O desastre climático causado por temporais no Rio Grande do Sul já causou 83 mortes confirmadas e tem 4 óbitos em investigação, na catástrofe que atinge 345 cidades gaúchas, afetando a vida de 850 mil pessoas. Os dados são do balanço mais atualizado, divulgado às 9h desta segunda-feira (6), pela Defesa Civil estadual.
O órgão do governo de Eduardo Leite (PSDB) registrou que há 111 pessoas desaparecidas e 276 feridos, por causa das fortes chuvas que atingem o estado desde a ultima segunda-feira (29) e deixaram 121,9 mil desalojados.
O governador recebeu ontem uma comitiva de líderes dos Poderes da República, liderada pelo presidente Lula (PT), a quem expôs o quadro de calamidade que mantém, por exemplo, mais de 800 mil vítimas sem água e parte das vítimas sem energia. As autoridades preparam uma estratégia de ‘pós-guerra’ para ações efetivas de socorro às vítimas e reconstrução das centenas de cidades atingidas.
A Defesa Civil estadual garantiu que tem atuado para atender a população afetada e promover a segurança das vítimas. E orienta as pessoas a se cadastrarem para receberem os alertas meteorológicos, enviando o CEP da localidade por SMS para o número 40199. Após uma confirmação ser enviada, o número ficará disponível para receber as informações, sempre que elas forem divulgadas.
“Também é possível se cadastrar via aplicativo Whatsapp. Para ter acesso ao serviço, é necessário se registrar pelo telefone (61) 2034-4611 ou clicando aqui. Em seguida, é preciso interagir com o robô de atendimento enviando um simples ‘oi’. Após a primeira interação, o usuário pode compartilhar sua localização atual ou qualquer outra do seu interesse para, dessa forma, receber as mensagens que serão encaminhadas pela Defesa Civil estadual”, explica o órgão.
Veja os números do boletim das 9h desta segunda (6):
- Municípios afetados: 345
- Pessoas em abrigos: 19.368
- Desalojados: 121.957
- Afetados: 850.422
- Feridos: 276
- Desaparecidos: 111
- Óbitos confirmados: 83
Bento Gonçalves (3)
Boa Vista do Sul (2)
Bom Princípio (1)
Canela (2)
Canoas (1)
Capela de Santana (1)
Capitão (1)
Caxias do Sul (5)
Cruzeiro do Sul (8)
Encantado (2)
Farroupilha (1)
Forquetinha (2)
Gramado (7)
Itaara (1)
Lajeado (5)
Montenegro (1)
Pantano Grande (1)
Paverama (2)
Pinhal Grande (1)
Porto Alegre (2)
Putinga (1)
Roca Sales (2)
Salvador do Sul (2)
Santa Cruz do Sul (2)
Santa Maria (5)
São João do Polêsine (1)
São Leopoldo (1)
São Vendelino (2)
Segredo (1)
Serafina Corrêa (2)
Silveira Martins (1)
Sinimbu (1)
Taquara (2)
Três Coroas (1)
Vale do Sol (1)
Venâncio Aires (3)
Vera Cruz (1)
Veranópolis (5) - Óbitos em investigação*: 4
Caxias do Sul (1)
Pinhal Grande (1)
Santa Maria (1)
Três Coroas (1)
*Está sendo apurado se os óbitos têm relação com os eventos meteorológicos.
Lula, Pacheco e Lira ouvem apelos por socorro a vítimas
Os presidentes do Congresso Nacional e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), desembarcaram neste domingo (5) no Rio Grande do Sul, com o presidente Lula (PT) e sua comitiva de ministros, para avaliar medidas para ajuda humanitária e reparação da destruição causada pelos temporais que mataram 75 pessoas ao longo da última semana, até 12h de hoje. As autoridades ouviram apelos dos gestores gaúchos por ações efetivas de socorro às vítimas e reconstrução das centenas de cidades atingidas.
Além de sobrevoar as áreas atingidas o os chefes do Legislativo, Lula voltou a se reunir com o governador Eduardo Leite (PSDB), para reforçar a integração de esforços por salvamento de gaúchos que seguem ilhados. O chefe do governo gaúcho também cobrou um plano de reconstrução robusto, que chegou a comparar com um tipo de “Plano Marshall”, diante do cenário de guerra causado pela cheia histórica.
Durante a entrevista coletiva, Leite uniu-se ao prefeito de Porto Alegre, Sebastião Melo (MDB) para reivindicar, não apenas recursos financeiros, mas a flexibilização da burocracia, para garantir o socorro necessário diante do “pós-guerra” imposto pela catástrofe.
“Meu apelo ao presidente Lula é que sigamos focamos no que é o lema de sua gestão, a união e a reconstrução. Agradeço a todo o apoio do governo federal e das forças nacionais de segurança pelo que tem feito ao povo gaúcho, em sintonia com as nossas bravas equipes. A população também segue incansável e mobilizada em todos nossos municípios afetados pelo desastre. Momento é de seguir salvando vidas e, logo adiante, traçar um plano de recuperação aos moldes de um verdadeiro pós-guerra”, disse o governador.
“É hora de unir forças. Estamos salvando vidas. E ato contínuo precisaremos de apoio concreto para recuperar a cidade desta tragédia”, disse o prefeito de Porto Alegre.
Lula é recebido pelo governador Eduardo Leite em enchente histórica no Rio Grande do Sul (Foto: Reprodução/Instagram @EduardoLeite_)
Autoridades unidas
Além de Lira e Pacheco, Lula levou ao Rio Grande do Sul nove ministros. Estando confirmadas as presenças de chefes das pastas da Fazenda, Fernando Haddad; da Educação, Camilo Santana; da Saúde, Nísia Trindade; da Secretaria de Comunicação, Paulo Pimenta; e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes.
Também participaram da agenda emergencial o presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), Bruno Dantas, e o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Edson Fachin.
Ontem (4), o governo gaúcho avaliou que a força-tarefa supranacional, composta por mais de 3 mil servidores e uma frota de mais de 1.460 veículos, tem sido decisiva para os mais de 8 mil resgates realizados desde segunda-feira (29).
Lula esteve com o governador, na última quinta (2), quando foi cobrado a não limitar sua visita a sobrevoar áreas atingidas pelos temporais.
Veja um trecho do momento em que Lula, Leite, Lira e Pacheco sobrevoam Porto Alegre:
PEC das Catastrofes
Lira convocou para quarta-feira (8) a instalação da comissão especial para agilizar a análise da proposta de emenda à Constituição (PEC 44/23), que reserva 5% das emendas individuais ao Orçamento para enfrentar catástrofes e emergências naturais, no Brasil.
A PEC prevê que os 5% das emendas sejam destinados ao órgão federal competente, que fará o repasse emergencial necessário a socorrer estados nos momentos em que forem atingidos por desastres naturais. Ainda há a previsão de que o montante destas emendas seja revertido aos parlamentares, no quarto ano da legislatura, em caso de não ter sido destinados a tragédias.
Câmara banca farra de deputados no exterior
Os deputados federais seguem uma de suas mais tristes “tradições”, aproveitando o mandato e o dinheiro público para flanar no exterior, em viagens “oficiais” às custas do pagador de impostos. Em viagens individuais ou em grupos, os parlamentares escolhem a dedo destinos inacessíveis à quase totalidade dos eleitores, como Nova York, Dubai e, na Europa, preferem sempre Paris, Roma, Barcelona, com passagem obrigatória por Lisboa, onde podem exercitar a condição de monoglotas.
Achado em árvore?
Gastos com passagens de primeira classe e diárias de até 428 dólares (R$2.225) de deputados somam R$1.246.636,54 em apenas três meses.
Bom é o exterior
Das 60 “missões” dos deputados federais este ano, apenas seis foram em território nacional: Manaus, Rio de Janeiro e Teresina.
Gastando sem dó
No ranking da gastança, o topo é de Yandra Moura (União-SE), que ficou quase uma semana em Nova York. A viagem custou R$45,8 mil.
São uns folgados
Deputados viajam com tudo pago, incluindo passagens e hospedagem, e alguns ainda exigem assistência de diplomatas brasileiros mundo afora.
Viagens já superaram R$352,3 milhões este ano
Segundo dados atualizados do Portal da Transparência, o governo Lula (PT) já conseguiu torrar mais de R$352,3 milhões com viagens de servidores e terceirizados, nos primeiros quatro meses deste ano. Do total, o maior gasto foi com as diárias pagas a funcionários em viagens oficiais: R$212,5 milhões. Outros R$137,8 milhões foram as despesas que o pagador de impostos brasileiro teve com as passagens aéreas.
Internacional
Viagens para o exterior representam mais de R$50,6 milhões dos gastos até agora, este ano. São 14% das despesas em 2024.
Recorde absoluto
No ano passado, o governo Lula bateu todos os recordes e gastou mais de R$2,3 bilhões com passagens e diárias de servidores e terceirizados.
Tem mais
As despesas não incluem os gastos do governo com altas autoridades, que podem viajar em aeronaves da Força Aérea Brasileira (FAB).
Poder sem Pudor
Surpresa à mesa
O embaixador Paulo Tarso Flecha de Lima, o maior dos diplomatas do seu tempo, recebe em almoço no Itamaraty uma missão da Nigéria. Toni Souza e Silva, chefe de gabinete, puxa conversa com um visitante: “Tell me, sir, is this the first time you visit Brazil?” O homem faz um olhar irônico e responde: “Olhe aqui, meu bom rapaz, você pode falar comigo em português. Sou o deputado Adalberto Camargo, presidente da Câmara Afro-Brasileira.” Toni superou a saia justa com uma sonora gargalhada, “tão sonora que mereceu um olhar de censura de Paulo Tarso, que presidia a mesa”, lembra outro competente diplomata, Dante Coelho de Lima. Depois, já em seu gabinete, ao saber da história, foi a vez de Paulo Tarso cair na risada.
Prepare o bolso
A reoneração da folha de pagamento, como insiste o governo Lula, irá aumentar a tarifa de ônibus, alerta a Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos. A passagem pode subir entre R$0,70 e R$1.
Mão boba no seu bolso
Está na pauta desta terça (7) da CCJ do Senado a recriação do DPVAT. A aprovação do imposto, que mete a mão no bolso do motorista, abre crédito de R$15,7 bilhões para o governo torrar.
Contra bandoleiros
A CCJ da Câmara pautou para terça (7) projeto que deve acelerar o processo para expulsar invasores de terras. O projeto permite que a força policial faça a desocupação independente de ordem judicial.
Obscurantismo
Protestos nos EUA e Europa têm forte traço obscurantista, exatamente como na Alemanha de Adolf Hitler. Estudantes exigem o cancelamento até de doações de judeus para universidades e pesquisas científicas.
Frase do dia
“A reforma tributária foi aprovada no escuro”
Deputado Luiz Philippe de Orleans e Bragança (PL-SP) aponta que a nova proposta do governo vai ‘causar danos’
Zema e a CPI
Sargento Rodrigues (PL) decidiu propor uma CPI para investigar o rombo no Instituto de Previdência dos Servidores Militares, no governo de Romeu Zema (Novo), em Minas, que ele estima em R$7 bilhões.
Projeto de jerico
Gilson Marques (Novo-SC) alerta que a regulamentação do trabalho de motoristas de aplicativo, proposta pelo governo Lula, vai aumentar os preços para o consumidor e aumentar os custos para o trabalhador.
Fatia do governo
A média da carga tributária dos presentes de Dia das Mães é de 36%, aponta levantamento da Associação Comercial de São Paulo. Itens como perfumes importados (78,99%) e vaso de flor (40,62%) superam a média.
Coerência
Para o deputado Gustavo Gayer (PL), Goiânia (GO) é a capital mais conservadora do País, “então nada mais coerente do que fortalecer isso”, brincou o parlamentar que é pré-candidato a prefeito da capital goiana.
Pensando bem…
…comemorar o 82º lugar no ranking de liberdade de expressão é piada pronta. E de mau gosto.
FONTE: DP https://diariodopoder.com.br/coluna-claudio-humberto/camara-banca-farra-de-deputados-no-exterior
Leite lamenta ‘devastação sem precedentes’
O governador Eduardo Leite (PSDB) recebe neste domingo (5) o presidente Lula (PT) a quem deve cobrar um plano de reconstrução integrado e robusto, para recuperar o estado do Rio Grande do Sul do que classificou como uma ‘devastação sem precedentes’, na maior catástrofe climática que já atinge mais de 707 mil gaúchos.
No cenário da tragédia, o chefe do governo gaúcho reúne-se com Lula, ministros e os presidentes do Congresso Nacional, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), e do Tribunal de Contas da União (TCU), Bruno Dantas. E chegou a reivindicar a execução de uma espécie de “Plano Marshall”, diante do cenário de guerra causado pela cheia histórica, que matou 66 pessoas, nos temporais da última semana.
“Repito e insisto: a devastação a que estamos sendo submetidos não tem precedentes. É momento de somarmos forças em prol do nosso Estado”, disse Eduardo Leite, na manhã desde domingo, antes de encontrar Lula.
No sábado (4), Leite disse viver um momento para deixar de lado diferenças políticas, em referência à rivalidade histórica entre seu partido PSDB e o PT de Lula. “Os próximos dias e semanas ainda serão muito difíceis, mas trabalharemos incansavelmente para dar as respostas que os gaúchos e gaúchas merecem. Seguimos mobilizados para salvar vidas. […] Quem já foi vítima da tragédia não pode ser vítima da desassistência”, declarou o governador gaúcho.Leia MaisLula, Pacheco e Lira ouvem apelos por socorro a vítimasCatástrofe afeta 844 mil gaúchos, e tem 78 mortos e 105 desaparecidosGuaíba supera 5 metros, na maior enchente da história de Porto Alegre
Já são 332 cidades afetadas pelas enchentes que deixaram até a capital Porto Alegre com seu Centro Histórico inundado pelas águas do Guaíba, que atingiu um nível histórico de 5,33 metros, jamais alcançado desde o recorde de 4,76 metros, registrado em 1941.
O governador gaúcho divulgou o canal oficial de doações, via pix, para a conta SOS Rio Grande do Sul. A chave pix é o CNPJ 92.958.800/0001-38, mesma utilizada nas enchentes de setembro do ano passado, vinculada à conta bancária aberta pelo Banrisul. O governo garante que os recursos serão integralmente revertidos para o apoio humanitário a vítimas das enchentes e para a reconstrução da infraestrutura dos municípios.
FONTE: DP https://diariodopoder.com.br/brasil-e-regioes/csa-brasil/leite-lamenta-devastacao-sem-precedentes
O Estado estruturado pela corrupção
Combater a corrupção e as fraudes não é apenas uma questão de justiça legal e moral, mas uma condição sem a qual nenhum país consegue sair da pobreza e do atraso. No âmbito das estruturas estatais – que no Brasil compreende 5.570 municípios, 26 estados, 1 Distrito Federal e a União – chamamos de “corrupção” os negócios públicos, políticas governamentais e regulamentos diversos planejados, aprovados e executados não por seus méritos em atender necessidades do país e da sociedade, mas porque neles há políticos, dirigentes públicos, servidores do governo e empresários beneficiados por propinas, subornos, dinheiro desviado e outros tipos de fraudes.
Em países onde a corrupção e a fraude são endêmicas, sob as várias formas que assumem, pode-se constatar que o sistema estatal e o funcionamento do governo em todos os níveis são estruturados pela lógica e pelo resultado da corrupção e das fraudes. Esse fenômeno social pode ser visto claramente em alguns países latino-americanos em que a estrutura do governo e a vida da sociedade são ditados, em larga medida, pela atividade ilícita e criminosa do narcotráfico.
Quando o governo se intromete em atividades alheias às funções clássicas que lhe compete, o que se tem é um Estado frágil, especialmente quando a ação estatal é realmente necessária.
O crescimento da chamada “economia do narcotráfico” nas últimas cinco décadas se deu a taxas elevadas nos países latino-americanos, nos quais o narcotráfico adentrou as estruturas do Estado e da política, dando origem ao chamado “narcoestado”. Nos últimos tempos, até o Brasil começou a sentir essa influência e, embora não haja estatísticas precisas, a profissionalização do mercado de drogas cresce à medida que o setor inteiro se expande e estende seus tentáculos dentro do poder público.
No Brasil, a deterioração do comportamento moral do governo e das estruturas estatais nas três esferas federativas, compactuadas com alguns setores privados, vem crescendo de forma desastrosa e corrosiva para o dinheiro público. Atualmente, o modelo e funcionamento do sistema estatal na União, estados e municípios retira 34% do Produto Interno Bruto (PIB) em tributos efetivamente arrecadados e gasta muito mais, como ocorreu em 2023, quando o gasto público atingiu 42,9% do PIB (incluindo os juros da dívida pública), o que resultado em déficit nominal de 8,9% do PIB. Mesmo com a enorme carga tributária de 34% do PIB, o governo não devolve serviços públicos e investimentos compatíveis com todo o dinheiro que arrecada, especialmente pelo tamanho excessivo da máquina estatal, baixa produtividade operacional do governo, desperdício e corrupção em todos os níveis.
Embora, infelizmente, o Brasil sempre tenha convivido com elevado índice de corrupção e fraudes diversas, apenas em momentos específicos foi possível identificar com clareza a podridão moral com que os negócios públicos eram decididos e realizados. Exemplos disso foram os esquemas do mensalão e do petrolão, cuja magnitude imoral e ilegal somente foi conhecida por terem sido descobertos, processados e julgados. Além de criarem distorção no gasto público, provocarem superfaturamento de obras e contratos e prejudicarem a eficiência dos gastos, de forma a reduzir o volume de obras e serviços executados, a corrupção e as fraudes em geral têm o efeito de solapar o crescimento econômico e o desenvolvimento social. São, portanto, um grave problema e necessitam de atenção.
Um dos pontos-chave em relação ao combate à corrupção diz respeito ao tamanho do Estado. Estados cuja estrutura é exageradamente ampla, com braços e tentáculos sobre todas as áreas e setores da economia, e cujos governos sofrem com a deterioração do comportamento moral dos governantes, normalmente se mostram mais suscetíveis à corrupção generalizada. Quando a pandemia do coronavírus atingiu o grau máximo de tragédia humanitária e cresciam as mortes pela Covid-19, Lula brindou a nação com a mais condenável e estapafúrdia declaração dizendo que “ainda bem que a natureza trouxe o coronavírus para mostrar que somente o Estado é capaz de enfrentar esse tipo de catástrofe”. Lula quis reforçar sua velha tese de que o Estado deve ser cada maior e o governo cada vez intervencionista na vida da sociedade e do mercado.
Ideia parecida tem sido ouvida atualmente em relação à tragédia no Rio Grande do Sul, castigado por excesso de chuvas. A convocação das estruturas de Estado para enfrentar o problema gerou vozes alardeando a necessidade de um Estado grande. Esse tipo de raciocínio contém uma falácia clara.
Ora, o Estado e as complexas estruturas de poder são criados pela sociedade principalmente para se defender contra ameaças e fontes de sofrimento que escapam à capacidade individual para sua solução e exigem solução coletiva, como agressões externas, catástrofes naturais, epidemias, colapsos de abastecimento e outras. Mas é justamente a retirada do Estado e do governo de ações e atividades que podem ser desenvolvidas com maior eficiência e com melhor resultado pelos indivíduos, pelas empresas e pelo mercado que permite ao Estado e ao governo terem maior capacidade de atuar com investimentos e serviços nas áreas, setores e situações que exigem solução coletiva – como no atendimento a tragédias imprevistas, como as ocorridas no Rio Grande do Sul.
Nesse sentido, o fato de o governo federal não ter repassado todo o dinheiro prometido ao Rio Grande do Sul após a tragédia provocada pelas chuvas do ano passado (um terço dos recursos é a parte que o governo Lula deixou repassar) é uma prova de que um Estado gigante não significa um Estado forte, pelo contrário. Quando o governo se intromete em atividades alheias às funções clássicas que lhe compete, quando instala burocracias desnecessárias, cria empecilhos para a resolução rápida de problemas locais, tenta centralizar demais a distribuição de recursos arrecadados através dos impostos, não combate à corrupção, ou incha demais a máquina pública criando gastos exagerados, o que se tem é um Estado frágil, especialmente quando a ação estatal é realmente necessária, como no caso da tragédia no Rio Grande do Sul.
FONTE: GAZETA DO POVO https://www.gazetadopovo.com.br/opiniao/editoriais/estado-estruturado-pela-corrupcao/
Enchentes no RS e show da Madonna: o que o Brasil fez para merecer tanta desgraça?
Lula chegou ao Rio Grande do Sul flagelado por uma enchente histórica fazendo política barata, dizendo que estava torcendo para o Internacional e para o Grêmio. O que você talvez ache que não tem a ver com o momento, mas só porque você é razoavelmente normal. Para gente como Lula, toda tragédia é uma oportunidade de conquistar votos e devotos para a seita que leva seu nome. Mas isso nem foi o pior que aconteceu nos últimos dias.
Aconteceu tanta coisa ruim. Ou melhor, aconteceu tanta coisa que revela o momento desgraçado que este país atravessa. A tal ponto que, em certo momento, fiquei me perguntando se ainda somos mesmo um país chamado Brasil e um povo que costumava se identificar como “brasileiro”. Afinal, é para momentos de calamidade que existe toda a estrutura civilizacional que chamamos de sociedade, não?
No entanto você vê Reinaldo Azevedo culpando o agronegócio pela tragédia da enchente. Ou vê Daniela Lima fazendo leituras políticas dessa mesma tragédia, ignorando o sofrimento das famílias e toda feliz com a possibilidade de Lula tirar proveito da situação. Ou vê a ministra Marina Silva culpar Bolsonaro pela tragédia. Ou vê petistas de outras regiões do país gravando vídeos reagindo com zombaria e desprezo a uma tragédia que, na cabecinha doente deles, atinge apenas brancos fascistas e bolsonaristas.
E mais: você vê gente se aproveitando da comoção para posar de paladino da moralidade e da eficiência na gestão pública, e para encontrar e punir sumariamente supostos responsáveis pela tragédia. Como se a prisão de um burocrata fosse aplacar de alguma forma a dor de quem perdeu parentes, amigos, animais, a casa e o meio de sustento. Mas, enfim, eu queria dizer que você vê todas essas coisas ruins que aconteceram nos últimos dias e.
E se desespera ao constatar que vivemos uma epidemia de ensimesmamento que nos impede de enxergar o outro, seja ele um indivíduo ou um grupo. Estamos tão ocupados em provar que temos razão e somos melhores, e que nossos adversários estão errados e são piores (sem esquecer que são também mal-intencionados!), que nos esquecemos de que somos irmãos, somos brasileiros e neste momento não há nada mais importante do que estender a mão para quem precisa de ajuda. Nada.
Madonna
Por falar nisso, na epidemia de ensimesmamento, é sintomático que nem tenha passado pela cabeça do prefeito Eduardo Paes ou do pessoal do marketing do Itaú cancelar o show daquela senhora caquética que alguém descreveu como uma Dercy Gonçalves ainda mais vulgar, e que atende pelo herético nome artístico de Madonna. Entre a imoralidade de não querer arcar com o prejuízo de um cancelamento e a dignidade de fazer o que é certo, prefeitura e patrocinador preferiram a imoralidade.
E olha que não estou me referindo à imoralidade das cenas de sexo protagonizadas pela diva sexagenária. Até porque aquele teatrinho pornô barato só me causa tédio. Quem ainda se escandaliza com a promiscuidade triste (meu Deus, como é triste!) de alguém que vive de trocar a Eternidade por uma cosquinha nos genitais? Me refiro à imoralidade de justificar a realização do espetáculo sinistro (em mais de um sentido) pelo cálculo financeiro, enquanto corpos de bebês passam boiando por entre os telhados onde se amontoam gaúchos desesperados pelo resgate.
Aliás, a incapacidade de se sacrificar pelo outro é tamanha que nem mesmo personalidades que vivem de sinalizar virtude, como Luciano Huck, tiveram o cuidado de esconder bem escondidinho a indecência de sua alegria macabra. Pelo contrário, ele, que tem pretensões políticas, fez questão de aparecer rindo e se divertindo, todo felizão, como se não houvesse nada mais valioso do que o prazer momentâneo de ouvir uma idosa fazendo playback.
Mas por que é tão difícil olhar para o lado e fazer o bem desinteressado? Por que insistimos em ignorar nossa fragilidade diante da natureza ou nossa impotência diante do aparente acaso? Por que nos escapa a possibilidade de, amanhã ou depois, sermos nós os necessitados da ajuda de estranhos?
Péssima mania
Mas Deus é bom e eu acredito, realmente acredito, que há um propósito nisso tudo. E por “isso tudo” me refiro a Lula e os sacripantas que o cercam, bem com às elites (financeira, intelectual e cultural) que decidiram dar de ombros para essa abstração que nos irmana e que chamamos de Brasil. Há um propósito nisso tudo, embora nos seja difícil identificá-lo em meio aos escombros do que fomos um dia.
Por isso, apesar do tom de revolta deste texto, não posso ir embora sem registrar que nem todos os brasileiros se deixaram corromper, seja pela luta política, seja pela ambição, seja pela submissão aos prazeres. É que a gente tem essa mania, péssima mania, de se ater ao mal, que grita impropérios nas redes sociais e se contorce num orgasmo falso na praia de Copacabana ou que se aproveita de uma tragédia para posar de bom-moço e conseguir votos…
…e acaba se esquecendo de admirar o bem discreto, mas presente e atuante, de quem, neste exato momento, reza, faz uma doação anônima, cede barcos e helicópteros para as operações de resgate ou se arrisca como voluntário, sem jamais exigir reconhecimento, muito menos cobrar retribuição.
FONTE: GAZETA DO POVO https://www.gazetadopovo.com.br/vozes/polzonoff/enchentes-no-rs-e-show-da-madonna-o-que-o-brasil-fez-para-merecer-tanta-desgraca/
Enquanto o Rio Grande sofre, juízes fazem a festa dos milhões em Rondônia
É um choque nacional o que está acontecendo no Rio Grande do Sul. Um oceano que veio pelo céu de umidade da Amazônia e se chocou com o ar frio que vem da Patagônia, do Polo Sul, em cima do Rio Grande do Sul. Com o choque do frio, condensa a umidade, pesa e cai.
Foi isso o que aconteceu.
Agora, em Porto Alegre, ainda vai demorar alguns dias para a água baixar, porque recebe o afluente de muitas regiões do estado. E há lugares em que a chuva ainda persiste.
Os prefeitos estão todos preocupados com as estradas e com os desmoronamentos, mas sobretudo em procurar pessoas, resgatar pessoas. Houve perda de animais, de colheita, de imóveis, mas sobretudo de vidas.
Não há como entender que, ao mesmo tempo, há quem faça festa, no mesmo país, com a mesma gente brasileira.
Festa dos juízes
Enquanto isso, eu estava vendo o noticiário. Lá em Rondônia, pelo que eu estou vendo aqui, segundo o site Migalhas, juízes estão em festa: 46 juízes receberam, em fevereiro, mais de R$ 1 milhão. Um deles chegou a receber R$ 1,6 milhão.
Folha de pagamento
Em paralelo, a Receita avisou que vai cobrar agora, dia 20 de maio, já sobre a folha de abril, o resultado da liminar dada pelo ex-advogado de Lula, que agora é ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Cristiano Zanin.
Ele deu uma liminar derrubando todas as decisões do Congresso, ou seja, dos representantes do povo e dos estados brasileiros, que prorrogaram a desoneração da Folha. Lula vetou, e eles derrubaram o veto de Lula. Ou seja, reafirmaram a vontade como representantes do povo brasileiro.
Agora, o ex-advogado de Lula, que não tem voto de ninguém, além daqueles que votaram pela sua aprovação no Senado, mas não tem a representação popular direta, decretou a liminar.
E então as prefeituras e os 17 setores que empregam 9 milhões e 300 mil pessoas voltam a pagar 20% sobre a folha, quando estavam pagando 8%.
Esse é o Brasil.
Mauro Cid
O tenente coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, está em casa de novo, mas está preso, em prisão domiciliar. Não tem culpa formada, não tem condenação, mas está lá. É uma decisão sobre cartão de vacina e aquela história do golpe. Ele estava em regime fechado, ficou 40 dias, porque a Veja publicou o telefonema dele com alguém desabafando.
Na sequência, foi solto porque ele passou por mais uma audiência, e um juiz perguntou: “Quem são os policiais que queriam que o senhor falasse coisas que sabia que não teriam acontecido?”. Cid respondeu que ninguém o teria forçado.
Depois, o juiz perguntou: “O que você contou que eles não acreditaram?” Cid disse que ‘eles’ tinham outra linha investigativa e a versão dos fatos era outra. E o juiz continuou: “O que o senhor quis dizer com narrativa pronta?” Ele falou que chegou para ser interrogado e já existia uma narrativa pronta.
Cid disse que foi um desabafo, e disse que a Veja fez muito mal à família dele, às filhas, e que ele está com problemas financeiros. Claro, o alto Comando do Exército, bem oportuno, fez mudanças enquanto ele estava preso, fez as promoções. Cid estava para ser promovido ao topo da carreira, que é coronel.
Tinha tudo, todos os méritos, mas não foi. Pois é, o tempo é o senhor da razão. Um dia, a gente vai avaliar quem foi injustiçado ou justiçado.
FONTE: GAZETA DO POVO https://www.gazetadopovo.com.br/vozes/alexandre-garcia/enquanto-o-rio-grande-sofre-juizes-fazem-a-festa-dos-milhoes-em-roraima/
“A censura quer destruir a direita no Brasil”, diz Bolsonaro em live no X com influencer dos EUA
Ao ser entrevistado pelo influenciador norte-americano Mario Nawafal, via plataforma Spaces, disponível dentro do X (antigo Twitter), neste sábado (4), o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) disse que “a censura quer destruir a direita no Brasil”. A entrevista está disponível no perfil do influencer, mas só pode ser acessada no Brasil com serviço de VPN.
“Durante a campanha eleitoral, quase todas as páginas derrubadas ou desmonetizadas me apoiavam. A censura quer destruir a direita no Brasil. Ainda bem que apareceu uma força vinda dos Estados Unidos, porque o governo Biden não cumpriu com seu compromisso de fazer a liberdade de expressão valer aqui no Brasil. Algumas [pessoas perseguidas no Brasil] conseguiram asilo nos Estados Unidos, outras foram detidas, algumas tiveram a polícia na porta de suas casas, para destruir a direita no Brasil. A esquerda aqui tem o apoio da imprensa oficial. Nós não temos. Temos as mídias sociais”, disse Bolsonaro ao fazer referência às denúncias do dono do X, o bilionário Elon Musk, no âmbito do escândalo que tem sido chamado de “Twitter Files Brazil”.
Musk tem denunciado a pressão de políticos, personalidades brasileiras e de parte do judiciário por censura a perfis não alinhados à esquerda. De acordo com as denúncias, parte significativa dos pedidos de censura partiram do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes.
Bolsonaro ainda disse que “as provas de possível interferência via censura” têm que vir dos EUA. “Não temos como conseguir as provas”, completou.
Bolsonaro também citou o caso do jornalista português, Sérgio Tavares, que foi detido ao desembarcar no Brasil para cobrir a manifestação convocada pelo ex-presidente no dia 25 fevereiro de 2024. Segundo a PF, o jornalista foi detido por causa de publicações nas redes sociais com críticas ao governo Lula e a ministros do STF.
Ao ser perguntado sobre como estará o Brasil em 5 ou 10 anos, Bolsonaro disse que a democracia está ameaçada por “algumas autoridades que querem infringir leis para ‘salvar a democracia’ elegendo uma pessoa com amizade com ditadores do mundo todo: o atual presidente da República”.
A fala faz referência à decisão da Justiça Eleitoral que reabilitou o presidente Lula (PT) politicamente ao anular as condenações da Lava Jato. Também se refere às relações de proximidade mantidas pelo petista com ditadores de países como Venezuela, Cuba e Nicarágua.
Questionado se tem algum arrependimento, Bolsonaro lembrou que chegou à Presidência “com um celular na mão e um filho como marqueteiro” a contragosto de grande parte da imprensa.
“Isso fez o sistema ficar em alerta que alguém como eu fosse presidente do Brasil. Todas as acusações contra mim são narrativas, nada encontram, pois não cometi crime algum”, afirmou o ex-presidente.
Ao falar sobre o 8 de janeiro, Bolsonaro citou semelhança com a invasão do Capitólio, nos Estados Unidos, e destacou a ausência das forças armadas nos atos apontados pela esquerda como tentativa de golpe.
“Nós fizemos no nosso mandato despertar o interesse do brasileiro pela política. O povo começou a entender o que é política, quais são as potencialidades do Brasil. Fizemos um governo que deixou a maioria feliz. Tanto é verdade que continuamos arrastando multidões pelo Brasil, e o atual presidente não consegue nem 5% disso [em suas aparições públicas]”, disse Bolsonaro.
Perguntado sobre a possibilidade de ser preso, Bolsonaro não descartou uma eventual prisão e lembrou do atentado contra sua vida durante a campanha de 2018. Também citou a morte do ex-prefeito de Santo André (SP), Celso Daniel, em 2002, ao dizer que “a história do Brasil nos últimos anos tem mostrado que as pessoas mais à direita têm sido executadas”.
O ex-presidente disse ainda que a tentativa de assassinato que sofreu não foi devidamente investigada.
Todas as declarações do ex-presidente foram traduzidas e transcritas em uma sequência publicada no X pelo repórter da Gazeta do Povo, Eli Vieira.
FONTE: GAZETA DO POVO https://www.gazetadopovo.com.br/republica/a-censura-quer-destruir-a-direita-no-brasil-diz-bolsonaro-em-live-no-x-com-influencer-dos-eua/
Chá de sumiço
Nas últimas eleições municipais, em 2020, eles praticamente não apareceram. Sumiram completamente das capitais. Há quatro anos, pela primeira vez desde a redemocratização, o Partido dos Trabalhadores não elegeu nenhum prefeito de capital. E, hoje, aparece em décimo lugar na lista de partidos com mais prefeituras no país: pouco mais de 200 cidades têm à frente o PT. O Brasil tem 5.568 municípios.
Nas eleições legislativas federais de 2022, os petistas até apareceram em segundo lugar na disputa pelas 513 cadeiras da Câmara. Fizeram 68 deputados, só que 31 a menos do que o Partido Liberal. Na eleição para o Senado, o PT ficou em terceiro lugar. Elegeu quatro senadores, atrás do União Brasil, que conquistou cinco vagas, e do PL, que levou oito cadeiras.
Na campanha presidencial de 2022, o primeiro comício do Lula, no dia 16 de agosto, foi para operários de uma montadora do ABC Paulista. Um público que já foi cativo dele, uma audiência controlada. Em seguida, o petista pegou um avião para Brasília, foi acompanhar a posse de Alexandre de Moraes como presidente do TSE…
Em 20 de agosto de 2022, Lula fez comício no Vale do Anhangabaú, em São Paulo. De acordo com imagens aéreas, ele conseguiu reunir 4.200 pessoas. Os “pesquisadores” da USP, sempre generosos com o petista, contaram 9.580. O Partido dos Trabalhadores falou num público de 70 mil… Mentira deslavada que o próprio comando do partido entregou, lamentando que o evento tivesse sido marcado para um local tão grande.
Foi assim durante quase toda a campanha para a presidência. Lula não conseguiu reunir multidões. Mesmo quando foram oferecidos transporte, alimentação, brindes, camisetas, bonés, bandeiras, mesmo quando as centrais sindicais e o MST levaram suas turmas… Mesmo quando prefeitos amigos decretaram ponto facultativo e pressionaram servidores municipais a comparecer a atos do Lula. Esses comícios esvaziados serviram pelo menos como desculpa para que o petista não participasse do debate presidencial no SBT.
Passada a eleição, continua havendo sempre uma justificativa para a falta de público nos eventos do Lula. Na parada cívico-militar do Sete de Setembro de 2023, em Brasília, o imenso vazio significava a “despolitização do Dia da Independência”. Em fevereiro deste ano, em evento fracassado no Complexo do Alemão, no Rio, Lula disse que “foi muito em cima da hora, não deu tempo para organizar e reunir um número maior de pessoas”…
E o discurso foi o mesmo agora, no Primeiro de Maio em São Paulo… “Tinha mais bandeira do que gente”, disse até a imprensa amiga. Mesmo com verba da Petrobras e da Lei Rouanet para montar uma enorme estrutura, contratar cerca de vinte cantores e bandas musicais. O povo do Lula deve ser mesmo enorme, o que pega é a “comunicação ruim” do governo. Foi o que o petista disse no palco, antes de fazer campanha eleitoral antecipada: “O evento foi mal convocado”.
Passada a eleição, continua havendo sempre uma justificativa para a falta de público nos eventos do Lula
Dessa maneira, é só gastar R$ 700 milhões em publicidade federal, R$ 200 milhões com agências escolhidas numa suspeita licitação para cuidar das redes sociais do governo… Narrativas bem montadas vão convencer todo mundo de que os alimentos e os remédios não estão caros, o desemprego não subiu no primeiro trimestre, o déficit fiscal não existe, a Dívida Bruta do Governo Geral também não, o lucro das estatais nunca esteve tão alto, de que não há controle estatal de tudo, insegurança jurídica, a democracia foi restabelecida, o MST e o sindicalismo são tudo de bom…
Parece que sobra dinheiro para tentar fingir que está tudo bem, que todos os 38 ministros do Lula são técnicos competentes, pessoas certas nos lugares certos. Não, os casos de dengue não estão quebrando recordes, nem as mortes de ianomâmis, nem as queimadas na Amazônia e no Cerrado. A carga tributária, sempre altíssima, não está aumentando ainda mais. Os gastos do governo “são vida”… Quem acredita nisso parece mesmo estar num processo de desaparecimento.
As lives do Lula, também bancadas com o dinheiro dos pagadores de impostos, usando estrutura da EBC, apresentador “global”, foram um fracasso tão grande de público que tiveram que ser abandonadas. Na rede social X, o petista tem quase 9 milhões de seguidores; Bolsonaro, 12,5 milhões. No Instagram, Lula tem 13 milhões de seguidores; Bolsonaro 25,5 milhões. No Youtube, os inscritos no canal do petista não somam nem 1,4 milhão. Bolsonaro tem 6,6 milhões.
Fica muito claro quem mobiliza multidões espontaneamente, de forma orgânica, natural, sincera, em qualquer canto, em qualquer situação. E quem, mesmo torrando dinheiro dos pagadores de impostos, perdeu as ruas. É a defesa do atraso, daquilo que nunca deu certo que tem servido aos apoiadores do Lula doses cavalares de “chá de sumiço”. Está cada vez mais difícil encontrar os mais de 60 milhões de brasileiros que votaram no petista em 2022. E, em “condições normais de temperatura e pressão”, a esquerda radical ficará de vez sem o povo.
FONTE: GAZETA DO POVO https://www.gazetadopovo.com.br/vozes/luis-ernesto-lacombe/cha-de-sumico/
SOB O COMANDO DOS MELANCIAS
FONTE: JBF https://luizberto.com/sob-o-comando-dos-melancias/
Apenas um quarto das sessões do STF tem a presença de todos os ministros
Entre fevereiro e maio, o Supremo Tribunal Federal (STF) promoveu 22 sessões plenárias. Contudo, em apenas seis dessas ocasiões, todos os 11 ministros estiveram presentes. fisicamente. De acordo com um levantamento realizado pela Folha de S.Paulo, a maioria das sessões contou com a participação dos ministros de forma remota isso quando eles não estiveram ausentes.
As sessões deste ano com presença completa dos ministros aconteceram nos dias 1º e 22 de fevereiro, 6 e 13 de março e 3 e 17 de abril, enquanto as demais tiveram participações virtuais ou nenhuma participação.
Entre os ministros, Cristiano Zanin foi o único que compareceu pessoalmente a todas as sessões. Por outro lado, o presidente do STF, Luis Roberto Barroso, não se fez presente virtualmente em nenhuma sessão, mas faltou a uma presencial.
Dias Toffoli foi o ministro que mais participou de sessões plenárias por videoconferência: dez, ao todo. Ele foi seguido por Kassio Nunes Marques, com sete; Luiz Fux, com cinco; André Mendonça e Alexandre de Moraes, com quatro sessões à distância cada um.
A informação vem à tona depois que três ministros do STF foram a Londres com despesas pagas pelo organizador de um evento privado, patrocinado por empresas que têm ações na Corte.
Criticas à transparência e justificativa das ausências
A Folha informa que, em diversos casos, os ministros dificultam a possibilidade de identificar suas localizações, pois usam imagens genéricas como plano de fundo das participações por vídeo. Um dos mais comuns é uma foto da própria sede do Supremo.
FONTE: REVISTA OESTE https://revistaoeste.com/brasil/apenas-um-quarto-das-sessoes-do-stf-tem-a-presenca-de-todos-os-ministros/
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