O QUE A ABIN NÃO PODE E O TSE PRETENDE FAZER: BISBILHOTAR AS REDES SOCIAIS

Alexandre Garcia

Como vocês estão vendo, a Abin, Agência Brasileira de Inteligência, não pode ficar bisbilhotando a vida das pessoas. Mas o Tribunal Superior Eleitoral pode? Porque está sendo anunciado que vão monitorar para saber quem está mentindo nas redes sociais. Acho que isso invade o artigo 5º da Constituição, cláusula pétrea sobre garantias fundamentais, sobre vida privada, intimidade, liberdade de expressão, inviolabilidade das comunicações. É muito estranho isso. Acho que o livro 1984, do George Orwell, está superado aqui no Brasil. George Orwell não imaginaria que chegasse a esse ponto. E quanto a outras questões judiciais aqui no Brasil também está se vendo que o processo do Franz Kafka também está superado. Está no chinelo, está pouco.

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Educação

Outro assunto que diz respeito a todos vocês que são pais, que têm filhos estudando. Terminou o tal Conae, a Conferência Nacional de Educação, que está preparando o Plano Nacional de Educação, que vai valer por 10 anos. O que aconteceu nessa reunião de três dias que foi encerrado por Lula, e até o discurso de Lula reflete bem o que é: é anti tudo. Tudo que é sensato é anti. Bom, é anti Bolsonaro, é anti escola em casa, o homeschooling. É anti escolas cívico-militares.

Seria mais ou menos como uma convenção do PSOL, com Che Guevara, com Marx, com Paulo Freire dominando. A minha colega Ana Paula Henkel leu todas as 282 páginas e fez uma espécie de avaliação. Vejam só: matemática e literatura são palavras que aparecem só quatro vezes. Quilombolas aparecem 134 vezes. Deve ser um tema muito importante para as escolas. Desigualdade, 119 vezes. Diversidade, seja lá o que for isso, 124 vezes. LGBT e outras letras, 46 vezes. Bom, isso tem que passar pelo Congresso. E aí é com você, que é o mandante do seu mandatário que está lá, do seu senador e do seu deputado federal. Portanto, a decisão também está com você.

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Antissemitismo na Bahia

Vocês viram lá no Arraial d’Ajuda, na Bahia, a chilena que entrou numa loja de uma judia e começou a quebrar tudo, chamando-a de sionista, assassina de crianças, maldita? Ela teve que prestar depoimento na delegacia, houve queixa da pessoa que foi agredida. E eu fico pensando: “Puxa, meu amigo José Genoíno andou pregando aí um boicote às lojas de judeus”.

Eu não sei se vocês sabem, basta estudar a História do nazismo e saber que isso começou na Alemanha. A primeira coisa do regime hitlerista foi pregar o boicote às lojas de judeus na Alemanha. Depois eles quebraram as lojas, na Noite dos Cristais. Quebraram tudo, picharam, escreveram: “Vão embora, vão morrer. Essas coisas”. Então, Arraial d’Ajuda, Bahia.

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Milei aprovado

Eu queria comentar também que Milei está com tudo: 58% de aprovação e foi aprovado lá um megaprojeto dele, 144 votos a 109. Ou seja, uma parte da oposição votou a favor dele pela aprovação. Tem 300 artigos. Tem lá reforma tributária, autonomia do Banco Central, privatização, desregulamentação. Olha, desregulamenta: 380 mil regulamentos, demissão de 5 mil funcionários públicos, eliminação de 12 dos 21 cargos da presidência, ministério de 18 para 9, um ano sem propaganda de governo, congelamento de licitações, linguagem neutra fora do governo, aprovação de homeschooling, fim do monopólio de petróleo, são coisas aí que algumas já foram, outras virão.

É a vitória, enfim, sobre um sistema que não deu certo na União Soviética. Por 70 anos não deu certo, nem nos países europeus que estavam sob o julgo comunista da União Soviética. Por que que daria certo aqui na América Latina? Eles acham que daria. Como lá não deu certo, vamos lá, esse povo é muito ingênuo, não pensa, é passivo, talvez cole.

FONTE: JBF https://luizberto.com/o-que-a-abin-nao-pode-e-o-tse-pretende-fazer-bisbilhotar-as-redes-sociais/

O AMIGO DO AMIGO DO MEU PAI Publicado em 5 de fevereiro de 2024

FONTE: JBF https://luizberto.com/o-amigo-do-amigo-do-meu-pai/

COMENTÁRISTA DA CNN CHOCA COLEGAS

FONTE: JBF https://luizberto.com/comentarista-da-cnn-choca-colegas/

Lula escolherá juiz que vai participar de julgamento para cassar Moro

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O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) aprovou por unanimidade, a lista tríplice de indicados ao cargo de desembargador do Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR). Agora, a relação é encaminhada ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que irá escolher e nomear o integrante à cadeira vaga, conforme prevê a legislação.

Compõem a lista os juristas Graciane Aparecida do Valle Lemos, José Rodrigo Sade e Roberto Aurichio Junior. A vaga foi aberta com a saída de Tiago Paiva dos Santos.

A nomeação de um novo juiz é necessária para que o tribunal regional possa julgar processos de cassação de registro ou perda de diploma. Um deles trata do senador Sergio Moro (União-PR).

O senador é alvo de ações protocoladas pelo PT e pelo PL na Justiça Eleitoral. Os partidos acusam Moro de abuso de poder econômico pela suposta realização de gastos irregulares no período de pré-campanha em 2022 e pedem a cassação do mandato.

O julgamento havia sido marcado para o dia 8 de fevereiro. No entanto, em nota oficial divulgada nesta quinta-feira, o TRE-PR informou que as datas dos julgamentos serão definidas somente após o quadro de sete juízes membros estar completo.

“De acordo com o artigo 28, § 4º, do Código Eleitoral, as decisões dos tribunais regionais sobre quaisquer ações que possam resultar em cassação de registro ou perda de diploma somente poderão ser tomadas com a presença de todos os seus membros”, diz a nota. 

“Com o quadro de juízes membros completo, será imediatamente designada data para julgamento dos processos que exijam julgamento por quórum completo”, finaliza o documento.

FONTE: JCO https://www.jornaldacidadeonline.com.br/noticias/55523/lula-escolhera-juiz-que-vai-participar-de-julgamento-para-cassar-moro#google_vignette

Foto de perfil de Luís Ernesto Lacombe
Luís Ernesto Lacombe

Venezuela, Nicarágua e Brasil do PT

Comunismo
Comunismo| Foto: Gazeta do Povo com Midjourney

As duas últimas eleições presidenciais na Venezuela foram duramente criticadas por agências internacionais, pelos Estados Unidos, pelo Canadá, pela União Europeia e por países da América Latina. Denúncias de fraudes, falta de transparência… Não deu em nada. Em 2018, quando Nicolás Maduro foi reeleito, os protestos foram ainda mais pesados do que em 2013, quando ele chegou ao poder.

Com o apoio das Forças Armadas, garantido por meio de promoções a rodo para oficiais, e uma boa grana para os militares em negócios escusos, com o Judiciário dominado, Maduro resolveu zerar seus riscos nas eleições. Tratou de impedir a candidatura de qualquer um que aparecesse com mais força como seu opositor. Pelo menos, quatro políticos contrários ao ditador foram barrados e não puderam concorrer.

Preso em Curitiba, em abril de 2018, Lula certamente comemorou a reeleição do amigo Nicolás Maduro. No ano passado, já cumprindo seu terceiro mandato na presidência, o petista disse em entrevista à Rádio Gaúcha que “a Venezuela tem mais eleições do que o Brasil…” O entrevistador rebateu: “Mas eleições não garantem democracias…” Foi quando Lula vociferou: “O conceito de democracia é relativo”. E ele continuou defendendo o amigo ditador: “Quem quiser derrotar o Maduro, derrote nas próximas eleições agora. Vai ter eleições, derrote e assuma o poder. Vamos lá fiscalizar. Se não tiver uma eleição honesta, a gente fala”.

Não, Lula e o PT não vão falar nada… Agora o Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) da Venezuela decidiu manter inelegível por 15 anos a candidata consagrada nas primárias da oposição, María Corina Machado. Na semana passada, 36 pessoas ligadas a partidos contrários a Maduro foram presas, incluindo três assessores de María Corina. Então, os Estados Unidos, que chegaram a acreditar que haveria eleições democráticas na Venezuela, resolveram retomar as sanções contra o regime de Nicolás Maduro. Argentina, Uruguai, Paraguai, Equador, além de trinta ex-chefes de Estado e de governo da Espanha e da América Latina, reunidos em Miami, criticaram a inabilitação de María Corina, a perseguição à oposição venezuelana. E o Lula? O Itamaraty considerou que ainda é cedo para um posicionamento do Brasil…

Em março do ano passado, Lula já tinha se recusado a assinar uma declaração conjunta de mais de 50 países que denunciaram na ONU os crimes de outro amigo seu, o ditador da Nicarágua, Daniel Ortega. Em 2021, Ortega prendeu dezenas de opositores, incluindo sete políticos que iriam disputar com ele a presidência.

Em entrevista ao jornal espanhol El País, em junho daquele ano, Lula, libertado e liberado pelo STF para concorrer mais uma vez à presidência, perguntou a duas atônitas jornalistas: “Por que a Angela Merkel pode ficar 16 anos no poder na Alemanha, e Daniel Ortega, não? Por que o Felipe González, aqui, pode ficar 13 anos no poder? Qual é a lógica?”. E uma das jornalistas respondeu: “Sim, mas Angela Merkel governou 16 anos, Felipe González, 13, na Espanha, e não botaram nenhum dos seus opositores na cadeia…”

Lula se fez de desentendido, disse que não sabia o que tinha havido na Nicarágua: “Eu não posso julgar o que aconteceu. No Brasil, eu fui preso. Fiquei 580 dias na cadeia, para que o Bolsonaro fosse eleito presidente da República. Eu não sei o que as pessoas fizeram para ser presas. Eu sei que eu não fiz nada”.

Para o petista, tudo parece mesmo relativo, o sistema de justiça também. Se é contra ele, alguém condenado por corrupção e lavagem de dinheiro em três instâncias, por unanimidade em dois tribunais superiores, com habeas corpus negados pelo Supremo, está obviamente errado. Se as decisões o beneficiam, ou beneficiam seus amigos ditadores, está tudo certo, não há o que questionar.

É impossível não enxergar similaridades entre o que vem acontecendo há alguns anos na Nicarágua, do ditador Daniel Ortega, e na Venezuela, do ditador Nicolás Maduro, com o que temos visto no Brasil

Tudo indica que a situação no nosso país vai piorar. Jair Bolsonaro está inelegível… Deltan Dallagnol teve o mandato de deputado federal cassado, por crimes que poderia cometer… O processo contra o senador Sérgio Moro no TRE do Paraná foi acelerado. O relator das ações chegou a tirar duas semanas de licença no Tribunal de Justiça, para concentrar fogo contra Moro.

Lula já deixou claro que tem pressa em “ferrar” o ex-juiz… Um pré-candidato a prefeito de Niterói, no Rio de Janeiro, e um pré-candidato a prefeito do Rio foram alvos de operações da Polícia Federal… E o que faz o PT? Faz piadas nas redes sociais, debocha dos seus opositores.

Não há democracia que se sustente dessa forma. Eleições não garantem nada, menos ainda quando existe algum tipo de perseguição, quando há uma nítida perseguição a alguém, a um grupo político, quando são dominadas pelo desequilíbrio, quando são conduzidas por medidas tirânicas, absurdas, ilegais, arbitrárias, abusivas.

Lula só engana quem quer ser enganado. Ele se compara aos que foram banidos da política, aos que foram presos na Nicarágua e na Venezuela, ao mesmo tempo em que defende os ditadores desses dois países.

Sim, o Brasil ainda tem eleições, mas já não é uma democracia faz tempo.

FONTE: GAZETA DO POVO https://www.gazetadopovo.com.br/vozes/luis-ernesto-lacombe/venezuela-nicaragua-e-brasil-do-pt/

Exército conclui envio de blindados para fronteira com Venezuela e Guiana

Blindados Exército
São 28 veículos militares e uma projeção de aumentar em 10% o efetivo de tropas nos comandos militares do Norte e Amazônia.| Foto: divulgação/EB

O Exército brasileiro concluiu neste fim de semana o envio de 28 blindados para Roraima, intensificando a segurança na fronteira com Venezuela e Guiana, em resposta às crescentes tensões regionais decorrentes da disputa pelo território de Essequibo. A Operação Roraima, que visa fortalecer a presença militar na Amazônia, implica no aumento de 10% do efetivo nos Comandos Militares do Norte e da Amazônia.

“A chegada dos blindados é resultado do planejamento do Exército Brasileiro voltado para reforçar e priorizar a Amazônia”, afirmou o Centro de Comunicação Social do Exército. O projeto inclui a expansão da unidade militar de Roraima de esquadrão para regimento, esperada até 2025, com cerca de 600 militares.

Os blindados, que percorreram mais de 3,5 mil quilômetros de Campo Grande (MS) até Boa Vista (RR), compreendem Viaturas Blindadas Multitarefa (VBMT) 4×4 Guaicurus, Viaturas Blindadas de Transporte de Pessoal Médio sobre Rodas (VBTP-MR) Guarani, e Viaturas Blindadas de Reconhecimento Média Sobre Rodas (VBR-MSR) EE-9 Cascavel.

O deslocamento estratégico ocorre em meio à escalada de tensões entre Venezuela e Guiana pela soberania de Essequibo, área alvo de controvérsia desde o século XIX. Em dezembro de 2023, um referendo unilateral na Venezuela aprovou a incorporação de Essequibo, que representa 75% da Guiana.

A região de 160 mil km², habitada por 120 mil pessoas, permanece em disputa desde 1899, quando foi concedida à Grã-Bretanha. O Acordo de Genebra, intermediado pelas Nações Unidas em 1966, estabeleceu que o território está “por negociar”. Especula-se que a área detém consideráveis reservas de petróleo.

Em dezembro de 2023, os presidentes da Venezuela e da Guiana comprometeram-se a resolver a controvérsia sem recorrer à força, com mediação do Brasil. Uma próxima reunião entre os líderes, prevista até março, busca dar continuidade às negociações e acalmar as tensões na região.

FONTE: GAZETA DO POVO https://www.gazetadopovo.com.br/republica/exercito-conclui-envio-blindados-fronteira-venezuela-guiana/

Congresso retoma atividades com insatisfação por vetos e intromissões do Judiciário

Sessão do Congresso para análise de  vetos deve ocorrer antes do recesso
Sessão do Congresso para análise de vetos deve ocorrer antes do recesso| Foto: Bigstock

Deputados e senadores retornam a Brasília, a partir desta segunda-feira (05), com a missão de tentar avançar na tramitação de matérias importantes discutidas na Câmara e Senado, mas principalmente com o desafio de tentar “apaziguar” o clima de tensão deste início de ano, marcado por conflitos entre os poderes – depois de vetos do Executivo à Lei de Diretrizes Orçamentárias e ao Projeto de Lei Orçamentária Anual e das operações policiais contra parlamentares realizadas em pleno recesso nas dependências da Câmara dos Deputados.

Em mais um ponto de dissonância na capital federal, parlamentares passaram o mês de janeiro manifestando o descontentamento com a decisão do governo Lula de enviar ao Congresso um projeto que reonera a folha de pagamento de 17 setores produtivos da economia, matéria que já tinha sido deliberada com a derrubada do veto do presidente ao projeto que prorrogava a desoneração da folha.

Vice-líder do governo, o deputado José Nelto (PP-GO), é um dos críticos aos vetos. Ele engrossa o coro de grande parte de parlamentares que pretende mobilizar os colegas para derrubar os vetos. Sobre a desoneração, ou agora reoneração, conforme previu a medida provisória enviada pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, ao Congresso, ainda não há uma decisão fechada. Haddad esteve com os presidentes do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), para tentar aparar as arestas e diminuir o “climão” gerado pela medida, mas a expectativa é de que a solução venha durante a semana.

Após os encontros com os presidentes da Câmara e Senado, fontes chegaram a dizer que a intenção do governo seria enviar uma nova Medida Provisória ao Congresso sustando os efeitos da reoneração e estabelecendo um cronograma gradual para os setores serem reonerados, mas a solução final deverá ser anunciada durante a semana, conforme tem dito o líder do governo no Congresso, senador Randolfe Rodrigues (AP).

Já o presidente da Frente Parlamentar do Empreendedorismo, deputado Joaquim Passarinho (PL-MT), um dos defensores da desoneração para a economia brasileira, afirma que parece haver um “descompasso” entre os líderes do governo e a área econômica, e diz esperar um acordo para os próximos dias.

Diversos parlamentares alegam que o fim da desoneração vai custar o emprego de muitos brasileiros, em setores que são prioritários para a economia brasileira. A Gazeta do Povo é uma das empresas beneficiadas pela desoneração.

Poder sobre emendas: Congresso vai tentar manter poder sobre recursos

Outro ingrediente da “torta de climão” instalada em Brasília neste início de ano e que pode “azedar” as relações entre Executivo e Legislativo trata das emendas parlamentares, principalmente se levarmos em consideração que 2024 é ano de eleições municipais.

Essas emendas ao Orçamento são uma forma que deputados e senadores podem enviar recursos diretamente às suas bases eleitorais nos estados e são usadas para financiamento de obras, compra de equipamentos, capacitação de pessoal, entre outras finalidades.

Enquanto o Congresso tenta retomar o controle sobre as emendas parlamentares, com a definição de um calendário para pagamento dos valores ainda no primeiro semestre, Lula barrou a medida e vetou o dispositivo na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO). Com a derrubada do calendário, o presidente pode usar as emendas para barganhar apoio dos parlamentares, pois pode acelerar ou atrasar a liberação dos recursos de acordo com o empenho do deputado ou senador em apoiar o governo. A reação não demorou, e esse deverá ser mais um veto a ser derrubado, conforme garantem fontes tanto da oposição quanto do governo.

Em outra polêmica envolvendo as emendas, o Executivo cortou R$ 5,6 bilhões destinados às emendas de comissão na Lei Orçamentária Anual (PLOA), o que irritou ainda mais os parlamentares. Lula chegou a criticar o poder do Congresso sobre as emendas, numa entrevista à Rádio Metrópole, da Bahia, em janeiro, e disse que terá “prazer” em explicar aos líderes os motivos do corte.

Lula aproveitou a entrevista para criticar a relação entre o Congresso Nacional e o ex-presidente Jair Bolsonaro. “Na questão das emendas, é importante lembrar que o ex-presidente não tinha governança nesse país. Quem governava era o Congresso Nacional. Ele não tinha sequer a capacidade de discutir o Orçamento”, acrescentou.

Oposição quer posicionamento público de Lira e Pacheco sobre operações contra deputados

Num recesso parlamentar tão conturbado como o de 2024, não foram poucos os deputados e senadores que tiveram que interromper as “férias” para desembarcar em Brasília em pleno período de descanso para marcar posição e cobrar posicionamento. Foi o caso da bancada oposicionista no Congresso, por exemplo, que após as operações de busca e apreensão contra o líder na Câmara, Carlos Jordy (PL-RJ), e contra Alexandre Ramagem (PL-RJ), fizeram questão de manifestar apoio público aos colegas numa entrevista no Salão Verde da Câmara dos Deputados, onde anunciaram inclusive a recondução de Jordy ao posto de líder por mais um ano.

Deputados e senadores criticaram ainda o que chamam de “perseguição política” contra a direita e aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro. A bancada oposicionista no Senado, inclusive, apresentou uma pauta a Rodrigo Pacheco, onde uma das prioridades deverá ser o avanço do projeto que prevê o fim do foro privilegiado.

A medida também deverá ser considerada prioridade na Câmara, conforme o próprio Jordy disse em entrevista à Gazeta do Povo, em 2023. O 2° vice-presidente da Câmara, Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), também acredita que essa deva ser uma pauta defendida pelos parlamentares neste início de ano.

E a oposição também aguarda um encontro, cara a cara, com Lira, que tem se mantido em silêncio sobre os últimos episódios envolvendo decisões da Justiça contra deputados. Rodrigo Valadares (União-SE), que busca assinaturas para apresentar uma proposta que determine autorização prévia das mesas diretoras das Casas para operações da Polícia Federal contra parlamentares, disse que chegou a falar por telefone com Lira após o mandado de busca contra Jordy, e que o presidente teria se mostrado “incomodado”. Mas Lira não tem se pronunciado publicamente.

Segundo a assessoria de imprensa do presidente da Câmara dos Deputados, ele esteve em Brasília durante a semana, mas não houve confirmação de agendas oficiais. Fontes ouvidas pela reportagem disseram que Lira aproveitou os dias em Brasília para fazer contatos por telefone e até teria tentado reunir os líderes, mas o encontro acabou não se realizando. A reunião pode mesmo ocorrer a partir desta segunda-feira (5).

Mas também há quem aposte que Arthur Lira pode não tomar uma posição de enfrentamento com o Judiciário, nem com o Executivo, já que está no último ano de mandato à frente da presidência da Câmara e tem pretensões de fazer um sucessor.

Além do silêncio, Arthur Lira também evitou aparecer em eventos públicos em Brasília em janeiro. Na cerimônia que marcou um ano dos atos de vandalismo de 8 de janeiro de 2023, no Congresso, ele alegou problemas de saúde de um familiar para justificar a ausência. Na última quinta-feira (1º), a ausência de Lira também foi notada nas solenidades de posse do novo ministro da Justiça, Ricardo Lewandowiski, e de abertura do ano do Judiciário, no Supremo Tribunal Federal quanto no Tribunal Superior Eleitoral. De acordo com a assessoria, Lira não estava em Brasília.

Medidas Provisórias podem trancar a pauta já no início dos trabalhos

Além da Medida Provisória que prevê a reoneração da folha de pagamento de 17 setores da economia, e que pode acabar não “vingando” por acordo entre a equipe econômica e o Congresso, outras dez proposições liberam R$ 96 bilhões para a quitação de precatórios e o enfrentamento de desastres climáticos.

A maior parte dos recursos está concentrada em apenas uma proposição: a MP 1200/23, que destina R$ 93,1 bilhões para a quitação de precatórios – ordens de pagamento expedidas pela Justiça após o trânsito em julgado de ações judiciais. Essa medida prevê recursos para pagamento de encargos financeiros da União e beneficia os ministérios da Previdência Social; da Saúde; e do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome. A matéria tranca a pauta de votações a partir de 15 de março.

Outras dez Medidas Provisórias abrem créditos extraordinários, sendo sete para mitigar os efeitos de desastres climáticos. O Rio Grande do Sul, que decretou estado de calamidade em setembro do ano passado, após a passagem de um ciclone extratropical, é o beneficiário de três dessas medidas provisórias.

Além de permitir a reconstrução de moradias, estradas e pontes, o dinheiro deve financiar os programas nacionais de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) e de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe), além de um plano emergencial de acesso a crédito.

Ao contrário do Sul, o Norte do país, atingido pela estiagem, também deve receber créditos extraordinários. Na área econômica, outra Medida Provisória prevê aproximadamente R$ 879,2 milhões para a compensação financeira aos estados e ao Distrito Federal após a queda de arrecadação do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS).

As perdas de arrecadação foram geradas pela lei que reduziu a alíquota de tributos sobre combustíveis, gás natural, energia elétrica, comunicações e transporte coletivo — bens e serviços considerados essenciais. O total da compensação devida pela União a estados e municípios supera os R$ 27 bilhões, e a Medida Provisória perde a validade em 1º de março.

Ano deve ser de protagonismo do Legislativo, diz analista

Na opinião do analista político Diogo da Luz, tanto o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, quanto o da Câmara, Arthur Lira, querem “mostrar serviço” para suas bases eleitorais neste ano de 2024, e por isso deverão assumir posturas mais firmes em defesa do Parlamento. Já a aproximação do presidente Lula com os ministros do Supremo Tribunal Federal, segundo ele, deve permanecer.

Em relação às últimas operações contra parlamentares de direita, o analista acredita que a tendência é de que as operações da Justiça continuem mirando aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro e representantes da direita pelo menos até o meio deste ano, na tentativa de enfraquecer Bolsonaro.

Fake News: governo quer acelerar tramitação, oposição resiste

Após a morte de uma jovem vítima de notícias falsas propagadas por um site de fofocas envolvendo celebridades e a proximidade das eleições municipais, muitos parlamentares, especialmente governistas, querem acelerar ainda este ano a tramitação do Projeto de Lei que trata das Fake News, ou PL da Censura, como chama a oposição.

O relator do projeto na Câmara, Orlando Silva (PCdoB-SP), defendeu a necessidade de tramitação do projeto. Na abertura do ano do Judiciário no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o ministro Alexandre de Moraes voltou a defender a necessidade de regulação das redes.

Mas a oposição promete resistir. O texto em tramitação na Câmara teve a urgência aprovada em maio do ano passado, mas, sem acordo, não avançou. O governo até tentou fatiar a proposta, inserindo parte do teor do projeto original em outra proposta, que trata de direitos autorais, que também não encontrou apoio da maioria dos parlamentares.

O deputado Maurício Marcon (PL-RS), vice-líder da oposição, assegura que não há acordo para avançar a proposta. “Do jeito que está, eu acredito que não tenha votos para aprovar. Trabalharei incansavelmente para que isto não ocorra”, disse o deputado.

A sessão solene do Congresso Nacional que inaugura a 2ª Sessão Legislativa Ordinária da 57ª Legislatura está marcada para as 15h da próxima segunda-feira (5), com a participação de representantes dos Três Poderes e a mensagem do chefe do Executivo.

FONTE: GAZETA DO POVO https://www.gazetadopovo.com.br/republica/congresso-retoma-atividades-com-insatisfacao-por-vetos-e-intromissoes-do-judiciario/

O retorno triunfal de Fiuza! Mesmo “calado” por Moraes, jornalista vai ao combate (veja o vídeo)

Imagem em destaque

Certamente, você deve ter percebido o estranho “sumiço” de Guilherme Fiuza.

Sempre ativo nas redes sociais, Fiuza foi calado pela mais covarde censura. Teve suas redes banidas deixando milhões de fãs órfãos justamente no momento em que o Brasil mais precisava de suas opiniões fortes e inteligentes.

De quem partiu essa decisão? Isso mesmo: Alexandre de Moraes, ministro do STF.

A decisão teria partido do ministro em um inquérito sigiloso que investiga Fiuza por “discurso de ódio e antidemocrático”. Esse é o preço caro de ter coragem de dizer o que pensa no Brasil.

Certamente, um dos motivos para essa decisão pesada foi o polêmico livro lançado por Fiuza “Passaporte 2030: O sequestro silencioso da liberdade”.

O livro mostra que o mundo está mergulhando num totalitarismo disfarçado de proteção à vida humana. Fiuza explica como a chamada “Agenda 2030” pode acabar com as liberdades individuais.

Agora, Fiuza voltou à tona para comentar sobre a “lacração” que domina muitas empresas que preferem defender uma agenda ideológica do que trabalhar pensando em melhor desempenho.

Assista abaixo:

FONTE: JCO https://www.jornaldacidadeonline.com.br/noticias/55561/o-retorno-triunfal-de-fiuza-mesmo-equotcaladoequot-por-moraes-jornalista-vai-ao-combate-veja-o-video

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