gestão de fundos da Caixa fez negócio com o Banco Master, o que reforça a tese de uma operação atípica. Nos últimos anos, o Master comprou outros bancos menores, razão pela qual seu patrimônio liquido vem aumentando.

Segundo o parecer da Caixa acessado pelo jornal O Globo, o Master tem R$ 820 milhões em ativos distribuídos no mercado financeiro. Porém, desse total, cerca de R$ 780 milhões foram aplicados por gestoras ligadas ao próprio Master. Isso significa que apenas R$ 40 milhões foram comprados pelo mercado.

Com isso, se a Caixa Asset comprasse as letras financeiras no valor proposto pelo Master, investiria no banco quase 13 vezes o valor que outros agentes do setor aplicaram na instituição somados.

Caixa e Banco Master se pronunciam

Em nota enviada ao blog de Malu Gaspar, a Caixa Asset não esclareceu se pretende manter a operação de compra de R$ 500 milhões em letra financeira do Banco Master, apesar do parecer contrário da área técnica. Também não informou de quem foi a iniciativa de fazer a operação, nem se houve reuniões com o Master para discutir a aquisição milionária.

A companhia se limitou a informar que “as operações em negociação são sigilosas e ocorrem de acordo com a estratégia da empresa”.

O Banco Master, por sua vez, afirmou por meio de sua assessoria desconhecer o parecer da Caixa Asset, que não é público.

Questionada pela reportagem se outras instituições adquiriram a mesma letra financeira em condições iguais ou similares às da Caixa, a instituição afirmou que “diversos investidores têm adquirido e continuam a adquirir letras financeiras emitidas pela instituição em condições similares às mencionadas”, sem especificá-las.

FONTE: REVISTA OESTE https://revistaoeste.com/economia/caixa-demite-gerentes-que-barraram-operacao-de-risco-de-r-500-milhoes/

Alexandre Garcia

4 mil condenados não voltaram da “saidinha”, e CNJ acha que foi pouco

Justiça de São Paulo manterá saidinha temporária em junho mesmo com proibição pelo Congresso

Conselho Nacional de Justiça, que faz levantamentos das ações do Judiciário no Brasil, concluiu que apenas 4,2% dos condenados que se beneficiaram das “saidinhas” em 2023 não voltaram. Mas sabem quanto dá esse “apenas” em números absolutos? São 4.086 condenados que ficaram nas ruas, livres para continuar seus crimes.

As famílias não são impedidas de visitar os presos. O condenado não tem nada que poder ir visitar a família, é a família que tem de visitar o preso. O sujeito comete o crime por livre e espontânea vontade, e sabe que vai preso se for pego. Se é preso e condenado, vai pagar. Será punido, numa tentativa de corrigi-lo, porque, se ele não se corrigir, vai cumprir pena e depois vai voltar. É assim que funciona nos países civilizados, que querem que a população viva em paz, tranquila, sem ser importunada por pessoas antissociais que circulam pelas ruas.

Envolvidos em suposta espionagem já estão sendo tratados como culpados

Uma operação da Polícia Federal nesta quinta-feira estava executando cinco mandados de prisão de espiões da Abin, que foram presos por espionagem. Parece curioso, mas o fundo é político: eles estariam a serviço de Alexandre Ramagem, que era da Abin, e agora é candidato a prefeito do Rio; estariam também a serviço de Carlos Bolsonaro. O caso teria acontecido lá atrás, e aí todo mundo divulga. Eu até vejo agora o incômodo daqueles que caíam na Lava Jato. Quando a polícia descobria, já se divulgava tudo. O sujeito já era punido. Depois, se a Justiça decidisse que não houve crime, era tarde, a pessoa já tinha sido condenada na opinião pública.

Uma vez, recebi um carro com overboost, que eu nem conhecia; assim que fiz uma ultrapassagem, logo em seguida a Polícia Federal me parou. O agente me reconheceu e disse “não, o senhor nos ajuda muito”… Eu respondi que tinha acabado de pegar o carro, não conhecia o veículo, e ele falando que não ia multar. Mas eu exigi que me multasse, para aprender. Depois fiquei sabendo que ele contava para todo mundo que tinha me multado. Quando encontrei com ele outra vez, disse: “cada vez que você conta, você está me punindo”. É a mesma coisa com esse inquérito. Todo mundo noticia e explora: Fulano fez isso, fez aquilo, mas e depois? Se a Procuradoria-Geral da República achar que não era crime, que não valia a pena denunciar, e mandar para o arquivo? Ou se o Judiciário disser que não foi crime? Como é que fica?

Caso real de Filipe Martins deixa a ficção de Kafka no chinelo 

A operadora TIM informou ao ministro Alexandre de Moraes que o geolocalizador do celular de Filipe Martins só o mostra em Brasília, Curitiba e Ponta Grossa, de 30 de dezembro até 9 de janeiro. Não estava no exterior como a Polícia Federal havia dito, que ele tinha embarcado clandestinamente, que não passou pelo controle de passaporte, que a imigração americana foi cúmplice, essas coisas. O que informaram, lá dos Estados Unidos, é que Martins esteve por lá em setembro de 2022, e em Nova York, não na Flórida.

A empresa aérea disse que Martins estava em voo doméstico. Há evidência de que ele passou pelo aeroporto de Curitiba, de que estava em Ponta Grossa. Mas ele segue preso há mais de cinco meses, nem ele sabe o motivo. Se contarmos isso para um europeu ou um americano, eles vão dizer que é ficção, que Franz Kafka resolveu morar no Brasil e escrever um novo O Processo.

FONTE: GAZETA DO POVO https://www.gazetadopovo.com.br/vozes/alexandre-garcia/cnj-saidinha-detentos-foragidos/

J.R. Guzzo

Primeiro o arrozão, agora os contratos da Secom: “Brasil que voltou” só dá vexame

Licitação ocorreu durante a gestão do ministro da Secretaria de Comunicação Social, Paulo Pimenta.
Licitação ocorreu durante a gestão do ministro da Secretaria de Comunicação Social, Paulo Pimenta.| Foto: Mario Agra / Câmara dos Deputados


O governo do presidente Lula se propôs, desde o primeiro dia, a uma missão impossível: repetir a mesma experiência e esperar um resultado diferente. Não pode dar certo, claro, mas eles parecem determinados a ficar tentando até o fim do mandato, mesmo porque estão todos convencidos de que o governo Lula não vai acabar nunca – e o próprio presidente, aliás, começou uma conversa esquisita de que ele não é mais ele; reencarnou, segundo diz, como “o povo no poder”.

Enquanto essa “filosofança” fica rodando na praça, para análise dos analistas, o governo volta mais uma vez à cena do crime. Há pouco, ofereceu ao público pagante o “arrozão”, tramoia grosseira em leilões de arroz comprados com dinheiro do Erário. Foi tão malfeito que a “falcatrua”, como disse Lula, teve de ser suspensa. Agora se revela que o Tribunal de Contas da União mandou suspender, por “irregularidade grave”, os contratos de quase R$ 200 milhões da Secretaria de Comunicação da Presidência da República para fazer propaganda do governo nas redes sociais.

O que se pode prever, com base nas experiências feitas até agora, é que vão tentar de novo, pois contam com um incentivo e tanto: a certeza de que o MP não vai incomodar ninguém e que a Justiça não vai fazer nada

É, mais uma vez, a vergonha de roubar e não conseguir carregar – quer dizer, há no governo gente que quer roubar, como indica o Tribunal de Contas nesse caso dos contratos, mas não consegue por falta elementar de competência. Ninguém está dizendo aqui que toda a roubalheira federal ora em andamento é processada desse jeito, claro. Do roubo que dá certo ninguém fica sabendo, ou então não há como provar – mesmo porque o sistema judicial hoje em funcionamento neste país, do MP ao STF, não admite como válida nenhuma prova que possa ser apresentada contra o governo.

Mas o fato é que os gatos gordos do Brasil que “voltou” continuam a dar vexame – na hora que querem errar, erram da maneira errada. O caso dos contratos da Secom é mais um clássico no gênero. O governo decidiu cometer um ato imoral – meter a mão no cofre público para melhorar sua própria “imagem” na internet. Dinheiro dos impostos não é para isso, ainda mais numa situação em que o presidente reclama todo dia, há um ano e meio, que “não tem dinheiro” para ajudar “os pobres”, e quer cobrar mais imposto ainda. Mas, como no caso do arroz, a má intenção se juntou à má execução. Acabaram não saindo nem os leilões do “arrozão” e nem os contratos do “internetão”.

É errado usar dinheiro público para importar arroz, sabe-se de onde e a qual preço, para embalar em pacotes com propaganda do governo federal e vender com preço subsidiado pelo imposto que você paga. É errado, da mesma forma, usar o Tesouro Nacional para pagar a obsessão de Lula em falar bem de si próprio nas redes sociais.

A imagem que os cidadãos têm do governo na internet é resultado do que o governo faz, e não do que diz. Como Lula está fazendo um governo ruim, já com viés de Dilma, a imagem é ruim. A saída seria melhorar o desempenho do governo, mas Lula não tem vontade, nem coragem e nem senso de responsabilidade para melhorar coisa nenhuma.

A única opção que ele considera disponível é mentir e fazer a mentira se espalhar ao máximo – acha que o problema não está em mentir, mas na circulação deficiente da mentirada que fala todos os dias. Mas o mais notável, tanto na decisão errada do arroz como na decisão errada dos contratos de propaganda na internet, é o desastre na hora de executar o plano.

No caso do arroz, deixaram saber que os leilões estavam sendo ganhos por sorveterias e mercadinhos do interior, com a participação aberta de intermediários enrolados na Justiça com problemas de corrupção. No caso dos contratos, deixaram saber que houve fraude na licitação que escolheu as empresas destinadas a receber dinheiro para falar bem de Lula. Não se sabe, agora, qual será a próxima safadeza.

O que se pode prever, com base nas experiências feitas até agora, é que vão tentar de novo, pois contam com um incentivo e tanto: a certeza de que o MP não vai incomodar ninguém e que a Justiça não vai fazer nada. Não há suspeitos, nem investigados, nem indiciados, no “arrozão”. Por que deveria haver no “internetão”?

Os sinais são os piores possíveis. O procurador-geral da República, esse mesmo que transformou em segredo de Estado as informações a respeito de onde está, geograficamente, onde estará e mesmo onde já esteve, decretou que não deve haver investigação sobre as “milícias digitais” que foram descobertas dentro da Secom. Elas existem, mas a PGR de Lula e do STF acha que são “do bem”. Milícia ruim é só da “extrema-direita”, e só da lista negra do ministro Alexandre Moraes.

FONTE: GAZETA DO POVO https://www.gazetadopovo.com.br/vozes/jr-guzzo/arrozao-contratos-secom-brasil-que-voltou-vexame/

Discurso populista é o último refúgio para Lula recuperar popularidade

“Não tenho que prestar conta a banqueiro, mas ao povo pobre”, diz Lula
Falatório de Lula nas últimas semanas, com ataques a juros e críticas à taxação das carnes, parece ter repercutido bemno público, sobretudo de baixa renda.| Foto: André Borges/EFE.


Adotar uma postura intransigente na defesa de programas sociais e do consumo das camadas mais pobres da população, ao mesmo tempo em que se posiciona como um forte crítico da “ganância do sistema financeiro” e dos juros altos estabelecidos pelo Banco Central (BC), parece ter rendido ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) os resultados desejados. Além disso, criticar decisões polêmicas de seu próprio governo, como a taxação das blusinhas importadas e a exclusão da carne da cesta básica sem impostos na reforma tributária também faz parte dessa estratégia.

Preocupado com a queda de popularidade neste ano, Lula intensificou o discurso populista nas últimas semanas, caracterizado por declarações agressivas todos os dias. Analistas consultados pela Gazeta do Povo avaliam que essa tática pode ter sido eficaz, conforme demonstraram a pesquisa mais recente, que indica uma melhora na aprovação popular do presidente da República.

A mais nova rodada da pesquisa Genial/Quaest, divulgada na quarta-feira (10), mostra que 54% dos eleitores aprovam o trabalho do presidente, especialmente entre o público de menor renda e escolaridade. Esse resultado representa um aumento de quatro pontos percentuais em relação à pesquisa anterior, realizada em maio, sendo o melhor desempenho nos últimos sete meses.

Entre 5 e 8 de julho, a pesquisa registrou que a desaprovação ao trabalho de Lula caiu de 47% para 43%, o menor índice desde dezembro de 2023. As melhorias foram observadas em quase todas as segmentações, destacando-se entre mulheres (de 54% para 57%), pardos (de 54% para 59%) e pretos (de 56% para 59%), eleitores de 35 a 59 anos (de 50% para 56%), com escolaridade até o Ensino Fundamental (de 60% para 65%) e renda familiar mensal de até dois salários-mínimos (de 62% para 69%).

Mais pobres percebem uma melhora na economia e fazem coro às falas de Lula

A pesquisa também revelou uma melhoria significativa na percepção da economia entre os eleitores de menor renda. Para aqueles com renda familiar mensal de até dois salários-mínimos, a avaliação positiva subiu de 33% para 37%, o melhor resultado desde dezembro (39%). A porcentagem dos que percebem uma piora caiu de 28% para 24%.

O levantamento avaliou ainda o conhecimento e aprovação de seis programas do governo. O Farmácia Popular lidera com 86% de aprovação, seguido pelo Bolsa Família, que subiu quatro pontos percentuais, para 80%. O Desenrola, que facilita a renegociação de dívidas, tem o apoio de 73%. O Pé de Meia, que incentiva financeiramente estudantes do Ensino Médio público, foi o programa que mais cresceu, aumentando seis pontos percentuais, para 60%. A propaganda oficial e os discursos de Lula em torno desses programas também se intensificou nos ultimos meses.

A Genial/Quaest ouviu 2 mil pessoas entre 5 e 8 de julho, em 120 municípios brasileiros. A margem de erro é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos. O nível confiança é de 95%.

Na pesquisa anterior, de maio, foram ouvidas 2.045 pessoas, em 120 municípios brasileiros, entre os dias 02 e 06 daquele mês. A margem erro foi de 2.2 pontos percentuais. O nível de confiança era de 95%.

Especialistas mostram ceticismo em relação à recuperação da popularidade de Lula

Para o cientista político Leonardo Barreto, diretor da consultoria I3P, o dado mais expressivo é que Lula interrompeu uma sequência de quedas e recuperou o patamar de aprovação de dezembro de 2023 (54%). Barreto destaca que, apesar das variações, não houve uma mudança drástica no sentimento da população, indicando uma constância nas condições econômicas e sociais percebidas pela população.

Barreto ressalta que Lula enfrentou desafios importantes, como o desastre climático no Rio Grande do Sul, mas conseguiu melhorar sua aprovação entre públicos já considerados como parte importante de seu eleitorado, como mulheres e pessoas de baixa renda.

A melhora de imagem entre os evangélicos também é notável, com a desaprovação caindo 10 pontos, de 62% para 52%, após o presidente adotar uma postura mais conservadora e criar uma campanha de comunicação voltada para esse público.

O falatório populista do presidente, ignorando sua responsabilidade por aquilo que critica, parece ter chegado aos ouvidos certos.

A pesquisa Genial/Quaest de julho também questionou se os entrevistados concordam com as opiniões de Lula em diversos assuntos. A maioria, 84%, concorda que as carnes consumidas pelos mais pobres devem ser isentas de impostos. Além disso, 87% consideram que os juros no Brasil são muito altos, alinhando-se ao discurso de Lula. A necessidade de revisar o Cadastro Único para identificar irregularidades também tem amplo apoio (83%).

Leandro Gabiati, da Dominium Consultoria, aponta que muitos entrevistados desconhecem as recentes declarações de Lula, e, por isso, expressa dúvidas sobre as razões da recuperação de popularidade. Ele acredita que a questão da carne na cesta básica desonerada é mais perceptível para a população do que críticas ao Banco Central, por exemplo.

Investidas junto ao público evangélico surtiram efeitos em setores do segmento

A tentativa de aproximação com os evangélicos parece estar surtindo efeito, com a desaprovação caindo de 58% para 52% em julho em comparação com o levantamento de maio. A aprovação entre esse grupo, tradicionalmente apoiador do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), variou de 39% para 42%. O governo tem trabalhado para reduzir o desgaste com os evangélicos, enviando cartas de apoio e promovendo diálogos por meio de ministros e de líderes religiosos aliados ao Palácio do Planalto.

A melhora na aprovação de Lula entre os evangélicos é atribuída a vários fatores, incluindo a aproximação com pastores e líderes religiosos, influências nos discursos de ministros e articulações com setores evangélicos mais abertos ao diálogo.

Para os especialistas, é importante notar que os “evangélicos” representam um grupo diverso, não coeso, e a abordagem do governo precisa considerar essa diversidade.

Para o cientista político Ismael Almeida, Lula ainda enfrenta dificuldades para acessar a maioria representativa do público evangélico, ressaltando que “o presidente não deveria se animar muito” com os resultados positivos das últimas pesquisas. Ele diz ser necessário uma análise mais precisa sobre a variação de opinião dos entrevistados classificados como “evangélicos” na mais recente edição da pesquisa Quaest.

Na sua opinião, Lula ainda enfrenta dificuldades para acessar a maioria representativa do público evangélico. “Em geral, pastores e líderes mais dispostos a dialogar com o governo representam uma parcela ínfima do segmento”, afirmou. Por essa razão, Almeida acredita que o presidente não deveria se animar excessivamente com os resultados recém-divulgados.

Ele lembra recente entrevista para o jornal Folha de S. Paulo da vereadora de Goiânia Aava Santiago (PSDB), evangélica e apoiadora da eleição de Lula nos dois turnos de 2022, na qual afirma que o governo está patinando por não alcançar a maioria dos fiéis.

Apontada como nova líder nacional da esquerda evangélica, ela, que é filha de pastores, chegou a emocionar o petista em evento religioso que o apoiou, em São Paulo, em outubro de 2022. “Lula não está chegando à base [dos evangélicos]”, afirmou ela. “Ele está conversando com os magnatas da fé.”

Outra pesquisa mostra recuperação gradual de popularidade em julho

A recente pesquisa Ipec também mostra uma melhora na avaliação do governo de Lula, com a aprovação subindo para 37% e a desaprovação caindo para 31%. A confiança no presidente também aumentou, indicando uma recuperação gradual de sua popularidade.

Com uma margem de erro de dois pontos percentuais, a pesquisa do Ipec entrevistou 2 mil pessoas entre os dias 4 e 8 de julho, em 129 municípios, refletindo um cenário de ligeira recuperação para o governo do petista. O nível de confiança do levantamento é de 95%.

FONTE: GAZETA DO POVO https://www.gazetadopovo.com.br/republica/discurso-populista-e-o-ultimo-refugio-para-lula-recuperar-popularidade/

Liberação do porte de maconha é a porta de entrada para o mais desmiolado sonho da esquerda

Foto: STF
Foto: STF

Se a maconha é ou não, para o usuário, a porta de entrada para outras drogas mais pesadas, ninguém pode afirmar com certeza.

Mas pode-se afirmar que, no caso da esquerdalha e do lulopetismo, é a porta de entrada para outros projetos que virão, caso o porte seja descriminalizado como querem.

Raciocínio simplista: se o porte de uma droga é liberado, porque as outras não?

Porque não liberar o porte de cocaína, por exemplo?

Um dos sonhos mais românticos dos desmiolados canhotos, o de emporcalhar o mundo com drogas, está sendo discutido a todo vapor.

Endurecer a pena para traficantes nem passa pela cabeça dos homens do pano preto, que sabem tudo.

Nem poderia passar, significaria ir pra cima dos coitadinhos dos traficantes-vitimas-da-sociedade, que afinal precisam ganhar a vida.

Descriminalizar a venda de drogas e legalizá-la, também não, porque, apesar de ser uma ideia estúpida, acaba da mesma forma afetando os queridos traficantes, que teriam que virar comerciantes, pagar imposto, etc.

O projeto que hoje a esquerda quer, portanto, não vai resolver coisa alguma, além de aumentar o mercado para os traficantes que, felizes, agradecerão.

O mundo já sobreviveu a várias pragas e pestes que tentaram destruir a humanidade.

Vamos esperar que sobreviva à praga da esquerda.

FONTE: JCO https://www.jornaldacidadeonline.com.br/noticias/59798/liberacao-do-porte-de-maconha-e-a-porta-de-entrada-para-o-mais-desmiolado-sonho-da-esquerda#google_vignette

AO VIVO: Cara de pau, Haddad diz que isenção da carne é vitória de Lula (veja o vídeo)

Imagem em destaque

Na verdade, foi o partido de Bolsonaro que apresentou um destaque e impediu Lula de taxar picanha e demais carnes.

Com a iminente derrota do governo Lula em tributar carnes, os parlamentares governistas resolveram na última hora apoiar o pedido de destaque do Partido Liberal para que carnes fizessem parte dos itens de cesta básica.

No entanto, Haddad e Janja fizeram um vídeo “pra inglês ver” contando outra versão, como se fosse iniciativa do governo Lula.

Veja o vídeo:

FONTE: JCO https://www.jornaldacidadeonline.com.br/noticias/60153/ao-vivo-cara-de-pau-haddad-diz-que-isencao-da-carne-e-vitoria-de-lula-veja-o-video#google_vignette

MP junto ao TCU pede suspensão de esquema que beneficia grupo de Joesley

Empresário Joesley Batista – Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União (TCU) pediu a suspensão imediata de um esquema negociado no governo Lula (PT) que dispensou do pagamento de multa de mais de R$1 bilhão a empresa Amazonas Energia, que estava sendo adquirida pelo grupo J&F, dos irmãos Joesley e Wesley Batista. Para o MP junto ao TCU, o acordo é lesivo ao interesse público.

O caso ganhou contornos de escândalo, com a oposição apontando possível corrupção, quando reportagem investigativa do jornal O Estado de S. Paulo revelou que o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, pessoalmente ou por prepostos, participou de 17 reuniões fora da agenda com representantes da J&F antes da medida provisória de Lula beneficiando interesses dos irmãos Batista.

O procurador Lucas Rocha Furtado requer a avaliação de irregularidades na negociação entre o ministério de Silveira e a Âmbar e que o TCU determine a rescisão do acordo. Ele também solicita investigação de supostos benefícios da MP à emoresa de Joesley e Wesley Batista.

Pelo acordo, a Âmbar de Joesley e Wesley também deveria entregar quatro usinas termelétricas após um leilão de 2021, mas não cumpriu os prazos, ficando sujeita a rescisão contratual. Mas o acordo em abril livrou a empresa dessa penalidade, em ato não divulgado pelo Ministério de Minas e Energia.

“Entendo que não há vantagem para a Administração -muito pelo contrário- em dar vigência ao acordo em referência”, afirma Lucas Furtado, que pede a suspensão do acordo celebrado com a Âmbar até que o Tribunal decida sobre o mérito. Caso o TCU não faça nada, os novos termos começam a valer em 22 de julho.

FONTE: DP https://diariodopoder.com.br/uncategorized/mp-junto-ao-tcu-pede-suspensao-de-esquema-que-beneficia-grupo-de-joesley

Funcionários da EBC denunciam censura sobre escândalo da Secom

Sede da estatal federal de comunicação EBC – Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil.

Funcionários da Empresa Brasil de Comunicação (EBC) denunciam censura na Agência Brasil e veto na cobertura do caso da licitação milionária da Secretária de Comunicação da Presidência da República (Secom), suspensa pelo Tribunal de Contas da União (TCU) sob suspeita de fraude.

O escandaloso edital teve seus vencedores antecipados em mensagem cifrada na rede social X (antigo Twitter) pelo site O Antagonista. A possível fraude e a determinação do TCU para suspender o edital repercutiram nos meios de comunicação nacional, mas foram ignoradas pela Agência Brasil, que é uma agência pública de comunicação e não um órgão de assessoramento da Presidência da República.

Funcionários da EBC procuraram o jornal O Globo e denunciaram que receberam a orientação para não tratares sobre o assunto na agência. A EBC não se manifestou.

FONTE: DP https://diariodopoder.com.br/brasil-e-regioes/xwk-brasil/funcionario-da-ebc-denunciam-censura-sobre-escandalo-da-secom

Apreensões de cocaína despencam no Porto de Santos em 2023 е 2024

A quantidade de cocaína apreendida no Porto de Santos pela Receita Federal, órgão do governo federal, despencou nos últimos anos. Foram 7,1 toneladas interceptadas no ano passado, menos da metade do que em 2022 (16 toneladas).

Em razão da queda brusca, autoridades buscam implantar medidas para descobrir outras. possíveis rotas do crime organizado para mandar a droga para fora do país, informou nesta sexta-feira, 12, o jornal O Estado de S. Paulo.

Veja os dados das apreensões nos últimos anos

  • 2024: 1.623 kg (até julho)
  • 2023: 7.143 kg
  • 2022: 16.075 kg
  • 2021: 16.917 kg
  • 2020: 20.572 kg

Um relatório de 2022 do Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime revelou que organizações criminosas no Brasil passaram a utilizar portos menores no Nordeste e no Sul do país para diversificar suas rotas de escoamento de cargas ilegais. O documento destaca que essa tendência se intensificou durante a pandemia, embora não mencione quais terminais específicos estão sendo usados.

O Porto de Salvador, por exemplo, é visto como uma alternativa aos terminais de Santos e do Rio de Janeiro, que são alvos frequentes de operações policiais contra o tráfico internacional. Uma das razões, conforme relatado pelo Estadão, é o avanço da facção Bonde do Maluco (BDM) na Bahia.

Mudanças na fiscalização no Porto de Santos para apreender cocaína

Em razão da possível diversificação da rota do tráfico pelo crime organizado, a Alfândega da Receita Federal no Porto de Santos vai escanear contêineres embarcados

em navios com passagem ou destino a Rússia, Israel e outros oito países.

Veja a lista de países cuja carga é escaneada:

  • Austrália:
  • Indonésia;
  • Hong Kong:
  • Turquia;
  • Rússia;
  • Geórgia;
  • Síria;
  • Líbano;
  • Israel;
  • Arábia Saudita.

Apesar dessa mudança de rota, o Porto de Santos, o maior do Hemisfério Sul, continua sendo a principal rota de saída da cocaina comprada de países vizinhos pelo Primeiro Comando da Capital (PCC), a maior facção criminosa do Brasil.

A Europa permanece como o principal destino da droga que sai do Brasil, embora nem sempre seja o destino final das embarcações. Uma tática comum é enviar as cargas para o continente africano e, a partir de lá, redistribuí-las para outros locais.

Devido a essa dinâmica, o escaneamento obrigatório começou a ser implementado no Porto de Santos no início de 2016, inicialmente focado em contêineres destinados à Europa. Em 2019, a medida foi ampliada para incluir a África e continua em vigor para todos os navios com destino a esses continentes.

Crime organizado muda rotas, dizem especialistas

Especialistas afirmam que o crime organizado muda suas rotas com frequência. Gabriel Patriarca, pesquisador do Núcleo de Estudos da Violência da USP, afirma que os testes relacionados à inspeção não invasiva por meio de escaneamento “não eram comuns” até a portaria do começo deste ano. “É uma tendência recente”, disse.

Isabela Vianna Pinho, pesquisadora da Universidade Federal de São Carlos (Ufscar), pondera que a portaria para inclusão de ainda mais países não necessariamente mostra que há uma preocupação da Alfândega de que novas rotas estão surgindo com destinos finais para Ásia e Oceania.

“É uma tendência de cada vez mais escanear todos os contêineres que vão ser exportados”, afirmou ao Estadão. Segundo ela, trata-se de um processo gradual, até por demandar um tempo para que as dezenas de terminais do porto se adaptem a formas mais tecnológicas de fiscalização.

FONTE: REVISTA OESTE https://revistaoeste.com/brasil/apreensoes-de-cocaina-despencam-no-porto-de-santos-em-2023-e-2024/?utm_source=pushnews&utm_medium=pushnotification

Aulas de tabuada fazem falta à equipe de Haddad

Fernando Haddad, ministro da Fazenda – Foto: Vinicius Loures/Ag. Câmara.

Antes de fazer sua turma aprender Economia, Fernando Haddad (Fazenda) deveria ordenar que aprendessem tabuada, após admitirem um “pequeno” erro na conta mentirosa de que somariam mais de R$22 bilhões a perda de receita provocada pela desoneração da folha de pagamento dos 17 setores que mais empregam pessoas. Reconhece agora que a suposta “perda” somaria R$4 bilhões a menos. A política econômica é tocada por pessoas que, tudo indica, não sabem aritmética. A informação é da Coluna Cláudio Humberto, do Diário do Poder.

Economia não é o forte nem mesmo do próprio Haddad, que confessou nada entender do assunto e que até colava dos colegas nas provas.

A cobrança de imposto de 20% sobre a folha de pagamentos pune o empresário que gera empregos e assina carteiras de trabalho.

O projeto da reoneração, que deve suprimir postos de trabalho, prevê a volta do imposto reescalonado de 5% a 20% entre 2025 e 2028.

FONTE: DP https://diariodopoder.com.br/dinheiro/ttc-dinheiro/aulas-de-tabuada-fazem-falta-a-equipe-de-haddad

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