O TSE de Cármen Lúcia

Em agosto de 2022, o ministro Alexandre de Moraes tomou posse na presidência do Tribunal Superior Eleitoral com uma série de afirmações elogiáveis sobre a liberdade de expressão. Afirmou, por exemplo, que “a liberdade do direito de voto depende preponderantemente da ampla liberdade de discussão”; que “tanto a liberdade de expressão quanto a participação política em uma democracia representativa somente se fortalecem em um ambiente de total visibilidade e possibilidade de exposição crítica das diversas opiniões sobre os principais temas de interesse do eleitorado e sobre os seus próprios governantes”; que “a democracia não resistirá (…) onde a liberdade de expressão for ceifada”; e que “a intervenção da Justiça Eleitoral deve ser mínima”. O que se seguiu depois disso o Brasil inteiro viu, com o TSE mais liberticida de todos os tempos e o desequilíbrio escancarado do debate eleitoral em favor de um candidato.

Já a sucessora de Moraes à frente da corte eleitoral, ministra Cármen Lúcia, nem precisou disfarçar e prestar homenagens àquela garantia constitucional que ela mesma ajudou a derrubar, como integrante do TSE durante o período em que Moraes foi presidente. Seu discurso de posse não teve nenhuma menção explícita à liberdade de expressão – há, no máximo, alusões genéricas a “liberdades”, por exemplo quando a ministra as descreve “como antídoto contra os medos, contra as mentiras e falsidades que enganam a vida e desvirtuam as relações”, e uma referência à “liberdade de informação séria e responsável”, que ela diz ser “o remédio eficaz” contra o “vírus da mentira” – talvez um dos raros momentos felizes do discurso, mas que, a julgar por suas outras afirmações e sua prática recente no TSE, também não se tornará realidade.

Também não há nada parecido com a promessa de uma “intervenção mínima” por parte da Justiça Eleitoral no debate público – pelo contrário, a nova presidente do TSE promete postura de muita interferência (embora, obviamente, não use essa palavra), a ponto de falar em “se prevenir contra” as mentiras. Todo o seu discurso, aliás, foi permeado pelo tema das “mentiras”, do “ódio”, dos “medos”, da “raiva desumana”, como se o país estivesse totalmente dominado pelo “poderoso ecossistema das plataformas”, sempre com a pior intenção possível.

Contra essa enorme ameaça, vem em socorro do brasileiro não a “informação séria e responsável”, que efetivamente é o melhor antídoto contra a mentira, mas sim um TSE paternalista e que não hesitará em usar o porrete, como vem fazendo desde 2022, com direito a censura prévia endossada pela própria Cármen Lúcia, mas também por meio do incentivo à autocensura – a tal “prevenção” citada no discurso. Afinal, são da lavra da ministra as recentes resoluções que não só ampliam o poder de polícia da corte como também obrigam as plataformas a se juntar à “polícia do pensamento”, incentivando-as a apagar por conta própria conteúdos potencialmente controversos para que não fiquem sujeitas a punições.

Tudo, claro, para o bem do brasileiro, pois, como diz a ministra, “se não rompermos o cativeiro digital, chegará o dia em que as próprias mentiras nos matarão. E, seguindo o vaticínio poético drummondiano, então morreremos de medo”. É assim que, parafraseando as palavras ditas por Cármen Lúcia, podemos dizer que a censura e o controle do discurso, instrumentos espúrios, maquiam-se como “defesa da democracia”, seduzindo o olhar e cegando o raciocínio sobre o que está sendo feito. “A mentira amolece a humanidade porque planta o medo para colher a ditadura individual ou política”, afirma ela, sem se dar conta de que também a mentira da “censura em nome da democracia” planta o medo nos cidadãos, que já temem dizer o que em qualquer verdadeira democracia poderia ser dito sem temor algum.

As próximas eleições municipais, e a preparação para as eleições de 2026, serão supervisionadas pela ministra que um dia afirmou que o “cala boca já morreu”, depois endossou uma censura prévia chamando-a de “situação excepcionalíssima”, e agora redige resoluções que fortalecem o controle da corte sobre o discurso nas mídias sociais. A quem tinha esperanças de uma distensão com a saída de Alexandre de Moraes, o discurso da nova presidente do TSE indica que é melhor se acostumar com o célebre aviso deixado por Dante no Canto III de seu Inferno.

FONTE: GAZETA DO POVO https://www.gazetadopovo.com.br/opiniao/editoriais/posse-carmen-lucia-tse/

‘Efeito Shein’, inflação e serviços obsoletos: entenda pedidos de recuperação judicial no varejo

varejo brasileiro

Quem acompanha o noticiário econômico certamente esbarrou em reportagens sobre gigantes do varejo que anunciaram pedidos de recuperação judicial ou tiveram balanços negativos nos últimos meses.

E não é só impressão. Os pedidos de recuperação judicial no pais saltaram 80% no acumulado do ano até abril, segundo o Indicador de Falências e Recuperação Judicial da Serasa Experian, divulgado na semana passada.

Ao todo, foram 685 pedidos nos quatro primeiros meses do ano, ante 382 no mesmo período do ano passado. Aliás, em 2023, o número de pedidos subiu 68,7% em relação a 2022.

Dos números levantados, 114 pedidos de recuperação judicial em abril foram feitos por micros e pequenas empresas (MPEs). O valor soma 78% do total registrado no més.

O resultado é o terceiro pior para um único mês desde o início da série histórica levantada pela Serasa Experian. O número só fica atrás de setembro de 2016 (244 pedidos) e de março de 2018 (190 pedidos).

Especialistas ouvidos por Oeste concordam que o varejo brasileiro enfrenta um sério período de crise. Entre vários motivos, estão a inflação e a concorrência de gigantes asiáticas, como Shein e Shopee.

Fator confiança

Para o presidente do Instituto Brasileiro de Executivos de Varejo e Mercado de Consumo (Ibevar). Claudio Felisoni de Angelo, o desempenho do varejo de bens e serviços no curto prazo depende fundamentalmente da condução da política monetária e fiscal. Além disso, é necessário contar com renda disponível, confiança do consumidor, condições do mercado de trabalho, preços dos bens e serviços e crédito.

“Não há nada pior para o consumo das famílias (bens e serviços, pouco mais de 72% do PIB) que um aumento acelerado dos preços”, disse Felisoni de Angelo.

“A inflação é um imposto, pois retira renda real dos indivíduos. Porém, não é apenas um imposto”, prosseguiu o presidente Ibevar. “É um imposto regressivo, onera mais exatamente quem menos pode se proteger contra os efeitos deletérios da inflação.”

Gigantes do varejo enfrentam crise

Em um dos casos de recuperação judicial mais recentes, a Polishop entrou.com o pedido na Justiça com uma divida de quase RS 400 milhões.

Para o especialista em varejo da Strong Business School, Ulysses Reis, a empresa de João Appolinário pecou no preço e no modelo de negócio. Ele relembra que a Polishop foi uma das pioneiras em infomerciais no Brasil – aqueles programas longos que anunciam produtos pela televisão.

“Mas o grande problema da Polishop é uma questão de preço”, afirma. “Eles sempre praticaram preços muito elevados. O que acaba acontecendo é que, numa época onde não se tinha internet e acesso a informações, o consumidor não tinha como avaliar se o preço daquele produto era viável.

“Fato é que, no auge dos infomerciais, a Polishop se deu muito bem. O problema, segundo o especialista, é que a empresa teve dificuldade em readequar seu modelo de negócio depois do surgimento dos e- commerces.

Imagem mostra fachada de loja da Polishop em shopping do Rio de Janeiro

“Hoje o consumidor pode pesquisar preço e ver o que outros clientes acham realmente dos produtos, por exemplo”, diz Reis. “A realidade é que a Polishop até sobreviveu por muito tempo.

Para Reis, o modelo de negócios da varejista se tornou inviável, especialmente a partir de 2023. “А medida em que se pratica um preço muito elevado ao mesmo tempo em que o consumidor tem acesso a informações e vê que o produto não vale esse preço, a empresa perde mercado”, observou o especialista. “E foi exatamente o que aconteceu com a Polishop.”

Na mesma linha, a rede de supermercados Dia também entrou com pedido de recuperação judicial. Na última semana. inclusive, o grupo espanhol vendeu a operação no Brasil pelo valor simbólico de € 100 (cerca de R$ 574 reais, na cotação atual).

“Eles tiveram um problema de adequação cultural à realidade brasileira”, avalia Reis. “Dentro da loja deles, você encontrava o que basicamente uma pessoa da Argentina, do México ou da Espanha queria, mas não necessariamente o que um consumidor brasileiro gostaria.”

O especialista afirma que o mesmo erro ocorreu quando o Walmart desembarcou pela primeira vez no Brasil, em 1995. “Eles chegaram aqui vendendo bota de neve e roupas pesadas para esqui. Em compensação, não entendiam, por exemplo, que o brasileiro gosta de fazer um churrasco, e que precisava de carvão e espetinho.”

“Mar não está para peixe”

Para os especialistas, o cenário para o varejo não é dos mais animadores, ao menos no curto prazo. “Temos que considerar o seguinte: o mar infelizmente não está para peixe”, afirma Felisoni de Angelo.

Ele cita como exemplo algumas menções feitas no Fórum Econômico Mundial. Uma delas afirma que as perspectivas imediatas para a economia global e para grande parte da população mundial são “sombrias”.

E o relatório acrescenta: “Os desafios vão testar a resiliência das economias e sociedades e exigir um preço humano punitivo”.

Já o presidente do Conselho Regional de Economia da 2ª Região (Corecon-SP), Pedro Afonso Gomes, vê acordos de recuperação extrajudicial como o homologado recentemente pela Casas Bahia como um caminho a ser trilhado por todas as grandes redes varejistas. “Essa modalidade de recuperação difere da recuperação judicial, não só pelo seu custo infinitamente inferior e o prazo de tramitação reduzido, como também como indutor para que os demais credores adiram a ele”, avalia Gomes. “E a reestruturação empresarial seja feita de modo planejado e realista.”

FONTE: REVISTA OESTE https://revistaoeste.com/economia/efeito-shein-inflacao-e-servicos-obsoletos-entenda-pedidos-de-recuperacao-judicial-no-varejo/?utm_source=pushnews&utm_medium=pushnotification

Justiça Federal acata pedido do Novo e suspende leilão de arroz do governo Lula

Justiça suspende leilão de arroz do governo Lula
Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) pediu a suspensão do leilão da Conab para compra de arroz.| Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil.


A Justiça Federal de Porto Alegre suspendeu nesta quarta-feira (5) o leilão do governo Lula para a importação de arroz. O juiz substituto da 4ª Vara, Bruno Risch Fagundes de Oliveira, acolheu um pedido do partido Novo e concedeu uma liminar para impedir o leilão marcado para esta quinta (6). O governo anunciou a medida em razão das fortes chuvas no Rio Grande do Sul, um dos principais produtores do cereal no país. 

A ação foi apresentada pelos deputados federais Marcel van Hattem (Novo-RS) e Lucas Redecker (PSDB-RS), e pelo deputado estadual Felipe Camozzato (Novo-RS). Eles solicitaram à Justiça a suspensão do leilão até a análise do mérito. A Advocacia-Geral da União (AGU) deve recorrer da decisão.

O edital publicado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) prevê a compra de até 300 mil toneladas de arroz. Segundo o Ministério da Agricultura, o produto importado será vendido ao consumidor final pelo preço tabelado de R$ 4 por quilo e será comercializado com a logomarca do governo federal.

No despacho, o magistrado afirmou que não há evidências concretas de um possível desabastecimento para justificar a compra de arroz no mercado internacional, apesar da tragédia ocorrida no Rio Grande do Sul.

“Não há indicativo de perigo concreto de desabastecimento de arroz no mercado interno ocasionado pelas enchentes no Rio Grande do Sul, mas apenas um apontamento de dificuldade temporária no escoamento da produção local, o que evidentemente encontraria melhor solução em outras medidas que não a importação de arroz”, diz um trecho da decisão. 

Na semana passada, o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, reconheceu que o estado “tem um estoque suficiente para abastecer o Brasil”, apesar da tragédia. Entretanto, ele criticou a “ganância de especuladores” que decidiram aumentar o preço do produto “especulando o desabastecimento”.

O juiz considerou que “a efetivação do leilão para compra de arroz importado, fundada em Portarias e Medidas Provisórias cuja motivação é exatamente o estado de calamidade ocasionado pelas enchentes, não se justifica pelas razões apresentadas pela Conab”.

Nas redes sociais, o presidente da  Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), deputado Pedro Lupion (PP-PR), comemorou a decisão. “Vitória dos produtores rurais e dos consumidores brasileiros, que querem arroz de qualidade na mesa!”, afirmou. 

“Conseguimos impedir essa politicagem sem justificativa técnica, que seria um imenso dano ao nosso querido Rio Grande do Sul”, disse Camozzato no X. O deputado estadual afirmou ainda que o governo “tem a chance de gastar muito melhor esses R$ 7 bilhões, transferindo eles para as vítimas das enchentes, ajudando famílias e empreendedores a se reerguerem”.

Nesta semana, a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) acionou o Supremo Tribunal Federal (STF) contra a importação de arroz pelo governo federal. A entidade apontou que a importação do arroz viola a Constituição e representa uma “medida abusiva de intervenção reprovável do Poder Público na atividade econômica, restringindo a livre concorrência”.

FONTE: GAZETA DO POVO https://www.gazetadopovo.com.br/agronegocio/justica-suspende-leilao-de-arroz-do-governo-lula/

Estadão: recurso da PGR confirma que ‘canetada’ de Toffoli é um ‘disparate do começo ao fim’

Toffoli apontou a existência de “conluio” entre procuradores e juízes da 13ª Vara Federal de Curitiba contra a Odebrecht

Os argumentos da Procuradoria- Geral da República (PGR) em recurso contra a “canetada” de Dias Toffoli que livrou Marcelo Odebrecht de processos na Lava Jato foram tema do editorial de opinião do Estado de S. Paulo desta quinta-feira, 6.

Para o jornal, o recurso da PGR era necessário para tentar “restabelecer o juízo” em meio à confusão que o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) tem provocado desde setembro de 2023 por causa das suas decisões monocráticas.

“Ao longo das mais de 100 páginas de sua decisão, Dias Toffoli mal conseguiu esconder a tentativa de transformar o maior esquema de corrupção que o país já conheceu, o assalto à Petrobras durante os governos lulopetistas, numa espécie de realidade alternativa”, disse a publicação.

Decisão ‘absurda’ do ministro

O jornal afirma que o material que o procurador-geral Paulo Gonet apresentou em seu recurso dá uma ideia de quão “absurda” foi a decisão do ministro em favor do empreiteiro.

Na decisão de Toffoli, Odebrecht foi “vítima” de “incontestável conluio processual” entre o então juiz Sérgio Moro, da 13.ª Vara Federal de Curitiba (PR), e membros da força- tarefa do Ministério Público Federal (MPF). Com essa teoria, Toffoli declarou a “nulidade absoluta” de todos os processos e inquéritos que tramitavam na Justiça contra o empresário. “É um disparate do início ao fim.

Mas o membro da mais alta Corte brasileira resolveu também decidiu manter o acordo de delação premiada firmado entre Odebrecht e autoridades federais. “Mas apenas nos dispositivos que beneficiam o colaborador, não nos que impõem ônus a ele”, observou o editorial.

Sobre tal decisão, Gonet contestou com o óbvio: Marcelo Odebrecht é um criminoso confesso.

O Estadão lembra que os termos do acordo de colaboração da Odebrecht com a Justiça foram homologados pelo próprio STF. “Não se sabe como Dias Toffoli recebeu o recurso da PGR, mas decerto tal lembrança é de constranger”.

FONTE: REVISTA OESTE https://revistaoeste.com/imprensa/estadao-recurso-da-pgr-confirma-que-canetada-de-toffoli-em-favor-de-marcelo-odebrecht-e-um-disparate-do-comeco-ao-fim/?utm_source=pushnews&utm_medium=pushnotification

Big techs assinam acordo de adesão ao programa de combate às ‘fake news’ do STF

Luís Roberto Barroso STF

Representantes das big techs Meta, TikTok, Google, Kwai, Microsoft e YouTube vão aderir, nesta quinta- feira, 6, ao Programa de Combate à Desinformação do Supremo Tribunal Federal (STF).

Executivos das plataformas estarão na sede da Corte, para um compromisso com o presidente do STF, Luís Roberto Barroso, às 16h15.

Programa do STF

barroso

De acordo com o tribunal, o programa de enfrentamento da desinformação combate “práticas que afetam a confiança das pessoas no STF”. A iniciativa rebate ainda conteúdos que “distorcem ou alteram o significado das decisões e colocam em risco direitos fundamentais e a estabilidade democrática”.

“Para cumprir o objetivo, desenvolvemos projetos, ações e produtos com diversos parceiros para difundir informações corretas e explicar sobre o funcionamento e competências do tribunal de forma mais clara, com foco em aproximar o STF da sociedade”, informou o tribunal. “A estratégia se apoia no tripé: explicar, traduzir e humanizar, usando site, redes sociais e TV Justiça como plataformas de relacionamento com o público.”

Dessa forma, há ainda um canal de denúncias para o qual as pessoas podem enviar supostas notícias falsas a fim de serem contestadas pela Corte.

FONTE: REVISTA OESTE https://revistaoeste.com/politica/big-techs-assinam-acordo-de-adesao-ao-programa-de-combate-as-fake-news-do-stf/?utm_source=pushnews&utm_medium=pushnotification

NA PRESIDÊNCIA DO TRIBUNAL

FONTE: JBF https://luizberto.com/na-presidencia-do-tribunal/

Foto de perfil de Polzonoff
Polzonoff

A festa junina do STF

Festa Junina STF
Festa junina do STF é evento filantrópico em prol dos flagelados… da Lava Jato.| Foto: Fellipe Sampaio/STF


Sérgio Moro, senador e personagem recorrente deste espaço, virou réu no STF. O crime: ter feito uma piada à toa com Gilmar Mendes. Por unanimidade, a 1ª turma, da qual fazem parte o quinteto Carminha, Moraes, Dino, Fux e Zanin, ignorou o animus jocandi, a data incerta do comentário, o fato de o vídeo ter sido divulgado por terceiros e a questionável competência do STF para julgar o caso. E tornou Moro réu.

— Vivemos numa ditadura! — grita alguém.

— É mentira! É fake news! É desinformação! — respondem, às gargalhadas, umas estagiárias da corte, na companhia de uma animada ministra Cármen Lúcia. Que ou está com bigodinho de quentão ou com o batom borrado. Melhor não falar nada. Rindo como se vivêssemos numa democracia plena, elas passam por mim e nem tenho tempo de lastimar: não, senhoras e senhores. Infelizmente não é mentira, não.

Mau pressentimento

Ah, esqueci de falar. É que estou na festa junina do STF. O tema deste ano é a democracia, só que algum vândalo, certamente de extrema direita, foi lá e escreveu “relativa” na plaquinha. Mas ninguém percebeu e quem percebeu não se importa. De qualquer modo, a partir de agora eu o convido a me acompanhar num passeio pelo arraiá.

— Não convida que eu quero ir embora cedo, Paulo. Tô com um mau pressentimento — diz minha mulher. Quando ela começa assim é porque está com fome.

— Vamos circular por aí. Encontrar a barraquinha da pipoca… — sugiro e fico observando o tal de mau pressentimento desaparecer. Mágica!

Flagelados da Lava Jato

Organizada pelo festeiro presidente do STF, o ministro Luís Roberto Barroso, o arraiá deste ano tem também um caráter filantrópico. Como explica este caipirinha aqui ao meu lado, o ministro Dias Toffoli.

— É verdade, Paulo. Todo o lucro da festa será destinado a um fundo de amparo…

— …aos flagelados do Rio Grande do Sul? — tento.

— Não! Aos flagelados da Lava Jato, como o meu amigo Marcelo Odebrecht aqui — diz, e o empreiteiro surge do nada. — Que, aliás, venceu a licitação para a instalação das barraquinhas e a construção da fogueira. Você já viu a nossa fogueira?

Perdão

Não tinha visto, mas agora estou vendo e é realmente impressionante. Com simbólicos 13 metros de altura, a enorme estrutura é alimentada com inúteis exemplares da Constituição de 1988.

— E se faltar “lenha”? — pergunto.

— Não vai faltar. Mas, se por algum acaso isso acontecer, não tem problema. Temos toneladas de garantias constitucionais e jurisprudências para manter o fogo ardendo — diz ele, antes de me perguntar se eu tinha visto o Lula por aí.

— O Lula? Não vi, não — digo. Ele faz biquinho. Chegam os Joesley & Wesley, a gente fica fazendo piada com veganos. Até que.

— Olha ali o Lula chegando com a Janja! Luláááááá! — diz ele. E sai correndo como um filho desejoso do perdão do pai.

Fantasia

—Janja, você ficou perfeita nessa fantasia de jeca! Combinou muito com você!

— Fantasia? Que fantasia? — pergunta ela.

Arroz-doce

Para desfazer o climão, pergunto se o cavalo Caramelo vai bem e compartilho com Janja uma receita de arroz-doce para ela fazer com o cereal que o maridão está importando da Ásia.

— Aliás, mais uma ótima ideia do Lula! — diz, ou melhor, se intromete Paulo Pimenta. Eu os deixo ali trocando lisonjas falsas e saio de fininho.

Pescaria

Passo pela barraquinha da Pesca Probatória, que este ano ficou aos cuidados do Procurador Geral da República, Paulo Gonet. Compro uma ficha e… ô, ô, ô, quase, mais pra esquerda, mais, mais. Aí. Aí. Puxa!

Pesco uma mensagem no celular do empresário Roberto Mantovani, que diz “Alexandre de Moraes é um bobão”. A prova obtida na pescaria me lembrou do único ser humano que me amedronta mais do que a minha mulher quando ela está fome. Onde será que está ele, hein? Olho em volta e o que eu vejo? A barraquinha do Correio Elegante.

Correio elegante

— Quer mandar algum recadinho para um desafeto político? — me pergunta a moça que está cuidando do serviço. Apesar da fantasia de caipira, reconheço a voz mais fanha do que a minha, o sorriso arrogante, o gestual exagerado, o indefectível celular nervoso numa das mãos, e principalmente o deslumbramento assim meio cafona. Se bem que cafonice combina com festa junina. Pois.

— Não, Dani. Fica pra próxima. A minha mulher aqui tá com fome e…

— Tem certeza? É baratinho e daqui a pouco eu entro ao vivo para anunciar as “notícias” — Ela faz aspas no ar. — Fiquei sabendo que alguém muito importante vai ser preso hoje.

— Bom, já que eu tô aqui, vou mandar um recado pro meu chefe. Diz pra ele que…

Afrodescendente neuroatípica

Parece que o ministro Flávio Dino chegou antes de nós e por isso acabou o estoque de pipoca. Para minha sorte, porém, ainda resta uma fatia de bolo de fubá. Digo, restava. Porque minha mulher está devorando tudo o que vê pela frente: pamonha, curau, milho cozido, paçoca, pé-de-moleque, afrodescendente-neuroatípica, e até uma buchada de bode que surgiu sei lá de onde.

Barraca do Beijo

— Satisfeita? — pergunto, quando na verdade quero dizer “Mais calma?”.

— Eu nunca tô satisfeita. E tô ficando cansada desta festa. Você não acha que esse texto tá longo demais? — diz ela.

— Talvez. Mas ainda falta citar o Zanin, o Fachin, o Fux… Aqueles dois bananas que o Bolsonaro indicou… Falta também dizer que eu ganhei uma tornozeleira eletrônica no bingo.

— Ah, pula essa parte senão o meu mau pressentimento volta — diz ela. — E não se esqueça do Gilmar!

E, juro!, parece até milagre, porque bem nessa hora a gente passou pela desértica barraca do Beijo, onde Gilmar Mendes oferecia o beiço à degustação pública.

Piada óbvia demais

— Vamos sair daqui! Vai começar a quadrilha! —diz minha mulher, contendo a náusea e apontando para um grupo de petistas.

Apesar de estar contrariado pela piada óbvia demais, dou a mão para a minha sinhá a fim de assistirmos ao espetáculo.

Toca a sanfona e os petistas parecem perdidos, cada um dançando de um jeito. O coreógrafo Alexandre Padilha está todo atrapalhado. Silvio Almeida se recusa a entrar na dança dizendo que o São João é uma tradição típica do racismo estrutural, blá, blá, blá. Marina Silva reclama da fumaça da fogueira. Guajajara reclama da falta de diversidade. Luiz Marinho reclama.

Fazendo par com Simone Tebet, um Haddad todo cheio de si ri quando alguém grita “Olha o aumento de impostos!” e a plateia responde: “É verdade!”. Ao meu lado, uma famosa jornalista fala bem baixinho “Saiba como isso é bom para você”. Mas eu escutei, Miriam.

Não tinha reparado, mas minha mui observadora mulher aponta e, no meio da confusão que só alguém muito ingênuo, otimista ou idiota pode chamar de governo, vejo Nísia Trindade vestida de noiva. Mas sem o noivo.

— Deve estar com dengue! — diz alguém atrás de mim.

Papudinha

Me viro e finalmente encontro ele, Alexandre de Moraes, montado num cavalo branco e com a estrela de xerife reluzindo no peito.

— Sinto muito, Paulo. Mas alguém mandei prender você — diz ele, abrindo um sorriso sádico.

Ele faz um sinal e dois agentes da PF me seguram e me levam para uma prisão improvisada, as grades feitas de bambu e o letreiro jocoso: Papudinha. Lá dentro, encontro presos vários patriotas do 8/1, Daniel Silveira, Filipe Martins e… Bolsonaro? Você por aqui?

Me viro e digo à estátua viva e equestre do ministro:

— Pô, Xandão. Mas eu achava que isso era só uma brincadeirinha de festa junina. Até que horas eu tenho que ficar preso aqui?

Habeas corpus

Ignorando minha pergunta, Alexandre de Moraes sai a galope para salvar a democracia. E eu fico ali, sendo torturado pela minha mulher que, do lado de fora da Papudinha, repete incansavelmente  a ladainha do eu-te-avisei, eu-te-avisei, eu-te-avisei.

— Não se preocupe, a Michele faz a mesma coisa comigo — diz um desconsolado Bolsonaro.

Eis que o xerife Alexandre de Moraes volta com seus capangas. Eles trazem ninguém menos do que o senador e personagem recorrente deste espaço, Sergio Moro.

— Alguém sabe onde eu compro e quanto custa o habeas corpus pra gente sair desta prisão? — pergunta ele.

Sim, o Moro. O Moro fez uma piada. Deve ser efeito do quentão.

Enfim, a liberdade

Depois de meia hora na masmorra suprema, o sindicato dos jornalistas consegue minha liberdade. Mas vou ter que usar tornozeleira eletrônica. É, aquela que ganhei no bingo.

FONTE: GAZETA DO POVO https://www.gazetadopovo.com.br/vozes/polzonoff/a-festa-junina-do-stf/

Foto de perfil de Marcel van Hattem
Marcel van Hattem

Arroz eleitoral Tia Janja

Lula disse que Brasil poderá importar arroz da Bolívia e Venezuela, países que não tem para exportar
Lula disse que Brasil poderá importar arroz da Bolívia e Venezuela, países que não tem para exportar| Foto: Rafa Neddermeyer / Agência Brasil


Rio Grande do Sul está afogado. Precisa de casas, infraestrutura. Precisa de solidariedade da sociedade e de apoio governamental. Isenção de impostos, manutenção de empregos, bens essenciais à sobrevivência em abrigos. Precisa, inclusive, de comida. Muita comida. Mas não precisa de arroz.

A produção nacional de arroz é pequena perto da produção mundial. Produzimos entre 1% e 2% do total plantado e colhido em todo o mundo, a depender do ano. O Rio Grande do Sul responde a cerca de 70% do total produzido no Brasil. Ou seja: de cada dez quilos de arroz que se produz em solo brasileiro, sete vêm do nosso agro gaúcho.

Poderia se supor que as enchentes do Rio Grande do Sul afetaram a performance gaúcha. Felizmente, isso não ocorreu! Os arrozeiros gaúchos já haviam colhido mais de 80% de sua safra e, das mais de 7 milhões de toneladas produzidas, perdeu-se cerca de 250 mil. Um prejuízo, sem dúvida, mas incomparável com o observado em outras áreas da nossa economia. Mais: o total colhido na safra deste ano, apesar das enchentes, não será impactado de forma significativa, é o que mostra o Instituto Rio Grandense do Arroz e o presidente da Federarroz, Rodrigo Velho.

Em resumo: no Rio Grande do Sul falta muita coisa, mas não falta arroz. Por que, então, o governo Lula decidiu assinar três medidas provisórias (MPV 1217/2024, MPV 1224/2024, MPV 1225/2024) para importar e subsidiar até um milhão de toneladas de arroz via leilão da Companhia Nacional de Abastecimento (CONAB)?

A entidade, presidida pelo petista vinculado ao MST Edegar Pretto, tem à disposição quase R$ 7,2 bilhões para ir às compras, numa verdadeira operação de lesa pátria que prejudicará nossos produtores ao subsidiar produtos importados em um mercado já abastecido; e derrubar os preços do produto nacional com concorrência desleal, uma vez que a medida provisória estabelece que o preço de revenda do arroz na gôndola deverá ser de no máximo R$ 4.

O arroz importado, ademais, certamente não terá a qualidade do nacional e sua procedência, ao que tudo indica, será de países que praticam trabalho nas lavouras análogo à escravidão e utilizam defensivos agrícolas proibidos no Brasil. Edegar Pretto, não tem a menor vergonha de promover tal descalabro? O próprio movimento terrorista, aliás, parece queixoso da medida nos bastidores…

Talvez a grande pergunta seja outra: quem está ganhando com esse grande negócio da China, da Tailândia, de Bangladesh, do Vietnam, da Indonésia? Pois bem: ainda não está claro quem serão os beneficiados financeiramente diante da imposição de mais um prejuízo monumental aos gaúchos e aos brasileiros causado por Lula e pelo governo do PT. Mas eleitoralmente, o partido quer nitidamente auferir dividendos eleitorais. Já há quem chama o produto importado de Arroz Eleitoral Tia Janja.

As MPs do arroz estabelecem, ainda e por derradeiro, que o alimento será embalado em plásticos contendo o logotipo do governo federal. Em ano eleitoral, essa venda de produto subsidiado não configura abuso de poder político e econômico do governo Lula para ter vantagem nas urnas? Eu não tenho dúvidas de que está configurado, claramente, o uso eleitoral desse tema. Faz lembrar, inclusive, a distribuição de ração alimentícia ao povo de países totalitários como Cuba, onde a libreta e os armazéns estatais são o meio de sobrevivência de uma população miserável e explorada. E, no caso brasileiro, pior: em meio a uma calamidade no Rio Grande do Sul que não demanda esse tipo de produto no mercado.

Por esse motivo, emendamos as medidas provisórias impedindo que o logotipo do governo possa ser utilizado nas embalagens de arroz. Além disso, o partido Novo entrou com uma representação no Tribunal de Contas da União pedindo a anulação do Aviso de Compra Pública 047-2024, conduzido pela Conab, de 300 mil toneladas de arroz importado. Também ingressamos com ação popular na Justiça Federal no RS pedindo a suspensão do leilão já programado para a próxima quinta-feira, 6 de junho. Ainda no fim da terça-feira, 4, o juiz federal Bruno Risch Fagundes de Oliveira, despachou determinando ao governo Lula que forneça mais explicações sobre o caso em 24h antes de decidir liminarmente. A Confederação Nacional da Agricultura (CNA) ingressou no Supremo Tribunal Federal e a matéria foi distribuída para relatoria do ministro André Mendonça.

Inúmeros outros cidadãos, gaúchos e brasileiros, estão ingressando com ações populares em todo o país para evitar que essa medida seja consumada. Que justiça seja feita e não fiquemos sujeitos a mais uma exploração política da calamidade feita pelo PT com as mais escusas das finalidades.

FONTE: GAZETA DO POVO https://www.gazetadopovo.com.br/vozes/marcel-van-hattem/arroz-eleitoral-tia-janja-rs-lula/

Nova denúncia contra Moraes é consistente e demonstra claramente o “abuso de autoridade”

Imagem em destaque

Na última terça-feira (4) a Procuradoria-Geral da República recebeu uma notícia-crime contra o ministro Alexandre de Moraes, protocolada pelo ex-deputado federal Deltan Dallagnol, pela pré-candidata à prefeitura do Rio de Janeiro Carolina Sponza e pelo pré-candidato a vereador do Rio de Janeiro Jonathan Mariano.

A denúncia refere-se à decisão do ministro de mandar prender duas pessoas acusadas de ameaçar a ele próprio e a seus familiares.

Na peça, Deltan e os pré-candidatos apontam que Alexandre de Moraes ordenou a prisão de duas pessoas que teriam ameaçado a ele e sua família, agindo como juiz em um caso no qual ele mesmo era a vítima, o que caracteriza impedimento legal.

Além disso, a petição enfatiza que os suspeitos não possuem foro privilegiado no STF, de modo que a Corte não tem competência para julgar o caso, que é da Justiça Federal de primeira instância.

A justificativa da ação enfatiza:

“Mesmo ciente do impedimento para decretar a prisão de dois suspeitos, o Ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes proferiu decisão, com a decretação de prisão de cidadãos, ainda que não tivesse nem mesmo naquela ocasião poder para exercer a jurisdição, por expressa disposição do inc. IV, do art. 252, do CPP”. 

Deltan disse o seguinte:

“Em vez de encaminhar o pedido de prisão da PGR para a primeira instância ou para outro ministro do Supremo, Alexandre de Moraes agiu como tem feito há tempos, atropelando a Constituição e as leis”.

Carolina Sponza declarou:

“Moraes jamais poderia ter decidido, como juiz, um caso que envolve ele mesmo e seus familiares, portanto, ele estava impedido desde sempre”.

E por fim, o terceiro autor do pedido, Jonathan Mariano enfatizou:

“Nós do Novo somos anticrime e repudiamos qualquer crime de ameaça contra quem quer que seja, mas qualquer punição deve ser feita de acordo com a Constituição e as leis do Brasil, respeitando o devido processo legal e regras de competência. Mas já faz anos que isso não é respeitado pelo ministro Alexandre de Moraes”.

Vamos aguardar e acompanhar para saber o que vai dizer a PGR.

FONTE: JCO https://www.jornaldacidadeonline.com.br/noticias/59082/nova-denuncia-contra-moraes-e-consistente-e-demonstra-claramente-o-abuso-de-autoridade#google_vignette

Ao lado de conhecido empresário, Tofolli viu jogo do Real Madrid e o STF pagou diárias internacionais do segurança

Imagem em destaque

Nada como viver num país sem problemas e abastado.

Parece que é assim que pensa o ministro Dias Toffoli.

Entre outras atividades na Europa, o magistrado resolveu assistir a partida final da Champions League, entre Real Madrid e Borússia Dortmund.

Diz a Folha:

“O STF (Supremo Tribunal Federal) pagou R$ 39 mil a um segurança do ministro Dias Toffoli em diárias internacionais por viagem ao Reino Unido que incluiu a ida do magistrado à final da Champions League.

O segurança recebeu os valores para acompanhar Toffoli de 25 de maio a 3 de junho. O Real Madrid conquistou o 15º título do torneio em partida realizada no dia 1º. O ministro participou remotamente da sessão de 29 de maio do Supremo.

O STF não quis confirmar a viagem do ministro e quais foram as agendas dele no exterior. O órgão afirmou que ‘nenhuma viagem reduz o ritmo de trabalho e os estudos por parte do ministro, que segue trabalhando em seus votos, em suas decisões e participando das sessões colegiadas’.

A corte já havia desembolsado R$ 99,6 mil de recursos públicos para um segurança acompanhar Toffoli em eventos realizados em Londres, no Reino Unido, e Madri, na Espanha, semanas antes…”

As informações sobre a ida mais recente de Toffoli a Londres estão registradas em ordem bancária emitida no último dia 27 e localizada nos dados do Siafi (Sistema Integrado de Administração Financeira).

O ministro acompanhou a vitória de 2 a 0 do Real Madrid contra o Borussia Dortmund, no estádio Wembley, ao lado do empresário Alberto Leite.

O empresário é o dono da FS Security, uma das patrocinadoras do 1º Fórum Jurídico Brasil de Ideias, realizado em Londres, no fim de abril, que contou com a presença de Toffoli e de outras autoridades do Judiciário.

FONTE: JCO https://www.jornaldacidadeonline.com.br/noticias/59085/ao-lado-de-conhecido-empresario-tofolli-viu-jogo-do-real-madrid-e-o-stf-pagou-diarias-internacionais-do-seguranca

Pindaíba marca o Dia do Meio Ambiente, mas Marina Silva fica calada

Ao ocupar a rede de TV e rádio para bater bumbo sobre o Dia do Meio Ambiente, a ministra Marina Silva exercitou a velha hipocrisia; nada falou sobre a redução de verbas de interesse do ministério que chefia, do Meio Ambiente. Minguaram este ano pagamentos ao Fundo Nacional sobre Mudança do Clima, por exemplo: R$118,8 mil até maio contra R$3,4 milhões no mesmo período de 2023. No primeiro ano de Jair Bolsonaro, foram destinados R$8,3 milhões paro fundo, no de Lula, R$3,9 milhões.

Nadica de nada

O Siga Brasil, que monitora o Orçamento, mostra a penúria do Fundo Nacional do Meio Ambiente, de Marina: recebeu zero reais, este ano.

Cerrado sofre

No pronunciamento, Marina ignorou alta no desmatamento do Cerrado, 11.011,69 km² (2023). É a maior taxa desde 2015, aponta o Terra Brasilis.

Promessa de político

Nem mesmo a trombeteada Autoridade Climática saiu do papel. Sem o interesse do governo Lula, falta orçamento para estruturar a autarquia.

Saudade do meu ex

Comparado com o início do segundo ano do governo Bolsonaro, este ano o Ibama também viu os pagamentos caírem em R$84,3 milhões.

A recém-inventada segunda-vice-presidência garante belos salários para aspones e com enorme custo, entre R$15.451,52 até R$49.999,23. (Foto: Silvio Abdon/CLDF)

Cargos da Câmara do DF custarão R$6,5 milhões

Estudo encomendado pela Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF) mostra o tamanho do rombo que a mudança no regimento interno da CLDF pode custar ao pagador de impostos: R$6.563.988,62. Isso porque os distritais querem uma Nova Mesa Diretora, além de novas comissões. O impacto considera a nova estrutura remuneratória, sem incluir eventual construção de gabinetes. O custo do salário e dos encargos de um secretário de comissão, por exemplo, bate R$49,9 mil.

A conta é nossa

A recém-inventada segunda-vice-presidência garante belos salários para aspones e com enorme custo, entre R$15.451,52 até R$49.999,23.

Puxadinho milionário

Na também inventada quarta secretaria, os cargos custam entre R$15,4 mil e R$34,1 mil. Os dois puxadinhos têm custo anual de R$3,6 milhões.

Pouco é muito

O estudo mostra que o salário de menor impacto é na “Coordenadoria de Modernização e Inovação Digital”, R$3,5 mil para o cargo de comissão.

Poder sem Pudor

Barriga cheia

Cezar Schirmer fazia sua campanha para vereador de Santa Maria (RS) pelo velho MDB, contando com a solidariedade de vários amigos. Um deles, Bayard Azevedo, lembram os amigos, era o eu hoje seria chamado de um pouco obeso. Mas, bom orador, foi escalado para destacar as virtudes de Schirmer. Pegou o microfone e atacou com uma frase de efeito: “Os ricos estão cada vez mais ricos, os pobres cada vez mais pobres! O povo passa fome!” Mal acabara de pronunciar a frase, um provocador gritou: “Gordo desse jeito, até que te encostaste bem…”

Agro nunca decepciona

Apesar das perseguições do governo Lula (PT), o agronegócio outra vez se revela o “oxigênio” que permitiu ao PIB um suspiro de 0,8% no primeiro trimestre deste ano: cresceu 11,3%. Dando duro de sol a sol, bem ao contrário dos integrantes do governo. A indústria recuou 0,1%.

Rachadones

O deputado Kim Kataguiri (União-SP) resgatou tuíte de Guilherme Boulos (Psol-SP) afirmando que “rachadinha é corrupção”. É de Boulos relatório livrando André Janones (Avante-MG) de processo sobre a safadeza.

Rebordosa

Barraco entre arruaceiro Janones, com direito a “eu quebro tua cara com um soco, otário”, e o deputado Nikolas Ferreira (PL-MG), deve render outra representação no Conselho de Ética.

Gestão e caráter

Jair Bolsonaro comparou o lucro de R$3,7 bilhões dos Correios em 2022 com o prejuízo de R$800 milhões no primeiro trimestre deste ano: “A diferença não é apenas de gestão, mas principalmente de caráter”.

Frase do dia

“Áudio com rachadinha já não é punido nessa casa. Vergonha”

Nikolas Ferreira (PL-MG) após a Câmara passar pano na rachadinha de André Janones

Sardinha ou salmão?

Cleitinho (Rep-MG) botou a boca no trombone e denunciou compra pra lá de suspeita de sardinhas pelo governo federal. Cada lata, encontrada por cerca de R$7,49 no mercado, saiu por R$88. O TCU faz que não vê?

Taxar é penalizar

Para o diretor do Instituto Livre Mercado (ILM), Rodrigo Marinho, retirada de pauta do jubuti que taxava compras de até US$50 foi certa, “inibia as empresas estrangeiras de atuar no Brasil e penalizava os consumidores”.

Detalhe curioso

Deltan Dallagnol aponta detalhe na decisão de indiciar família pelo barraco com Alexandre de Moraes em Roma: a prova do crime “são as críticas feitas ao ministro anteriormente ao fato em mensagens privadas”.

Apostas abertas

A plataforma de previsão de mercados e apostas Polymarket aponta que o ex-presidente Donald Trump tem 56% de chances de voltar ao cargo no fim deste ano e Joe Biden tem 38% de chances de ser reeleito.

Pergunta aos ‘checadores’

A taxação das blusinhas continua fake news?

FONTE: DP https://diariodopoder.com.br/coluna-claudio-humberto/pindaiba-marca-o-dia-do-meio-ambiente-mas-marina-silva-fica-calada

RACHADINHA DO AMOR

Pode ser um doodle de uma ou mais pessoas, coração e texto que diz "RACHADINHA É CRIME, MAS ESSA PODE, ESSA É DO AMOR Rachadinha do AMOR .一 @RicardoLippi58 Instagram @ricalippi"

FONTE: JBF https://luizberto.com/rachadinha-do-amor/

NO ALVO

Jair Bolsonaro comparou o lucro de R$ 3,7 bilhões dos Correios em 2022 com o prejuízo de R$ 800 milhões no primeiro trimestre deste ano:

“A diferença não é apenas de gestão, mas principalmente de caráter”.

* * *

Ô cabra bom de pontaria!

Acertou em cheio.

Uma explicação perfeita.

FONTE: JBF https://luizberto.com/no-alvo/

Toffoli foi à final da Champions League, e STF desembolsou R$ 39 mil com segurança

Ministro Dias Toffoli participa da sessão plenária do STF | Foto: Carlos Moura/STF

O Supremo Tribunal Federal (STF) desembolsou R$ 39 mil em diárias internacionais a um segurança do ministro Dias Toffoli. O profissional acompanhou o magistrado em viagem à Inglaterra, que incluiu ida à final da Champions League. A informação foi divulgada pelo jornal O Globo.

O segurança acompanhou Toffoli entre os dias 25 de maio e 3 de junho. O Real Madrid venceu o Borussia Dortmund por 2 a0e conquistou o título no dia 1º. O magistrado participou remotamente da sessão da Corte no dia 29 de maio.

O STF não confirmou a viagem do ministro, nem suas agendas no exterior, mas ressaltou que “nenhuma viagem reduz o ritmo de trabalho e os estudos por parte do ministro, que segue trabalhando em seus votos, em suas decisões e participando das sessões colegiadas”.

Nos meses anteriores, o STF já havia desembolsado R$ 99,6 mil para um segurança acompanhar Toffoli em eventos em Londres e Madri, conforme apurado pelo jornal Folha de S.Paulo.

A ordem bancária que registrou os gastos foi emitida no dia 27 de maio, disponível no Sistema Integrado de Administração Financeira (Siafi), que agrupa informações de pagamentos do governo federal.

Durante a viagem, Toffoli esteve acompanhado do empresário Alberto Leite, que afirmou não ter arcado com as despesas do ministro.

Em nota enviada à Folha, o STF afirmou que a orientação do setor de segurança é “não informar razões e locais de deslocamento.”

“Ressalta-se que em nenhuma viagem o ministro recebeu passagens ou diárias do STF”, disse o tribunal, sem confirmar a presença de Toffoli na Inglaterra. A reportagem também questionou se ele teve eventos ou agendas privadas, mas não obteve resposta.

Em 2022, o portal Metrópoles revelou que o ministro Kassio Nunes Marques acompanhou a final da Champions League com despesas pagas por um advogado. O tribunal explicou que detectou “exposição equivocada” de nomes de seguranças e ajustou a divulgação das informações.

“O STF não comentará questionamentos que individualizem seguranças, pois isso representa grave ameaça à segurança do servidor, da autoridade protegida e seus familiares”, disse a Corte. “O custo da despesa é regularmente divulgada no portal da transparência no site.”

STF gastou R$ 200 mil em Réveillon de ministros nos EUA

O STF já havia desembolsado R$ 200 mil para quatro policiais federais acompanharem ministros em viagem de Réveillon aos Estados Unidos.

Dois seguranças receberam R$ 50,9 mil cada um para ficar nos EUA entre 20 de dezembro e 9 de janeiro. Outros dois ganharam R$ 49 mil cada um para ficar um dia a menos no país.

O STF requisitou os policiais, que não são lotados no tribunal, ao Executivo. Os valores foram obtidos por meio do Siafi.

Na ocasião, Corte negou informar quais ministros foram aos EUA com os agentes federais. O motivo do sigilo são “questões de segurança”.

FONTE: REVISTA EOSTE https://revistaoeste.com/politica/toffoli-foi-a-final-da-champions-league-e-stf-desembolsou-r-39-mil-com-seguranca/?utm_source=pushnews&utm_medium=pushnotification

Em protesto contra indicado de Lira, MST invade sede do Incra em Alagoas

Protesto do MST em Maceió (AL) acabou com invasão da sede do Incra Foto: Reprodução/Via Twitter (X) @MST_Oficial

Militantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) invadiram a sede do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) em Maceió, Alagoas, nesta quarta, 5.

A ação contou com a participação de cerca de 300 pessoas, segundo nota do MST, e também envolveu a Comissão Pastoral da Terra (CPT) e a Frente Nacional de Luta (FNL).

Novo superintendente

Essa é a segunda vez que o órgão é invadido neste ano. A primeira ocorrência foi no dia 29 de abril. Ambas as ações foram em protesto contra a nomeação de Junior Rodrigues do Nascimento como superintendente do Incra.

Nascimento foi indicado ao cargo pelo presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL). Ele assumiu o posto em 25 de abril, substituindo Wilson César Lira dos Santos, primo de Lira, que foi exonerado depois de pressão do MST.

“O órgão continua sob domínio de grupos políticos contrários à reforma agrária e, por isso, as demandas referentes a essa pessoa permanecem paralisadas”, afirmou o movimento em nota.

Os invasores alegam que a nomeação de um novo comando para o Incra que seja novamente recomendado por Lira, como foi o caso do primo, “mantém o bolsonarismo no poder”.

Reivindicações do movimento

Os manifestantes sustentam que, desde que Rodrigues assumiu, “nada foi feito no sentido de atender às demandas antigas no que diz respeito a assentamentos e acampamentos. Pelo contrário, são colocados entraves para qualquer avanço da reforma agrária no Estado”.

FONTE: REVISTA OESTEhttps://revistaoeste.com/politica/em-protesto-contra-indicado-de-lira-mst-invade-sede-do-incra-em-alagoas/?utm_source=pushnews&utm_medium=pushnotification

Alexandre Garcia

ENQUANTO HADDAD NÃO CONSEGUE TAXAR OS SUPER-RICOS, SEGUE TIRANDO TUDO DOS POBRES

Ministro Fernando Haddad busca apoio internacional para um plano de taxação global de grandes fortunas.
Ministro Fernando Haddad busca apoio internacional para um plano de taxação global de grandes fortunas

O ministro da Fazenda do Brasil, Fernando Haddad, está na Itália. Nesta quinta, ele tem encontro com o papa; na quarta, teve encontro com o ministro da Economia da Itália. No caso do ministro italiano e do papa Francisco, ele vai pedir apoio para a ideia de taxar os super-ricos no mundo. Eu não sei quem vai decidir uma cobrança em nível global. Diz Haddad que são 3 mil os taxáveis, e fico pensando: quantos seriam aqui no Brasil, se no mundo todo são 3 mil? Seriam uns 30, ou menos?

Certo é que aqui no Brasil são muito mais de 30 milhões os pobres. Mas por que cobram tanto imposto do pobre? O pobre paga imposto a cada vez que compra. Eu estava vendo o imposto sobre o vestuário, que está no centro dessa discussão sobre a blusinha chinesa chegar com ou sem imposto. Se o pobre, aqui no Brasil, compra uma calça ou uma camisa, 61,5% do preço é imposto, assim como na cerveja que ele toma. Por que cobrar tanto? Até 31 de maio, o brasileiro trabalhou só para pagar impostos ao Estado brasileiro nos seus três níveis, principalmente para sustentar os privilégios daqueles que são mais iguais que os outros, os que têm mais férias, mais aposentadoria, mais salários, mais benesses: aqueles do setor público.

Querem outra notícia sobre impostos? Na quarta, o presidente da Confederação Nacional da Indústria caiu fora da comitiva oficial brasileira que está visitando a Arábia Saudita e China, quando ficou sabendo de uma medida provisória que vai cobrar mais tributos da indústria, mexendo nas compensações do PIS-Cofins. A indústria já passou o mês de abril com resultado negativo: -0,5% na produção industrial. Mas o governo continua gastando, inclusive com gente que recebe diretamente do governo. Em São Paulo, por exemplo, os empregadores me contam que decidem contratar alguém, pedem a carteira, e o sujeito responde “Não, não quero carteira assinada, porque senão vou perder o benefício. Eu tenho de ir para o governo continuar mostrando que sou desempregado”. E lá vão os pagadores de impostos bancando isso tudo.

* * *

Fuga da bolsa de valores é reflexo de desconfiança no governo

Um indicador que mostra confiança naquilo que o governo está fazendo é o investimento em bolsa de valores. Até 31 de maio, saíram R$ 35 bilhões da B3 e o índice caiu 6,36%. Já a bolsa de Buenos Aires, na Argentina, subiu 61%. Será que os investidores estão transferindo dinheiro para a Argentina? É questão de confiança no governo. Para termos uma referência, a Nasdaq, de Nova York, deu 12% de alta só neste ano para aquele que investiu no mercado de capitais, o que chamamos de ações.

* * *

Ninguém precisa reinventar a roda para enfrentar catástrofes, basta fazer o que a lei já manda

Quarta-feira foi Dia Mundial do Meio Ambiente e a ministra Marina Silva fez um pronunciamento falando de um “plano de enfrentamento da emergência climática”. Queria que ela explicasse o que é “emergência climática”. Ela falou de aquecimento global, mas há dados aí mostrando que, pelo contrário, a Terra está esfriando, aumentando o gelo nos polos. Claro, isso sempre dependeu do Sol, desde que existem Terra e Sol. Tudo isso serve para perder tempo e gastar mais dinheiro dos nossos impostos, porque já existe uma lei de 2012 exigindo planos para minimizar as catástrofes como deslizamentos de morros, enchentes, vendavais. Existe a lei, mas não puseram em prática, tanto que não aconteceu nada. No Rio Grande do Sul não dragaram os rios, não cuidaram das encostas, não cuidaram dos diques, nem da proteção da capital, nem do aeroporto Salgado Filho; deu no que deu.

FONTE: JBF https://luizberto.com/enquanto-haddad-nao-consegue-taxar-os-super-ricos-segue-tirando-tudo-dos-pobres/

QUE FALTA FAZ UMAS CHINELADAS NA BUNDA…

https://x.com/TumultoBR/status/1798393298274472383?ref_src=twsrc%5Etfw%7Ctwcamp%5Etweetembed%7Ctwterm%5E1798393298274472383%7Ctwgr%5Edf0795e2f02f3d782c056b8be5d2404d21174ecd%7Ctwcon%5Es1_&ref_url=https%3A%2F%2Fluizberto.com%2Fque-falta-faz-umas-chineladas-na-bunda%2F

FONTE: JBF https://luizberto.com/que-falta-faz-umas-chineladas-na-bunda/

Be the first to comment on "O TSE de Cármen Lúcia"

Leave a comment

Your email address will not be published.


*