Congresso derruba veto de Lula e acaba saidinha de presos

Registro da sessão do Congresso Nacional. (Foto: Deborah Sena)

O governo Lula sofreu mais uma derrota no Congresso Nacional na noite desta terça-feira (28). Parlamentares derrubaram o veto do presidente Lula e acabaram com a saidinha de presos. O plenário da Câmara dos Deputados, que abrigou posicionamentos e votos de senadores e deputados, liderados pelo presidente Rodrigo Pacheco (PSD-MG) se mostrou dividido quanto às orientações das bancadas. Mas abriu placar com vantagem considerável nos votos individuais.

Na Câmara o placar que derrubou o veto presidencial foi de 314 votos a 126, já no Senado o resultado 52 favoráveis à queda do veto, contra 11 pela manutenção do veto e ainda uma abstenção.

A vitória da oposição repercutiu entre parlamentares. O deputado Rodrigo Valadares (União-SE) celebrou a decisão como um avanço na segurança pública.

“A derrubada deste veto é um marco na defesa da segurança pública e dos direitos dos cidadãos de bem. Garantir que presos não tenham essas saídas temporárias é essencial para evitar abusos e proteger a sociedade”, afirmou Valadares.

Na mesma linha, a deputada Silvia Waiãpi (PL-AP) destacou a justiça da medida para as vítimas de crimes.

“A derrubada deste veto é um verdadeiro alívio para as vítimas e suas famílias, que muitas vezes se sentem inseguras com as saídas temporárias dos presos. Em um momento de tantas dificuldades, esta medida traz segurança e proteção para quem foi afetado por crimes”, enfatizou Waiãpi.

O deputado Rodolfo Nogueira (PL-MS) também expressou seu apoio, ressaltando o impacto positivo da medida na confiança dos cidadãos nas instituições de segurança.

“A derrubada deste veto é um passo importante para garantir que a população se sinta segura. Proibir essas saídas temporárias mostra um compromisso claro com a segurança pública e o bem-estar das famílias brasileiras”, disse Nogueira.

O deputado Sargento Portugal (Podemos-RJ) também celebrou a decisão, enfatizando a importância da ordem e da segurança.

“Proibir as saídas temporárias é fundamental para garantir a segurança no campo e nas cidades. Estamos protegendo os cidadãos de bem e enviando uma mensagem clara de que o Brasil não tolerará mais desrespeito à lei e à ordem”, afirmou Sargento Portugal.

Outro parlamentar que também enalteceu a derrubada do veto foi o deputado Sargento Gonçalves (PL-RN).

“O povo brasileiro merece viver com segurança e ter seus direitos respeitados. A derrubada deste veto é um grande passo nessa direção”, acrescentou Sargento Gonçalves.

E finalizou o deputado Coronel Telhada (PP-SP): “uma vitória para o Brasil. Basicamente: os criminosos não terão mais essas benesses. Estamos enviando uma mensagem clara de que a Lei deve ser respeitada e que a segurança dos cidadãos é uma prioridade”, concluiu Telhada.

FONTE: DP https://diariodopoder.com.br/brasil-e-regioes/congresso-derruba-veto-de-lula-e-acaba-com-saidinha-de-presos

Derrotado, governo ameaça com novo projeto de censura

Líder do governo no Congresso, Randolfe Rodrigues (Sem partido- AP. Foto: Agência Câmara)

Ao deixar a sessão do Congresso Nacional que analisou o vetos presidenciais, nesta terça-feira (28), o líder do governo no Senado, Randolfe Rodrigues (Sem partido-AP) disse que ‘já era esperado’ o cenário que cravou derrotas significativas ao governo, a exemplo da manutenção do veto do ex-presidente Jair Bolsonaro, que impediu a tipificação do crime de fake news, e a queda do veto parcial do presidente Luís Inácio Lula da Silva, que vetou o fim das saidinhas no Brasil, aprovado pelo Congresso Nacional.

Randolfe tirou o foco do combate à reincidência de crimes e desdenhou dos presos do 8 de janeiro, afirmando que a queda do veto de Lula terá ‘efeito colateral’, já que os  condenados pelas depredações na Esplanada dos Ministérios, em Brasília, que estiverem em regime semiaberto, não vão usufruir do benefício.  “O tema da saída temporária tem um efeito colateral porque os presos do 8 de janeiro não serão atendidos. Procuramos convencer o Congresso. Mas entendemos que é um Congresso conservador. Era esperado”, afirmou. 

O senador antecipou que o governo Lula vai continuar militando por pautas que extrapolam a linha entre controle do Estado e liberdade de expressão: “sobre fake news vamos continuar tratando. Vou apresentar projeto neste tema. Em algum momento, o Congresso Nacional vai ter que criminalizar fake news. Por que fake news mata”. 

FONTE: DP https://diariodopoder.com.br/brasil-e-regioes/derrotado-governo-ameaca-com-novo-projeto-de-censura

Parlamentares criticam importação de arroz pelo governo Lula: ‘desrespeito’ e ‘abuso de poder político’

A decisão do governo Lula de autorizar a importação de 1 milhão de toneladas de arroz para vender em mercados brasileiros com um rótulo próprio gerou críticas de parlamentares do agronegócio. Para o deputado Pedro Lupion (PP-PR), presidente da Frente Parlamentar do Agronegócio, a ação se configura como “abuso de poder político”.

“Vender arroz com a marca do governo federal é abuso de poder político”, afirmou Lupion, sugerindo que a iniciativa faz propaganda eleitoral. Segundo ele, o Rio Grande do Sul já colheu quase toda a safra, tornando a importação desnecessária. “Vai prejudicar os agricultores de arroz do Rio Grande do Sul que não perderam tudo na inundação”, acrescentou.

A senadora Tereza Cristina (PP-MS), ex-ministra da Agricultura, também criticou a medida. Ela destacou que o arroz importado será vendido “com a campanha do governo federal” e que isso desestimula os produtores nacionais de arroz.

tereza cristina - geraldo magela - agência senado

O tema foi debatido no plenário do Congresso Nacional na terça 28. О senador Ireneu Orth (PP-RS) sugeriu que o governo poderia ter comprado arroz brasileiro em vez de importar. “Somando a safra gaúcha à de outros Estados era possível atender a todo o país”, disse.

Ele prosseguiu: “O governo, sem respeitar os agricultores e, ao invés de adquirir o produto nacional, gasta para comprar produto estrangeiro em detrimento do nosso produtor. Falo em defesa da produção nacional, que neste ato foi desrespeitada.”

O governo planeja investir R$ 7,2 bilhões do Orçamento federal para comprar o arroz importado e vendê- lo em supermercados de sete regiões metropolitanas. O produto será vendido em embalagens com a marca da Conab e a inscrição “arroz adquirido pelo governo federal”, ao preço tabelado de R$ 8 o pacote de 2 quilos.

Produtores consideram importação de arroz uma intervenção estatal

Produtores e vendedores de arroz brasileiros consideraram a medida uma intervenção estatal. O volume importado representa cerca de 10% do consumo anual de arroz no país. O governo argumenta que a medida visa a conter os aumentos de preços após as enchentes no Rio Grande do Sul e combater a especulação.

Lupion e Tereza Cristina acreditam que os preços subiram no Brasil devido à decisão do governo de fazer leilões para comprar arroz. A ex- ministra também observou que a importação deve demorar a chegar ao Brasil e que há diferenças entre o arroz asiático e o brasileiro, o que pode dificultar a aceitação pelo consumidor.

FONTE: REVISTA OESTE https://revistaoeste.com/politica/parlamentares-criticam-importacao-de-arroz-pelo-governo-lula-desrespeito-e-abuso-de-poder-politico/?utm_source=pushnews&utm_medium=pushnotification

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Marcha soldado, cabeça de papel: Mourão e a desonra da caserna

MOURÃO
Cabeça de papel: o quartel pegou fogo, a polícia deu sinal, mas o Mourão não ajudou a apagar o incêndio porque não era a função dele.| Foto: Angélica Rodrigues


Achei mesmo que o general Mourão, ops!, desculpe, senador Mourão andava meio sumido. Logo ele, que foi eleito pelos gaúchos agora flagelados por uma enchente que, olha, nunca vi nada igual. Mas antes o ex-vice-presidente de Bolsonaro tivesse ficado aquartelado, em silêncio e com medo da leptospirose mesmo. Porque, assim que resolveu abrir a boca, Mourão deu uma declaração que conseguiu a proeza de ser ainda pior do que aquela da “democracia pujante”. Lembra?

Em entrevista à Rádio Gaúcha, Mourão foi cobrado por sua ausência no estado que o elegeu senador. Nem que fosse para enfrentar politicamente o interventor ilegítimo Paulo Pimenta ou para ajudar as Forças Armadas – cuja imagem está na lama, como disse alguém, e não para de afundar. Forças Armadas que chegaram a ordenar a evacuação de um bairro por causa do rompimento de uma barragem que não aconteceu. Sim, teve isso.

Em vez de dar uma satisfação minimamente digna ao seu eleitorado, porém, Mourão disse algo que já seria inadmissível para um homem comum saudável, que até outro dia gostava de esbanjar saúde e vitalidade se deixando flagrar andando de bicicleta ou correndo, mas que é ainda mais inadmissível num senador eleito apenas e tão-somente pelo título de general. Isto é, um senador que de certa forma representa essa instituição que um dia foi sinônimo de sacrifício: o Exército.

Mourão respondeu que, veja bem, já tenho 70 anos, não se vê homens de 70 anos no meio da água, blábláblá. E se tivesse ficado apenas com essa desculpa rota e andrajosa, tudo bem. Mas aí Mourão resolveu mostrar toda a exuberância da sua covardia de burocrata-de-coturno e disse: “Não vejo isso [ajudar no socorro às vítimas da enchente] como a minha função. Seria um desvio de função”.

Caravaggio, Mourão!

Ao ouvir essa declaração repugnante do senador idem, tive que parar e inspirar e expirar e inspirar e expirar até que os palavrões abrissem caminho para uma pergunta mais ponderada. Ou ao menos tão ponderada quanto possível: qual, então, é a sua função, senador? É ficar batendo papo no cafezinho do senado? É ficar polindo as medalhas que o senhor recebeu por méritos abstratos? É ficar consultando o extrato para ver se o soldo caiu na conta? Caravaggio, Mourão!

E eu sei que muita gente está cansada de ler isso, mas vou me permitir ser repetitivo para dizer que o mal grita e o bem sussurra. Digo, geralmente é assim, mas não hoje. Porque, como contraponto à desculpa abjeta do senador, faço questão de registrar aqui a história de Adroaldo Gabana, de 39 anos. Ele era agrônomo e sua função, obviamente, não era salvar vidas na enchente. Mas, ao ver seus semelhantes em dificuldades, Gabana não foi covarde como uns e outros. E isso, infelizmente, lhe custou a vida.

Gabana viajou de Ciríaco para Muçum, uma das cidades mais afetadas pela enchente, e onde o general Antônio Hamilton Martins Mourão recebeu 1.555 votos na corrida ao Senado. Em meio às operações de resgate, porém, o agrônomo, que também era jogador de futsal, caiu de um caminhão, bateu a cabeça. Ele passou 18 dias internado. Seus órgãos foram doados pela família.

Fosse um político inútil e parasita, Gabana poderia ter dado qualquer desculpa para não ajudar as vítimas da enchente. Poderia ter dito, inclusive, que essa não era sua função. Ou que preferia jogar videogame ou então que tinha medo de pegar leptospirose ou sei lá mais o quê. Mas não. Adroaldo Gabana fez o certo. E morreu dando a vida para ajudar o outro. Que é como morrem os verdadeiros heróis.

FONTE: GAZETA DO POVO https://www.gazetadopovo.com.br/vozes/polzonoff/marcha-soldado-cabeca-de-papel-mourao-e-a-desonra-da-caserna/

Lira aprova taxação de 20% em compras chinesas até R$258

Presidente da Câmara do Deputados, Arthur Lira. (Foto: Agência Câmara)

O plenário da Câmara dos Deputados aprovou na noite desta terça-feira (28) o programa nacional Mobilidade Verde e Inovação (Mover), com incentivos à indústria automotiva, incluindo a taxação de 20% sobre compras internacionais até 50 dólares (cerca de 258 reais). A taxação de 20% é bem inferior àquela defendida pelo setor produtivo, de 60%.

A taxação foi anunciada por Lula há um ano, em abril de 2023, e causou polêmica ao ser defendida pela primeira-dama Janja, durante viagem internacional do casal, e adotada por Lira a pedido do próprio presidente da República. A taxação tinha o objetivo de atingir ao menos três sites mais populares de venda de produtos chineses: Shopei, Shopee e Aliexpress.

Mais recentemente, quando as pesquisas mostraram declínio da aprovação do governo, incluindo entre os brasileiros mais pobres, Lula mudou de ideia e passou a dizer que poderia vetar o projeto, “deixando na chuva” o próprio Lira e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, como se nada tivesse com isso.

Essa discussão era necessária que fosse feita. E ao cabo, todos os partidos entenderam que a taxação que foi feita daria um equilíbrio para a manutenção do emprego do brasileiro”, disse o presidente da Câmara.

FONTE: DP https://diariodopoder.com.br/brasil-e-regioes/lira-aprova-taxacao-de-20-em-compras-chinesas-ate-r258

Paraná Pesquisas: Nunes dispara no 2º turno em SP, com 48,1% a 35,9% de Boulos

Guilherme Boulos (PSOL) e Ricardo Nunes (MDB) polarizam corrida eleitoral pela Prefeitura de São Paulo (Fotos: Reprodução Facebook)

Levantamento Paraná Pesquisas em São Paulo, divulgado nesta quarta-feira (29), aponta que Ricardo Nunes (MDB) é o favorito dos paulistanos para a eleição deste ano. O atual prefeito de São Paulo lidera todos os cenários da pesquisa, seguido pelo extremista Guilherme Boulos (Psol), que está em segundo lugar. Se a eventual disputa de segundo turno entre os dois fosse hoje, Nunes teria 48,1%, seu melhor resultado desde fevereiro, e Boulos 35,9%, o pior resultado do deputado ex-MST, aliado de Lula (PT).

Abriu

Em fevereiro, o Paraná Pesquisas previa Nunes com 43,3% e Boulos com 39,6%, tecnicamente empatados na margem de erro de 2,6%.

Meio

No cenário com todos os pré-candidatos, Nunes tem 28,2%, Boulos 24,2%, José Luiz Datena (PSDB), 12,1 % e Tabata Amaral (PSB), 9,1%.

Atrás

Pablo Marçal (PRTB) teria 5,1%, Kim Kataguiri (União), 3,4%, a candidata do Novo, Marina Helena, 3,2%. Os demais não atingiram 1%.

Dados

A pesquisa está registrada sob n.º SP-05645/2024 para o cargo de Prefeito; a margem de erro é de 2,6% para mais ou menos.

(Foto: Lula Marques/Agência Brasil).

Congresso irá vetar censura seja qual for o pretexto

A decisão do Congresso de manter veto do ex-presidente Jair Bolsonaro, de 2021, na prática preserva o exercício à livre expressão, inclusive nas redes sociais. Assim, o Congresso descartou regra de inspiração fascista que previa até 5 anos de prisão para quem difundisse supostas “notícias falsas”. Um órgão do governo atuaria como um “tribunal da verdade” para determinar o que seria falso. A votação desta terça (28) mostrou que o Congresso não deverá a aprovar qualquer regra que implique censura.

Aqui, não, espertalhão

O “PL da Censura” está empacado desde 2022, quando a Câmara barrou a “urgência. Até hoje não há consenso dos líderes para ser pautado.

Brasil não aceita censura

A Câmara tem se recusado a legislar sobre censura, e não deixa andar o a iniciativa de Orlando Silva (SP), filiado ao PCdoB, partido stalinista.

Vozes da tirania

Deputados acham que não pode ser boa coisa proposta de um deputado cujo partido idolatra tiranos como Josef Stalin e o albanês Enver Hoxha.

Poder sem Pudor

Não vale o escrito

O deputado estadual paulista Francisco Franco era da escola de Fernando Henrique “Esqueça o que escrevi” Cardoso. Franco presidia a Assembleia Legislativa (Alesp) quando anunciou ser contrário a um projeto do Executivo. Procurado pelo líder do governo, foi seco: “Sou um homem de palavra. Eu falei, não volto atrás.” O líder mostrou a Franco um documento que ele mesmo assinara, dias antes, apoiando o projeto do governo. O deputado não se abalou: “Eu assinei, mas não falei. Só vale o que eu falo.”

Tá feia a coisa

Mais um levantamento do Paraná Pesquisas aponta que está feia a coisa para Lula em municípios de São Paulo. Em Campinas, a aprovação de Lula (41,8%) como poeira do governador Tarcísio de Freitas (64,3%).

Fazendo história

Foi um dia histórico de reafirmação do Congresso a derrubada de vetos de Lula, como saidinha de presos, e a manutenção do veto do antecessor Jair Bolsonaro que impede a volta da censura ao País.

Aqui me tens de regresso

Ao explicar a orientação pela manutenção do veto presidencial que barra criar o “crime de fake News”, com pena de prisão, o deputado Marcel Van Hattem (Novo-RS) lembrou: “do contrário, o primeiro preso seria Lula”.

Clima no Congresso

Os gritos de “Lula, ladrão, seu lugar é na prisão” quase sufocaram o anúncio de Rodrigo Pacheco do resultado que manteve o veto do então presidente Bolsonaro à criação do “crime de fake news”.

Frase do dia

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“O governo Lula foi derrotado na sua sanha”

Senador Eduardo Girão (Novo-CE) sobre manter o veto de Bolsonaro que barra censura

Derrota bombando

A “peia” que o governo Lula tomou no Congresso, nesta terça (28), como definiu a deputada Bia Kicis (PL-DF), colocou o termo “derrota” como um dos assuntos mais comentado no X, antigo Twitter.

Lula tomou um grito

O presidente nacional do PP, senador Ciro Nogueira (PI), disse que a derrubada dos vetos de Lula “foi um grito” ao governo Lula. “Derrubar lei do Congresso é um tapa na cara da sociedade”, que ontem reagiu.

No telhado

Anúncio de suspensão de cancelamento unilateral e até criminoso dos planos de saúde por parte das operadoras levantou suspeitas na Câmara. Parlamentares já desconfiam que a CPI subiu no telhado.

Bolsonaro 2026

Questionada sobre eventual candidatura pelo Diário do Poder, a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro disse que já tem candidato para as eleições de 2026: Jair Bolsonaro. “Ele será o nosso candidato”, declarou.

Pensando bem…

…agora só falta o tapetão para derrubar veto.

FONTE: DP https://diariodopoder.com.br/coluna-claudio-humberto/parana-pesquisas-nunes-dispara-no-2o-turno-em-sp-com-481-a-359-de-boulos

A Petrobras, o discurso e a ação

Magda Chambriard, nova presidente da Petrobras, em entrevista coletiva concedida em 27 de maio de 2024.
Magda Chambriard, nova presidente da Petrobras, em entrevista coletiva concedida em 27 de maio.| Foto: Rafael Pereira/Agência Petrobras

A nova presidente da Petrobras, Magda Chambriard, concedeu na segunda-feira sua primeira entrevista coletiva depois de ter seu nome aprovado pelo Conselho de Administração da estatal, na sexta-feira passada. Ela substitui Jean Paul Pratesdemitido por Lula por não cumprir totalmente as vontades do presidente da República, perdendo uma disputa interna com os ministros de Minas e Energia, Alexandre Silveira, e da Casa Civil, Rui Costa. Todas as circunstâncias da troca de comando na petrolífera levaram o país a enxergar a nova presidente como uma mera executora das vontades de Lula, o autodeclarado “dono” da Petrobras, vontades essas que seriam extremamente nocivas para o desempenho da empresa. Foi essa impressão que Chambriard tentou desfazer na entrevista, com maior ou menor sucesso dependendo do tema.

Para tentar acalmar investidores, por exemplo, Chambriard adotou um discurso evasivo sobre a política de dividendos, a causadora da primeira grande crise entre Prates e Lula. Falou, por exemplo, em “ser rentável e ao mesmo tempo atender aos interesses dos acionistas majoritários e minoritários”, sem entrar em muitos detalhes sobre quais seriam esses interesses. Ironicamente, o mesmo governo que forçou a mão para reter os dividendos extraordinários, com o argumento de que eles seriam melhor usados se fossem reinvestidos na estatal, agora quer o dinheiro, a ponto de já contar com uma distribuição de 100% em documento recentemente enviado ao Congresso. O giro de 180 graus se explica: incapaz de cortar gastos e sem conseguir arrancar ainda mais impostos dos contribuintes, esses dividendos, estimados em R$ 14 bilhões, ajudarão a atenuar o buraco fiscal em que Lula está jogando o país.

Ambiguidade também foi a marca da resposta sobre o grau de ingerência de Lula na nova administração da Petrobras. “A Petrobras é uma empresa de economia mista. Ela roda com uma diretoria colegiada, da qual eu participo, submetida a um Conselho de Administração, que é conhecido e eu também participo. A lógica empresarial é essa”, afirmou Chambriard. De fato, a lógica empresarial é esta, mas a lógica da Petrobras não é bem a lógica empresarial. Se fosse, a estatal ainda seria presidida por Prates, ou mesmo por algum outro executivo mais disposto a bater de frente com os interesses de Lula quando eles se chocassem com os interesses da empresa.

E bater de frente com Lula certamente não está nos planos de Chambriard, a julgar por sua defesa da retomada dos investimentos no segmento de fertilizantes e em refinarias, bem como os acenos à indústria naval com políticas de conteúdo local. O abandono da política de desinvestimento que pretendia fazer a Petrobras se concentrar em atividades mais lucrativas e que ela executa com excelência – caso da extração de petróleo – é uma decisão de negócios questionável; já a decisão de usar a estatal para re-estimular a indústria naval, que Chambriard disse na coletiva ser uma “obrigação”, além de fazer a Petrobras pagar mais caro para ter o que ela poderia conseguir a preços mais baixos com fornecedores estrangeiros, já se mostrou ser uma porta escancarada para a corrupção, como bem demonstrou a Operação Lava Jato.

A julgar pela repercussão imediata da entrevista, medida pelo desempenho das ações da Petrobras, o mercado financeiro parece ter sido tranquilizado, ao menos temporariamente. No entanto, as futuras ações de Magda Chambriard à frente da estatal é que serão importantes. De nada adianta um discurso apaziguador que não seja efetivamente confirmado em decisões de negócios, sem falar na defesa explícita, feita pela nova presidente, de muitas políticas de investimento que são comprovados retrocessos. É então que veremos qual é o verdadeiro grau de autonomia de Chambriard, e para onde ela – por conta própria, ou sob as ordens de Lula e Silveira – está levando a maior empresa do Brasil.

FONTE: GAZETA DO POVO https://www.gazetadopovo.com.br/opiniao/editoriais/petrobras-entrevista-magda-chambriard/

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Rodrigo Constantino

O sistema quer calar sua voz

André Janones
O deputado federal André Janones (Avante-MG)| Foto: Pablo Valadares/Câmara dos Deputados


Compartilhando a notícia de que o PT tenta usar veto para criar um “tribunal da verdade”, sobre o veto 46 cuja votação está prevista para hoje, o ex-presidente Jair Bolsonaro comentou:

“O sistema quer de qualquer jeito calar sua voz. Manter o veto posto por nós em nossa gestão é uma questão de sobrevivência do país. Como repetido exaustivamente: a legislação já admite há décadas questionamentos jurídicos legais em casos desejáveis! Qualquer vírgula fora dessa linha é puro controle e eles sabem o poder que os senhores têm com a internet independente”.

A mobilização da oposição tem sido forte, pois ficou claro o perigo para nossa liberdade de expressão. Os autoritários não descansam um minuto sequer em sua sanha censória. Tentaram, em uma semana, avançar três vezes com o tal PL da Globo, ainda que com maquiagem e peruca para tentar disfarçar. Mas o intuito é sempre o mesmo: calar a voz da direita.

Um ano atrás, não custa lembrar, a própria Globo estava publicando um editorial em que afirmava ter acabado o tempo para debates, pois era crucial aprovar o PL das Fake News, que não passava de um projeto de censura relatado por um comunista. O debate continuou, para desespero dos autoritários, e cada vez mais gente se deu conta do que estava em jogo.

Se o veto 46 for derrubado, uma pessoa pode pegar até cinco anos de cadeia pelo “crime” de Fake News, que inexiste. O deputado Nikolas Ferreira conclamou seus milhões de seguidores a resistirem: “Precisamos manter o veto. Cobrem seus parlamentares – deputados e senadores. Eles não cansam, a gente também não”. Cochilou, o cachimbo cai. Quem quer impor censura pois depende do fim do debate não relaxa um segundo.

O deputado Marcel van Hattem também gravou vídeos e fez apelos aos seus seguidores: “URGENTE, ATENÇÃO! Nesta TERÇA, 28 de maio: veto 46 precisa ser MANTIDO! Ou então teremos crime de disseminação de notícias falsas com prisão de até 5 ANOS e partidos políticos substituindo MP como titular da ação penal! Mais um absurdo que Lula e o PT estão patrocinando no país. Deputados e senadores: o veto 46 deve ser MANTIDO! COMPARTILHE!”

Desnecessário lembrar que os censores, sempre covardes, são os que mais espalham mentiras. Mas eles são protegidos pelo sistema corrupto. Basta pensar num Janones da vida, entre tantos outros além do próprio Lula, o presidente mais mitomaníaco de todos. Pedro Rousseff, parente da ex-presidente Dilma, chegou a mentir descaradamente ao afirmar que Lula estaria repassando cem milhões de reais aos motoristas de Uber. O “repasse”, na verdade, era um décimo disso, e feito pela própria empresa, não pelo governo federal.

É essa turma que quer criar o “tribunal da verdade” em nosso país. Como sempre na história, a censura nunca é defendida para impedir a circulação de mentiras, mas sim de verdades incômodas aos donos do poder. A esquerda quer calar a nossa voz pois sabe que, com liberdade, podemos facilmente apontar suas mentiras, derrubar suas falácias, refutar suas “teorias”. O consórcio formado por PT, STF e velha imprensa quer a censura pois, sem ela, fica fácil expor ao mundo como são apenas isso: autoritários mentirosos.

FONTE: GAZETA DO POVO https://www.gazetadopovo.com.br/rodrigo-constantino/sistema-quer-calar-sua-voz-censura-esquerda/

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Jocelaine Santos

Não importa a realidade: o que vale é só o que eles dizem

Pimenta e Lula - regulação da mídia
O ministro da Secom, Paulo Pimenta, e o presidente Lula (PT)| Foto: Joedson Alves/Agência Brasil


É natural que diante de um acontecimento apareçam várias versões diferentes sobre o ocorrido. Uma versão pende para um lado, outra, na direção oposta – e assim por diante. Num mundo ideal, teríamos acesso a várias dessas versões, as analisaríamos, faríamos comparações, e depois de muito refletir, teríamos a nossa visão sobre o acontecimento – nossa opinião sobre o assunto. E poderíamos expressá-la livremente. Como não vivemos num mundo ideal, há quem se ache no direito de limitar as versões a que temos acesso. Ou ainda determinar exatamente o que pode ou não ser dito, e definir o que é verdade ou não.

Usando a caneta da censura, alguns poucos – que devem se considerar seres iluminados – tentam calar as vozes muito complexas ou diferentes, usando os mais inusitados argumentos. Já falaram, por exemplo, numa tal de “desordem informacional” – que, em tese, seriam aquelas informações verdadeiras, mas “muito complexas” para nós, pobres cidadãos brasileiros receberem e avaliarem e que por isso levariam a conclusões supostamente “falsas”.

Esse foi o argumento usado para retirar do ar (censurar) em outubro de 2022 um vídeo que relembrava os vários casos de corrupção relacionados aos dois primeiros governos de Lula. Ora, nada no vídeo era incorreto, mas, segundo os seres iluminados, poderia levar a conclusões “equivocadas” a respeito de Lula, na época candidato. Por que, vocês devem lembrar, Lula foi condenado por corrupção, mas posteriormente, por decisão do STF, os processos (e condenações) contra ele foram anulados.

Seria um erro, no entender dos seres iluminados, ver Lula ligado à corrupção (cof, cof, cof) e aí o zelo dos censores com o que mencione “Lula” e “corrupção” na mesma frase. Tudo para nos proteger do erro de pensar (Deus nos livre!) que Lula em algum momento esteve envolvido com corrupção das grandes.

Outro perigo que tem tirado o sono dos poderosos de plantão são as tais fake news – uma ameaça tão complexa que até agora ninguém foi capaz de definir realmente o que elas seriam. Você deve ter visto, por exemplo, que segundo o governo federal, são as fake news o verdadeiro problema a ser enfrentado no Rio Grande do Sul, onde milhares de pessoas foram afetadas pelas chuvas – eu, na minha ingenuidade, achei que o mais urgente seria atender às vítimas.

Um ministro de Lula, chegou a usar a palavra com F para se referir a quem estaria espalhando as tais fake news de que o governo federal estaria fazendo bem menos do que deveria fazer, e que foi a própria população quem socorreu os gaúchos com muito mais empenho e dedicação do que qualquer governo.

O ministro disse que era preciso “botar pra f* com os caras” – o que significa empenhar a Polícia Federal, a Advocacia-Geral da União, o Ministério da Justiça e outros departamentos para punir quem ousar contradizer o que o governo federal ou outros seres supremos dizem ser a verdade. Até um protocolo de intenções entre diversas plataformas e o governo foi assinado, o que vai permitir que as próprias redes sociais excluam sumariamente aquilo que considerarem fake news sobre o RS – usando os critérios do governo, claro.

Aliás, você pode não saber, mas há uma imensa máquina estatal – ou seja, paga por você – trabalhando a todo vapor para separar a verdade segundo o Estado, das fake news – que na maioria das vezes são só verdades inconvenientes aos poderosos. É seu dinheiro, por exemplo, que paga as várias agências de checagem contratadas pelo governo federal para identificar as tais fake news.

Um fundo criado no ano passado, presidido pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) vai investir 42 milhões para analisar “expedientes de desinformação” e da “manipulação do debate realizado na esfera pública” nas redes sociais. São 42 milhões de reais para pagar gente que vai ficar pescando supostas fake news – usando para isso os critérios definidos pelo governo e seres supremos. Veja bem, é claro que existe gente que espalha mentiras usando as redes sociais – ofende, incita crimes, calunia inocentes. Mas não é essa a preocupação do governo e você sabe disso. O que preocupa o governo são as críticas, os questionamentos, o debate. É isso o que eles querem combater.

É como se estivéssemos caminhando a passos largos em direção a uma distopia onde nossa reflexão, nossa pesquisa, leituras e análises da realidade serão totalmente dispensáveis, porque quem determinará o que é verdade, o que pode ser dito ou pensado, serão os poderosos e governos de plantão. E o mais assustador é que a maioria das pessoas parece não ter se dado conta disso.

FONTE: GAZETA DO POVO https://www.gazetadopovo.com.br/vozes/jocelaine-santos/nao-importa-a-realidade-o-que-vale-e-so-o-que-eles-dizem/

PT SENDO PT: FALANDO PRA NINGUÉM

https://x.com/TumultoBR/status/1795534076734308528?ref_src=twsrc%5Etfw%7Ctwcamp%5Etweetembed%7Ctwterm%5E1795534076734308528%7Ctwgr%5Eba5ec2f753853dc41a394e132832452d74903a82%7Ctwcon%5Es1_&ref_url=https%3A%2F%2Fluizberto.com%2Fpt-sendo-pt-falando-pra-ninguem%2F

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FONTE: JBF https://luizberto.com/pt-sendo-pt-falando-pra-ninguem/

RECORDE MUNDIAL DE MENTIRA EM 30 SEGUNDOS!

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VOZ SILENCIADA

FONTE: JBF https://luizberto.com/voz-silenciada/

ALEXANDRE GARCIA

CÂMARA QUER QUE PAULO PIMENTA EXPLIQUE PERSEGUIÇÃO A CRÍTICOS

O presidente Lula e o ministro Paulo Pimenta durante evento em São Leopoldo (RS), em 15 de maio de 2024.
O presidente Lula e o ministro Paulo Pimenta durante evento em São Leopoldo (RS)

A maior e mais importante comissão da Câmara dos Deputados, a Comissão de Constituição e Justiça, está chamando, a convite, o ministro Paulo Pimenta para explicar por que ele levou à Polícia Federal o que ele chama de “fake news” sobre as enchentes no Rio Grande do Sul, e o que ele acha que são fake news. Seria uma convocação, quando o ministro é obrigado a ir, mas virou convite, graças a um acordo com o pessoal do PT. Ele deve ir no dia 11 ou dia 12 de junho, pode escolher a data.

Os deputados querem perguntar se o ministro não está confundindo crítica com fake news, vão perguntar quem é que decide o que são fake news. Houve boatos, sim; chamam de fake news só para dizer que isso é coisa de rede social, mas a notícia mentirosa existe desde que existe a imprensa. E um dos casos mais notórios de fake news envolveu elementos do Exército, que já está punindo os que fizeram isso. Não sei se foram os militares que inventaram, mas foram eles que passaram adiante a informação de que um dique havia rompido lá no bairro Mathias Velho, em Canoas, e isso causou um certo pânico.

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Jovens sem perspectiva

Está cada vez mais assustador a situação dos jovens. Do início do ano passado até agora, aumentou em 35% o número de jovens que não estudam nem estão procurando trabalho, os “nem-nem”. Segundo um levantamento do Ministério do Trabalho, são 5,4 milhões de jovens, entre os 34 milhões de brasileiros dos 14 aos 24 anos. Diz a estatística que 60% são mulheres que ou casaram ou estão cuidando de filho recém-nascido. Ainda assim, é muita gente que não está se preparando para o futuro, não está se qualificando para ter um bom emprego e um bom salário, exercer uma boa atividade rentável. Estão vivendo à custa de alguém, porque não cai mais maná do céu há um bocado de tempo; alguém deve pagar a roupa, a diversão deles.

Desses 34 milhões de jovens, 14 milhões estão sem trabalhar, 10 milhões estão trabalhando ou estudando, e cerca de 6 milhões estão procurando emprego. Mas está difícil, a situação econômica não está boa. Agora mesmo a Gerdau fechou uma siderúrgica em Minas Gerais, e foram 487 demitidos, indenizados. A empresa não teve como concorrer com o aço da China. E a nova presidente da Petrobras está dizendo que o preço dos combustíveis vai continuar “brasileiro”, mas está ficando defasado. Terá de haver reajuste de combustível, que vai puxar tudo para cima, vai deixar tudo ainda mais difícil.

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Petrobras vai ser novamente prejudicada com o desmonte da Lava Jato?

Falando em Petrobras, a empresa, perplexa, foi ao Supremo perguntar como é que fica sua situação. Marcelo Odebrecht foi descondenado pelo ministro Toffoli, já tinha sido dispensado de pagar multa, assim como o pessoal da J&F. O Estadão, em editorial, disse que é estranho que Toffoli não tenha se declarado impedido de tratar de assuntos envolvendo a Odebrecht, mas isso nem é novidade: ele era advogado de Lula e participou de julgamentos envolvendo Lula. Mas Toffoli vai ter de explicar por que anulou as condenações, mas não a colaboração premiada. E a Petrobras, que tem interesses envolvidos aí, está pagando caro por tudo que fizeram com ela, tudo que a Lava Jato apurou. A Petrobras foi criminosamente usada e agora seu departamento jurídico quer saber se o Ministério Público pode reabir investigações com base na colaboração premiada de Marcelo Odebrecht.

FONTE: JBF https://luizberto.com/camara-quer-que-paulo-pimenta-explique-perseguicao-a-criticos/

BLOGUEIRINHA ESTATAL

FONTE: JBF https://luizberto.com/blogueirinha-estatal/

QUEM ESTÁ NERVOSO É O POVO

FONTE: JBF https://luizberto.com/quem-esta-nervoso-e-o-povo/

Governo Lula remove embaixador de Israel

Lula Israel

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) removeu oficialmente o embaixador brasileiro em Israel e o transferiu para Genebra, na Suíça. Frederico Meyer foi nomeado Representante Especial do Brasil na Conferência Especial do Desarmamento, órgão na Organização das Nações Unidas (ONU), sediado em Genebra. A nomeação foi publicada no Diário Oficial da União desta quarta-feira, 29.

Meyer havia retornado a Israel na sexta-feira 24, depois de quase três meses fora do país. Em fevereiro, o embaixador foi chamado pelo chanceler israelense, Israel Katz, ao Museu do Holocausto para ouvir queixas públicas sobre uma fala de Lula em que o presidente comparou as ações de Israel contra Gaza às de Hitler contra os judeus.

Na ocasião, em Adis Abeba, capital da Etiópia, Lula disse que “o que está acontecendo na Faixa de Gaza e com o povo palestino não existe em nenhum outro momento histórico. Aliás, existiu, quando Hitler resolveu matar os judeus”.

“Eu fico imaginando qual é o tamanho da consciência política dessa gente, e qual é o tamanho do coração solidário dessa gente, que não veem que na Faixa de Gaza não está acontecendo uma guerra, mas um genocídio. Não é uma guerra entre soldados e soldados, é uma guerra entre um Exército altamente preparado e mulheres e crianças. É preciso parar de ser pequeno quando a gente precisa ser grande, o que está acontecendo na Faixa de Gaza e com o povo palestino não existe em nenhum outro momento histórico. Aliás, existiu, quando Hitler resolveu matar os judeus. Então não é possível que a gente possa colocar um tema tão pequeno, sabe, você deixar de ter ajuda humanitária, quem vai ajudar a reconstruir aquelas casas que foram destruídas? Quem vai retribuir a vida de mais de 30 mil pessoas que já morreram, 70 mil estão feridos, quem vai devolver a vida das crianças que morreram? Sem saber por que estavam morrendo. Isso é pouco para mexer com o senso humanitário dos dirigentes políticos do planeta?”

No local, Meyer também ouviu que o presidente brasileiro era uma persona non grata no país. O governo brasileiro entendeu como “inaceitável” o comportamento de Katz.

Embaixada de Israel será chefiada pelo diplomata Fábio Farias

Segundo o jornal O Globo, em princípio, a embaixada em Tel-Aviv passa a ser chefiada pelo ministro- conselheiro e encarregado de negócios Fábio Farias. Ele é diplomata, mas de nível inferior ao de um embaixador. Dessa forma, o governo brasileiro quer passar uma mensagem de que rebaixou suas relações com Israel.

Na semana passada, Celso Amorim, assessor especial de Lula para assuntos internacionais, já havia dito numa entrevista que Meyer seria removido.

FONTE: REVISTA OESTE https://revistaoeste.com/politica/governo-lula-remove-embaixador-de-israel/?utm_source=pushnews&utm_medium=pushnotification

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