O presidente Lula (PT) recomendou protocolo especial, com todas as homenagens, na recepção do presidente francês Emmanuel Macron, que se tem caracterizado por iniciativas de hostilidade ao Brasil. Nas redes sociais, Macron divulgou alegações mentirosas para prejudicar o Brasil, como no caso de uma foto de incêndio na floresta em território peruano, feita 20 anos antes, de autor já falecido, como “prova” de que o Brasil estaria destruindo a Amazônia por meio de incêndios criminosos etc.
Golpe baixo
Além de mentir, Macron agiu para inviabilizar o que pudesse beneficiar o Brasil, como o acordo Mercosul-União Europeia, prestes a ser celebrado.
Lacração permitida
Lula aceitou a exigência lacradora de Macron de na terça (26), ir recebê-lo em Belém, sede da COP 30, e não na capital, como prevê o protocolo.
Agro como alvo
Macron impôs exigências incumpríveis ao agro brasileiro, baseadas em mentiras, claro, como forma de proteger o ineficiente agro europeu.
‘Feiúra’ como pretexto
O francês passou a perseguir o Brasil após o então presidente Bolsonaro citar a “feiúra” da mulher, Brigitte Macron, 25 anos mais velha que ele.
Já são 266 frentes parlamentares no Congresso
Após uma deputada do Psol protocolar a criação da “Frente Parlamentar do Livro, da Leitura e da Escrita”, já são 266 frentes parlamentares em “funcionamento” no Congresso Nacional, na atual legislatura. O ano na Câmara e no Senado mal começou, mas este ano já foram criados três grupos, entre eles a de “apoio ao acolhimento humanitário de migrantes e refugiados” e outro em defesa do “empreendedorismo rural”.
Muy espertos
Dois espertos deputados lideram dez frentes parlamentares, cinco cada: Felipe Carreras (PSB-PE) e Celso Russomano (PP-SP).
Junto e misturado
Temas das frentes dos dois deputados vão da defesa da aviação civil, da nutrição, até a defesa do comércio de moto peças e da Polícia Federal.
Frentes S.A.
A petista Erika Kokay (DF) coordena quatro frentes, assim como Carlos Henrique Gaguim (União-TO), Flávia Morais (PDT-GO), entre outros.
Poder sem Pudor
Petista língua solta
Remígio Todeschini, ex-tesoureiro da CUT, falava alto em razão de uma deficiência auditiva, mas era famoso também pela falta de tato. Ao dirigir uma seção do Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), impaciente com a fala do conselheiro Rodolfo Tavares, da Confederação Nacional da Agricultura, o petista se virou para o economista Carlos Augusto Gonçalves, que secretariava a reunião, e, sem perceber que o microfone estava aberto e ampliava sua voz para toda a sala, “segredou”: “Carlos Augusto, esse Rodolfo Tavares, além de direita, é um filho da p(*)!” A reunião, obviamente, acabou.
Quem precisa de sigilo
Após Lula decretar sigilo secular a 1339 pedidos de informação, Carla Zambelli (PL-SP) resgatou vídeo do petista com o título “Quem é honesto não precisa de sigilo”. Lula ainda diz, “se é bom, não precisa esconder”.
Só federação
Não se trata de fusão. O senador Ciro Nogueira (PI) já esclareceu que não haverá fusão do União Brasil com o PP, que preside, e sim uma federação. Disse que os partidos não têm interesse em fusão.
Ele gosta é de luxo
A deputada paulista Rosana Valle destacou R$65,9 milhões gastos por Lula em viagens mundo afora para lembrar que dormita no Congresso projeto dela que obriga presidentes a se hospedarem em embaixadas.
Curiosidade
Rogério Marinho (RN), líder da oposição no Senado, apontou curiosidade sobre o noticiário político: “O inquérito das fake news continua sob sigilo, mas toda a imprensa tem acesso”.
Frase do dia
“O Brasil voltou: voltou a ser bagunça que era”
Deputado Ricardo Salles (PL-SP) ironiza recorrente bordão da esquerda
Investigado investigando
A procuradora da República Monique Cheker diz que denúncias de coação em colaboração premiada não deveriam ser apuradas própria Polícia, e lembra das investigações autônomas do Ministério Público.
Preço da incompetência
O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) tem explicação para bloqueio bilionário do orçamento: “o governo não faz o dever de casa e depois fica tentando tapar o sol com a peneira”. Diz que é o preço da incompetência.
Frente das frentes
São tantas as frentes parlamentares no Congresso (266), que 14 não têm líder por falta de deputado ou senador. Algumas até tratam de temas relevantes, como a da Transparência Pública, com 228 membros.
Obra dos gastadores
O Ministério do Planejamento de Simone Tebet, dama do Orçamento Federal, anunciou que o governo Lula (PT) já reverteu a expectativa de superávit em 2024. Virou déficit de R$9,3 bilhões. E a gente pagando.
Pensando bem…
…é o tempo da delação nada-premiada.
A estratégia por trás da ação indenizatória movida por Bolsonaro e Michelle contra Lula
A pequena indenização (20 mil) para o processo, no caso dos moveis, foi uma estratégia bem pensada.
Primeiro que ela cabe no salário do presidente, que não vai poder alegar impossibilidade de pagar.
A questão ali é a desculpa pública para o erro, que vai ter boas “consequências eleitorais”.
Se o Judiciário é visto hoje como um aliado de Lula no poder, o arquivamento do processo, ou mesmo sua anulação, seria de fato uma comprovação escandalosa disso, que também traria consequências eleitorais.
Se correr o bicho pega…
Se ficar, o bicho come.
Deputado apontado como mandante da morte de Marielle será expulso de partido
O presidente do partido União Brasil, Antonio de Rueda, pedirá à Comissão Executiva Nacional da legenda abertura de processo disciplinar contra o deputado federal Chiquinho Brazão.
O parlamentar, eleito pelo estado do Rio de Janeiro, foi preso na manhã deste domingo (24) acusado de ser um dos mandantes dos assassinatos de Marielle Franco e Anderson Gomes, em 2018.
“Embora filiado ao União Brasil, o deputado federal Chiquinho Brazão já não mantinha relacionamento com o partido e havia pedido ao Tribunal Superior Eleitoral autorização para se desfiliar. O União Brasil reunirá a sua Comissão Executiva Nacional na próxima terça-feira, dia 26 de março. O estatuto do Partido prevê a aplicação da sanção de expulsão com cancelamento de filiação partidária de forma cautelar em casos de gravidade e urgência”, diz a nota enviada à imprensa pela assessoria do partido.
De acordo com fontes ligadas à investigação, foram presos Domingos Brazão, atual conselheiro do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro (TCE-RJ), o deputado federal Chiquinho Brazão (União Brasil-RJ), e Rivaldo Barbosa, ex-chefe da Polícia Civil do Rio.
Chiquinho estava no segundo mandato consecutivo de deputado federal.
Eis a primeira manifestação por parte de acusado de ser mandante da morte de Marielle
O advogado de Domingos Brazão, Ubiratan Guedes, afirmou, neste domingo (24), na sede da Polícia Federal do Rio de Janeiro (PFRJ), que não procede a acusação de que seu cliente foi um dos mandantes do assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, em março de 2018.
Domingos Brazão é conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE-RJ).
Em rápida entrevista à imprensa, Guedes afirmou que Domingos Brazão “não conhecia Marielle, não tinha nenhuma ligação com Marielle”. Segundo o advogado, agora, cabe à defesa provar a inocência de seu cliente, indicou.
Guedes foi enfático ao dizer que Domingos Brazão “nunca teve nenhuma ligação com a Marielle. Nunca, nunca”, insistiu. Ele reforçou que não procede a imputação contra seu cliente, que não teve “ligação com a Marielle politicamente”.
Para sustentar sua certeza quanto à inocência de Domingos Brazão, o advogado informou que conhece o cliente e acompanha o caso há dois anos.
Braga Netto se manifesta sobre nomeação de delegado preso no caso Marielle
O general Braga Netto, ex- interventor federal de Segurança Pública do Rio de Janeiro, afirmou que a nomeação do delegado Rivaldo Barbosa para a chefia da Polícia Civil do Estado, preso pela morte da vereadora Marielle Franco, foi feita pelo general Richard Nunes, general que era secretário de Segurança Pública do R.J.
Braga Netto fez a manifestação por nota depois que o diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues, disse ao g1 que a corporação vai investigar as circunstâncias da nomeação de Rivaldo Barbosa em março de 2018. Nomeado por Michel Temer, o general foi interventor do RJ entre março de 2018 e 1º de janeiro de 2019.
Conforme a nota, as indicações para a Polícia Civil eram realizadas por Richard Nunes. “A seleção e a indicação para nomeações eram feitas, exclusivamente, pelo então secretário de Segurança Pública, assim como ocorria nas outras secretarias subordinadas ao Gabinete de Intervenção Federal, como a de Defesa Civil e Penitenciária.”
Entretanto, disse Braga Netto, “por questões burocráticas, o ato administrativo era assinado pelo interventor federal, que era, efetivamente, o governador na área de segurança pública no RJ”.
O relatório da Polícia Federal que embasou os pedidos de prisão mostra que a Subsecretaria de Inteligência da Secretaria de Estado de Polícia Civil do Rio de Janeiro contraindicou Rivaldo Barbosa para o cargo. Mesmo assim, o general Richard Nunes decidiu nomeá-lo. Em depoimento, Nunes afirmou que resolveu desconsiderar a
recomendação da Subsecretaria de Inteligência, pois a recomendação não se pautava em “dados objetivos”.
Barbosa foi indicado para o cargo um dia antes do assassinato da vereadora e do motorista Anderson Torres. O delegado foi preso no domingo 24, por ordem do ministro Alexandre de Moraes, do STF, sob a acusação de ajudar a planejar o assassinato da vereadora, idealizado pelos irmãos Domingos e Chiquinho Brazão.
FONTE: REVISTA OESTE https://revistaoeste.com/politica/braga-netto-se-manifesta-sobre-nomeacao-de-delegado-preso-no-caso-marielle/?utm_source=pushnews&utm_medium=pushnotification
Empresário envolvido na confusão com Moraes em Roma mostra coragem e toma atitude inesperada
O empresário Roberto Mantovani parece bem mais disposto a esclarecer o caso da confusão no aeroporto de Roma, que o próprio ministro Alexandre de Moraes.
O relatório da PF foi finalizado e acabou não indiciando nenhum dos envolvidos da família Mantovani. Contudo, a Procuradoria Geral da República (PGR) se manifestou e pediu novas diligências. O pedido do órgão foi acatado por Toffoli.
Imediatamente, logo após a decisão de Toffoli, a defesa do empresário entrou em ação e pediu algo inesperado. Quer que seja realizado um novo depoimento sobre o caso.
E ainda, não satisfeito, o empresário, através de seu advogado, Ralph Tórtima, fez outros três pedidos:
– A supressão da conversa entre Tórtima e Roberto Mantovani do relatório da PF, conforme a decisão de Toffoli.
– O acesso integral às imagens do aeroporto internacional de Roma, seguindo os critérios estabelecidos por Toffoli em uma decisão anterior.
– Disponibilização da manifestação da PGR que pediu novas diligências sobre a investigação.
Parece claro qual das partes quer realmente esclarecer os fatos.
Revelações sobre os prováveis mandantes da morte de Marielle vem à tona
Os irmãos Domingos Brazão e Chiquinho Brazão, além do delegado Rivaldo Barbosa, foram presos neste domingo (24) apontados como mandantes do atentado contra Marielle Franco, que vitimou também o motorista Anderson Gomes.
O crime ocorreu em março de 2018. Os três foram presos no Rio de Janeiro, de forma preventiva, na Operação Murder, Inc., deflagrada pela Procuradoria-Geral da República (PGR), Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) e Polícia Federal (PF).
Os nomes dos três presos na operação constam da delação de Ronnie Lessa, executor do crime em que Marielle perdeu a vida. De acordo com Lessa, os três detidos teriam sido os mandantes do crime. A ação foi autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
A família Brazão pertence a um importante grupo político do estado do Rio de Janeiro. Ex-deputado na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), Domingos é conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE-RJ), cargo do qual ficou afastado depois de ser preso, em 2017, na Operação Quinto do Ouro, acusado de receber propina de empresários. Essa prisão se deu no âmbito de desdobramento da Lava Jato no estado.
O irmão de Domingos, Chiquinho Brazão, é deputado federal pelo União Brasil, além de empresário e comerciante. Nas eleições de 2018, foi candidato a deputado federal pelo Avante e elegeu-se com 25.817 votos. Já o delegado Rivaldo Barbosa era chefe da Polícia Civil à época do atentado contra Marielle Franco. Atualmente, desempenha a função de coordenador de Comunicações e Operações Policiais da instituição. Os três já foram levados para a Superintendência da Polícia Federal, no Rio de Janeiro.
A operação de hoje engloba ainda 12 mandados de busca e apreensão na sede da Polícia Civil do Rio e no Tribunal de Contas do Estado. Documentos, além de celulares e computadores dos presos, foram levados para a sede da PFRJ. As investigações apontam que a morte de Marielle está relacionada à expansão da milícia no Rio de Janeiro.
Domingos Brazão disse, em entrevista ao UOL em janeiro deste ano, que não conhecia e não lembrava da vereadora Marielle Franco.
Já Chiquinho Brazão havia divulgado nota no dia 20 de março, depois que a acusação de ser o mandante vazou na imprensa. A nota diz que ele estava “surpreendido pelas especulações” e afirmou que o convívio com Marielle sempre foi “amistoso e cordial”.
Em nome do Lula, do Lula e do Lula
Lula acha que é a Santíssima Trindade: o Pai, o Filho e o Espírito Santo. Há muito tempo ele anda por aí, se comparando a Jesus Cristo… Já disse o seguinte: “Se eu pudesse destacar uma imagem das facadas que eu tomei e eu pudesse tirar a camisa, meu corpo estaria mais estraçalhado do que o corpo de Jesus Cristo depois de tantas chibatadas que ele tomou”. Lula se acha perseguido, “como Jesus também foi”. Quando tem um breve surto de humildade relativa, afirma que, no Brasil, só Jesus Cristo ganha dele, só.
Lula é do tipo que conversa com Jesus de igual para igual. Diante de uma imagem do Cristo na cruz, não hesitou em dizer: “Você vai voltar… Eu já voltei, agora você vai voltar. E, juntos, nós vamos mudar esse país”. Assim é Lula, um pecador contumaz, que não tem coração e não merece misericórdia. É o inventor diabólico de uma seita. As chaves do Reino dos Céus jamais receberá; as portas do inferno estão sempre abertas para ele.
Sem valores religiosos, sem valores morais, Lula se orienta pelo mal. Não sabe o que é amor, paz, prudência. Ele ignora o caminho, a verdade e a vida
No Reino dos Céus não existe pecado, não há maldade nem sofrimento. Lula se entrega aos sacrilégios e só gera atrocidade, dor, aflição, tormento. Lula desrespeita pelo menos oito dos Dez Mandamentos. Talvez não cumpra nenhum deles… Mesmo assim, se acha Deus. Sua heresia não tem limites. O petista, em depoimento, na época da Lava Jato, disse ao juiz: “Se o senhor soubesse quanta gente usa o meu nome em vão… De vez em quando, eu fico pensando que as pessoas deveriam ler a Bíblia, para não usarem tanto o meu nome em vão”.
Ele não é o todo-poderoso, é o seu próprio Deus, um anticristo que se orgulha de ser chamado de comunista. Lula demonstra que se opõe à fé religiosa, mas tenta enganar, é mais um “comunista, graças a Deus”. Em reunião recente do satânico Foro de São Paulo, ele disse: “Aqui no Brasil, enfrentamos o discurso do costume, da família e do patriotismo. Ou seja, enfrentamos o discurso que aprendemos historicamente a combater”.
Sem valores religiosos, sem valores morais, Lula se orienta pelo mal. Não sabe o que é amor, paz, prudência. Não tem ideia do que seja solidariedade, fraternidade, compaixão, caridade, bondade, respeito, misericórdia. Ele ignora o caminho, a verdade e a vida. Lula é um destruidor de tudo o que realmente importa, é um incendiário, um ladrão de esperanças, um demolidor da fé, da verdadeira fé. Que Deus, o único, olhe por nós. Que Deus, o único, abençoe o Brasil.
GAZETA DO POVO https://www.gazetadopovo.com.br/vozes/luis-ernesto-lacombe/em-nome-do-lula-do-lula-e-do-lula/
Maconha: quando o impensável se torna possível
A descriminalização das drogas volta ao debate. Drogas – maconha em especial – fazem parte da “cestinha ideológica” que todo militante progressista é obrigado a carregar e defender. Não me perguntem por que a esquerda tem essa obsessão por entorpecentes. Não há exatamente uma explicação – apenas hipóteses.
Uma delas é a ampliação da política de pão e circo para pão, circo e maconha. Outra hipótese é que a defesa das drogas serve como ferramenta de recrutamento de jovens – assim a esquerda se apresenta como “descolada” em oposição à direita careta. Ou talvez a obsessão da esquerda por drogas seja apenas uma extensão natural da simpatia que os progressistas nutrem por criminosos, sempre caracterizados como oprimidos ou potenciais revolucionários.
O fato é que, para tristeza dos progressistas e felicidade geral da nação, a maioria da população brasileira rejeita as drogas.
É evidente que a defesa das drogas nada tem a ver com liberdade. Não há forma maior de degradação do que a dependência química. O fato é que, para tristeza dos progressistas e felicidade geral da nação, a maioria da população brasileira rejeita as drogas. Provavelmente, 99% dos pais e mães desejam que seus filhos nunca cheguem perto de drogas. A razão é óbvia, e conhecida mesmo – ou principalmente – pelas pessoas mais humildes: drogas são o caminho da dependência, dos distúrbios psiquiátricos, do crime e da pobreza.
Ninguém decide começar a consumir maconha pensando em sucesso profissional ou estabilidade familiar. Ninguém diz: “Vou cheirar uma carreira de cocaína porque isso aumenta minha chance de ter uma vida próspera e bem-sucedida”.
A defesa da “descriminalização” – ou “liberação”, ou “regulamentação” (esses termos são usados de forma intercambiável e sem qualquer compromisso com significado) – usa argumentos improváveis que não resistem ao mais leve exame. Um desses não-argumentos diz que, quando se trata a droga como um crime, os pobres são os maiores prejudicados. É uma afirmação grosseiramente equivocada, de fundo populista e preconceituosa. A maioria dos pobres nunca usou drogas – pelo contrário. É seguro dizer que, quanto mais humilde a pessoa é, maior a chance de ela rejeitar o uso de drogas.
Alguns políticos não enxergam isso. No debate sobre a PEC antidrogas, um senador da República teria dado a seguinte declaração: “Sabe o que vai acontecer com essa PEC? Um pobre, em um local de pobreza, vilipendiado dos seus direitos alimentares, sem saneamento básico, iluminação pública, educação de qualidade e saúde, com cigarros de maconha, as circunstâncias fácticas ali serão a cor da pele e o local do crime”.
O Estado falha em todas as suas obrigações básicas. E aí, para compensar, oferece maconha, mantendo a pessoa calma e satisfeita em meio ao lixo, ao esgoto, à doença, à fome e à pobreza.
Vamos examinar a declaração do senador. Ele descreve uma pessoa pobre, que provavelmente mora em uma favela (local geralmente dominado por traficantes) e que tem dificuldades para comprar comida (a pessoa deve estar desempregada). Na favela, não há saneamento e nem iluminação, e os serviços de saúde básica são deficientes. Os filhos do indivíduo pobre e desempregado provavelmente terão destino semelhante ao dele, porque o ensino que eles recebem – em escolas públicas – é precário.
Mas olha: pelo menos eles têm baseados. O Estado falha em todas as suas obrigações básicas. E aí, para compensar, oferece maconha, droga que produz uma sensação de bem-estar, mantendo a pessoa calma e satisfeita em meio ao lixo, ao esgoto, à doença, à fome e à pobreza.
Outro argumento sem sentido é o do tal uso medicinal da maconha. Sobre isso, encontrei a seguinte fala de um político: “Acabei de vir dos EUA e lá tem na prateleira óleo de canabidiol”. Pode ser. Mas óleo de canabidiol é uma coisa, um baseado é outra. A maconha do baseado não tem só canabidiol, ela também tem THC – o composto tetrahydrocannabinol, que tem efeitos psicoativos e neurotóxicos. O THC é conhecido por provocar distúrbios psiquiátricos. Essa informação está amplamente disponível, inclusive no documento do governo da Suécia que explica por que, naquele país, a posse de qualquer quantidade de maconha é crime punido com pena de prisão.
No final das contas, talvez o Senado faça um favor ao governo ao aprovar a PEC antidrogas, impedindo o governo de dar mais um tiro no próprio pé.
Muita gente não sabe que a maconha vendida hoje em dia tem um teor de THC muito maior do que a maconha vendida há alguns anos. O uso dessa droga expõe crianças e adolescentes ao risco de desenvolvimento de dependência e de distúrbios psiquiátricos. Eu mesmo conheço duas pessoas cujas vidas foram destruídas – um aos 18 anos, o outro aos 45 anos – pelo uso de maconha.
O mais velho deles era um dependente funcional, ou seja, ele usava a droga regularmente, mas – aparentemente – sem que ela afetasse sua vida que, em vários aspectos, era muito bem-sucedida. Até o dia em que, sob o efeito da droga, se envolveu em um acidente fatal que também vitimou seu filho.
Maconha é fofa, até o dia em que, subitamente, deixa de ser. É uma irresponsabilidade suprema abrir as portas da dependência química e dos distúrbios mentais para nossas crianças e jovens. Nenhum dependente químico jamais começou a usar droga planejando se tornar dependente. No início, todo uso de droga é “recreativo”.
Não deixa de ser curioso o empenho do atual governo na aprovação da “descriminalização do porte de maconha para uso próprio”. Já ouvimos dizer que o governo quer se aproximar do agronegócio. Mas o agro brasileiro não cultiva maconha. Ouvimos que o governo também queria se aproximar dos evangélicos. Não existe evangélico que seja a favor do uso de drogas. Ouvimos dizer também que o governo planejava fazer um discurso mais “conservador”, tentando aumentar sua popularidade. Não existe conservador que aprove dependência química.
No final das contas, talvez o Senado faça um favor ao governo ao aprovar a PEC antidrogas, impedindo o governo de dar mais um tiro no próprio pé – pois qualquer relaxamento da legislação antidrogas será entendido como uma decisão de governo (e com certa razão: afinal, a maioria dos juízes que apoiam a descriminalização do porte foram indicados pelo PT, ou são manifestamente apoiadores do partido).
A decisão em discussão no STF não seria exatamente uma descriminalização. Ela só pretende determinar uma quantidade de droga, abaixo da qual o portador será considerado usuário. O uso continuará sendo considerado crime, como é previsto em lei – só que é um crime sem pena de prisão: as penas são levar uma bronca do juiz, pagar cestas básicas ou prestar serviços comunitários. Por isso, na vida real, quase não se reprime mais o uso público de drogas. Na prática, portanto, o uso já foi descriminalizado, porque não gera consequências para o usuário.
Não acredito que os ministros tenham a intenção de liberar ou de estimular o uso de drogas. Mas a experiência nos mostra que essas serão as prováveis consequências. Por isso, no domingo passado, na praia, eu estava rodeado por maconheiros – desculpe, por pessoas em situação de maconha.
FONTE: GAZETA DO POVO https://www.gazetadopovo.com.br/vozes/roberto-motta/maconha-quando-impensavel-se-torna-possivel/
Encerrado o caso Marielle, como fica o de Adélio Bispo?
O domingo marcou o fim de seis anos de investigações do caso Marielle, e se esse descobre que dois ex-vereadores — ela era vereadora do Rio de Janeiro — são os mandantes: dois irmãos, os irmãos Brazão. Um é conselheiro do Tribunal de Contas do estado do Rio de Janeiro. Já foi afastado, já foi preso por propina, e está lá no Tribunal de Contas, conferindo as contas dos outros. Um é Domingos, o outro é Chiquinho. O Chiquinho é deputado federal pelo União Brasil — diz o partido que vai expulsá-lo.
Também preso um ex-chefe de Polícia do Rio de Janeiro, por obstrução de Justiça, o delegado Rivaldo Barbosa. Os três já estão encaminhados para ficarem presos em Brasília. Com isso terminam seis anos, seis longos anos em que ficaram sugerindo, inclusive na mídia, que seria Bolsonaro, que seriam os filhos de Bolsonaro. E agora, como é que fica?
O ministro Lewandowski considerou o caso encerrado com “vitória do Estado”. Eu não sei que vitória é essa, que triunfo do Estado, se demorou seis anos para elucidar um caso que estava muito claro que era disputa territorial na zona oeste do Rio de Janeiro. Coisas de vereadores, de políticos do Rio de Janeiro.
Enfim, terminado isso, é preciso esclarecer agora o que não é difícil de esclarecer: de que gabinete da Câmara dos Deputados partiu a autorização para fazer o álibi do Bispo, que enfiou a faca na barriga de Bolsonaro dia 6 de setembro de 2018? Naquele dia, Adélio Bispo estava registrado como presente na Câmara dos Deputados: era o álibi, se ele não fosse pego lá em Juiz de Fora. Quem foi? De que gabinete? Não é possível que não tenha ficado registro disso. Ou veio um anjo exterminador do céu e acabou com todos os registros? Agora está faltando isso.
Mauro Cid: um personagem de Kafka?
Continuam martelando o caso do tenente-coronel Mauro Cid. Seria um personagem de Kafka, ou mesmo do Evangelho de domingo, lá em Jerusalém — Barrabás, Jesus, Pedro — se ele não pudesse se queixar, se queixar-se fosse crime. Ele se queixou. Estão dizendo que foi um desabafo na conversa com um amigo. Ele não estava proibido de conversar com um amigo, estava proibido de conversar com outros investigados, proibido de usar rede social. Não sei se a pessoa que gravou disse para ele: “olha, estou gravando. Você autoriza?” Não sei se a pessoa disse para ele “olha, eu vou publicar. Você autoriza?”. Não sei se aconteceu isso. Se ele não autorizou, não pode ser responsável por isso. Então, é estranho. E ele está preso. Além disso, ele estava cumprindo uma missão militar, estava portanto sob a jurisdição da Justiça Militar.
E o Superior Tribunal Militar, que foi tão atuante em tempos do governo militar, inclusive liberando gente que estava injustamente presa, agora está silencioso, tão omisso quanto a OAB e o Senado, nesses casos que a gente está vendo, que agridem o devido processo legal, o Estado democrático de direito e a Constituição.
Uma outra questão: será que esses últimos acontecimentos, esse grito do tenente-coronel Mauro Cid, chegam aos ouvidos de Rodrigo Pacheco, presidente do Senado, que é responsável pela manutenção desses casos? Além de tudo, tem lá na Câmara, também, com mais do que suficientes assinaturas, um pedido de CPI sobre abuso de autoridade. Há uma lei que fala de abuso de autoridade e está sendo atropelada, tanto quanto a Constituição.
O presidente Arthur Lira prometeu ao deputado Marcel van Hattem, que colheu as assinaturas, que tomaria providências assim quem instalasse as comissões. As comissões já foram instaladas e já estão funcionando.
FONTE: GAZETA DO POVO https://www.gazetadopovo.com.br/vozes/alexandre-garcia/encerrado-o-caso-marielle-como-fica-o-de-adelio-bispo/
Salários e benefícios do Judiciário custaram R$ 95 bi em 6 anos
Os salários, as indenizações e demais benefícios do Judiciário brasileiro custaram aos cofres públicos R$ 95 bilhões nos últimos seis anos e meio. Os números são do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que teve como base as folhas de pagamento de 90 tribunais. A informação foi divulgada neste domingo, 24.
De acordo levantamento do colunista Lúcio Vaz, da Gazeta do Povo, os “subsídios”, ou salários, dos magistrados consumiram R$ 56 bilhões do pagador de impostos. Os direitos eventuais, mais R$ 29 bilhões. Os direitos pessoais, R$ 2,4 bilhões. Já as indenizações – auxílios-saúde, alimentação, moradia, natalidade, pré-escolar – somaram mais R$ 7 milhões.
Entre os pagamentos milionários dos direitos eventuais dos juízes, destacam-se os retroativos (R$ 6,6 bilhões, para magistrados e membros do Congresso Nacional) e as indenizações de férias (R$ 4,4 bilhões). Como é uma indenização, não há desconto do Imposto de Renda nem da Previdência, e o dinheiro cai integralmente na conta do magistrado.
Gastos mais altos
Os maiores gastos foram do TJSP: R$ 14,3 bilhões. O TJMG gastou R$ 7,5 bilhões; o TJPR, 5,3 bilhões; o TJRJ, 5 bilhões; o TJRS, 4,7 bilhões.
No Tribunal de Justiça de Minas Gerais, que efetuou o pagamento mais elevado, pelo menos 30 magistrados acumularam retroativos em valores acima de R$ 3 milhões.
Segundo a Gazeta, o desembargador aposentado Lúcio Silva Martins recebeu de R$ 3,86 milhões em retroativos. Também aposentado, o desembargador Murilo José Pereira recebeu R$ 3,78 milhões.
No TJSP, o desembargador aposentado Antônio Paulilo acumulou R$ 1,38 milhão com retroativos, mais R$ 154 mil de indenização de férias. Egídio Giacoia, desembargador aposentado, recebeu R$ 1,13 milhão de retroativos e R$ 122 mil em indenizações de férias.
FONTE: REVISTA OESTE https://revistaoeste.com/brasil/salarios-e-beneficios-do-judiciario-custaram-r-95-bi-em-6-anos/?utm_source=pushnews&utm_medium=pushnotification
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