O secretário de política agrícola do Ministério da Agricultura, Neri Geller, pediu demissão em meio à crise envolvendo o leilão público para a importação de arroz.
A suspeita de conflito de interesse surgiu quando empresas ligadas a um ex-assessor de Geller intermediaram a compra do cereal no leilão.
A saída de Geller foi confirmada pelo ministro Carlos Fávaro nesta terça-feira (11/6).
O ex-assessor também era sócio do filho de Geller.
O ministro Carlos Fávaro esclareceu que, embora a empresa em questão não tenha participado do leilão, a situação gerou transtornos suficientes para levar à renúncia de Geller.
Adicionalmente, o governo federal cancelou o leilão após as empresas vencedoras apresentarem “fragilidades” na execução da importação do alimento.
A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) solicitou comprovação de capacidade técnica e financeira às bolsas de cereais e mercadorias envolvidas na intermediação da compra.
Atualmente, não há uma data definida para a realização de um novo leilão.
Ministro do TSE anula uma das condenações de Bolsonaro
O ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) Raul Araújo anulou uma das três condenações do ex- presidente Jair Bolsonaro (PL) à suspensão dos direitos políticos. O caso se refere à segunda condenação de Bolsonaro e do ex-ministro Braga Netto, candidato a vice-presidente, declarados inelegíveis por suposto uso político das comemorações do 7 de Setembro de 2022.
Ao julgar um recurso de Bolsonaro e Braga Netto, Araújo entendeu que ambos foram condenados de forma ilegal, pelo ex-ministro Benedito Gonçalves, antes do fim do processo. Relator da ação contra o ex-presidente, Gonçalves usou a primeira condenação dos acusados pelo plenário do TSE para justificar a decisão individual, de decretar uma uma nova inelegibilidade de Bolsonaro.
“Tampouco se afigura correta a solução adotada na decisão agravada, de promover o julgamento antecipado do mérito em relação a apenas dois dos investigados tomando por base os fatos já esclarecidos nas ações conexas, sob pena de afronta à ampla defesa e ao contraditório, já que a instrução da presente ação envolveu mais testemunhas, mais documentos e mais investigados, sem que se tenha dado oportunidade de produção probatória pelos investigados Jair Bolsonaro e Walter Braga Netto”, decidiu Araújo, em 5 de junho.
Mesmo com a decisão de Araújo, Bolsonaro continua inelegível. Ele teve os direitos políticos suspensos no caso de uma reunião com embaixadores no Palácio da Alvorada e nas comemorações do 7 de Setembro.
A primeira condenação foi em junho, quando Bolsonaro foi derrotado por 5 votos a 2. Em outubro, Bolsonaro e o ex-ministro Braga Netto foram condenados à inelegibilidade por oito anos pelo uso eleitoral das comemorações de 7 de Setembro de 2022. No entanto, na quarta-feira 5, o ministro Raul Araújo, do TSE, anulou esta última condenação.
FONTE: REVISTA OESTE https://revistaoeste.com/politica/ministro-do-tse-anula-uma-das-condenacoes-de-bolsonaro/?utm_source=pushnews&utm_medium=pushnotification
Moraes manda prender mulher de 49 anos com epilepsia por causa do 8 de janeiro
Durante uma fase da Lesa Pátria, na quinta-feira 6, a Polícia Federal (PF) prendeu Alice dos Santos, de 49 anos, em virtude do 8 de janeiro. Ela trabalhava como chefe de passadoria em um ateliê na capital federal. A mulher tem três filhos e uma neta pequena.
A ordem foi cumprida a mando do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Na ocasião, outras 48 pessoas voltaram para a cadeia, por “receio de fuga”, depois de o portal UOL noticiar a presença de “foragidos” morando na Argentina e Uruguai.
Condenada a 14 anos de prisão em 11 de março, a brasiliense de Arniqueiras tem epilepsia, depressão e ansiedade. Por causa dessas doenças, Alice toma remédios controlados. Sem dinheiro suficiente para se alimentar e pagar as próprias contas, vive da ajuda de parentes.
“Ela precisa de medicamentos para viver”, afirmou Sarah Lisboa, filha de Alice, a Oeste. “Entre quinta e sexta-feira, minha mãe esteve na PF. Levamos os remédios, lacrados e com as receitas, para facilitar. Imaginamos que esses medicamentos não chegaram até ela na transferência à Colmeia, no sábado.”
Sarah suspeita que a mãe teve uma convulsão na cadeia. Isso porque Alice não compareceu a uma videoconferência com a defesa, nesta manhã, justamente para relatar seu estado de saúde. A advogada Juliana Nascimento foi informada que sua cliente estava no centro médico da Colmeia naquele momento.
Acórdão condenatório da presa pelo 8 de janeiro que tem epilepsia
Conforme a advogada, a prisão de Alice ocorreu antes da publicação do acórdão condenatório. A etapa é essencial para a defesa entrar com recursos.
Além disso, de acordo com Juliana, Alice vinha cumprindo as medidas restritivas desde que conseguiu liberdade provisória, em março de 2023.
“Desde então, vinha cumprindo fielmente todas as medidas impostas, inclusive sempre comparecia ao Cime quando a tornozeleira apresentava qualquer problema”, relatou a defesa. “Tanto é que teve de trocar o aparelho algumas vezes.”
Presa no Senado no 8 de janeiro, Alice alegou ter ido à manifestação por achar que seria pacífica; acabou solta dois meses depois em razão da epilepsia.
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Instituto Lula mantém ‘exército do WhatsApp’ para defender o governo, diz jornal
O Instituto Lula, que está fora dos holofotes desde a Operação Lava Jato, mobilizou em 2022 cerca de 100 mil militantes para divulgar pelo WhatsApp mensagens pró-Lula e contra Jair Bolsonaro (PL). Após a vitória de Lula, os grupos continuaram ativos para disseminar campanhas a favor do governo e contra o ex-presidente, além de “desinformação”, segundo reportagem do jornal O Estado S. Paulo.
De acordo com a publicação, a concepção inicial desse plano foi de Paulo Okamotto, ex-sindicalista, ex- presidente do instituto e coordenador da campanha de Lula em 2022. Ele contou com o apoio de estrategistas da equipe de Bernie Sanders, do Partido Democrata. Atualmente, a equipe do ministro Paulo Pimenta, da Secretaria de Comunicação, utiliza esses grupos. 8
Em entrevista ao Estadão, Okamotto afirmou que o instituto é “apartidário” e que os grupos de WhatsApp eram geridos por voluntários. Okamotto disse que tinha como objetivo “fortalecer a presença” no WhatsApp e “combater fake news”. 8
Estratégias de comunicação e disseminação
O Estadão revelou que o Palácio do Planalto despacha diariamente com integrantes do chamado ‘gabinete da ousadia’. O grupo conta com militantes petistas com milhões de seguidores nas redes sociais, como Thiago dos Reis, para “publicar vídeos que misturam desinformação e ataques a adversários políticos”.
Como mostrou o Estadão, entre os conteúdos populares publicados por Thiago estão títulos mentirosos, como “Anunciada a morte de Bolsonaro!”; “Revelada ligação de Bolsonaro com caso Marielle e provas aparecem!”; “Revelada ligação de Bolsonaro com Comando Vermelho”; e “Eduardo Bolsonaro ameaça de morte Alexandre de Moraes”.
Coordenação e operacionalização
Internamente chamado de “programa de voluntários”, o mecanismo interagia com a campanha oficial para a seleção de temas. Apelidado de “Zap do Lula”, “Time Lula” e “Evangélicos com Lula”, o acesso aos grupos se dava pelo site oficial de Lula. A operacionalização ficou a cargo de Ana Flávia Marques, especialista em comunicação digital.
Ela coordenou a comunicação da campanha Lula Livre, de 2018 a 2021, e fez parte da campanha de Fernando Haddad em 2018. Ana Flávia explicou que a estratégia de camadas funcionou, alcançando quase 100 mil voluntários. A tática era reverter o apoio a Bolsonaro entre os evangélicos, em que Lula tinha desvantagem.
Desafios e oposição
Os grupos também convocam mutirões de denúncias contra postagens de perfis políticos à direita e organizam horários de publicações em redes sociais. Peças como “Evangelho segundo Bolsonaro” eram compartilhadas, criticando o ex-presidente com mensagens como “Bolsonaro: o governo do ódio, da corrupção e da mentira”.
Os grupos são abertos e diferenciados por números, como “Zap do Lula 2530” e “Zap do Lula 3500”, para troca de conteúdos pró- governo. Links para posts de influenciadores alinhados com o governo, como Thiago, são compartilhados.
O site oficial de Lula foi registrado em nome de Cleber Batista Pereira, que tem uma divida previdenciária de quase R$ 100 mil.
Investigação e doações
O Instituto Lula entrou na mira da Lava Jato por doações de empreiteiras, que seriam lavagem de dinheiro. O STF suspendeu os casos. Em 2023, Ricardo Lewandowski, então ministro do STF, suspendeu o processo que envolve Paulo Okamotto.
A organização planeja voltar a receber doações de empresas para formação política, sendo atualmente financiado por contribuições de pessoas físicas.
Okamotto disse que os grupos de WhatsApp estão desmobilizados: “Eram supervoluntários que organizavam grupos de voluntários, mas com o final da campanha, esse grupo foi se diluindo”, diz. Ana Flávia Marques também afirmou que os grupos são mantidos por voluntários e que a organização não é mais a mesma sem a campanha.
FONTE: REVISTA OESTE https://revistaoeste.com/politica/instituto-lula-mantem-exercito-do-whatsapp-para-defender-o-governo-diz-jornal/?utm_source=pushnews&utm_medium=pushnotification#google_vignette
AO VIVO: Confissão de culpa? O escândalo do leilão cancelado que afundou o governo Lula (veja o vídeo)
O governo Lula (ou melhor, desgoverno) anulou nesta terça-feira (11) o leilão para importação de arroz.
O fato em si não seria um problema não fosse os fatos envolvendo um leilão desnecessário e com suspeita de fraudes e favorecimento.
Mercearia de bairro, locadora de veículos e até fábrica de sorvetes venceram lotes em um edital no mínimo deficiente, um espelho do atual governo.
Até o Secretário de Agricultura, Neri Gueller, pediu demissão (ou foi demitido).
Do outro lado, o “Arrozão” virou o centro das atenções de toda a imprensa do Brasil, encurralando o governo.
Além disso, a Câmara dos Deputados colhe a todo vapor assinaturas para abrir a CPI do Arroz, algo que pode desgastar ainda mais um governo que se arrasta para o seu fim, antes mesmo da metade do mandato.
CPI para investigar falcatrua no arroz de Lula tem rápida adesão
O deputado federal Luciano Zucco (Republicanos-RS) apresentou na semana passada um pedido para a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) a fim de investigar a compra de 263,3 mil toneladas de arroz pelo governo Lula.
Das quatro empresas vencedoras, a maior é uma empresa do Amapá especializada na venda de leite e derivados. Caberá à Wisley A. de Sousa LTDA, conhecida como supermercado “Queijo Minas”, entregar 147,3 mil toneladas do grão, em uma transação superior a 736 milhões de reais.
Suspeitas sobre a compra
Há poucas informações sobre o mercadinho no Amapá, além de suas redes sociais pouco movimentadas e números de contato, conforme reportado pela Crusoé na semana passada.
Outra transação suspeita envolve um empresário de Brasília que confessou à Justiça ter pago propina para conseguir, no passado, um contrato com a Secretaria de Transportes do Distrito Federal. Ele representa a ASR Locação de Veículos e Máquinas, a segunda empresa com maior participação no leilão.
O pedido de CPI já conta com cerca de 100 assinaturas de parlamentares, sendo necessárias 171 para sua instauração. Zucco espera alcançar o número necessário ao longo desta semana.
Investigações na PGR sobre fraude
Na semana passada, parlamentares protocolaram na Procuradoria-Geral da República (PGR) uma representação para apurar indícios de fraude na aquisição.
O deputado Ubiratan Sanderson (PL-RS) argumenta que, dos 28 lotes, apenas 17 foram arrematados. Segundo ele, várias empresas envolvidas na negociação com o governo federal possuem baixo capital social, o que levantou suspeitas.
A compra de arroz importado foi uma medida adotada pelo governo federal para tentar regular o mercado interno, embora produtores nacionais tenham negado repetidamente a possibilidade de desabastecimento do produto no Brasil.
AO VIVO: O escândalo do arroz (veja o vídeo)
Após suspeitas de fraude, o governo Lula suspendeu o polêmico leilão de importação do arroz. E sobrou para o secretário de Política Agrícola, Neri Geller, que pediu demissão do governo… O deputado federal Evair de Melo, presidente da Comissão de Agricultura, traz todos os detalhes em entrevista exclusiva ao Hora Notícia!
O ministro Alexandre de Moraes prorroga pela 10ª vez inquérito que mira o ex-presidente Bolsonaro. Com o novo prazo, a apuração terá até o final do ano para ser concluída.
O Hora Notícia recebe ainda os analistas políticos Rony Gabriel e Coronel Tadeu, e o empresário Fabiano Rheinheimer. Apresentação de Berenice Leite. Assista no Fator Político BR, parceiro do Jornal da Cidade Online!
Veja o vídeo:
FONTE: JCO https://www.jornaldacidadeonline.com.br/noticias/59269/ao-vivo-o-escandalo-do-arroz-veja-o-video
Papa Francisco volta a falar de ‘viadagem’ na Igreja Católica
Em encontro com padres de Roma, o papa Francisco voltou a usar o termo ‘viadagem’ (frociaggine, no original, em italiano) para se referir aos homossexuais na Igreja Católica. Semanas atrás, o pontífice chegou a pedir desculpa por ter usado a palavra durante uma reunião a portas fechadas entre bispos. A informação é da agência de notícias italiana Ansa.
Enquanto conversava com os padres de Roma, o papa disse que “existe um ar de viadagem no Vaticano” e reiterou que homens com “tendências homossexuais” não deveriam entrar para o seminário nem se tornar sacerdotes.
Declarações polêmicas
Os principais jornais italianos revelaram que, em 20 de maio, Francisco afirmou que os seminários estão “cheios de viadagem” e que homens gays não devem ser padres.
Bispos presentes disseram ao jornal Corriere della Sera que o papa “não tinha consciência” de quão ofensiva é a palavra em italiano, sua segunda língua. Eles afirmaram que “a gafe” do papa foi evidente.
Contradições do papa
Desde sua escolha pelo colégio cardinalício em 2013, o papa Francisco, de 87 anos, tem orientado a Igreja a ser mais acolhedora com o grupo LGBT. Em dezembro, ele autorizou a bênção de pessoas do mesmo sexo que estão em um relacionamento, embora mantenha o veto ao casamento entre gays.
Resposta do Vaticano
Em nota, o Vaticano afirmou que o papa reforçou a necessidade de acolher os homossexuais na Igreja, mas com cautela, para que elas não se tornem seminaristas.
FONTE: REVISTA OESTE https://revistaoeste.com/mundo/papa-francisco-volta-a-falar-de-viadagem-na-igreja-catolica/?utm_source=pushnews&utm_medium=pushnotification
Importar arroz era ideia fixa de Lula há mais de um mês
Há mais de um mês, em São José da Tapera (AL), Lula (PT) já defendia a importação de arroz com intrigante ênfase, mas não pela tragédia no Rio Grande do Sul e sim porque se disse “puto da vida” com o preço, segundo ele, de 33 reais por saco de 5 quilos. Sem admitir que preço alto tem a ver com pesados impostos do seu governo, Lula assinou medida provisória liberando R$7,2 bilhões para importar 1,3 milhão de toneladas. O leilão de importação foi anulado ontem (11) com indícios de corrupção.
Caso de polícia
A ligação de filho de Neri Geller, secretário de Política Agrícola, com importadores de arroz transforma as suspeitas em caso de polícia.
Brasil abastecido
Lula decidiu importar sem procurar saber se era necessário, e manteve a decisão apesar da garantia de que não havia risco de desabastecimento.
Colhido e a salvo
A Fenarroz, que representa 6 mil produtores gaúchos, informou desde o primeiro momento que quase toda a safra já estava colhida e a salvo.
Estava escrito
Sinais de corrupção surgiram nos leilões, com a opção de entregar R$ 732 milhões a uma loja de queijos de Macapá (AP) para importar arroz.
‘Confissão de culpa’, diz Zucco, sobre governo anular leilão de arroz
Autor do requerimento que pede a instalação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do “Arrozão”, o deputado federal Luciano Zucco (PL- RS), disse, nesta terça-feira, 11, que a decisão do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em anular o leilão de arroz realizado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) é uma “confissão de culpa”.
Como mostrou Oeste, há pouco, o presidente da Conab, Edgar Pretto, anunciou que anulou o leilão em virtude da desconfiança sobre a capacidade de as empresas vencedoras entregarem o produto. Um novo leilão será realizado.
No leilão, o governo arrematou 263.730 toneladas de quatro empresas, por R$ 1,3 bilhão. “Nào tem como a gente depositar dinheiro público sem termos as reais garantias de que o leilão e esses contratos posteriores serão honrados”, completou Pretto.
Zucco destacou que irá continuar coletando assinaturas para a instalação da CPI. Até a última atualização desta reportagem, o requerimento contava com 78 assinaturas das 171 necessárias.
“Esse recuo, essa desistência é algo muito negativo para o governo”, ponderou o deputado a jornalistas na sede da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA). “Eles verificaram algo de errado e temos que analisar de forma muito clara por meio da CPI.”
Neste momento, o deputado pede apoio aos membros da FPA, na reunião que ocorre na sede da bancada, em Brasília. O governo Lula escolheu importar arroz dias depois do início das enchentes no Rio Grande do Sul, responsável por 70% da produção nacional do grão.
O Estado, no entanto, já havia colhido 80% do cereal. Produtores rurais e especialistas disseram que a compra de arroz era desnecessária, pois não havia risco de desabastecimento.
Em 7 de maio, o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, disse que o governo decidiu comprar arroz para evitar a alta de preços diante da dificuldade que o Estado passava para transportar o grão para o país.
Há pouco, Fávaro anunciou que o secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Neri Geller, colocou o cargo a disposição e foi demitido. Há suspeitas da relação de um ex-assessor dele com sócios das empresas que intermediaram o certame.
Depois do leilão do arroz diversas denúncias apareceram. Entre elas, o possível uso de empresas de fachada. O caso que chama mais a atenção é o da principal vencedora do leilão, a empresa Wisley A. de Sousa.
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Servidores do Inmet anunciam greve
Servidores do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), órgão vinculado ao Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), anunciaram uma paralização a partir da próxima segunda-feira, 15. Eles alegam falta de pessoal e de recursos para trabalhar. O Inmet é responsável por fazer previsões meteorológicas e monitoramento do tempo no país.
Em comunicado, o Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público Federal do Estado de São Paulo informou que instituto teve prejuízos orçamentários desde que perdeu “autonomia”. O Inmet disse que deixou de responder diretamente ao gabinete do Mapa e para se submeter às secretarias.
Segundo os sindicalistas, a Secretaria de Inovação, Desenvolvimento Sustentável, Irrigação e Cooperativismo (SDI) “parece não entender o papel e a importância do Inmet como serviço oficial de meteorologia do Brasil, por vezes enfraquecendo o órgão, puxando para si cargos e trabalhadores terceirizados”.
O que diz o Мара
O ministério também se pronunciou por meio de nota e negou que uma greve seria deflagrada. “O Mapa está sempre à disposição para dialogar com qualquer ente interessado sobre o tema, bem como estamos atentos a toda e qualquer divulgação equivocada e/ou de conteúdo que promova a fake news”, disse a pasta.
O Mapa destacou ainda que “o Inmet desempenha um papel fundamental no monitoramento climático e na resposta a tragédias naturais” e que, portanto, “a continuidade e a eficácia dos serviços do instituto estão entre as prioridades” da pasta.
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Governo Lula recua e anula leilão após Zucco propor CPI do Arroz
O governo federal anulou hoje o leilão de compra internacional de arroz após denúncias de que as empresas vencedoras não eram do ramo e não tinham capacidade para realizar a importação. Entre as empresas vencedoras, havia sorveteria e locadora de automóvel.
De acordo com a Conab, foram comercializadas 263,3 mil toneladas do produto, o que representa 88% do volume estimado inicialmente. O valor movimentado no leilão foi de R$ 1,3 bilhão.
O deputado federal Zucco (PL), iniciou a coleta de assinaturas para protocolar a CPI do Arroz, que visa investigar os inúmeros indícios de irregularidades em todo o processo do leilão, bem como, as empresas envolvidas e a crise fictícia que Governo criou, sobre a falta de abastecimento do cereal, mesmo que os próprios produtores rurais do Rio Grande do Sul, tenham garantido que há arroz o suficiente para abastecer o mercado nacional.
A CPI conseguiu mais de 100 assinaturas em menos de 24h e repercutiu em vários veículos de comunicação.
Hoje (11/06), o Governo anunciou que cancelou o leilão e irá exonerar o secretário de Política Agrícola, Neri Geller. O motivo, seria o fato de que as tais empresas vencedoras não teriam comprovado que são aptas.
Em coletiva de imprensa, o deputado federal disse que vai continuar coletando as assinaturas e que os trabalhos da CPI do Arroz estão apenas começando.
“Pra mim, isso foi uma confissão de culpa. Vamos investigar a fundo”.
PCC intimida executivos do setor de combustível
O Primeiro Comando da Capital (PCC) tem ameaçado de morte executivos do setor de combustível que se opõem publicamente à expansão da organização criminosa no setor. Os ataques também se estendem a familiares, relataram fontes do ramo empresarial a Oeste.
Há um mês, o governador de São Paulo, Tarcísio Gomes de Freitas, revelou que o PCC controla 1,1 mil postos de combustível no país.
Conforme depoimentos à reportagem, integrantes da facção realizam ligações telefônicas intimidadoras e mandam até correspondências com mensagens veladas em endereços de seus alvos.
De acordo com esses executivos, o procedimento ocorre também com os donos dos postos. O objetivo: cooptá-los para expandir a rede do crime. Se o proprietário se recusar a colaborar, corre o risco de morrer.
Outro elemento que compõe o modus operandi é sufocar financeiramente postos de gasolina específicos, com unidades sob controle do crime, para facilitar a “rendição” dos que não são do PCC.
PCC tem postos de gasolina
Durante a 17ª edição da Itaú BBA Latam CEO Conference em Nova York, Freitas afirmou que o PCC controla 1,1 mil postos de gasolina, além de iniciar a aquisição de usinas de etanol.
“O PCC não vai pagar o preço justo pela cana-de-açúcar”, disse Freitas. “A facção vai chantagear o produtor para pagar um preço menor.”
A coluna No Ponto analisa e traz informações diárias sobre tudo o que acontece nos bastidores do poder no Brasil e que podem influenciar nos rumos da política e da economia. Para envio de sugestões de pautas e reportagens, entre em contato com a nossa equipe pelo e- mail noponto@revistaoeste.com.
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PF mira suspeitos de desviarem R$ 36 milhões do PROS em 2022; partido apoiou Lula na eleição
Cinquenta e dois mandados de prisão e de busca e apreensão são cumpridos pela Polícia Federal nesta quarta (12) contra suspeitos de participarem de uma organização criminosa que teria desviado aproximadamente R$ 36 milhões do fundo partidário de uma legenda durante as eleições de 2022.
As investigações que levaram à operação Fundo no Poço começaram após uma denúncia feita pelo então presidente do partido contra um ex-dirigente que se utilizava de candidaturas laranjas em várias partes do país.
O nome do partido e o suspeito não foram divulgados pela Polícia Federal, mas a autoridade cita o envolvimento da Fundação de Ordem Social (FOS), que era ligada ao PROS e que foi incorporada pela Fundação 1º de Maio, do Solidariedade, no ano passado.
A Gazeta do Povo entrou em contato com o PROS e o Solidariedade e aguarda retorno. Os dois partidos se fundiram em 2023.
Ao todo, são cumpridos sete mandados de prisão preventiva, 45 de busca e apreensão em dois estados (Goiás e São Paulo) e no Distrito Federal, bloqueio e indisponibilidade de R$ 36 milhões e o sequestro judicial de 33 imóveis, deferidos pela Justiça Eleitoral do DF.
Informações preliminares apontam que o presidente do Solidariedade (ex-presidente do PROS), Eurípedes Gomes Júnior, é um dos alvos da operação.
A PF diz que a investigação foi baseada em Relatórios de Inteligência Financeira e análise das prestações de contas de candidatos suspeitos, em que foram encontrados indícios da existência de uma organização criminosa estruturada com o objetivo de desviar e se apropriar de recursos dos fundos Partidário e Eleitoral.
Além das candidaturas laranjas, o grupo superfaturava serviços de consultoria jurídica e desviava recursos destinados à Fundação de Ordem Social (FOS), vinculada ao partido.
“Os atos de lavagem foram identificados por meio da constituição de empresas de fachada, aquisição de imóveis por meio de interpostas pessoas, superfaturamento de serviços prestados aos candidatos laranjas e ao partido”, diz a PF em nota.
Segundo registros públicos, a FOS é uma instituição sem fins lucrativos criada em 2013 pelo PROS, que foi incorporada pela Fundação 1º de Maio, ligada ao Solidariedade, no ano passado. “Com a incorporação, somaremos forças e lutaremos juntos por um país com mais oportunidades, trabalho e educação para todos”, diz uma publicação conjunta dos dois partidos em uma rede social.
Os envolvidos, segundo a autoridade, são investigados pelos crimes de organização criminosa, lavagem de dinheiro, furto qualificado, apropriação indébita, falsidade ideológica eleitoral e apropriação de recursos destinados ao financiamento eleitoral.
PROS apoiou Lula em 2022
Naquele ano, o PROS enfrentou uma forte disputa interna entre a ala favorável ao apoio à candidatura de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), do então dirigente Eurípedes Júnior, e a que lançou Pablo Marçal à disputa presidencial, apoiada por Marcus Holanda.
A disputa pelo comando da legenda começou ainda em 2019 e culminou na pré-campanha daquele ano, em que Holanda organizou um processo administrativo para destituir Eurípedes por suspeita de corrupção e uso de recursos do fundo partidário em benefício próprio.
No entanto, o dirigente pró-Lula foi à Justiça e conseguiu uma decisão favorável monocrática do ministro Jorge Mussi, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), para retomar o comando do PROS.
A volta de Eurípedes Junior à presidência do PROS enterrou a indicação de Pablo Marçal e levou o partido a participar da coligação “Brasil da Esperança” após uma reunião da executiva com o então coordenador da campanha de Lula, Aloizio Mercadante, e Geraldo Alckmin.
FONTE: GAZETA DO POVO https://www.gazetadopovo.com.br/republica/operacao-pf-desvio-recursos-fundo-partidario/
Inflação volta a subir, para desespero de um governo que não sabe o que fazer
Saiu o IPCA, de maio: 0,46%. O importante é pegar os últimos 12 meses para saber quanto está a inflação anual: subiu para 3,93%, e a meta do governo é 3%. O governo está desesperado. Fez essa “MP do fim do mundo” para tirar R$ 29 bilhões dos pagadores de impostos, e sofreu uma derrota acachapante. O presidente do Congresso está devolvendo essa história para o presidente da República.
Foi um erro muito grande do governo. Como diz a nota das confederações da agricultura, do comércio, da indústria, das cooperativas, dos transportes, divulgada em todos os jornais por vários dias, o governo tem de fazer o mínimo de esforço para cortar a despesa, mas não corta e quer cobrar mais. Dizem, também, que o governo mostrou não ter diálogo e demonstrou insegurança jurídica para todos os investidores. Até um empresário que “fez o L” e deu milhões para a campanha de Lula, Rubens Ometto, está criticando.
Governo podia aproveitar recuo e desistir de importar arroz sem necessidade
Outro recuo do governo foi essa maluquice de importar arroz. Lula botou na cabeça que tem de importar 1 milhão de toneladas de arroz. A primeira experiência, das 263 mil toneladas, foi um escândalo. Por causa disso, caiu o secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, porque ele é quem indicou a pessoa que conduziu o leilão. Está na hora de parar com essa história de importação, porque temos arroz para exportar. Vamos gastar um dinheirão com isso e prejudicar ainda mais os arrozeiros gaúchos, que saíram de três secas e caíram numa enchente.
Toffoli blinda a Odebrecht mais uma vez
O ministro Dias Toffoli, nesta semana, anulou um pedido do Ministério Público, que queria investigar nos bancos de Andorra – aquele principado que fica nos Pireneus, entre a França e a Espanha – se a conta da Odebrecht lá serviu para pagar propina. O ministro alegou que é imprestável a prova que leva a isso. Mais um assunto para o Financial Times, que já fez duas reportagens a respeito da derrubada do combate à corrupção no Brasil feito pela Lava Jato.
A enorme diferença de tratamento entre Adélio Bispo e uma presa do 8 de janeiro
Vejam essas duas histórias. A Polícia Federal acaba de concluir que Adélio Bispo agiu sozinho na hora da facada em Jair Bolsonaro. Claro, mas ele não agiu sozinho na hora de produzir um álibi, botando o nome como se estivesse na Câmara, algum gabinete de deputado está envolvido nisso. E é fácil descobrir, tem de ficar registrado o nome de quem autorizou registro da presença dele na Câmara no dia 6 de setembro; se ele tivesse conseguido fugir de Juiz de Fora, estaria “provado” que ele estava na Câmara. Foi um homônimo? Se foi, onde está ele? Não apareceu. Isso é o que queremos saber até hoje.
Adélio Bispo é inimputável, mas a dona Alice dos Santos, 49 anos, que toma remédios controlados, teve um ataque epilético na prisão. Ela foi presa para não fugir do país como outros haviam fugido, mas a defesa diz que ela estava cumprindo todas as medidas cautelares, trabalhando como chefe de passadeiras de roupa. É avó e foi condenada a 14 anos por tentar derrubar o governo por métodos violentos; Adélio Bispo, a zero anos.
Ditadura cubana vasculha tudo o que cubanos publicam e pede prisão para quem critica o ditador
Uma moça de 22 anos, Sulmira Martínez, criticou a ditadura cubana, lá em Cuba, e a promotoria está pedindo dez anos de prisão para ela, que já está presa há dois meses. Durante o interrogatório, ela foi levada à televisão para assumir a culpa de ter ofendido o ditador, de ter criticado o governo e de ter pregado um governo democrático em Cuba. Por isso, pode pegar dez anos. Como é que descobriram isso? Porque lá em Cuba existe uma Direção de Análise da Informação do Instituto de Informação e Comunicação Social para ver o que está saindo nas redes sociais. Isso aí nós também temos.
FONTE: GAZETA DO POVO https://www.gazetadopovo.com.br/vozes/alexandre-garcia/ipca-maio-mp-fim-do-mundo/
Polícia Federal faz operação contra presidente do Solidariedade
A Polícia Federal deflagrou na manhã desta quarta-feira, 12, uma operação contra o presidente do partido Solidariedade, Eurípedes Júnior. Ele é o principal alvo e há contra ele um mandado de prisão, mas Eurípedes não foi encontrado pelos agentes até agora. A investigação se refere ao desvio de R$ 36 milhões do Fundo Partidário.
A corporação cumpre outros seis mandados de prisão preventiva e 45 de busca e apreensão no Distrito Federal, em Goiás e em São Paulo. Os alvos são dirigentes, ex-dirigentes, a tesoureira e quatro candidatos que concorreram a cargos pelo Partido Republicano da Ordem Social (Pros) nas eleições de 2018. Em 2023, ο Pros foi incorporado pelo Solidariedade.
A PF investiga, entre outras possíveis irregularidades, o uso de candidaturas de “laranjas” para receber dinheiro do fundo eleitoral. Os candidatos “laranjas” devolviam a Eurípedes parte do dinheiro que obtinham do Fundo Partidário.
A Polícia Federal investiga os crimes de organização criminosa, lavagem de dinheiro, furto qualificado, apropriação indébita, falsidade ideológica eleitoral e apropriação de recursos destinados ao financiamento eleitoral.
“Por meio de Relatórios de Inteligência Financeira e da análise de prestações de contas de supostos candidatos, foram localizados indícios que apontam para existência de uma organização criminosa estruturalmente ordenada com o objetivo de desviar e se apropriar de recursos do Fundo Partidário e Eleitoral, utilizando-se de candidaturas laranjas ao redor do país, de superfaturamento de serviços de consultoria jurídica e desvio de recursos partidários destinados à Fundação de Ordem
Social (FOS) – fundação do partido”, informou a Polícia Federal, em nota.
A corporação explica que os atos de lavagem foram identificados por meio da criação de empresas de fachada, aquisição de imóveis por interpostas pessoas, superfaturamento de serviços prestados aos candidatos laranjas e ao partido.
FONTE: REVISTA OESTE https://revistaoeste.com/politica/policia-federal-faz-operacao-contra-presidente-do-solidariedade/?utm_source=pushnews&utm_medium=pushnotification
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