Já não dá mais para esconder o fracasso do governo Lula, abandonado por aliados como Ciro Gomes, que expôs um possível esquema de corrupção.
O povo também rejeita o petista cada vez mais. Haverá impeachment esse ano ainda?
A direita cresce no mundo inteiro, e no Brasil avança com iniciativas como o Foro do Brasil – criado por Padre Kelmon – um contraponto ao Foro de São Paulo, e o Partido Conservador, capitaneado por José Carlos Bernardi.
Para falar sobre esses e outros assuntos, o Super Debate recebe o jornalista José Carlo Bernardi. Apresentação de Diogo Forjaz.
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AO VIVO: Em reação do Senado contra o Supremo, CCJ aprova PEC contra as drogas (veja o vídeo)
A CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) do Senado aprovou nesta quarta-feira (13) a PEC das drogas, que proíbe o porte e a posse de todas as drogas, incluindo a maconha, em votação simbólica, quando não há registro nominal de votos.
A PEC foi uma iniciativa do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG) depois que o STF iniciou a votação da descriminalização do porte de drogas para uso pessoal. A proposta agora vai para o plenário do Senado.
A aprovação da PEC anti-drogas na CCJ do Senado tem o simbolismo de representar uma reação do Congresso às invasões de competência do STF em insistir legislar.
Veja o vídeo:
O “incendiário” Bivar foi o primeiro a trair Bolsonaro e agora está sendo duramente castigado
Graças a Bolsonaro, Luciano Bivar tornou-se dirigente de um dos maiores partidos do país, o PSL.
De partido nanico, tornou-se uma força no Congresso Nacional.
Ambicioso, não aceitou dividir o comando da legenda com o então presidente da República.
Certamente, de olho no abundante fundo partidário, queria mandar sozinho.
Bolsonaro não titubeou. Escaldado pelas inúmeras traições vindas de gente que só vislumbrava os seus interesses pessoais, deixou o PSL e buscou abrigo no PL.
Bivar, em busca de mais poder, uniu o PSL ao DEM e criou o União Brasil, tornando-se o seu comandante.
Eleito deputado federal hoje ocupa o segundo cargo mais importante da mesa diretora da Câmara dos Deputados. É o 1º secretário.
Defenestrado da presidência do União Brasil, está sendo acusado de ter sido o responsável pelo incêndio em casas da família do advogado Antônio Rueda, seu sucessor na direção do partido, outrora seu ‘melhor amigo’.
O União Brasil já abriu processo para o seu afastamento. Fora do partido, perderá o cargo na mesa da Câmara.
Sem partido e sem cargo, poderá ganhar pesados processos cíveis e criminal, caso comprovada sua participação no incêndio das casas de seu algoz.
A vitória de Allan dos Santos sobre o ministro Alexandre de Moraes
O jornalista Allan dos Santos conseguiu uma expressiva vitória sobre o ministro Alexandre de Moraes.
O governo dos Estados Unidos comunicou que não vai extraditar o jornalista.
Allan é acusado do cometimento dos crimes de calúnia e difamação pela Justiça brasileira.
Nos EUA, esses delitos são considerados crimes de opinião e não servem de base para um pedido de extradição por serem protegidos pelo direito à liberdade de expressão.
Após o comunicado oficial enviado ao governo brasileiro, uma reunião com autoridades norte-americanas no segundo semestre do ano passado foi marcada por momentos de muita tensão.
No prosseguimento desse embate, o jornalista Allan dos Santos não economizou adjetivos para qualificar o ministro Alexandre de Moraes, durante audiência na Organização das Estados Americanos (OEA).
O jornalista brasileiro demonstrou cabalmente que é vítima de perseguição por parte de Moraes, que o acusa de “crime de opinião”.
“Crime de opinião não existe no Brasil. Mas, na minha ordem de prisão, Moraes, Alexandre de Moraes escreveu ‘crime de opinião’, para o governo dos Estados Unidos. Ele é louco, porque é juiz da Suprema Corte”, afirmou Allan dos Santos durante seu depoimento.
Caminhoneiro vai pessoalmente ao Congresso e faz parlamentares se emocionarem
Vários senadores prestaram solidariedade ao motorista de caminhão Regivaldo Batista Cardoso, nesta terça-feira (12), no Plenário. A esposa e três filhas dele foram brutalmente assassinadas no município de Sorriso, no Mato Grosso, em novembro do ano passado.
O senador Lucas Barreto (PSD-AP) pediu um minuto de silêncio durante a sessão plenária. Além disso, os parlamentares se comprometeram a propor mudanças para aperfeiçoar o sistema judiciário e prisional brasileiro.
O senador Wellington Fagundes (PL-MT), que apresentou o caminhoneiro ao Plenário, revelou que a nora dele, também de Mato Grosso, a deputada estadual Janaína Riva (MDB), propôs pena de morte para casos como esse. Ele reclamou do atual modelo judiciário que permite audiências de custódia e “saidinhas” nas datas comemorativas.
“O que fazer? O que nós brasileiros, o que o Congresso pode fazer para que a gente possa ter algo mais punitivo? Precisamos nos debruçar num aperfeiçoamento do nosso Código Penal?”, questionou Wellington.
Além da esposa Cleci Calvi Cardoso, 46 anos, Reginaldo também teve as filhas Miliane Calvi Cardoso, 19 anos, Manuela Calvi Cardoso, 13 anos e Melissa Calvi Cardoso, 10 anos, assassinadas entre a noite de sexta-feira, 24 de novembro de 2023 e a madrugada de sábado, 25. O pedreiro Gilberto Rodrigues dos Anjos, com extensa ficha criminal e que trabalhava em uma obra ao lado da casa da família, confessou ter assassinado e estuprado as vítimas.
A senadora Damares Alves (Republicanos-DF) afirmou que se um mandado de prisão tivesse sido cumprido, o caminhoneiro não estaria hoje chorando no Senado. Ela questionou as brechas do sistema judiciário brasileiro.
“Encontrar esse homem hoje, sem a esposa, sem as filhas, no mês de março [quando se comemora o Dia Internacional da Mulher]…Todas as mulheres da sua vida foram tiradas por um bandido que tinha dois mandados de prisão em aberto”, acusou Damares.
Ela também enfatizou que um projeto (PL 6212/2023), apresentado pela senadora Margareth Buzetti (PSD/MT), poderá ajudar a evitar crimes como esse no futuro. O projeto prevê a criação de um “Cadastro Nacional de Pedófilos e Predadores Sexuais”, impedindo que o nome dessas pessoas seja ocultado pelo segredo de justiça. A proposta está tramitando em caráter terminativo na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado. O relator é o senador Marcos Rogério (PL-RO).
A senadora Buzetti ressaltou que as últimas estatísticas mostram que os crimes de feminicídio continuam aumentando no país.
“A presença de Regivaldo aqui hoje é um soco na boca do estômago de todos nós, homens e mulheres públicos do Brasil. A dor dele nos faz enxergar que estamos falhando. Das 1.463 vítimas de feminicídio em 2023, quatro eram da sua família”, lamentou.
O senador Jorge Seif (PL-SC) protestou contra a impunidade no país que, segundo ele, é encorajada pelo sistema judiciário.
“O Brasil tem que parar de ser um país “bandidólatra”, onde pessoas, na audiência de custódia, depois de roubarem, matarem e traficarem, fazerem todos os absurdos, saem dez, 15, 20, 30 vezes [da prisão]”, afirmou.
O senador Eduardo Girão (Novo-CE) também ficou revoltado com os assassinatos e foi outro que prestou a sua solidariedade ao marido e pai das vítimas.
“Este homem está aqui com a graça de Deus. O que é certo, é certo. A gente tem que firmar posições que não podem flertar com o crime.”
Lula perde aliado com vitória da direita em Portugal e vê acordo Mercosul-UE mais longe
Com a vitória do partido de centro-direita Aliança Democrática (AD) em Portugal, especialistas avaliam que a relação de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) com o país pode ficar estremecida. A vitória da legenda revela mais uma etapa da ascensão da direita na Europa, pode contribuir para o afastamento do petista dos países do Ocidente, e também pode dificultar ainda mais o fechamento do acordo entre Mercosul e União Europeia, que Lula tem se esforçado para destravar, segundo especialistas ouvidos pela reportagem.
“Em um primeiro momento, pouco muda na relação Brasil-Portugal. Porém, podemos ver, sim, alguns impactos políticos entre os dois países, mas acho que o que realmente preocupa é o acordo Mercosul-União Europeia. Hoje, Portugal é a favor do acordo e, com essa mudança de governo [em decorrência da vitória da Aliança Democrática], o novo tende a se posicionar contra. Mais um país contra pode acabar de vez com as negociações”, avalia José Augusto de Castro, presidente da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB).
O impacto político previsto pelos analistas diz respeito à ascensão da direita no país que, nos últimos nove anos, foi liderado por uma legenda progressista. Lula e o atual presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa, mantém um bom relacionamento. Rebelo, inclusive, esteve em Brasília para assistir à posse do petista em janeiro em 2023. Os dois também se encontraram em abril do mesmo ano, em uma visita de Lula a Portugal.
Como não conseguiu o mínimo de cadeiras (115) para indicar o primeiro-ministro, a Aliança Democrática (AD), que angariou 79 assentos no Parlamento Português, precisa se aliar a outro partido para governar o país. A legenda pode fazer coalizões com o Chega, partido da direita nacionalista – que conquistou 77 cadeiras -, ou com o Partido Socialista (PS), de centro-esquerda – que elegeu 48 parlamentares. São essas alianças que vão dizer como fica a relação entre Brasil e Portugal daqui para frente.
Para o consultor de Política Internacional Guilherme Gomes, da BMJ Consultores Associados, se houver coalização entre o AD e o Chega, existe a possibilidade de o segundo partido tentar influenciar o novo governo português a reduzir sua proximidade diplomática com o Brasil. “Contudo, não deve ter quebra abrupta nas relações diplomáticas, que tendem a ser mais estáveis”, avalia.
O líder do Chega, André Ventura, com pautas conservadoras e fortes discursos contra a migração, fez críticas a Lula durante a campanha eleitoral. O político chegou a afirmar que Lula não seria recebido em Portugal, caso ele fosse eleito primeiro-ministro. Apesar do discurso enérgico, Guilherme Gomes explica que, em um cenário de coalizão entre AD e Chega, a situação não deve gerar atritos tão impactantes quanto o citado por Ventura.
“Durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), quando Portugal era governado pelo Partido Socialista, houve alguns incidentes diplomáticos entre os países, mas não o suficiente para afetar de maneira duradoura essa relação”, pondera o consultor da BMJ.
“Por outro lado, caso a coalização seja fechada entre a Aliança Democrática (AD) e o Partido Socialista (PS), a expectativa é de que as relações diplomáticas com o Brasil fiquem inalteradas, considerando a boa relação e proximidade do PS com o governo Lula”, avalia Gomes.
Acordo Mercosul-União Europeia pode ser impactado
Para especialistas, a maior preocupação para Lula com relação à mudança de cenário político em Portugal é o destino do acordo de livre comércio entre Mercosul e União Europeia. As negociações já duram mais de duas décadas, mas o acordo está estagnado devido a divergências entre as partes.
Além disso, o acordo tem ganhado um viés mais político do que econômico, o que tem causado ruído entre os países da União Europeia. No meio deste ano, o Parlamento Europeu, órgão legislativo da organização, terá eleições e novas figuras serão eleitas para tratar das discussões do organismo. Com o crescimento da direita em países europeus, esse movimento também deve se estender à UE.
De acordo com Gomes, é possível que os portugueses elejam, pela primeira vez, um eurodeputado da direita nacionalista para o Parlamento Europeu. “Com isso, é possível que as relações entre Brasil e União Europeia sejam enfraquecidas no médio prazo, a depender do resultado da eleição europeia neste ano”, avalia.
Para Castro, presidente da AEB, as negociações podem se tornar ainda mais difíceis. “O grande problema é que os países que são contra [o acordo] têm mais voz ativa nessas negociações, ainda que eles não sejam maioria. Caso a oposição aumente, como uma maneira de agradar os agricultores e produtores de seus países, o acordo pode morrer de fato”, pontua.
Afastamento de Lula do Ocidente
Lula, que já afirmou que sente orgulho em ser chamado de “comunista” e “socialista”, tem adotado discursos mais radicais neste terceiro mandato. O petista já saiu em defesa da Rússia e do grupo terrorista Hamas diante das guerras que causaram contra Ucrânia e Israel, respectivamente.
Ele também tem se aproximado da China, do autocrata chinês Xi Jinping.
Em diversas ocasiões, Lula defendeu e repetiu discursos do Partido Comunista da China. Em 2023, acusou o G7 (grupo dos sete países mais industrializados do mundo formado por Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido) de causar a guerra entre Rússia e Ucrânia na Europa.
O brasileiro também chegou a dizer que os dois países seriam igualmente culpados pelo conflito iniciado pela Rússia na Europa, que teve início depois que Vladimir Putin ordenou que tropas russas invadissem a Ucrânia.
Recentemente, Lula acusou Israel de cometer genocídio contra o povo palestino em razão da contraofensiva israelense na Faixa de Gaza contra o Hamas. O grupo terrorista atacou Israel no dia 7 de outubro de 2023 e deu início ao conflito na região.
Enquanto os países do Ocidente cobram uma postura mais coerente do presidente brasileiro, Lula tem reforçado esses discursos radicais. Após as acusações contra Israel, membros do governo dos Estados Unidos repreenderam as afirmações do petista, e o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, declarou o brasileiro persona non grata para Israel. Ou seja, Lula não é mais bem-vindo no país.
Lula também tem causado mal-estar entre os países do Ocidente ao sair em defesa do ditador venezuelano Nicolás Maduro. Acusado de uma série de crimes contra os direitos humanos, Maduro tem sido pressionado pela comunidade internacional a realizar eleições democráticas em seu país. O venezuelano, contudo, tem ido no caminho oposto da democracia. Além de tornar inelegível seus opositores, tem mandado prender políticos da oposição.
A perda de força do petista no Ocidente se agravar diante do pleito previsto para o final deste ano nos Estados Unidos. Caso o ex-presidente Donald Trump seja reeleito, as relações do petista com o país podem arrefecer. O republicano é aliado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Crescimento da direita em Portugal
Embora um cenário mais estável para o novo governo português ainda não esteja formado, especialistas chamam atenção para a ascensão da direita no país e na Europa. Nos últimos nove anos, Portugal foi liderado pelo Partido Socialista (PS), legenda de centro-esquerda que liderava com maioria absoluta no Parlamento do país. No pleito deste ano, contudo, o resultado mostrou uma maior força dos partidos com discursos alinhados à direita.
Além do bom desempenho obtido pela coligação Aliança Democrática (AD), liderada pelo Partido Social Democrata (PSD), houve um salto nos votos da população para o Chega. A legenda angariou 18,1% dos votos contra os 7,2% de 2022. Com o resultado, passou de 12 para 46 deputados no Parlamento.
O líder da AD, chamou o resultado das eleições de “vontade do povo por um governo diferente”. “O povo português falou. Eles querem um governo diferente, políticas diferentes, partidos renovados e diálogo entre os seus líderes… E é isso que estamos preparados para oferecer”, disse Luís Montenegro, que lidera a Aliança Democrática (AD).
Esse movimento também tem sido visto em outros países europeus. Além daqueles que já são governados pela direita, especialistas avaliam que há um movimento da população para eleger partidos tidos como mais conservadores ou “liberais” no aspecto econômico nas nações que atualmente são governadas por lideranças progressistas.
FONTE: GAZETA DO POVO https://www.gazetadopovo.com.br/republica/lula-perde-aliado-com-vitoria-da-direita-em-portugal-e-ve-acordo-mercosul-ue-mais-longe/
Israel elimina alto comandante do Hamas acusado de roubar ajuda humanitária
As Forças de Defesa de Israel (IDF) comunicaram que uma operação realizada nesta quarta-feira (13) dentro de uma instalação da agência UNRWA, da ONU, em Rafah, eliminou um alto comandante do Hamas, Muhammad Abu Hasna, integrante da unidade de operações do grupo terrorista.
Segundo as investigações das IDF e do Shin Bet, serviço de segurança interna de Israel, Abu Hasna esteve envolvido na apreensão de ajuda humanitária que entrava na Faixa de Gaza e em sua distribuição a agentes do Hamas. Ele foi morto dentro de um tanque.
Em comunicado conjunto, as operações israelenses disseram que o terrorista fez parte da “integração de extensas atividades das várias unidades do Hamas, esteve em contato com os agentes de campo do Hamas e os liderou”. Ainda, Abu Hasna foi encarregado de uma sala de guerra de inteligência do Hamas que coletou informações sobre os movimentos das IDF na Faixa de Gaza.
Além dele, cinco outros terroristas foram mortos no ataque e a UNRWA disse que pelo menos um dos seus funcionários está entre as vítimas fatais.
A eliminação de Abu Hasna “prejudica significativamente o funcionamento de várias unidades do Hamas em Rafah”, acrescentou o comunicado.
FONTE: GAZETA DO POVO https://www.gazetadopovo.com.br/mundo/israel-elimina-alto-comandante-do-hamas-acusado-de-roubar-ajuda-humanitaria/
A “polícia” da Anatel não está acima da lei
O “Ministério da Verdade” instituído em conjunto por Executivo e Judiciário no Brasil acaba de ganhar mais uma repartição. O Centro Integrado de Enfrentamento à Desinformação e Defesa da Democracia (Ciedde) funcionará na sede do Tribunal Superior Eleitoral, com membros do Ministério da Justiça, Ministério Público, Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), e foi oficialmente inaugurado na última terça-feira, dia 12, com a fanfarra habitual, os clichês habituais e as ameaças habituais. O presidente do TSE, Alexandre de Moraes, promete um “salto de eficiência” com o trabalho do Ciedde, e é aí que está o grande problema para a democracia – a democracia real, não aquela que o tal novo centro se propõe a defender.
O principal objetivo do centro é botar em prática as novas resoluções do TSE a respeito da campanha eleitoral na internet, e que transformam em regra vários dispositivos previstos no PL 2630/20, apelidado “PL das Fake News” ou “PL da Censura”. Como até agora os congressistas não decidiram o que fazer com o texto, que está parado, o TSE resolveu, por conta própria, colocar em prática o que o Legislativo teima em não aprovar – na prática, interferindo mais uma vez nos atributos de outros poderes, legislando no lugar de quem foi escolhido pelo povo para esse papel. E, se é verdade que em alguns aspectos é preciso haver uma fiscalização atenta e uma resposta rápida, como no caso dos chamados deepfakes, em outros o risco para a liberdade de expressão na internet só cresceu.
A lei define o trâmite para que publicações sejam removidas, mas cada vez mais órgãos e entidades querem o poder de atropelar esse trâmite e decidir ou que fica ou sai do ar, ou pelo menos o poder de dizer o que é “desinformação”
Um caso emblemático é o uso recorrente do conceito de “desinformação”, que ninguém, muito menos o TSE, pretende explicar em detalhes, deixando a expressão da forma mais ampla possível para, assim, poder nela incluir tudo o que, no fim das contas, a autoridade eleitoral assim o desejar. E isso vale inclusive para informações indubitavelmente verdadeiras, como no célebre caso da “desordem informacional” invocada pelo ex-ministro do TSE e do STF Ricardo Lewandowski para, durante a campanha de 2022, banir um vídeo que não trazia uma única mentira.
Lewandowski, agora ministro da Justiça, também esteve na inauguração do Ciedde, e afirmou que o novo órgão não seria “censório”. Promessa difícil de aceitar, especialmente à luz de outra afirmação, a do presidente da Anatel, Carlos Baigorri. “A Anatel irá usar a plenitude de seu poder de polícia junto às empresas de comunicações para retirar do ar todos os sites e aplicativos que estejam atentando contra a democracia por meio da desinformação e do uso de inteligência artificial para deepfakes”, afirmou, atribuindo à agência os mesmos superpoderes que a Justiça Eleitoral já se havia concedido no passado e que reforçou recentemente, com aval do STF.
O Marco Civil da Internet afirma, em seu artigo 2.º, que “a disciplina do uso da internet no Brasil tem como fundamento o respeito à liberdade de expressão”; em seu artigo 3.º, diz que “a disciplina do uso da internet no Brasil tem os seguintes princípios: I – garantia da liberdade de expressão, comunicação e manifestação de pensamento”. A mesma lei ainda prevê, no seu artigo 19, que a remoção de conteúdos depende de decisão judicial específica. Evidentemente, há uma série de nuances a considerar. Ninguém questiona que uma plataforma de mídia social não precisa esperar por uma decisão judicial para remover por conta própria publicações claramente criminosas, contendo, por exemplo, racismo ou pornografia infantil. Mas não são esses tipos de conteúdo que estão em jogo aqui: estamos falando da crítica a candidatos ou partidos, de questionamentos de toda ordem sobre o processo eleitoral e de todo tipo de afirmação “desagradável” que possa ser enquadrada como “desinformação” ou “discurso de ódio”.
Eis aqui o problema: a lei define o trâmite para que essas publicações sejam removidas, mas cada vez mais órgãos e entidades querem o poder de atropelar esse trâmite e decidir ou que fica ou sai do ar, ou pelo menos o poder de dizer o que é “desinformação”, fazendo letra morta do Marco Civil da Internet e colocando-se acima dele. E usarão tais poderes, inclusive, com a conivência (no mínimo) de instituições que deveriam estar cerrando fileiras pelo respeito à lei, e não por sua revogação tácita, como é o caso da OAB e do Ministério Público, incapazes de perceber que o Ciedde não é uma iniciativa louvável desde que mantido dentro de certos limites, mas algo que nasce torto desde sua concepção e ao qual ambas as instituições estão emprestando credibilidade.
O Brasil inteiro já viu como a campanha de 2022 aconteceu sem um “Centro Integrado de Enfrentamento à Desinformação e Defesa da Democracia”: censura prévia, instituição de tabus sobre vários temas, proibição da menção a certas posições e amizades de um candidato, direitos de resposta mentirosos sendo veiculados com a bênção da autoridade eleitoral, e tudo claramente em benefício de um candidato e prejuízo de outro. O novo órgão não vem para resolver este problema, mas para intensificá-lo, agregando ainda mais atores institucionais ao processo de sufocamento da liberdade de expressão em curso já há alguns anos.
FONTE: GAZETA DO POVO https://www.gazetadopovo.com.br/opiniao/editoriais/anatel-poder-de-policia-desinformacao/
Senadores estimam 65 votos em 81 favoráveis a PEC Antidrogas
Senadores não têm a menor dúvida de que a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que criminaliza a posse e o porte de qualquer quantidade de droga terá vitória incontestável no Plenário do Senado. Mesmo estimativas mais conservadoras esperam uma lavada: 53 votos pela aprovação do texto. Planilha que circulava entre a oposição contava com números mais elásticos, entre 60 e 65 pró-PEC. O texto precisa de 49 votos para ser aprovado e seguir para a Câmara dos Deputados.
Até tu, Brutus?
Nas planilhas dos senadores, apostam em traições dentro do PSD, de Rodrigo Pacheco, que, em incomum coragem, é o primeiro signatário.
Nome aos bois
Na miúda, os senadores até evitam nominar os “traidores”, mas não resistem ao sigilo. Apostam que Eliziane Gama (MA) será contra a PEC.
Contrapeso
Também são esperadas “traições” dentro de bancadas mais alinhadas ao governo, no PSB é esperado o voto de Chico Rodrigues (RR) pró-PEC.
Em peso
No PT, ninguém conta com os oito votos da bancada. Em um cenário otimista, espera-se apenas pela abstenção.
Nova jogada J&F tenta postergar entrega da Eldorado
Está sob análise da ministra do STJ Daniela Teixeira a mais recente jogada dos notórios irmãos Joesley/Wesley Batista para postergar a sentença arbitral que determinou a transferência da empresa Eldorado Celulose para a Paper Excellence, que a adquiriu em transação bilionária. O pedido protocolado em 8 de fevereiro tenta reverter o arquivamento, recomendado pelo MPF, de mais uma investigação, agora no Distrito Federal, em que a J&F acusa a Paper de “hackeamento”.
Desenterrando
A ministra já atendeu a J&F antes, enviando autos de um inquérito antigo, já arquivado por irregularidades, para o MPF de Brasília.
Intervenção
Os procuradores mantiveram o arquivamento e agora os irmãos Batista pedem para a ministra do STJ intervir na decisão.
Rebordosa
Juiz do TJSP chegou a atender pedidos para suspender a arbitragem, mas acabou alvo de representação do próprio presidente do Tribunal.
Poder sem Pudor
Separados pela língua
Recém-filiado ao PTB e derrotado para vereador na capital gaúcha, Cristophen Goulart, neto do ex-presidente João Goulart, alfinetou a prima, num encontro em Porto Alegre: “Se meu avô Jango estivesse vivo, não estaria no PDT porque era o partido de Brizola.” A deputada estadual Juliana Brizola (PDT-RS) retrucou, incorporando o “espírito” do avô: “Não posso dizer em que partido meu tio-avô Jango estaria, mas com certeza não seria no partido do Roberto Jefferson.”
Ministro infrator
Jeep Compass de placa verde e amarela, a serviço do ministro Juscelino Filho (Comunicações), estacionou em área irregular por diversas horas, em Brasília, perto da sede do União Brasil.
Cargo em chamas
Luciano Bivar, com pé fora do comando do União Brasil, admitiu arrependimento na fusão entre o PSL, que ele presidia, e o DEM, ex-PFL. “Se eu pudesse rebobinar…”
Caminho aberto à censura
Parlamentares reagiram a autorização do TSE para que as redes sociais removam conteúdo supostamente falso sem decisão judicial: “é um caminho perigoso para a censura”, avalia o senador Izalci (PSDB-DF).
Medo generalizado
O ministro da Casa Civil de Lula, Rui Costa, anunciou que além de uma nova indicação para a Petrobras, o governo petista também poderá fazer novas mudanças na própria empresa e até em outras estatais.
Frase do dia
“Bom dia, classe média, seus capitalistas ostentadores!”
Eduardo Bolsonaro (PL-SP) ironiza Janja pela escolha de sapato de R$8,5 mil na ONU
Repulsa justificada
Causou repulsa em Brasília o patrocínio da secretaria de Cultura do DF, aparentemente à revelia do secretário, de entrevista em TV comunitária com Sayid Tenório, ex-aspone do governo Lula que ridicularizou nas redes israelense vítima de estupro coletivo por terroristas do Hamas.
Traição nas sombras
O suplente Alexandre Giordano (SP) não tem votos: virou senador na onda bolsonarista, após a morte do titular, Major Olímpio. Mesmo filiado ao MDB do prefeito Ricardo Nunes, ganhou holofotes anunciando apoio a Boulos, candidato de extrema-esquerda à prefeitura paulistana.
Tem coisa aí
Plínio Valério (PSDB-AM) acionou o Ministério da Defesa para detalhar autorização para um navio do Greenpeace fazer pesquisas na costa do Amapá. Desconfia que os ongueiros vão melar exploração de petróleo.
Deu samba
Jair Bolsonaro confirmou presença, no próximo sábado (16), na quadra da Mocidade Independente de Padre Miguel, no lançamento da pré-candidatura de Alexandre Ramagem (PL) à Prefeitura do Rio de Janeiro.
Pensando bem…
…o Brasil bolivariano de Lula ainda irá criminalizar lucro em estatal.
Rueda destaca perícia que aponta crime no incêndio de sua casa
O presidente eleito do União Brasil, Antônio Rueda, recebeu a imprensa nesta quarta-feira (13) para dar detalhes sobre as ameaças que afirma ter sofrido do ex-aliado, Luciano Bivar. Conforme a defesa de Rueda antecipou ao Diário do Poder, a polícia civil foi acionada e o STF foi provocado, abrindo um caso de investigação de crime político, relatado pelo ministro Kássio Nunes Marques.
Após reunião com a cúpula do partido, membros votaram pelo encaminhamento do caso ao conselho de ética interno. Rueda reafirmou as ameaças de morte por parte de Bivar, feitas durante ligação telefônica, e disse que contratou uma empresa de segurança para proteger integralmente sua família.
O político ainda informou que o patrimônio submetido aos atentados durante esta semana – dois imóveis no litoral sul de Pernambuco- são avaliados em R$2,5 milhões cada.
O político disse ainda que conforme informação preliminar de perícia particular, estão descartadas as hipóteses de acidentes e que a avaliação técnica considera que trata-se de incêndios criminosos.. A esposa do político teria gravado a conversa que agora faz parte da materialidade que embasa as investigações.
“Luciano está, de uma forma desenfreada, atacando a mim e a minha família. Uma forma desesperada de querer atacar a minha família, de maneira covarde. Já fiz o registro. Isso é um fato concreto”, afirmou.
Sobre a gravação feita para atestar a ameaça de morte, Rueda detalhou: “minha esposa estava ao meu lado, eu estava falando no viva voz. Ela fez o filme, e ela representou junto comigo”.
A respeito do atual desafeto, que já foi aliado, Rueda disse: “conheço Luciano há 25 anos. Nunca esteve tão desequilibrado”.
Questionado sobre aparente racha na cúpula do União Brasil, o pernambucano citou o apoio de governadores como, Ronaldo Caiado. “Entenda, estiveram aqui quatro governadores. Tivemos também a integralidade dos deputados. […] Todos estão de um lado e ele está lá, sozinho”.
Janja ostenta sapato luxuoso de R$8,5 mil em evento que discute pobreza
Flanando por Nova York as custas do dinheiro do pagador de impostos, a primeira-dama Janja escolheu um luxuoso sapato da grife Hermès para perambular em evento na sede da ONU.
O item de luxo escolhido por Janja é um Mocassim Paris. O site da grife detalha o produto. O sapato usa couro preto, sola de borracha e tem a fivela banhada a paládio. Palmilha e forro da peça usam produto de origem animal, couro de cabra preto. O valor do mimo: R$8.550,00.
Desde o início do governo, Janja deu sinais de que aprecia itens luxuosos. Na primeira viagem oficial que fez ao lado do maridão, também aos Estados Unidos, debutou com uma bolsa da grife francesa Celine, sonho da burguesia, vendida no site da butique por R$21,4 mil.
Ao receber uma emissora de TV para uma entrevista, logo após a eleição de Lula, a modéstia ficou de lado. Janja usou uma camisa de R$2.580,00.
Ao receber um blogueiro, ano passado, a primeira-dama também escolheu uma sandália da Hermès que custa mais de quatro salários-mínimos: R$5.850,00 o par da Sandália Oasis.
O rolezinho da primeira-dama em Nova York foi publicado no Diário Oficial da União na última sexta-feira (8). Janja está no evento não na condição de primeira-dama, mas de socióloga. O decreto, assinado por Lula, libera o custeio da gastança da viagem, que ocorre entre 9 e 16 de março.
ESSE MERCADO É MUITO MIMADO
Quem é esse Mercado que quer mandar no Brasil?
FONTE: JBF https://luizberto.com/esse-mercado-e-muito-mimado/
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