O Congresso Nacional nem mesmo chegou a discutir com alguma profundidade os projetos de lei que pretendem anistiar os envolvidos nos atos de 8 de janeiro de 2023, na Praça dos Três Poderes, e dois ministros do STF já estão se empenhando em derrubar a ideia. Acostumados a ignorar os deveres de discrição que caracterizam a magistratura, o decano da corte, Gilmar Mendes, e o relator dos processos do 8 de janeiro no Supremo, Alexandre de Moraes, afirmaram, respectivamente, que “não há clima” para uma anistia no Brasil, e que a palavra final sobre um eventual perdão aos manifestantes caberia ao STF – ambas as afirmações foram feitas enquanto os ministros participavam, em Portugal, do Fórum Jurídico de Lisboa, evento que ficou conhecido como “Gilmarpalooza”.
Não é nosso objetivo, neste momento, analisar a questão específica da anistia. A Gazeta do Povo tem estado na linha de frente da denúncia das arbitrariedades cometidas pela Procuradoria-Geral da República e pelo STF na repressão aos atos do 8 de janeiro. Denúncias e condenações sem individualização da conduta nem conjunto probatório que ligue os réus aos atos que lhes são atribuídos, violação do princípio do juiz natural, penas desproporcionais, prisões preventivas desnecessárias e abusivas, possível cerceamento da defesa em julgamentos por plenário virtual – tudo isso mostra que não está havendo justiça, mas justiçamento. Se a anistia é ou não o melhor remédio para desfazer essa injustiça, é debate que será travado em outra oportunidade. Importa, aqui, mostrar o absurdo contido especificamente na fala de Alexandre de Moraes, ao deixar implícito que o Congresso poderia até aprovar uma anistia, mas que ela teria de ser chancelada pelo STF.
Alexandre de Moraes dá a entender que enxerga o STF como uma espécie de “instância revisora” das decisões de outro poder, o Legislativo
A Constituição Federal, no artigo 48, afirma que “cabe ao Congresso Nacional (…) dispor sobre todas as matérias de competência da União, especialmente sobre: (…) VIII – concessão de anistia”. No entanto, a mesma Constituição, no artigo 5.º, inciso XLIII, afirma haver crimes que não podem ser objeto de anistia: “a prática da tortura, o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o terrorismo e os definidos como crimes hediondos”. Por sua vez, a lei dos crimes hediondos (8.072/90) não lista entre eles os crimes contra o Estado de Direito pelos quais centenas de brasileiros estão sendo condenados. Mesmo o crime de associação criminosa, que tem sido imputado aos manifestantes condenados, só é considerado hediondo quando “direcionado à prática de crime hediondo ou equiparado”, o que também não é o caso.
Em outras palavras, a Constituição dá ao Congresso, de forma bastante inequívoca, o poder para anistiar os crimes pelos quais os manifestantes do 8 de janeiro estão sendo condenados – se é conveniente fazê-lo, repetimos aqui, não é discussão que pretendemos fazer agora. Mas Alexandre de Moraes quer fazer parecer que não é assim. “Quem admite ou não anistia é a Constituição Federal, e quem interpreta a Constituição Federal é o Supremo”, afirmou, insinuando que, se os ministros acharem por bem derrubar uma eventual anistia aprovada pelo Congresso, irão fazê-lo.
A hipótese que Moraes levanta vai muito além do controle de constitucionalidade que faz parte das funções do Poder Judiciário; o ministro dá a entender que enxerga a corte da qual faz parte como uma espécie de “instância revisora” das decisões de outro poder, o Legislativo. É evidente que, se o Congresso aprova uma lei contrária à Constituição, é papel do STF derrubá-la, mas no caso de uma possível anistia aos condenados do 8 de janeiro nem mesmo se pode dizer que cabem interpretações diversas. A Carta Magna diz que o Congresso pode aprovar anistias, e lista os crimes que não podem ser anistiados. Se os crimes dos quais os manifestantes estão sendo acusados não estão nestas exceções, e de fato não estão, uma anistia seria constitucional; para decidir o contrário, o STF estaria diminuindo arbitrariamente os poderes que a Constituição deu ao Congresso Nacional – isto, sim, uma violação enorme e antidemocrática da Carta Magna.
Há bastante tempo o Supremo vem rebaixando o Congresso Nacional, com os ministros tomando para si o papel de legisladores. Começaram dizendo “se vocês não decidirem, decidiremos nós” – ignorando que, no processo legislativo, o próprio ato de resolver não levar um projeto a votação, ou a rejeição deste projeto, já é uma decisão. Agora, já dizem “se não gostarmos do que vocês decidirem, decidiremos nós”. Isso tem valido em assuntos dos mais diversos, da definição do que é crime à governança de estatais, passando pelas políticas tributária e fundiária. A manifestação de Moraes sobre a possível anistia demonstra que já nem é preciso esperar que uma lei seja aprovada e contestada no STF: o ativismo judicial partiu para a fase do “ataque preventivo” – neste caso, com o objetivo de preservar as decisões abusivas que vêm do próprio Supremo.
FONTE: GAZETA DO POVO https://www.gazetadopovo.com.br/opiniao/editoriais/anistia-8-de-janeiro-stf-alexandre-de-moraes/
Os dejetos “antifascistas”
Eles são “antifascistas”, seguem o “modelo Stalin”, adoram o Estado, que não tem nada a ver com solução, que é sempre a maior parte do problema. Eles são “antifascistas fascistas”, são um perigo, têm o terror das aspas, não se preocupam com disfarces, só enganam quem quer ser enganado, quem abriu mão do senso crítico, por loucura ou interesse, ou quem nunca teve capacidade de análise, de reflexão. Prometem salvação e proteção, enquanto condenam um país inteiro a desgraças absolutas, em todas as áreas, em todas as questões. São uma máquina de moer gente.
O “antifascismo” voltou a ser muito fascista. É o que não é, o que não pode ser. As estatais, de novo, são usadas politicamente. As estatais, de novo, acumulam prejuízo: mais de R$ 4 bilhões só este ano. Tentaram esconder o prejuízo de quase R$ 1 bilhão dos Correios, não deu. E querem estatizar o que já foi privatizado, querem mais estatais, para ampliar um destruidor recorde brasileiro. São fascistas, querem o “capitalismo de Estado”. Fazem de tudo para liberar empresas corruptas e corruptoras, baixam medida provisória para favorecer os “amigos do rei”.
Os “antifascistas” prometem salvação e proteção, enquanto condenam um país inteiro a desgraças absolutas, em todas as áreas
Eles contratam servidores federais, como se não houvesse amanhã. Juram que o desemprego está em queda, mas quem lidera as contratações é a administração pública. E gasta-se, gasta-se muito e gasta-se mal. E avisaram que seria assim. Se os gastos totais cresciam a uma taxa média de 6% ao ano, até a implementação do teto no governo Temer, foi só implodir o teto. E as contas públicas têm rombo de R$ 61 bilhões em apenas um mês… E a dívida encosta em R$ 7 trilhões. O dólar dispara, os investidores estrangeiros se retiram.
Três décadas se passaram, e os “antifascistas” ainda sentem saudade da hiperinflação. Eles não se envergonham de publicar em seu site oficial: “Plano Real: 30 anos depois, Brasil ainda sofre efeitos colaterais”. É assim que funciona: se é bom para o país, eles são contra, terminantemente contra. O mais incrível é que os adoradores do Estado tiveram o apoio em 2022 dos “pais do real”, que agora ensaiam um arrependimento. Infelizmente, não dá para voltar no tempo, com criadores que deram a entender que odeiam sua própria criação transformados em algo decente.
Os “antifascistas” também foram contra a reforma da Previdência, e são contra uma nova reforma muito necessária. Os gastos com a Previdência chegaram a R$ 930 bilhões em maio, mesmo descontando as dívidas judiciais da União. Em maio de 2023, o custo era de R$ 819 bilhões. A dinâmica de crescimento está muito acima do esperado, mas, de repente, revisaram as contas e resolveram que os gastos este ano serão R$ 12 bilhões abaixo do previsto… E emendas parlamentares são liberadas no maior volume da história para um período pré-eleitoral. Incluindo recursos distribuídos sem critérios técnicos, emendas Pix e verbas remanescentes do que chamavam de “orçamento secreto”.
Os “antifascistas” parecem mesmo poderosos, não devem explicações a ninguém. Nem sobre licitação suspeita, leilão descabido e fraudulento, intervencionismo estatal, queimadas na Amazônia e no Pantanal, dengue… Eles nunca têm culpa de nada, nunca. Eles são os salvadores e protetores e, para agir, precisam do nosso dinheiro. E a carga tributária só aumenta, e pesa, e pesa. Querem todo mundo feliz por pagar imposto sobre o que ganha, pagar imposto sobre o que gasta, imposto sobre os bens que tem, tudo comprado com dinheiro já tributado… E, quando morremos, nossos herdeiros pagam mais imposto sobre o que deixamos. O festival de tributos é a alegria dos “antifascistas”.
Críticas e opiniões são proibidas. Debate para quê? Os facínoras estão sempre certos e se permitem, e a eles é permitido controlar os discursos, inventar o “debate”, entre aspas, sem perguntas, sem cobrança, sem divergência, sem dados reais, sem fatos. Assim é “democrático”, “discussão” elitizada, sem o povo, que nada sabe. Vale tudo para acabar com o que os “antifascistas” chamam de “extrema direita”. É lindo o combate aos “cretinos”, aos “animais”, a quem não é “gente”, aos “selvagens”, que devem ser extirpados. É desses o ódio, o descontrole, a raiva. Quem acredita nisso é o quê? O “antifascismo” é fascista, é uma titica de cachorro.
FONTE: GAZETA DO POVO https://www.gazetadopovo.com.br/vozes/luis-ernesto-lacombe/os-dejetos-antifascistas/
Estado Maconheiro
O fato de alguém decidir consumir uma substância não obriga a sociedade ou o Estado a legalizar essa substância ou esse consumo. Há substâncias e condutas que, por razões morais, devem permanecer ilegais, ainda que muitos escolham consumir essas substâncias ou praticar essas condutas. O desejo de realizar um ato não torna esse ato moral.
Razões morais não são irrelevantes. Na verdade, a moral é o fundamento da Justiça. Esse fato é frequentemente obscurecido pelo foco excessivo em abstrações e tecnicismos jurídicos, e pela influência de ideologias exóticas e antiocidentais.
O objetivo da criminalização de algumas condutas é criar um meio legal para que as condutas sejam reprimidas, por serem nocivas à sociedade
A vida real é mais complexa do que um debate na sala de aula de um curso de Direito. O conflito entre a liberdade individual e o bem comum produz dilemas insolúveis. Tentativas de “resolver” esses dilemas contrariando a lógica e o bom senso geralmente pioram a situação.
Quanto menos o Estado interferir na vida privada, melhor. Mas o Estado moderno interfere o tempo inteiro. Então, que, pelo menos, essas interferências tenham um mínimo de lógica, coerência e moral. A “descriminalização do porte de maconha” – sempre me espanta o exotismo da expressão – não atende a esses critérios.
O Estado taxou as “blusinhas” e vai estabelecer um “imposto do pecado” sobre produtos que ele considera nocivos à saúde. O mesmo Estado “descriminalizou” a posse de até 40 gramas de maconha. Maconha comprada sem imposto, naturalmente – porque a produção e a venda de maconha continuam sendo crimes. Essa é uma decisão equivocada do ponto de vista moral.
A falta de lógica de “descriminalizar” a compra da droga enquanto a venda permanece ilegal resultará em profunda insegurança jurídica. Isso prejudicará gravemente a atividade policial e o funcionamento do sistema de justiça criminal.
Entorpecentes são substâncias que causam dependência, e por isso foram banidas em todo o mundo. As experiências de “descriminalização” tentadas em alguns países não apresentaram qualquer resultado positivo. Essa história nunca é contada corretamente, porque existe um poderoso lobby a favor da “liberação” que inclui boa parte da mídia.
Foi esse lobby que criou a narrativa da “guerra perdida” contra as drogas. Mas a guerra só terá sido perdida quando as drogas forem liberadas e “vendedores” oferecerem maconha, cocaína, crack e fentanyl abertamente, em qualquer lugar, em banquinhas na porta da escola de nossos filhos. É isso o que acontece nas cracolândias. É isso que acontece em algumas cidades americanas, como São Francisco. As imagens estão disponíveis na internet.
É impossível eliminar a venda e o consumo de drogas. O objetivo da criminalização das drogas não é acabar com o tráfico ou a dependência química, da mesma forma que o objetivo da criminalização dos homicídios não é acabar com os assassinatos, porque esse são objetivos impossíveis.
O objetivo da criminalização de algumas condutas é criar um meio legal para que as condutas sejam reprimidas, por serem nocivas à sociedade. Homicídios continuam acontecendo, mas nem por isso alguém sugere que a “guerra contra homicídios” é uma guerra perdida.
Drogas são vendidas e consumidas em todos os países. Mas é possível dificultar e reprimir essa venda e esse consumo. Acima de tudo, é possível não incentivar essas atividades. A decisão de “descriminalizar” o “porte” de maconha é um incentivo.
O consumidor de drogas ilegais é o único responsável pelos riscos que ele corre ao ir a uma boca de fumo (ou biqueira) fazer uma transação comercial com traficantes: o risco de uma morte violenta ou o risco de cair na dependência química, com consequente devastação física, moral e financeira. Esses riscos não podem, agora, ser divididos com a sociedade.
FONTE: GAZETA DO POVO https://www.gazetadopovo.com.br/vozes/roberto-motta/estado-maconheiro/
Governo Lula libera R$ 8,63 bi em “emendas pix” em uma semana
Em cumprimento ao acordo que fez com o Congresso, o governo Lula pagou R$ 8,63 bilhões em emendas parlamentares na primeira semana de julho.
O repasse foi acelerado nos últimos dias porque, segundo a legislação eleitoral, a sexta-feira (5) era a data final para os pagamentos antes das eleições.
No começo do ano, o presidente se comprometeu a desembolsar 60% das emendas parlamentares até a data limite. Até o momento, o valor repassado pelo governo a parlamentares, em 2024, é de R$ 29,4 bilhões.
O valor total pode subir, uma vez que algumas emendas ainda não foram atualizadas no sistema.
Esse tipo de emenda tem a transferência simplificada, caindo direto no cofre do estado ou município, sem necessidade de especificação sobre a sua destinação.
Ou seja, quando os parlamentares destinam as “emendas pix” para os estados e municípios, esses entes podem aplicar os valores recebidos como quiserem.
Os dados sobre os repasses são da plataforma Siga Brasil, do Senado Federal.
O acordo para a liberação de emendas ocorreu em meio às negociações para aprovação do Orçamento de 2024.
Lula vetou a previsão em lei sobre o pagamento dos recursos que os parlamentares queriam. Para garantir que o veto não fosse derrubado, o petista se comprometeu com o pagamento.
O cumprimento da promessa ocorreu depois de uma série de derrotas do governo no Congresso. Do total do gasto previsto no Orçamento para o pagamento das emendas, apenas R$ 232 milhões haviam sido pagos até o fim de junho.
A liberação das emendas também ocorre no momento em que o governo espera o cumprimento da promessa vinda da Câmara dos Deputados para que a regulamentação da reforma tributária seja aprovada ainda nesta semana.
O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), afirmou que a regulamentação da reforma tributária (PLP 68/24) começa a ser votada a partir da próxima quarta-feira (10) pelo Plenário da Casa.
FONTE: GAZETA DO POVO https://www.gazetadopovo.com.br/republica/governo-lula-libera-r-863-bi-em-emendas-pix-em-uma-semana/
Brasileira viaja a negócios para os EUA e é encontrada morta e sem roupas em rodovia de Detroit
A brasileira Suzan Christian Barbosa Ferreira, de 42 anos, foi encontrada morta na zona rural de Detroit, no estado de Michigan, Estados Unidos (EUA).
A vítima estava às margens de uma rodovia e sem roupas. A mulher deixou uma filha, de 15 anos, e um filho, de cinco.
A família de Suzan mora em Pedro Leopoldo, na Grande Belo Horizonte (MG), e está pedindo ajuda para trazer o corpo ao país.
De acordo com informações de familiares, a principal suspeita da polícia americana é de que seja um crime sexual.
Ela trabalhava com importação e viajou sozinha a negócios para os EUA.
A polícia americana começou a investigar o caso, mas ainda não deu informações sobre o que aconteceu com Suzan.
“A última mensagem foi quando ela disse que estava num hotel e estava cansada, que iria tomar banho e descansar. Ela não mencionou que sairia. Os investigadores da polícia nos EUA não passaram informações sobre possíveis motivações, porque lá a investigação dura entre quatro e cinco semanas”, esclareceu uma irmã da brasileira assassinada.
O problema de Joe Biden não é só cognitivo. É muito pior que isso…
O filho drogado de Biden está impedindo ele de abrir mão da candidatura, segundo a imprensa.
Ele já foi condenado por porte ilegal de arma de fogo e enfrenta outros processos por não ter recolhido impostos sobre dinheiro que recebeu de empresas estrangeiras para traficar influência junto ao seu pai, então vice-presidente.
A suspeita é que ele seja testa de ferro do presidente.
Hunter Biden tem interesse que o pai siga presidente, não só para receber o perdão presidencial pelas suas condenações, mas também para continuar fazendo dinheiro com negócios escusos, pela proximidade com o poder.
Ele vendeu quadros por centenas de milhares de dólares, recentemente…
O problema de Joe Biden não é só cognitivo.
Ele é corrupto até o tutano.
Governo quer livrar irmãos Batista de dívida bilionária
De volta com livre circulação em Brasília, os irmãos Wesley e Joesley Batista aguardam articulação do Ministério de Minas e Energia para se livrarem do pagamento de uma multa de cerca de R$1 bilhão para a Âmbar Energia, braço do grupo J&F.
A multa foi aplicada pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) após a empresa descumprir um contrato emergencial fechado em 2021. O certame previa a construção de quatro usinas termelétricas para fornecer energia durante a crise hídrica que afetou o país em 2020 e 2021.
O prazo contratado foi desrespeitado pela Âmbar, o que levou a Aneel a aplicar a multa contra a empresa.
De acordo com o portal Uol, o ministro Alexandre Silveira deu ordens para que os técnicos do Ministério de Minas e Energia encontrem uma forma para que seja celebrado um acordo que livre a Âmbar Energia de pagar integralmente a multa.
A decisão de Silveira contraria posição do Tribunal de Constas da união (TCU), que se posicionou contrariamente ao acordo e votou, por unanimidade, pelo arquivamento do processo. Como o ministério tem autonomia para celebrar o acordo independente da posição do TCU, a pasta decidiu seguir com as negociações.
A reportagem procurou o Ministério de Minas e Energia e a Âmbar Energia, que não se manifestaram.
Analistas esperam alta da inflação e o País mais endividado
Boletim Focus divulgado nesta segunda-feira (8) pelo Banco Central mostra que analistas do mercado financeiro revisaram para cima a previsão de inflação para 2024, ficou em 4,02%. É o nono aumento consecutivo na expectativa para o IPCA.
A expectativa para dívida líquida do setor público também foi reajustada para cima, chegou a 63,85% do Produto Interno Bruto (PIB). No último Focus, a previsão era de 63,70%.
A previsão para o PIB apresentou ligeira melhora, passou de 2,09% para 2,10%.
Rússia ataca maior hospital infantil da Ucrânia
Um ataque da Rússia contra a Ucrânia atingiu o maior hospital pediátrico ucraniano e deixou pelo menos 35 feridos neste segunda-feira (8). Na ofensiva de hoje, a Rússia disparou pelo menos 40 mísseis. Há registro de ao menos 20 mortes no ataque.
O hospital Infantil Okhmatdyt, em Kiev, é um dos mais importantes não só da Ucrânia, mas também da Europa e atende exclusivamente crianças.
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, diz que o hospital foi danificado pelo bombardeio russo. Há pessoas sob os escombros e o número exato de feridos e mortos ainda é incerto. “Agora, todos ajudam a remover os escombros: médicos e civis”, escreveu Zelensky na rede social X.
“A Rússia não pode deixar de saber para onde voam os seus mísseis e deve responder plenamente por todos os seus crimes: contra as pessoas, contra as crianças, contra a humanidade. É muito importante que o mundo não fique calado agora e que todos vejam o que a Rússia é e o que está a fazer”, afirma o presidente ucraniano.
MACONHA E AGRESSÃO AO CONGRESSO
A liberação do porte da maconha pelo STF é muito mais que uma nova manifestação do ativismo judicial. É uma invasão explícita de prerrogativa do Congresso Nacional.
O ministro Luiz Fux, ao defender a constitucionalidade do artigo 28 da Lei de Drogas, deu um recado de bom senso: “Sem atuação do Poder Legislativo, a liberação do uso da maconha vai trazer muito mais problema que solução”. Disse o óbvio: Só o Congresso, representante efetivo da sociedade, tem legitimidade para tratar de temas tão sensíveis.
Durante seu voto, Fux citou estudos de psiquiatras e de pesquisadores que, segundo ele, mostram que “não existem drogas leves” e que elas “não mexem apenas no prazer, mas em outras áreas do cérebro, que empobrecem as pessoas”. Também citou estudos que relacionam maconha com a piora no quadro de doenças mentais, como ansiedade ou esquizofrenia. A corte, mais uma vez, assumiu o papel do legislador. Quer impor à sociedade a agenda identitária. A qualquer preço.
Houve reação do Congresso, com críticas no Senado e aceleração da PEC das Drogas na Câmara. Espera-se que não fiquem na retórica vazia, mas defendam, finalmente, as prerrogativas do Poder Legislativo. Caso contrário, é ditadura do Judiciário.
O povo não deseja um Estado leniente com o consumo de entorpecentes. Mas o ativismo judicial não está nem aí para o sentimento da sociedade. O motivo real para este julgamento não é a descriminalização do consumo de pequenas quantidades de maconha. Esse é apenas o pretexto, o primeiro passo, de uma engenharia de costumes muito maior: a legalização não apenas da maconha, mas de toda a sorte de entorpecentes.
Existe uma agenda mundial para a naturalização do consumo de drogas. E o STF, passando por cima do Congresso, está alinhado com a perversa estratégia global.
Não cabe, insisto, ao Judiciário substituir o legislador. O Congresso precisa manter uma firme defesa da sua prerrogativa constitucional de fazer as leis. A perda crescente e preocupante de credibilidade do STF está intimamente relacionada com suas sucessivas invasões do espaço de outros poderes da República.
As drogas avançam. Devastam. Matam. No mercado da cocaína o Brasil exerce triste liderança. O país é hoje o maior espaço consumidor da droga na América do Sul e, provavelmente, o segundo maior nas Américas. Cresce em progressão geométrica a demanda doméstica. Ademais, somos hoje um importante corredor de distribuição mundial. As consequências dessa assustadora escalada podem ser comprovadas nos boletins de ocorrência de qualquer delegacia de polícia. O tráfico e o consumo de drogas estão na raiz dos roubos, das rebeliões nos presídios e da imensa maioria dos homicídios.
Quando falamos sobre políticas públicas relacionadas à maconha, é muito comum a população, a mídia e até os governantes buscarem modelos que estão sendo implementados em outros países para verificar quais medidas relacionadas ao assunto poderiam ser aplicadas aqui. Esquece-se, no entanto, de algo muito importante: as evidências científicas.
De forma surpreendente, e na contramão do bom senso, elas muitas vezes são ignoradas na tomada de decisões relacionadas às ações em saúde. Destacam-se, ao contrário, argumentos rasos, modismos e, no caso da Cannabis, fortemente influenciados pelo lobby a favor da legalização.
Alerta o respeitado psiquiatra Ronaldo Laranjeira, professor do Departamento de Psiquiatria da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp): “Artigos recentes mostram de uma forma inquestionável que o consumo de maconha aumenta em muito o risco de os jovens desenvolverem doenças mentais. Do meu ponto de vista, essa geração que consome maiores quantidades de maconha do que a geração anterior pagará um alto preço em termo de aumento de quadros psiquiátricos”.
Multiplicam-se, paradoxalmente, declarações otimistas a respeito das estratégias de redução de danos. O essencial, imaginam os defensores dessa corrente, não é a interrupção imediata do uso de drogas pelo dependente, mas que ele tenha uma melhora em suas condições gerais. A opção pela redução de danos pode ser justificada em determinadas situações, mas não deve ser guindada à condição de política pública. Afinal, todos sabem que, assim como não existe meia gravidez, também não há meia dependência. Embora alguns usuários possam imaginar que sejam capazes de controlar o consumo, cedo ou tarde descobrem que, de fato, já não são senhores de si próprios. Não existe consumidor ocasional. Existe, sim, usuário iniciante que, frequentemente, engrossa as fileiras dos dependentes crônicos. Afinal, a compulsão é a marca do usuário de drogas. Um cigarro de maconha pode ser o começo de um itinerário rumo ao desespero.
O papel do STF não é fazer leis. A orientação da política de drogas brasileira cabe ao Legislativo, aos representantes eleitos pela população. As drogas matam, provocam imenso estrago na saúde pública e sequestram a esperança e o futuro de milhões de jovens. Não é assunto para ser decidido por um colegiado, sobretudo de costas para a cidadania.
FONTE: JBF https://luizberto.com/maconha-e-agressao-ao-congresso/
TENTANDO LEMBRAR QUE DIA É HOJE…
FONTE: JBF https://luizberto.com/tentando-lembrar-que-dia-e-hoje/
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