Quando o mercado e a sociedade se alarmam com a demissão de um executivo de estatal que nem deveria ter assumido o cargo e nunca foi exatamente pró-mercado, isso é um sinal nada animador. Jean Paul Prates, que comandava a Petrobras desde o início do terceiro mandato de Lula, foi demitido pelo presidente da República na noite de terça-feira, surpreendendo os analistas – mais pelo momento que pela decisão em si. Mas, ainda que houvesse bons motivos que pudessem justificar sua saída, eles não tiveram relação alguma com a decisão de Lula; as razões pelas quais a cabeça de Prates rolou têm tudo para fazer com que sua passagem pela Petrobras acabe lembrada pela expressão “ruim com ele, pior sem ele”.
Prates, verdade seja dita, nem poderia ter sido nomeado para a Petrobras. No início de 2023, ele ainda detinha mandato de senador, e por isso estava sujeito às vedações previstas na Lei das Estatais – vedações estas derrubadas liminarmente por Ricardo Lewandowski em março do ano passado e restabelecidas agora pelo plenário do STF, com direito a uma gambiarra jurídica que validou as nomeações contra legem feitas por Lula enquanto vigorou a liminar. À frente da petrolífera, Prates se empenhou em desfazer boa parte do esforço saneador que antecessores seus haviam levado a cabo para recuperar a estatal da depredação moral e financeira provocada pelo petismo e desvendada pela Operação Lava Jato.
A única razão para que analistas lamentem a saída de um presidente da Petrobras que acabou com a PPI e determinou o retorno de políticas nocivas para a companhia é o fato de Prates ter se tornado um “mal menor” em comparação com quem deve sucedê-lo
Em maio de 2023, Prates anunciou o fim da política de Preço de Paridade de Importação (PPI), substituída por uma combinação obscura entre preços do petróleo no mercado internacional e outros critérios vagamente definidos e que poderiam dar margem a intervencionismos. Sob a batuta de Prates, a Petrobras reverteu as políticas de desinvestimento pelas quais a empresa priorizaria a exploração e a produção de petróleo, atividades mais lucrativas e nas quais a estatal se destaca; a venda de refinarias foi interrompida ou anulada, e até mesmo a Abreu e Lima, um sorvedouro de dinheiro nascido de uma camaradagem entre Lula e o regime chavista venezuelano, teve suas obras retomadas. Além disso, a estatal ressuscitou políticas protecionistas de conteúdo local para privilegiar a indústria naval brasileira.
Tudo isso estava alinhado com os planos do Planalto para a Petrobras, mas não foi suficiente. Prates divergiu de Lula e do ministro Alexandre Silveira, de Minas e Energia, em temas como a distribuição de dividendos extraordinários, a intervenção em preços de querosene de aviação para ajudar empresas aéreas e o aproveitamento de gás natural extraído no pré-sal; o próprio Prates atribuiu sua demissão à pressão de Silveira e de outro ministro, Rui Costa, da Casa Civil. E a única razão para que analistas sejam quase unânimes em lamentar a saída de um presidente da Petrobras que acabou com a PPI e determinou o retorno de políticas nocivas para a companhia é o fato de Prates ter se tornado, subitamente, um “mal menor”, como o barítono desafinado da piada que, vaiado pela plateia, diz “se estão me achando ruim, esperem só pelo tenor”.
Magda Chambriard, engenheira e ex-funcionária de carreira da Petrobras, foi escolhida para suceder Prates e deve ter seu nome aprovado em breve pelo Conselho de Administração. Ela foi diretora-geral da Agência Nacional do Petróleo (ANP) entre 2012 e 2016, no governo de Dilma Rousseff – a ex-presidente endossou o nome, que também teve o apoio do ministro Rui Costa e do ex-presidente da Petrobras Sérgio Gabrielli. Seu perfil é bem mais alinhado com os objetivos que Lula e Silveira têm para a estatal, dentro do chamado “desenvolvimentismo”, que enxerga a empresa como subordinada a um plano maior de desenvolvimento nacional determinado pelo governo, como descreveu Lula recentemente.
A perspectiva, portanto, é de que o intervencionismo estatal na administração da Petrobras, que já existia na gestão de Prates, seja intensificado com Magda Chambriard; ela inclusive assume ciente de que, se não cumprir à risca a vontade do chefe, terminará como seu antecessor. Mas, a julgar por suas declarações e textos, seguir fielmente a vontade de Lula não será um problema para a escolhida, que topará ser a CEO no papel para que, na prática, o dono da Petrobras esteja no terceiro andar do Palácio do Planalto.
FONTE: GAZETA DO POVO https://www.gazetadopovo.com.br/opiniao/editoriais/lula-petrobras-demissao-jean-paul-prates/
Governo tentou manter “saidinhas” de presos em troca de não criar novo crime de “fake news”
O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tentou negociar com a oposição a possibilidade de não derrubar um veto antigo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) que impede que a Lei de Segurança Nacional seja usada para punir a divulgação de notícias falsas, as chamadas fake news. Em troca, os governistas queriam que fosse mantido um veto de Lula que descaracteriza o projeto de lei que pretende acabar com as “saidinhas” de presos das penitenciárias em datas festivas. Mas a oposição não aceitou a proposta e quer enfrentar o governo em votações em plenário.
Apesar disso, o governo conseguiu, na última sessão conjunta do Congresso Nacional, em 9 de maio, acordar para que ambos os vetos fossem votados no próximo dia 28, quando deputados e senadores se reunirão para analisar as propostas.
O trecho vetado pelo ex-presidente classifica como crime na Lei de Segurança Nacional “promover ou financiar campanha ou iniciativa para disseminar fatos que sabe inverídicos, e que sejam capazes de comprometer a higidez do processo eleitoral”.
Questionado sobre a articulação em relação ao trecho vetado por Bolsonaro, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) afirmou que “ainda não há uma definição dos líderes sobre o assunto”. O líder da oposição na Câmara, Filipe Barros (PL-PR), disse à reportagem que o resultado de uma votação sobre a Lei de Segurança Nacional seria incerto, mas a oposição trabalha para reunir os votos necessários.
A leitura nos bastidores do Congresso é de que o governo se aproveitou da falta de consenso sobre o veto de Bolsonaro para postergar uma derrota no projeto de lei que trata das “saidinhas”. Apesar dos esforços do governo, congressistas dão como certa a derrubada do veto de Lula, acabando assim com as saídas temporárias de presos.
Em março, a Câmara dos Deputados aprovou o fim do benefício dado aos presos em datas festivas, como Natal e ano novo. O texto prevê que os presos saiam apenas para fazer cursos profissionalizantes ou para cursar o ensino médio ou o superior. O estudo deve ser na mesma comarca onde o detento cumpre pena.
Lula chegou a sancionar o projeto, mas vetou o trecho que extinguiu a visita dos presos a familiares. Para os parlamentares, a medida inviabilizou o projeto por completo.
Derrubada do veto de Bolsonaro pode gerar insegurança jurídica
Para juristas ouvidos pela reportagem, caso o dispositivo da LSN seja reabilitado, a norma não poderia ser aplicada nas eleições deste ano, já que, pela lei eleitoral, mudanças no pleito devem ser aprovadas até um ano antes da eleição. Ou seja, o trecho vetado por Bolsonaro deveria ter sido aprovado em outubro de 2023.
O advogado constitucionalista André Marsiglia, especialista em liberdade de expressão, aponta que, apesar da vedação da legislação eleitoral, uma resolução do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) aprovada em fevereiro deste ano já abre brechas para que haja uma criminalização da propagação do que a Justiça considerar como notícia falsa. Caso o veto seja derrubado, poderá servir como mais um mecanismo de insegurança jurídica.
“Se o veto for derrubado, acredito que a melhor interpretação será a de que seus efeitos não serão válidos para estas eleições, em nome da segurança jurídica do pleito. No entanto, vejo o artigo 9-E da resolução 23.732/24 deste ano do TSE superar a questão, pois desinformação e fake news estão regulados no artigo que estará vigente já para estas eleições”, diz Marsiglia.
A normativa citada pelo advogado responsabiliza os provedores de internet pela “divulgação ou compartilhamento de fatos notoriamente inverídicos ou gravemente descontextualizados que atinjam a integridade do processo eleitoral”.
Na avaliação do advogado Fábio Tavares, especialista em Direito Constitucional e mestrando pela Fundação Getúlio Vargas, a legislação eleitoral é clara ao dizer que “a lei que alterar o processo eleitoral entrará em vigor na data de sua publicação, não se aplicando à eleição que ocorra até um ano da data de sua vigência”. No entanto, ele alerta que se o dispositivo LSN for usado nesta eleição, “estaremos diante de flagrante inconstitucionalidade”.
“É importante ressaltar que a Constituição se refere à “lei que alterar o processo eleitoral”, ou seja, qualquer norma capaz de inovar o ordenamento jurídico. Portanto, o princípio da anualidade não abrange os regulamentos editados pela Justiça Eleitoral para promover a fiel execução da lei, sem extrapolar seus limites legais ou inovar a ordem jurídica eleitoral”, disse o jurista.
O receio sobre inovações na legislação eleitoral desse tipo também encontra lastro nas eleições de 2022. Na época, o ministro Alexandre de Moraes, então presidente do TSE, proibiu o eleitor de levar aparelho celular para a urna de votação.
A medida foi vista como uma inovação jurídica por parte do Tribunal fora do período estipulado pela lei, já que foi feita em 29 de setembro: dois dias antes da votação do primeiro turno. Na época, o ministro alegou que a medida visava “garantir a escolha livre e evitar o voto sob ameaça”.
Derrubada do veto pode reacender debate sobre fake news
Além da questão jurídica, existe o receio de que a derrubada do veto de Bolsonaro também possa ser o ponto de partida para que outros projetos relacionados às fake news possam voltar a ser discutidos no Parlamento.
Em abril, o governo tentou reabilitar o Projeto de Lei 2630/20, conhecido como PL das Fake News, como forma de conter as denúncias feitas pelo caso Twitter Files Brasil acerca da tentativa de censura praticada por autoridades brasileiras contra jornalistas e influenciadores.
Apesar do esforço, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), descartou a proposta após conversar com os líderes da Casa. No entanto, para atender ao governo e a ministros do Supremo, o deputado alagoano criou grupos de trabalho para debater a regulação das redes sociais.
Critério sobre fake news pode ser usado para censura
O conceito usado pela Lei de Segurança Nacional para caracterizar desinformação também traz insegurança sobre o que pode ser considerado desinformação. Para Richard Campanari, advogado especializado em Direito Eleitoral e membro da Academia Brasileira de Direito Eleitoral e Político (Abradep), a derrubada do veto presidencial “traz preocupações significativas sobre a liberdade de expressão e a possibilidade de censura”.
“Num contexto de insegurança jurídica atravessado pelo Brasil, essa mudança [a derrubado do veto] pode acabar afastando o eleitorado do debate político por medo de represálias legais. Além disso, o possível controle sobre o que é considerado “inverídico” também pode levar à formação de um “tribunal da verdade” informal, onde a subjetividade da veracidade pode ser usada para manipular o discurso político”, disse Richard.
Ele também afirmou que “não delimitar claramente qual conduta seria objeto da criminalização, é entregar, no contexto dos trechos vetados, ferramentas poderosas de controle sobre o que poderá ou não ser dito”.
FONTE: GAZETA DO POVO https://www.gazetadopovo.com.br/republica/governo-tentou-manter-saidinhas-de-presos-em-troca-de-nao-criar-novo-crime-de-fake-news/
Governo Lula conseguiu colocar a Petrobras de novo nos trilhos do desastre
A Petrobras acaba de entrar no seu oitavo presidente em oito anos. Um carrinho de pipoca que estivesse no seu oitavo dono, nos mesmos oito anos, já teria ido à falência. Mas a Petrobras é aquele tipo de praga que nenhum defensivo consegue abater – é uma empresa estatal, e por isso os que mandam nela não precisam obedecer a nenhuma das regras de negócio que valem para todos os outros.
Nos dois governos anteriores de Lula, seguidos pelo conto de horror do período Dilma Rousseff, a companhia só não foi destruída por uma razão: é salva o tempo todo pelo saco sem fundo de dinheiro que o Estado brasileiro extorque dos cidadãos na forma de impostos. Foi vítima, então, da pior corrupção serial da história humana, provada por confissões dos corruptos e pela devolução de dinheiro roubado. Agora, com Lula de novo no Planalto, o processo de destruição foi retomado.
A “indústria nacional” da qual Lula não para de falar tem tanta capacidade de construir petroleiros de classe internacional quanto de fornecer foguetes espaciais para a NASA.
Desde o primeiro dia do novo governo, ficou claro que a Petrobras do Lula-3 estava se organizando para entrar no procedimento padrão do PT e da esquerda para a empresa: mergulhar de cabeça nos seus bilhões, como Tio Patinhas na sua caixa-forte, para fazer tudo o que não interessa à boa gestão de uma petroleira decente. Mas houve, claramente, um problema de timing, como se costuma dizer.
O novo presidente da estatal não estava tocando as coisas com a rapidez que Lula e o seu sistema queriam. Também não estava claro o seu grau de adesão à ideologia lulista para a Petrobras. Foi levado, então, para o corredor da morte, à espera da execução – e enfim fuzilado no gabinete de Lula, entre as risadinhas vitoriosas dos seus carrascos. Querem agora, como eles próprios dizem, “recuperar o tempo perdido”. Imagine-se o que vão fazer para tirar o atraso.
A estratégia suicida de Lula para a Petrobras é a mesma de sempre: dizer que a companhia tem deveres com “o povo brasileiro”. Precisa atender a obrigações “sociais”. Precisa gerar “empregos”. Precisa sair gastando o máximo possível de seus recursos em negócios destinados ao “crescimento da economia”. O que existe de realmente indiscutível nesses negócios é que todos eles dão errado para a Petrobras. Têm uma espécie de “Certificado 9000” ao contrário: é garantido que uma parte ganha e a outra perde, e a parte que ganha nunca é a estatal.
Lula, e o arrastão que vem com ele, querem que a Petrobras use seu dinheiro para fazer investimentos em navios petroleiros, sondas de exploração e fertilizantes. Quer colocar dinheiro em produtos químicos, processamento de gás e fabricação de lubrificantes. Quer montar “complexos” disso e mais daquilo. Quer mais refinarias como as trágicas Pasadena e Abreu e Lima – e por aí afora. Na prática, isso quer dizer contratos bilionários com empreiteiras de obras, fornecedores e “campeões nacionais” que frequentam com regularidade a vara de falências.
A fixação principal de Lula é com a “indústria naval”. Está obcecado há mais de 20 anos com a miragem de construir navios de grande porte no Brasil, e volta agora a insistir na mesma história – não muda de ideia e nem muda de assunto. Suas tentativas anteriores foram uma calamidade. Quem se esqueceu do grande símbolo de desastre que foi a “campeã nacional” Sete Brasil? Recebeu pagamento por 28 navios-sonda, entregou quatro e foi à falência. Mas apesar desta óbvia garantia de fracasso, o presidente está mandando começar tudo de novo.
Não existe nenhuma possibilidade de se organizar uma indústria naval com chances reais de ficar de pé se os navios que produz não são desejados no mercado mundial de transportes marítimos. E quem neste mundo quer comprar um navio fabricado no Brasil? Não tem o mínimo de qualidade exigida hoje pelos armadores. Não tem preço – as chapas de aço para os estaleiros nacionais custam 20 vezes mais que o material estrangeiro. Não tem cliente – seu único cliente é a Petrobras, e indústria com um cliente só não faz verão. Não tem tecnologia. Não tem mão-de-obra especializada. Não pode dar certo.
A “indústria nacional” da qual Lula não para de falar tem tanta capacidade de construir petroleiros de classe internacional quanto de fornecer foguetes espaciais para a NASA. É óbvio que se a Petrobras for obrigada a comprar seus navios, suas sondas e seus equipamentos de exploração de empresas escolhidas pelo governo, é ela que vai levar na cabeça. Ou melhor: quem paga o mico são sempre os acionistas da empresa, o maior dos quais é o povo brasileiro.
Some-se o uso da Petrobras para fazer demagogia com o preço dos combustíveis. Some-se a decisão de investir num parque de refinarias obsoleto e que há muito já deveria ter sido vendido para empresas privadas – liberando, assim, recursos para o investimento na área de maior competência da companhia, a exploração de petróleo em alto-mar. Some-se o resto. É a Petrobras posta de novo nos trilhos do desastre.
FONTE: GAZETA DO POVO https://www.gazetadopovo.com.br/vozes/jr-guzzo/governo-lula-petrobras-trilhos-desastre-prates/
Lula defende obras envolvidas em corrupção e ataca críticos: “O inferno os aguarda”
O presidente Lula tem prestigiado obras inacabadas ou envolvidas em corrupção iniciadas nos seus primeiros governos. As mais destacadas são a Refinaria Abreu e Lima, a Hemobrás e a Ferrovia Transnordestina. O Tribunal de Contas da União (TCU) tem apontado irregularidades e corrupção nessas obras.
Em 27 de março deste ano, um acórdão do TCU apontou prejuízo de R$ 340 milhões (atualizados) à Petrobras na construção da 1ª etapa da Abreu e Lima, iniciada em 2007. Em visita à refinaria, em janeiro, Lula fez sua defesa: “tudo que aconteceu nesse país foi uma mancomunação entre alguns juízes e procuradores desse país, subordinados ao Departamento de Justiça dos Estados Unidos”.
Lula esqueceu a proposta de “pacificação do país”, uma das bandeiras da sua campanha. Na cerimônia de retomada das obras na Abreu e Lima, foi duro com os adversários. Disse ele: “As pessoas que me acusaram estão apodrecendo, porque sabem que mentiram e sabem que o inferno os aguarda por tanta mentira que eles contaram”.
Lava Jato apontou cartel de empresas
A Petrobrás lançou em 2005 o projeto da refinaria, para suprir o aumento da demanda por diesel. Após um conturbado processo de construção, iniciou as operações da primeira etapa em 2014. A segunda etapa será retomada agora. Cada etapa processaria 115 mil barris de petróleo por dia. O TCU fiscalizou as obras desde 2008. Apontou irregularidades como sobrepreço, superfaturamento, projetos deficientes, pagamentos adiantados e obstrução à fiscalização.
O acórdão 516/2024 do TCU registra: “Com a eclosão da Operação Lava Jato, em 2014, aumentaram as denúncias de graves irregularidades na construção da refinaria, incluindo várias notícias de superfaturamento e de formação de cartel entre as empresas envolvidas nas licitações concernentes ao empreendimento”.
A Abreu e Lima foi um dos principais focos da CPI instaurada em 2014, para investigar irregularidades ocorridas desde 2005 na Petrobrás, com base na Operação Lava Jato da Polícia Federal. A operação apontou “pagamento de propinas e lavagem de dinheiro por meio de contratos fraudulentos, em decorrência de licitações dominados por um grupo de empresas que se cartelizaram, atuando em conluio com funcionários da estatal”.
A estimativa da Petrobras para o contrato com a empreiteira Alusa foi de R$ 966 milhões. O TCU incidiu o percentual de 14,5% sobre esse valor, chegando ao valor de R$ 140 milhões de danos aos cofres da Petrobras. O valor atualizado até hoje é de R$ 340 milhões.
Hemobrás se arrasta há 20 anos
Em 4 de abril, na inauguração da fábrica da Hemobrás, em Goiana (PE), Lula lembrou: “A Hemobrás, criada ainda no meu primeiro mandato”. Sim, a fábrica foi criada por lei em 2004. Ficaria pronta em três anos, mas ainda não está concluída. As obras tiveram início em 2011. O que Lula inaugurou foi a fábrica de recombinantes, iniciada em 2021, já no governo Bolsonaro. É um projeto em parceria com a japonesa Takeda, que envolve a construção da planta, a transferência da tecnologia e a produção do medicamento recombinante, com investimento de R$ 1 bilhão e 200 milhões. Mas mesmo essa fábrica ainda não está produzindo medicamentos.
A inauguração marcou apenas a conclusão das obras civis, afirmou a estatal ao blog. No momento, a fábrica está na fase de qualificação de equipamentos e processos. Até o final do ano, terá início a operação de embalagem dos medicamentos. A produção do Hemo-8R, utilizado por pacientes em tratamento da hemofilia, deve ocorrer até o final de 2025, afirmou a Hemobrás.
A fábrica de hemoderivados (produzidos a partir do plasma humano) – criada por Lula – tem previsão de ser inaugurada em 2025. Dois blocos produtivos estão em fase de finalização, os demais (como recepção e armazenagem do plasma; envase e embalagem) estão em operação e pré-operação. O investimento até 2025 será de R$ 1,4 bilhão, informou a estatal.
Paralisações e prisão do presidente
Fraudes em licitações e paralisação nas obras atrasaram muito o cronograma de implantação da fábrica. Já em 2009 o TCU apontou irregularidades graves na licitação para as obras da planta industrial, como restrição à competitividade e preços acima do mercado. A licitação foi anulada e a construção sofreu dois anos de atraso.
Mas a maior crise ocorreu em dezembro de 2015. O presidente da estatal, Rômulo Maciel, nomeado por Lula e reconduzido por Dilma Rousseff, chegou a ser preso na Operação Pulso, da Polícia Federal. Durante as buscas e apreensões em Recife, maços de dinheiro foram jogados do edifício onde morava Maciel, que foi afastado do cargo.
Transnordestina: outra obra de 20 anos
Em 05 de abril, Lula visitou as obras da Ferrovia Transnordestina, em Iguatu (CE), e afirmou: “Se depender do governo, a gente vai terminar [a obra], porque o governo não vai permitir que faltem os recursos necessários”. Ele não citou que a obra teve início em 2006, no final do seu primeiro mandato presidencial. Até hoje, foram investidos mais de R$ 4 bilhões do caixa da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), controladora da TLSA, que toca a obra. Outros R$ 4 bilhões e 200 milhões são dívidas contraídas pela TLSA. O governo federal entrou com R$ 1 bi e setecentos milhões. Em 2017, o TCU determinou a suspensão de aportes públicos à obra.
A TLSA afirmou ao blog que a suspensão dos aportes públicos vigorou de 2017 até julho de 2022. A retomada da liberação de recursos ocorreu da seguinte forma: em dezembro de 2022, liberação de R$ 70 milhões do Fundo de Investimentos do Nordeste; em novembro de 2023 – liberação de R$ 811 milhões do Fundo de Desenvolvimento do Nordeste.
A TLSA afirmou que, “entre 2017 e 2022, o empreendedor CSN executou a obra com recursos próprios. Em 2022 foram executados 215 km de ferrovia e em 2023 mais 100 km. A primeira fase do projeto, do Piauí ao Porto de Pecém (CE), tem 70% de execução, com conclusão prevista para 2027 – 20 anos após o seu início. A fase 2, até o Porto de Suape (PE), tem conclusão prevista para 2029. A obra já consumiu R$ 9,9 bilhões, sendo 83% investido pela iniciativa privada.
O blog relatou à Petrobras as ilegalidades apuradas pelo TCU na refinaria Abreu e Lima e solicitou esclarecimentos à estatal. Não houve resposta.
FONTE: GAZETA DO POVO https://www.gazetadopovo.com.br/vozes/lucio-vaz/lula-defende-suas-obras-inacabadas-ou-envolvidas-em-corrucao-o-inferno-os-aguarda/
Após 12 dias internado, Bolsonaro recebe alta médica
O ex-presidente Jair Bolsonaro recebeu alta médica na manhã desta sexta-feira (17) após 12 dias internado em São Paulo para tratar uma infecção na pele causada por bactérias e um desconforto abdominal.
Bolsonaro cumpria agenda em Manaus (AM) quando começou a passar mal. O ex-presidente foi transferido para o hospital Vila Nova Star, em São Paulo, onde estava desde então.
Nas redes sociais, Bolsonaro saudou os seguidores e publicou uma foto com os médicos Antônio Luiz de Vasconcellos Macedo e o Leandro Echenique, além de dizer que estava seguindo para Brasília.
FONTE: DP https://diariodopoder.com.br/brasil-e-regioes/apos-12-dias-internado-bolsonaro-recebe-alta-medica
Imagine que você é a Janja
Imagine que você é a Janja. Que você se casou com Lula. Que você mora no Palácio do Alvorada e hoje, toda orgulhosa (e bota orgulhosa nisso!), ostenta o título nobiliárquico de primeira-dama desta nossa República Federativa do Brasil-sil-sil varonil. Imaginou? Pois imagine mais.
Agora imagine tudo o que você fez para chegar até aqui. Todas as concessões que você fez e atalhos que pegou. Todos os sapos que você teve que engolir e as mentiras nas quais fingiu acreditar. Todos os cálculos que se provaram errados e todas as noites perdidas em fantasias de poder. Continue imaginando.
Se quiser e for te ajudar neste exercício, imagine que você viva no luxo de uma Imelda Marcos. Que você tenha a cultura e maturidade de uma Rosane Collor. Que você acalente sonhos de idolatria como uma Evita. E que, no fundo, ambicione ser admirada como uma Marcela Temer. Ou Ruth Cardoso. Ou uma mistura das duas. Imagine daí que eu imagino daqui.
É isso aí. Está começando a ganhar forma o personagem. Sem perder o embalo, imagine que, graças às técnicas altamente avançadas de alpinismo social que empregou ao longo da vida, você tem hoje acesso a todas as pessoas que verdadeiramente mandam no Brasil. Essa proximidade, bem como a certidão de casamento que você traz no bolso, a torna poderosa também.
Sonho ou pesadelo?
Em assim imaginando, como se respirasse pelas narinas da Janja, agora imagine que uma catástrofe se abateu sobre os domínios do monarca-plebeu que por acaso é seu marido. E, se não for pedir demais, imagine que você tenha a oportunidade de levar um pouco de alívio, ainda que simbólico, a milhões de pessoas – tanto aos flagelados quanto aos distraídos que ainda depositam alguma esperança em você. Ou no que você representa, sei lá.
Mas você viveu toda uma vida de sacrifício à ideologia e ao Partido. Lembre-se disso. Ou melhor, imagine. Imagine também que você está cercada por assessores que lhe dão as melhores ideias do Universo. Dizem. Imagine que esses assessores tenham encontrado um pobre cavalo a ser resgatado e. Bom, o resto é história. História real da qual, graças à sua imaginação, neste momento você faz parte.
Imagine os aplausos. As vaias também, se quiser, mas os aplausos, ah, os aplausos, tão estrondosos são os aplausos que confirmam essa ideia pré-concebida que você faz de si mesma: a ideia de que você fez tudo certo, de que é uma predestinada, de que é uma deusa, uma louca, uma feiticeira, de que é demais. Mas agora vamos entrar logo no avião porque em algum momento você vai ter que parar de imaginar. Tá achando que isso aqui é hipnose?
Imagine que você está no avião presidencial. Os funcionários terminam de distribuir as cestas básicas sobre os assentos e afivelam os cintos de segurança. O fotógrafo a instrui e você consegue abrir um sorriso alegre e supostamente solidário, mas não feliz. Imagine como você se sente sempre uma pessoa boa e nunca ridícula, nunca equivocada, nunca mal orientada, nunca escrava das sensações e opiniões alheias.
Agora chega. Porque, depois de imaginar tudo isso e provavelmente mais um monte de coisa que não coube aqui, vou lhe perguntar sem o escrúpulo rotineiro de não concluir um texto com uma pergunta: ao se colocar no lugar da Janja, você sentiu que vivia um sonho ou um pesadelo?
FONTE: GAZETA DO POVO https://www.gazetadopovo.com.br/vozes/polzonoff/imagine-que-voce-e-a-janja/
O que o governo chamou de “fake news”, no fim, era verdade
O governo botou a boca no mundo, se queixou com o ministro da Justiça, pediu para o Supremo – o Supremo! – investigar notícias falsas de que estariam bloqueando caminhões que estavam levando donativos para o Rio Grande do Sul. Pois a Agência Nacional de Transportes Terrestres, no Diário Oficial de quinta, desmentiu o governo. Não era notícia falsa, porque a ANTT publicou uma portaria dizendo que a simples declaração verbal do motorista será suficiente para a liberação do veículo pela fiscalização; a portaria também está dispensando a pesagem e o pedágio. Quer dizer que estavam bloqueando e cobrando, não é? Talvez não de todos, talvez dependesse de alguns postos, alguns eram mais burocratas que outros.
Burocracia é uma coisa incrível! O sujeito não se abre. O vice-prefeito de Porto Alegre, Ricardo Gomes, que participou de muitas reuniões, se queixou dizendo que a burocracia do governo emperra tudo. Tanto que a iniciativa privada está sendo mais ágil, mais forte, mais eficaz que o Estado brasileiro em tudo no Rio Grande do Sul. Está trabalhando em conjunto com a Brigada Militar, com os bombeiros, com a Defesa Civil, com o Exército, em conjunto com o Estado. Ela tem uma logística perfeita de receber as pessoas, alimentar, abrigar, medicar, localizar pessoas perdidas. É principalmente a iniciativa privada que está fazendo isso. Está fazendo um grande trabalho também para recuperar passagens de rios; a engenharia do Exército está fazendo um excelente trabalho, vital, mas é um esforço conjunto de todo mundo.
Vi também que os voluntários estão estabelecendo lei marcial nos abrigos. Quer cachaça? Vai ser expulso. Se tocar numa criança ou numa mulher, não vai para a polícia, não; vai ser justiçado lá mesmo. Não sei como vão fazer isso, mas vi a promessa, falaram em “esmagar” a pessoa. É o rigor na emergência.
Moraes mantém Filipe Martins preso apesar de pedido da PGR
A Procuradoria-Geral da República pediu a soltura de Filipe Martins, que está preso desde 8 de fevereiro, mas o ministro Alexandre de Moraes não deixou sair. Martins foi preso porque teria ido com Jair Bolsonaro para os Estados Unidos, mas ele não foi e demonstrou que não foi. Estava no Paraná, apresentou passagem, foto, câmeras do aeroporto. Não estava na Flórida. Mas continua preso. A gente imagina que prisão preventiva é porque ele poderia alterar testemunhos, alterar provas, ou coisa assim; ou será para ver se ele confessa alguma coisa incriminando o ex-presidente da República?
Centralizar segurança pública é acabar com a federação
O ministro da Justiça está falando em centralizar a segurança pública. Uau! Vai ter de mudar a Constituição, tirar o nome de “federativa”, será República Unitária do Brasil. Porque estão tirando todo o poder dos estados e municípios; o município devia centralizar o maior poder, depois o estado e por último a União, mas a União já centraliza tributos, dinheiro, ações de saúde e, agora, quer mandar na segurança pública. É assustador o que se tenta fazer do Estado brasileiro: algo parecido com um Estado totalitário, que é um regime centralizado, com censura, em que o poder central pode tudo, inclusive intimidar os cidadãos para que só falem a favor do governo, digam coisas bonitas a favor do governo, em que não podem criticar porque são punidos. Isso é um regime totalitário, não o regime que está na nossa Constituição.
FONTE: GAZETA DO POVO https://www.gazetadopovo.com.br/vozes/alexandre-garcia/antt-fake-news-bloqueio-caminhoes-rio-grande-do-sul/
Ladeira abaixo…
Que o PT é o partido da destruição todos nós sabíamos. Afinal, mesmo para quem não basta a boa teoria, tínhamos a prática após 14 anos de desgraça. Mas o desgoverno Lula 3.0 tem surpreendido pela velocidade em que acelera rumo ao abismo. É como se a turma petista tivesse receio de um novo impeachment e precisasse transformar o quanto antes o Brasil numa Venezuela, para garantir sua permanência no poder ao custo da tragédia popular.
Lula conseguiu transformar evento de ajuda ao Rio Grande do Sul em comício político com direito a piadinhas sem graça, a ponto de constranger até mesmo a imprensa esquerdista. A Folha meteu chamada criticando o tom de comício em meio à tragédia, Josias de Souza fez o mesmo, e os militantes globais preferiram o silêncio obsequioso. Mas todos, quero crer, sentiram-se envergonhados com o nível de insensibilidade.
Lula, cada vez mais raivoso, sem noção e radical, quer logo ver o circo pegar fogo para avançar com seu único objetivo: a concentração total de poder em sua pessoa.
Na economia, os tucanos começam a se afastar da narrativa patética de que Haddad é um ortodoxo sob fogo amigo. Todos já se deram conta de que quem manda é Lula mesmo, e que o modelo é o velho nacional-desenvolvimentismo irresponsável. Agora teremos até arroz importado com logotipo do governo e preço tabelado! Cuba se aproxima a galope.
Na Petrobras, mudanças ocorrem para alinhar a gigante estatal ao projeto de poder totalitário do PT. Entra uma espécie de nova Graça Foster para focar no lado “social” da empresa, tocar projetos megalomaníacos de investimento em refino, bem como desejava Lula quando brincava de xeique árabe com Chávez no passado. Lá tivemos o petrolão e uma empresa tão endividada que quase quebrou. Agora teremos… a mesma coisa.
A história se repete como farsa, dizia Marx. E o PT é uma farsa por completo. Na segurança pública, vira ministro o garoto-propaganda da audiência de custódia, espécie de Serviço de Atendimento do Criminoso, alguém que confessa não ficar feliz com nenhuma prisão. O presidente coloca sigilo nas informações sobre fugas, para proteger os companheiros. E Lewandowski quer centralização plena na União, inspirado em modelos de Cuba e Venezuela.
São vários outros indícios que já dariam um livro, mas o jeitão fica evidente até para tucanos abobalhados que fizeram o L para “salvar a democracia“. Lula não é um novo Mandela pacificador. Haddad não é um Paulo Guedes com “face mais humana”. Ambos são socialistas, e Lula, cada vez mais raivoso, sem noção e radical, quer logo ver o circo pegar fogo para avançar com seu único objetivo: a concentração total de poder em sua pessoa. Sua e de Janja, claro, já sendo preparada para ser nossa Evita Peron…
FONTE: GAZETA DO POVO https://www.gazetadopovo.com.br/rodrigo-constantino/ladeira-abaixo-lula-pt-concentracao-poder/
Operadoras cancelam planos de saúde unilateralmente, ANS silencia e CPI avança
Tramita na Câmara proposta de CPI para investigar operadoras que têm cancelado unilateralmente planos de saúde coletivos. A ANS, “agência reguladora”, mantém-se omissa. As operadoras inventaram um indicador, que batizaram de “inflação médica”, para alegar suposto aumento de custos. Os cancelamentos ocorrem ainda que os clientes, ao contrário das operadoras, honrem os contratos, pagando em dia. A CPI proposta pelo deputado Aureo Ribeirto (Solidariedade-SP) precisa de 171 assinaturas.
Faltam escrúpulos
Só no DF, há mais de 300 queixas de planos cancelados, em mais um capítulo da relação inescrupulosa de operadoras com a própria clientela.
Ato criminoso
Há operadoras tão folgadas que queriam cancelar contratos com clientes hospitalizados, mas o Superior Tribunal de Justiça impôs algum limite.
Bem marromenos
De acordo com a decisão do STJ, a operadora não poderá cancelar o plano de saúde com o doente em tratamento. Ao menos isso.
ANS 20% ira o corpo
A ANS só age em planos individuais, 20% do total. Evita os coletivos, que criou a pedido das operadoras, por serem “pactuados entre empresas”.
Oposição vê recado de Lira a Lula em ‘PL da Globo’
Lideranças da Câmara não acreditam que o presidente da Casa, Arthur Lira, jogou com o Planalto ao pautar uma fatia do que os deputados chamam de “PL da Censura”. O projeto taxa empresas de streaming, tipo Netflix, e até o Youtube, que já soma 18% da audiência no País, mas favorece produtoras como a Globoplay, daí a denominação “PL projeto de lei da Globo”. Lira deixou o governo tentar aprovar, mas a jogada saiu da pauta por duas vezes esta semana. Por falta de acordo e de votos.
Bom pra quem?
“É uma tentativa ostensiva de inviabilizar as plataformas no Brasil”, afirma o deputado Delegado Palumbo (MDB-SP).
Outra história
Contrário ao texto, Darci de Matos (PSD-SC) diz que Lira tem mesmo que pautar, mas pondera: “Se a Câmara vai votar, aí é outra história”.
Lula sem votos
“[Governistas] Iriam levar uma surra, por isso retiraram”, avalia o deputado Mauricio Marcon (Pode-RS) após o texto ser retirado da pauta.
Poder sem Pudor
Política é uma piada
O humorista Manoel da Nóbrega, “pai” do programa de TV “A Praça é Nossa”, desfrutava de grande prestígio, por isso foi uma barbada a sua eleição para deputado estadual em São Paulo, em 1946. Era deputado assíduo, interessado, vivia lendo propostas, apresentando projetos, debatendo, trabalhando, tentando honrar o mandato. Até que desistiu e voltou ao humor. No final do mandato, recusou a reeleição: “Política não resolve nada, e ainda me atrapalha o serviço.”
Dinheiro não falta
Há ideias luminosas para redirecionar recursos públicos mal gastos na reconstrução do Rio Grande do Sul, como cancelar R$4,9 bilhões do Fundão Eleitoral e os R$50 bilhões de emendas parlamentares, e com a devolução dos R$16 bilhões em impostos sugados pela Lei Rouanet.
Campanha antecipada
Bibo Nunes (PL-RS) chama atenção da Justiça Eleitoral após Lula nomear Paulo Pimenta como ministro Extraordinário da Reconstrução do RS. O deputado vê pré-campanha para Pimenta ao governo estadual.
Usina de bobagens
Para Flávio Bolsonaro (PL-RS), Lula estranhar a quantidade de negros no Rio Grande do Sul sugere que o petista deve achar que preside a Suíça, “Se trabalhasse mais do que viaja, não falaria tanta bobagem”.
A maldição de Tordesilhas
O jornalista Aldo Rebelo, ex-ministro e ex-presidente da Câmara, fará sessão de autógrafos do livro Amazônia – A maldição de Tordesilhas, quarta (22), a partir das 18h na Livraria da Vila do Iguatemi de Brasília.
Frase do dia
“Nós avisamos”
Braga Netto, ex-ministro de Jair Bolsonaro, sobre o derretimento das ações da Petrobras
Fora de área
O deputado Duda Ramos (MDB-RR) quer o parlamento começando a discutir a proibição do uso de celular em sala de aula. Citou exemplo dos Países Baixos e protocolou projeto para proibir o aparelho em escolas.
Oportunismo
Mesmo com risco de desabastecimento descartado por produtores, o arroz importado pela Conab e preço tabelado terá um adendo: a logomarca do governo federal impressa na embalagem do grão.
Jogatina adiada
Já aprovado na Câmara, projeto que libera bingos, cassinos e jogo do bicho teve votação adiada na Comissão de Constituição e Justiça do Senado. Deve ser apreciado no início de junho.
Sabe de nada
“Lula não sabe nada de Brasil”, diz Sanderson (PL-RS), “não conhece a história do Rio Grande do Sul e comete mais um desrespeito ao povo gaúcho fazendo citações raciais num momento tão desesperador”.
Pensando bem…
…afrouxar improbidade administrativa, pelo visto, “fortalece a democracia”.
TRE-RJ julga hoje pedido de cassação de Cláudio Castro
O Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro (TRE-RJ) começa a julgar hoje (17) o processo que pode resultar na cassação do governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL).
A Procuradoria Regional Eleitoral também pede a cassação do vice-governador, Thiago Pampolha (MDB), e do presidente da Assembleia Legislativa, o deputado estadual Rodrigo Bacellar (PL).
A Corte analisará se houve desvios no Fundação Centro Estadual de Estatísticas, Pesquisas e Formação de Servidores Públicos do Rio de Janeiro (Ceperj) e na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) no ano de 2022.
Além dos três que ocupam a linha sucessória do Governo do Estado do Rio de Janeiro, também serão julgados:
- Áureo Ribeiro (deputado federal);
- Max Lemos (deputado federal);
- Leonardo Vieira Mendes (deputado estadual);
- Gutemberg de Paula Fonseca (suplente);
- Bernardo Rossi (secretário de Ambiente e Sustentabilidade do RJ);
- Marcos Venissius da Silva Barbosa (suplente).
TRE-RN absolve Rogério Marinho com apoio do MP
Por unanimidade, o Tribunal Regional do Rio Grande do Norte (TRE-RN) decidiu rejeitar duas ações que pediam a cassação do mandato do senador Rogério Marinho (PL-RN). Eram ações de adversários raivosos e inconformados com a decisão do eleitor potiguar.
O líder da oposição no Senado era alvo de processos que questionavam sua atuação como ministro do Desenvolvimento Regional durante a gestão do ex-presidente da República, Jair Bolsonaro, e o acusavam de abuso de poder econômico.
As acusações versavam sobre suposta utilização de verbas do Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR) para favorecer municípios, utilizando critérios políticos e eleitoreiros. Mas o relator do processo, desembargador Expedito Ferreira de Souza, entendeu não haver qualquer prova que sustente as alegações contra Marinho e foi seguido pelos colegas no voto
A defesa do senador, representada pelo escritório Cortez & Medeiros Advogados, sustentou que todos os investimentos do MDR foram distribuídos de maneira justa, sem favorecer prefeitos aliados. O Ministério Público, por meio da Procuradoria Regional Eleitoral, concordou com os argumentos da defesa.
FONTE: DP https://diariodopoder.com.br/brasil-e-regioes/tre-rn-absolve-rogerio-marinho
Estadão critica a ‘indecente exploração política’ da tragédia no RS
Em editorial publicado na edição desta sexta-feira, 17, o jornal O Estado de S. Paulo afirmou que a escolha de Paulo Pimenta, ex-chefe da Secretaria de Comunicação (Secom), para o Ministério Extraordinário para Apoio à Reconstrução do Rio Grande do Sul, tem motivação claríssima de “explorar politicamente a tragédia daquele Estado”. “Para que não restassem dúvidas, o demiurgo petista transformou o anúncio das medidas num comício obsceno, em que anunciou até que vai disputar ‘mais dez eleições’.”
Além de destacar a “obscura” função do recém-criado ministério, o jornal lembra que “a única parte do currículo do sr. Pimenta que o liga à catástrofe do Rio Grande do Sul é sua origem gaúcha”. “Mas ele não foi escolhido, é evidente, por seu talento executivo”, acentua o Estadão, lembrando que Pimenta é cotado para ser o candidato do PT ao governo do Rio Grande do Sul em 2026 “e nada melhor para uma campanha eleitoral antecipada do que ganhar a atenção dos aflitos eleitores gaúchos nos próximos meses”.
Outra motivação política, lista o Estadão, é a necessidade de Lula de promover sua imagem dando ao seu “notório ministro da propaganda a tarefa de alardear os supostos feitos do Palácio do Planalto neste momento de grande comoção nacional”.
Ajudar na reconstrução do RS não é se intrometer nas atribuições do governo estadual e das prefeituras, lembra o Estadão
O jornal afirma que a União certamente tem papel fundamental na reconstrução do Rio Grande do Sul, mas isso deve ser feito “da forma constitucionalmente adequada, vale dizer, respeitando a Federação; e, segundo, utilizando os meios corretos”.
São o governador, Eduardo Leite, e os prefeitos os responsáveis por liderar as ações de reconstrução do Estado, lidando com o ônus político de governar. “Ao governo federal cabe somente apoiar os líderes locais, facilitando a transferência de dinheiro e a mobilização de recursos humanos para o Rio Grande do Sul”, explica o Estadão.
O jornal conclui que “ajudar não é se intrometer”. “A criação desse ministério extraordinário – na exata medida dos interesses políticos tanto do presidente como do sr. Pimenta – não pode se travestir de intervenção federal no Estado, menos ainda como intervenção mal disfarçada. Enquanto papéis e responsabilidades não estiverem muito bem definidos, é lícita a inferência de que essa nova pasta não se prestará a outra coisa senão à politicagem em meio à tragédia climática e humanitária”, finaliza.
FONTE: REVISTA OESTE https://revistaoeste.com/imprensa/estadao-critica-a-indecente-exploracao-politica-da-tragedia-no-rs/?utm_source=pushnews&utm_medium=pushnotification
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