Uma entrevista bombástica do ex-ministro Marco Aurélio Mello, onde ele faz revelações estarrecedoras.
É interessante que o ex-ministro revele sua visão a respeito do que acontece no STF – onde nem o garantismo impera mais – e também sobre a visão dele sobre o ministro Alexandre de Moraes.
Se um ex-ministro do STF, recentemente aposentado, enxerga que existe uma ditadura do judiciário, é porque a coisa é muito mais grave do que parece.
Veja o vídeo:
Agora que sabemos quem matou Marielle, a esquerda ficou muda
Há seis anos inteiros, sem parar, o governo, a esquerda nacional e as classes que não produzem repetem uma pergunta indignada: “Quem matou Marielle?” O que todos queriam dizer, naturalmente, é que foi Bolsonaro, ou a família Bolsonaro, ou gente ligada a Bolsonaro. A maior parte da mídia, nestes anos, publicou literalmente milhares de páginas e transmitiu milhares de horas de “jornalismo investigativo”, na forma de “consórcio” e no estilo “tudo leva a crer”, denunciando a hipótese de que o crime “teria sido” cometido nessas esferas elevadas (é uma nova prática da mídia brasileira: denunciar a hipótese). Não deu para afirmar, com todas as letras, que o ex-presidente era o responsável pelo assassinato da ex-vereadora do Rio de Janeiro. Mas ficou-se na base do “está na cara que foi ele”. O presidente Lula, em pessoa, disse que Bolsonaro “deveria” estar envolvido.
Descobriu-se, afinal, quem foram os mandantes do crime: dois políticos e um peixe graúdo da polícia do Rio de Janeiro, e as ligações dos políticos estão do lado exatamente oposto ao que se tem dito há seis anos: na esquerda, e não na direita. Um dos denunciados, é verdade, aparece numa foto de anos atrás num veículo de carreata da campanha de Flávio Bolsonaro. Em compensação, está provado, também com fotos, que fez campanha por Dilma Rousseff. Muito pior: até o mês de fevereiro foi secretário do prefeito Eduardo Paes, que sucedeu a Sergio Cabral (400 anos de cadeia por corrupção) como atual herói de Lula no Rio de Janeiro. Outro dos acusados, seu irmão, foi salvo por ninguém menos que Ricardo Lewandowski, ministro da Justiça de Lula, quando o seu mandato de deputado foi cassado por “captação ilícita de votos” – o ministro, então no STF, anulou a cassação. Resumo da ópera: é mentira, simplesmente, que Bolsonaro tenha tido qualquer envolvimento com o caso – e durante seis anos a esquerda e a mídia militante sustentaram essa mentira.
É um dos momentos mais baixos do presente governo Lula. Logo depois de se provar que o presidente e a sua mulher, Janja, contaram uma mentira grotesca, dizendo que Bolsonaro havia sumido com móveis do Palácio do Alvorada (“levaram tudo”, acusou Lula) eles têm de engolir, agora, que o mandante da morte de Marielle não foi quem acusaram. Os 261 objetos em questão foram localizados, até a última peça, dentro do próprio palácio. O assassinato da vereadora foi bater em gente do seu próprio lado. Nada mais humilhante para o governo do que o silêncio obrigatório com que tiveram de receber a notícia. Lula, que fala sobre absolutamente tudo, não disse uma sílaba sobre a descoberta dos mandantes – nem uma que seja. O vice-presidente do PT se viu na obrigação de declarar que os denunciados pelo crime não eram nem “culpados” e nem “inocentes”. Os PTs, PSols etc. que deveriam estar exigindo histericamente a prisão de “Bolsonaro” como o responsável por todo esse horror sumiram do mapa – uns murmúrios aqui e ali, elogiando “a justiça”, e mais nada. A imprensa investigativa nem pensou em fazer investigação nenhuma.
A verdade, no Brasil de Lula, não está valendo uma moeda de 50 centavos.
FONTE: GAZETA DO POVO https://www.gazetadopovo.com.br/vozes/jr-guzzo/mandantes-assassinato-marielle-esquerda-muda/
Bolsonaro tem 48h para explicar visita à embaixada da Hungria
O ministro do Supremos Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, deu 48 horas para que Jair Bolsonaro explique a ida à embaixada da Hungria entre 12 e 14 de fevereiro, dias após determinada a apreensão do passaporte do ex-presidente.
A visita de Bolsonaro foi revelada pelo jornal The New York Times.
A revelação desagradou o governo Lula. Ainda nesta segunda-feira (25), o embaixador da Hungria, Miklos Halmai, foi chamado ao Itamaraty para esclarecer a hospedagem de Bolsonaro. O encontro durou cerca de 20 minutos.
Horas após a publicação da reportagem pelo jornal norte-americano, a defesa do ex-presidente afirmou que Bolsonaro esteve na representação diplomática, a convite, para manter contatos com autoridades do país amigo.
Veja o que diz a defesa de Jair Bolsonaro:
AO VIVO: O prazo dado por Moraes para Bolsonaro se explicar sobre estadia na Embaixada da Hungria (veja o vídeo)
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, deu a Jair Bolsonaro nesta segunda-feira (25), um prazo de 48 horas para que ele explique sua ida e permanência por dois dias na Embaixada da Hungria, em Brasília.
A informação foi dada à reportagem de O TEMPO em Brasília por Fabio Wajngarten, um dos advogados do ex-presidente, e confirmada pela assessoria do STF.
Bolsonaro permaneceu no prédio da representação estrangeira no Brasil de 12 a 14 de fevereiro, durante o Carnaval deste ano. A estadia dele por lá foi revelada com imagens pelo jornal norte-americano The New York Times, um dos maiores e mais respeitados veículos de comunicação do país. A publicação afirma que a iniciativa foi tomada após ele ter o passaporte apreendido pela Polícia Federal e, temendo uma eventual prisão, buscou refúgio na embaixada onde as autoridades brasileiras não têm acesso para excercer seu poder de polícia.
Moraes, que é responsável pela relatoria dos casos que envolvem as investigações sobre uma suposta trama golpista para tirar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) do poder, quer saber o que o Bolsonaro realmente foi fazer na embaixada e por que permaneceu dois dias e duas noites sem se ausentar do prédio que fica a cerca de 15 minutos de onde ele mora na capital federal.
Veja o vídeo:
Lula cogitou fugir, antes de ser preso por corrupção. Veja vídeo
As noitadas de Jair Bolsonaro na embaixada da Hungria, em fevereiro, fazem lembrar o plano de fuga de Lula (PT), revelado pela revista Veja em março de 2016, quando, condenado por corrupção e lavagem de dinheiro, relutava em se entregar à Justiça. Chegou a se refugiar em um sindicato no ABC. Ele próprio contou em vídeo, publicado pelo fotógrafo particular nas redes sociais do petista. Nele, o então ex-presidente condenado por corrupção contou que teve a chance de fugir do Brasil.
Outra coincidência
Como Bolsonaro, Lula em 2018 teve passaporte apreendido, obrigando-o a cancelar uma viagem à África. A Justiça temia que ele fugisse.
Perdido no mapa
“Eu poderia ter fugido”, disse ele. “Estive na divisa do Paraguai com o Brasil, estive em Foz do Iguaçu, vizinho do Uruguai (sic) e da Argentina”.
‘Eu poderia ter saído’
O petista que, “descondenado”, voltou ao cargo, admitiu, em fala a sindicalistas: “Eu poderia ter saído, poderia ter ido para uma embaixada”.
Opção pela Itália
Cuba e Venezuela foram logo descartados. Lula preferia a Itália pelo fato de a então primeira-dama Marisa Letícia e os filhos terem cidadania.
Saidinhas: veto divide ministro e líderes de Lula
O Planalto trata com discrição o abacaxi que virou o fim da saidinha para a bandidagem. Contrário ao fim da regalia, o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, cuida pessoalmente de um parecer que deve recomendar ao menos o veto parcial do texto. O tema é sensível ao Palácio, que já captou o desgaste político que se avizinha, sendo até alertado pelos líderes do PT Jacques Wagner (BA), do Senado, e José Guimarães (CE), da Câmara, sobre deteriorar ainda mais a relação com o Congresso.
Efeito Mossoró
Governistas preveem que o parecer de Lewandowski só vai piorar o filme queimado do ministro, que até hoje toma baile dos fugitivos de Mossoró.
Justificativas
Além de procurar deficiências jurídicas na construção do texto, Lewandowski deve engrossar o parecer com foco na “ressocialização”.
Não é comigo
Quem pergunta sobre o tema para José Guimarães, o deputado se esquiva. Diz que “não é assunto do governo”.
Poder sem Pudor
Cuidados redobrados
Ao saber que estava sendo filmado pelo mesmo cinegrafista que flagrou o aspone Marco Aurélio Garcia fazendo top-top, e era entrevistado pela mesma repórter cuja pergunta resultou no célebre “relaxa e goza” da ministra Marta Suplicy (Turismo), o senador Renato Casagrande (PSB-ES), atual governador do Espírito Santo, ficou mais cauteloso: “Acho que não quero mais ficar aqui, não. Tenho de ter mais cuidado ainda com o que falo e o que faço com as mãos…”
Padrão PT
Messias Donato (Rep-ES), que já tomou um tapa impune do deputado Washington Quaquá (RJ), vice-presidente do PT, considera um escárnio a contratação da Odebrecht e Andrade Gutierrez para obras na refinaria de Abreu Lima: “Quando não são ditadores, são corruptos”, diz.
Fracasso de público
O ato da esquerda no fim de semana foi um fracasso no Brasil e no exterior. Mesmo exagerando, a USP só viu 1,7 mil, onde parecia uns duzentos. Em Lisboa, lotada de brasileiros, só 26 deram as caras.
Três de cinco
O Senado terá nesta terça (26) a terceira sessão de discussão sobre o projeto que criminaliza o porte de qualquer quantidade de droga. Para ser votada, a proposta precisa de cinco sessões de discussão.
Veto e censura
A sessão em homenagem aos 200 anos do Senado não incluiu senadores de oposição como Rogério Marinho (PL-RN) e Eduardo Girão (Novo-CE). Nem sequer puderam discursar.
Frase do dia
“São tão mentirosos, não ficam nem vermelhos”
Michelle Bolsonaro, sobre a acusação falsa de que teria sumido com móveis do Alvorada
Golpe não-relativo
Candidata contra o ditador Maduro na Venezuela, Corina Yoris quis registrar candidatura online, não pôde. Tentou pessoalmente, mas o acesso ao órgão eleitoral do amigão de Lula está “tomado militarmente”.
Efeito borboleta
Deltan Dallagnol lembrou que Domingos Brazão foi preso pela Lava Jato e solto pelo STJ rapidamente. Logo na sequência, diz o ex-procurador da operação, citando as investigações, a morte de Marielle foi planejada.
Motoboys reagem
Belo Horizonte registrou manifestação de motoboys contra o projeto do governo Lula que regula o trabalho autônomo por aplicativo. A categoria, contrária ao texto, reclama que não foi ouvida.
Falta a resposta
O deputado federal Zucco (PL-RS) celebrou esclarecimento sobre os mandantes da morte de Marielle Franco e aproveitou para cobrar outra resposta: “quem mandou matar Bolsonaro?”, questionou.
Lanterna na popa
Agora que se sabe quem matou Marielle, quem deu fuga em Mossoró aos bandidões?
TEM QUE “REFUNDAR” TUDO
FONTE: JBF https://luizberto.com/tem-que-refundar-tudo/
No muro, Pacheco diz que não irá ‘antecipar culpa’ sobre Brazão
O presidente do Congresso Nacional, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), disse à imprensa que espera que a elucidação da morte da vereadora Marielle Franco seja um marco no combate ao crime organizado no Brasil e represente o rompimento com os ataques à democracia, uma vez que ao ser assassinada, Marielle estava em pleno exercício do mandato. Mas evitou comentar o suposto envolvimento do deputado Domingos Brazão (RJ) no caso, apontado em delação premiada como mandante do crime.
Para Pacheco, comentar o caso é questão que cabe ao Ministério Público, aos advogados de defesa e ao juiz responsável. “Não me cabe fazer juízo de valor sobre as provas. Até porque não as conheço. É muito difícil da minha parte fazer qualquer comentário”, pontuou.
Pacheco acrescentou que o eventual envolvimento de parlamentares em qualquer que seja o caso, demanda o cumprimento do devido processo legal, incluindo a presunção de inocência.
“Que se deixe as instâncias próprias aferirem responsabilidade e culpa. É algo que nós lamentamos. E é obvio que desejamos que a verdade venha à tona. É evidente que toda situação que envolve parlamentar e o faz protagonista de algo parecido com isso é algo que evidentemente nós lamentamos. Com culpa ou inocência, é importante que a verdade real apareça”, completou.
Mesmo com a insistência da imprensa em fechar questão sobre eventual cassação do deputado, o presidente do Congresso Nacional disse : “não vamos antecipar culpa”.
Conselheiros receberam mais de R$ 1 milhão cada em único mês
O Pagamento dos quinquênios determinados pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, derrubando um acórdão do Tribunal de Contas da União (TCU) e obrigando o Estado a arcar com com valores exorbitantes, teve impacto estimado em R$ 870 milhões só na Justiça Federal. A decisão também repercutiu em instâncias como o Tribunal de Contas do Distrito Federal (TCDF), em que quatro conselheiros receberam entre R$900 mil e quantia superior a R$1 milhão, após a decisão do Supremo. Os valores foram pagos fora da remuneração convencional.
O montante que resulta da decisão de Toffoli e foi pago aos conselheiros é discricionário de acertos financeiros e licenças-prêmio convertidas em pecúnia e diz respeito ao mês de fevereiro, totalizando quase R$4 milhões pagos a Manoel Paulo de Andrade Neto, Márcio Michel Alves de Oliveira, Paulo Tadeu Vale da Silva e Antônio Renato Alves Rainha.
O valor milionário se enquadra no significado do jargão ‘penduricalho’ e foi feito fora da remuneração líquida dos conselheiros, que ultrapassa R$30 mil e ainda inclui, entre as vantagens, auxílio alimentação (R$1.693,34) e auxílio saúde (R$3.184,23).
Pautas bolsonaristas avançam, acuam Lula e abalam a base esquerdista
O ex-presidente Jair Bolsonaro tem demonstrado força nas ruas e no Congresso.
Aliás, uma força no Congresso que não teve durante o seu governo.
Assim, pautas sempre defendidas por Bolsonaro, estão conseguindo aprovação, numa discussão onde os partidos de esquerda são minoritários.
Na última quarta-feira (20), a Câmara dos Deputados aprovou projeto que extingue a saída temporária de presos em regime semiaberto, exceto, em casos bem específicos, para estudar. Relatado pelo deputado Guilherme Derrite (PL-SP), que se licenciou do cargo de secretário de Segurança Pública do estado de São Paulo só para participar da sessão.
Líder do governo na Câmara, o petista José Guimarães nem fez uso da palavra durante a discussão do texto. O governo fugiu do debate do tema.
No Senado, o fato se repetiu, com o líder Jaques Wagner se omitindo e lavando as mãos para a discussão da questão.
Lula deverá agora sancionar ou vetar.
Se sancionar, fica muito mal com as bases esquerdistas. Se vetar, vai perder ainda mais a ínfima popularidade que lhe resta.
E, para piorar a situação do petista, uma outra discussão avança celeremente no Senado, que está prestes a aprovar uma proposta de emenda constitucional (PEC) que criminaliza a posse e o porte de qualquer quantidade de drogas. Assinada pelo presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), a PEC é uma reação a um julgamento em curso no STF que caminha para descriminalizar o porte de pequena quantidade de maconha para consumo próprio.
A proposta já está em discussão no plenário, onde deve ser aprovada com folga. Historicamente, o PT é simpático à descriminalização de certas drogas. A aprovação da PEC vai representar mais um baque violento em suas bases.
DESMONTANDO FARSAS
Publicado em 26 de março de 2024
FONTE: JBF https://luizberto.com/desmontando-farsas/
O velho hábito estatizante e intervencionista
A passagem do tempo e as aceleradas inovações tecnológicas provocam transformações da realidade econômica que alteram inevitavelmente a validade de certas teorias e certas políticas públicas, porquanto mudam concomitantemente as relações de produção, a estrutura do mercado e os hábitos de consumo. O desafio das estruturas estatais e dos governantes consiste em acompanhar as mudanças, reexaminar as teorias econômicas e atualizar sua visão da realidade geral com o objetivo de ajustar as políticas públicas e as ações de governo.
Nesse contexto de um mundo que muda em alta velocidade, tem sido constatado que as maiores dificuldades da estrutura de Estado e dos governos em se ajustar aos tempos novos ocorrem quando os mesmos governantes ficam tempo demasiadamente longo no cargo. Assim, os países nos quais o chefe de governo se mantém no poder por muitos anos, às vezes décadas, acabam se retrasando e ficando para trás na corrida mundial pela atualização e modernização. Isso vale também para o caso de países em que o chefe de governo, embora tenha mandatos fixos, acaba se reelegendo mais de uma vez, como é o caso do Brasil.
Lula está em seu terceiro mandato como presidente da República, o que lhe permitirá sentar-se por 12 anos na cadeira presidencial, com a particularidade de haver um intervalo de 12 anos entre o fim de seu segundo mandato e o início de seu terceiro mandato. De início, pode-se especular sobre os riscos de um chefe de governo – cujo poder no regime presidencialista é altíssimo – voltar ao comando do governo nacional com crenças, teorias e políticas superadas e inadequadas para a atual realidade econômica, social e política.
O hábito estatizante e intervencionista, embora nocivo e enferrujado, continua sendo a marca deste terceiro mandato de Lula
Desde o primeiro governo de Getúlio Vargas (1930-1945) até o fim dos anos 1980, o Brasil seguiu a cartilha que preconizava um Estado grande e um governo forte, com alta dose de estatização da produção e pesada intervenção do governo nos domínios econômicos e nos mercados, sob o argumento de que o setor privado brasileiro não dispunha de capitais ou de uma classe de capitalistas capazes de darem conta de promover a implantação da infraestrutura física, nem de criar um parque industrial condizente com o tamanho do país e o crescimento populacional. Desde então, essa crença esteve presente na política estatizante e intervencionista do governo, inclusive no período de 1964 a 1985, quando o país foi governado pelo regime militar.
O mundo seguiu mudando; uma onda da globalização se apresentou em meados dos anos 1980 e se consolidou nos anos 1990 em diante, provocando uma revolução econômica e política que consistia na abertura internacional, liberalização do comércio, privatização de empresas estatais e redução da intervenção governamental nos mercados. Com isso, iniciou-se uma fase de atração de capitais estrangeiros para investimento empresarial no país; parte da infraestrutura física foi financiada pelo Banco Mundial; e, mais adiante, foi dado um choque nas velhas estruturas estatizantes e intervencionistas, sobretudo no governo de Fernando Collor de Mello, que teve início em março de 1990. Apesar de um mandato curto (Collor sofreu um impeachment em outubro de 1992 após denúncias de corrupção), o Brasil avançou significativamente na abertura internacional, privatização de empresas estatais e liberalização do mercado.
Fernando Henrique Cardoso, que teve dois mandatos como presidente da República, de janeiro de 1995 a dezembro de 2002, prosseguiu com a política de desestatização, incluindo ambiciosa política de privatização de bancos estatais federais e estaduais sob o Programa de Estímulo à Reestruturação e ao Fortalecimento do Sistema Financeiro Nacional (Proer), executado com êxito apesar da ferrenha oposição do PT e da CUT. Vale registrar que em nenhum momento o governo ousou incluir no programa de privatização o Banco do Brasil, a Caixa Econômica Federal e a Petrobras, sob o argumento de que eram empresas estratégias e intocáveis.
A condição de empresas consideradas estratégicas não livrou essas megaestatais de serem exploradas e enfraquecidas sob corrupção e má gestão justamente nos governos esquerdistas do PT, que diziam ser seus maiores defensores. Na fase aguda dos prejuízos da Petrobras, os acionistas foram severamente punidos, incluindo entre eles a legião de trabalhadores aos quais o governo autorizou o saque do FGTS para compra de ações da companhia. Atualmente, os acionistas privados da Petrobras detêm 63,4% do capital da empresa; o BNDES detém 7,9%; e o Tesouro Nacional é dono de apenas 28,6% do capital, embora as ações do governo sejam todas com direito a voto, o que lhe dá maioria do capital votante e o controle da companhia.
O hábito estatizante e intervencionista, embora nocivo e enferrujado, continua sendo a marca deste terceiro mandato de Lula, como provam as recentes intromissões do presidente na Petrobras e a tentativa de emplacar membros do PT em megaempresas privadas, a exemplo da pressão do governo para a nomeação (que não deu certo) de Guido Mantega na presidência da Vale. Insaciável em sua ânsia de intervir no mercado e prejudicar o funcionamento da economia privada, o ministro do Trabalho, Luiz Marinho, apoiado por falas públicas de Lula, anunciou sua pretensão de regular os aplicativos de entregas de refeição e transporte particular de passageiros.
Em resumo, o PT e os partidos de esquerda que o apoiam com ideias dos anos 1970 seguem querendo impor suas crenças e práticas atrasadas sobre o funcionamento do mercado e do livre comércio nesta terceira década do século 21, em que a Quarta Revolução Tecnológica inundou o mundo com um turbilhão de inovações e novas formas de trabalhar, produzir e consumir. Além disso, é extremamente perigoso para o futuro das finanças públicas e da estabilidade econômica que o governo queira ir pelo caminho de aumentar o tamanho do Estado, aumentar as empresas estatais sob seu comando e intervir no livre funcionamento do mercado justamente no momento em que a dívida pública é alta como porcentual do PIB e as contas públicas apresentam déficit fiscal primário em torno de 2,5% do PIB.
FONTE: GAZETA DO POVO https://www.gazetadopovo.com.br/opiniao/editoriais/o-velho-habito-estatizante-e-intervencionista/
Com relatório fraco da PF, Câmara pode determinar ainda hoje a imediata revogação da prisão de Chiquinho Brazão
A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara vai votar nesta terça-feira (26) pela manutenção ou revogação da prisão preventiva do deputado Chiquinho Brazão, acusado, junto com seu irmão, o conselheiro do TCE-RJ Domingos Brazão, de ser o mandante do assassinato da vereadora Marielle Franco, em 2018.
O deputado Darci de Matos (PSD-SC) foi escolhido para apresentar um relatório sobre a prisão, comunicada oficialmente a Arthur Lira na segunda-feira pelo ministro Alexandre de Moraes.
A Constituição determina que, “(…) os membros do Congresso Nacional não poderão ser presos, salvo em flagrante de crime inafiançável”, e, nesse caso, “os autos serão remetidos dentro de vinte e quatro horas à Casa respectiva, para que, pelo voto da maioria de seus membros, resolva sobre a prisão”.
“Estamos estudando o processo”, afirmou Darci de Matos.
O relatório da PF relata dificuldades em obter, após 6 anos, ‘prova cabal’ contra os suspeitos presos preventivamente por ordem de Alexandre de Moraes.
Esse fato pode ser crucial para a decisão da Câmara.
RECOMEÇO DA NOVELA
FONTE: JBF https://luizberto.com/recomeco-da-novela/
Corina Yoris, principal candidata da oposição, fica fora de processo eleitoral na Venezuela
O regime ditatorial de Nicolás Maduro na Venezuela não permitiu que a principal frente de oposição da Venezuela, encabeçada pelos partidos MUD e UNT, registrasse a candidatura de Corina Yoris no site do Conselho Nacional Eleitoral, órgão responsável pelas eleições no país.
O prazo terminou às 23h59 de segunda-feira 25, e Corina – que já era a substituta de outra candidata impedida de participar, María Corina Machado ficou fora da disputa.
As eleições foram marcadas para 28 de julho, e Nicolás Maduro vai disputar, praticamente sem oposição, o terceiro mandato. Com isso, o ditador, que está há 12 anos no poder, poderá ficar 18 anos no cargo.
Um dos chefes da coalizão da oposição, Omar Barboza, afirmou que o grupo enfrentou restrições no sistema on-line do Conselho Nacional Eleitoral e não conseguiu registrar a candidatura de Corina Yoris.
Desde a quinta-feira 21, já se inscreveram nove candidatos que se apresentam como opositores, mas a maior parte deles é aliada do chavismo, e os outros não têm expressão política alguma, segundo analistas.
FONTE: REVISTA OESTE https://revistaoeste.com/mundo/corina-yoris-principal-candidata-da-oposicao-fica-fora-de-processo-eleitoral-na-venezuela/?utm_source=pushnews&utm_medium=pushnotification
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