O padre Júlio Lancellotti, que há muitos anos é uma presença permanente no noticiário paulistano por suas ligações com moradores de rua e os viciados em drogas que vivem na região central de São Paulo apelidada de Cracolândia, está em evidência de novo. Subiu de patamar, agora. Por conta do seu envolvimento num caso em que é acusado de corrupção de menores e de pornografia, dentro de uma proposta de CPI municipal para investigar corrupção e outros crimes na Cracolândia, atraiu o apoio público do presidente da República.
Lula preferiu não falar das denúncias e nem da CPI, mas mandou publicar uma nota com elogios ao padre – e uma foto em que recebe um beijo dele na testa. O candidato da extrema-esquerda para a Prefeitura de São Paulo também ficou solidário com o padre Lancellotti; os dois aparecem abraçados numa foto. Para se ter uma ideia do tamanho da coisa, até o ministro Alexandre de Moraes veio a público para manifestar o seu apoio ao acusado. Desta vez, porém, há uma particularidade no barulho levantado em torno de Lancellotti: ninguém quer discutir o episódio. Todos apoiam. Mas não querem falar do que ele fez.
Há uma particularidade no barulho levantado em torno de Lancellotti: ninguém quer discutir o episódio.
O caso praticamente não aparece na imprensa. Os políticos de esquerda fazem toda a pressão que podem para evitar a instalação da CPI. O próprio padre, que se tornou um herói do PT, PSOL e redondezas por sua pregação política radical e agressiva, desta vez está quieto. A esperança geral é que a história acabe morrendo de morte morrida: se ninguém falar do assunto, a coisa vai caindo no esquecimento e acaba, daqui a algum tempo, no arquivo morto onde jazem todos as desventuras que a esquerda não quer encarar.
A estratégia, aí, é a mesma que a esquerda e a máquina do Estado adotam contra os seus inimigos, só que ao contrário. Das “joias do Bolsonaro” e da “delação do coronel Cid”, por exemplo, fala-se o tempo todo, qualquer coisa, com destaque para as mais desconexas, pouco importando se há ou não há substância nas acusações feitas. Se existe algo de real nisso tudo, porque STF, STJ, Polícia Federal, Abin, Ministério da Justiça e o resto da máquina de repressão do governo não descobriram nada até hoje? Mas a última coisa que interessa nessa gritaria é a verdade. O que interessa é o linchamento na mídia.
No caso do padre Lancellotti será preciso, além do silêncio, desfazer elementos objetivos da acusação. Há vídeos gravados sobre a sua conduta, analisados e tidos como verdadeiros por peritos que já foram consultados, em outras ocasiões, por veículos de comunicação conhecidos. Não é só o problema da corrupção de menores. Os indícios concretos de corrupção no uso de verbas públicas na Cracolândia precisam ser investigados. Há, enfim, o problema das reações contrárias ao objetivo pretendido pela ação.
Está virando comum no Brasil de hoje: se o presidente Lula, o candidato do PSOL e o ministro Alexandre de Moraes estão a favor de alguma coisa, então essa coisa com certeza está errada.
FONTE: GAZETA DO POVO https://www.gazetadopovo.com.br/vozes/jr-guzzo/lula-psol-moraes-querem-blindar-julio-lancellotti/
O povo perdeu, Mané! Já não tem pra onde correr
Com essa reforma tributária aprovada pelo Congresso, os próximos prefeitos municipais irão, literalmente, comer nas mãos do Lula e do PT. Não poderão fazer um projeto político, pois a prefeitura não terá autonomia financeira. Toda receita arrecadada será centralizada no Governo Federal, que redistribuirá para as prefeituras de acordo com a conveniência do PT. Qualquer que seja o projeto: da construção de uma ponte ou uma escola, até um simples ambulatório – os prefeitos terão que suplicar ao Lula a verba correspondente.
Diga-se o mesmo com relação aos estados e seus governadores. O Governo Federal passou a ser o dono da bola, mesmo. Isso significa que aquele político que se opor aos ideais do Partido das Trevas, não receberá nada – e o povo daquele estado ou município irá amargar uma boa crise. Aqueles que não forem opositores receberão algumas migalhas.
Isso mesmo, não precisa ler de novo – esses governadores e prefeitos receberão apenas algumas migalhas, porque não podemos esquecer quem são os integrantes dessa turma que tomou o poder de assalto nas últimas eleições – é a turma da Lava-Jato, a turma da corrupção sistêmica.
O trânsito desse tributo que é arrecadado numa cidadezinha do interior e que depois é transferido para as contas de Brasília – até voltar para as mãos desse prefeito, por si só já é temerário, pois esses recursos irão passar por muitas outras mãos nada republicanas. No final, o que sobrará para o povo, serão as migalhas.
Já que estamos falando dos futuros prefeitos, vale sublinhar que eles serão eleitos com base nas mesmas urnas das eleições passadas.
É que o povo aceita – o povo é Mané.
Esse novo caminho dos tributos – essa concentração ainda maior nas mãos do Executivo Federal vai turbinar ainda mais a corrupção sistêmica.
Foram colocar a raposa pra tomar conta do galinheiro, deu nisso.
Para piorar, ainda seremos obrigados a indenizar todos os “descondenados” da Lava-Jato, que agora acompanham o Lula em suas viagens e negociatas no exterior.
O Brasil foi tomado por uma grande quadrilha.
Concomitantemente, o mesmo “Governo Federal” vem se empenhando sem medir esforços para emplacar de vez o controle das redes sociais – única verdadeira ameaça à perpetuação do projeto de poder, hoje materializado no consórcio Lula (ou PT)/STF.
Assim como nos países vizinhos que hoje convivem com a ditadura, a imprensa é cúmplice desse projeto de poder instalado no Brasil.
Por conseguinte, o único meio de comunicação, articulação e sobretudo, informação, do povo, é através das redes sociais.
Controlando as redes sociais, acabou a ameaça.
Na semana passada, por exemplo, circulou pelo WhatsApp um pequeno texto de autoria desconhecida, que não vinha com nenhuma informação nova – apenas trazia à tona fatos há muito esquecidos pela população. Quando você rememora os fatos daquele texto e os conjuga com os tempos que estamos vivendo atualmente no país, as manobras e articulações do poder começam a ficar mais transparentes.
Realmente, as redes sociais devem estar tirando o sono desses atores políticos que estão no comando do país. É uma ameaça à “democracia” deles.
Vocês devem estar curiosos com o texto que circulou no WhatsApp. Pois bem, concluam por vocês.
“Há 7 anos atrás, exatamente no dia 19 de janeiro, morria num estranho acidente aéreo na calma Bahia de Angra o ministro do STF Teori Zavascky, responsável por blindar a Lava Jato e permitir a caça a corrupção.
Imediatamente após o acidente aéreo, Dilma Rousseff decretou intervenção federal e sigilo sobre a investigação. Poucas semanas depois o delegado da polícia civil local que foi o primeiro a chegar no local do acidente foi assassinado em Camboriú.
Para o lugar de Teori foi nomeado Alexandre de Moraes.
Fim.”
Muito inteligente da parte do autor terminar com “fim”, porque o fim todos conhecemos – é o que estamos vendo acontecer no nosso Brasil.
Se voltarmos esses sete anos no tempo, seríamos capazes de jurar que o nosso país nunca passaria por essas aberrações praticadas por esses dois poderes da República. Diríamos ser surreal – que o povo nunca deixaria chegar a esse ponto e nem muito menos as Forças Armadas.
Outra publicação que acompanha a primeira, ainda complementa o raciocínio com o seguinte texto: “Coincidência? Avião de Teori cai na véspera da abertura dos documentos da delação da Odebrecht”.
Mas deve ser tudo teoria da conspiração…
AO VIVO: Petistas pedem boicote aos judeus / Padre que ‘exorcizou’ Lula detona Padre Julio Lancellotti (veja o vídeo)
José Genoíno, ex-presidente do PT, fez declarações chocantes, pedindo boicote a empresas de judeus.
A arquidiocese de São Paulo aceitou receber a denúncia contra o padre Júlio Lancellotti, que foi filmado em atos impróprios com um menor de idade.
A esquerda tentou a todo custo blindar o padre. O que eles querem esconder?
Para falar sobre esses e outros assuntos, o Raio X da Política recebe padre Kelmon e os jornalistas Diogo Forjaz e José Carlos Bernardi. Apresentação de Berenice Leite. Mais uma live imperdível no canal Fator Político BR, parceiro do Jornal da Cidade Online.
Veja o vídeo:
Delegado que pediu oitiva de Paulo Guedes e busca e apreensão contra Aras vira réu por abuso de autoridade
O delegado de Polícia Federal Bruno Calandrini foi denunciado pelo Ministério Público sob as acusações de abuso de autoridade.
Ele teria abusado da autoridade ao pedir de maneira injustificada e ilegal busca e apreensão contra o ex-procurador-geral da República, Augusto Aras, e a oitiva do ex-ministro Paulo Guedes.
De acordo com a denúncia, o delegado na equipe que compunha a Coordenação de Inquéritos nos Tribunais Superiores iniciou “investigação sem justa causa e sem autorização judicial e posterior apresentação de representação por medida de busca e apreensão – em desfavor do então Procurador-Geral da República Antônio Augusto Aras – contra as disposições expressas de lei”.
O MPF ainda cita que o delegado visou “satisfação de interesse pessoal em proceder à oitiva ilegal do então Ministro de Estado da Economia Paulo Roberto Nunes Guedes”.
A denúncia foi aceita pela Justiça.
Calandrini agora é réu e será processado criminalmente.
AO VIVO: PF a um passo do nome do mandante (veja o vídeo)
Finalmente o caso do assassinato da vereadora Marielle Franco deve chegar ao fim.
Ronnie Lessa, o assassino, fechou um acordo de delação com a Polícia Federal para esclarecer todo o crime.
Assim, o desfecho completo do assassinato de Marielle vai chegar ao fim e junto dele, todas as narrativas que a esquerda usou politicamente.
Agora, só falta saber quem mandou Adélio matar Bolsonaro…
Veja o vídeo:
Pivô da operação contra Carlos Jordy não estava em Brasília no 8/1. Quem adulterou as provas?
Inacreditável o que acaba de vir à tona.
O pivô da operação contra Carlos Jordy – Carlos Victor de Carvalho, conhecido como “CVC” – não estava em Brasília no 8/1.
Documentos anexados pela defesa em processo, a localização do GPS no celular de CVC indica que o militante estava em Campos dos Goytacazes, cidade no interior do Rio de Janeiro.
O material confronta a versão elaborada pela Polícia Federal, superintendência de Campos, de que o CVC esteve em Brasília no 8 de Janeiro.
A imagem usada pela PF e replicada pelo Jornal Nacional da Rede Globo era da posse de Jair Bolsonaro, portanto foi ADULTERADA!
Na foto original o celular tem adesivo da posse de Bolsonaro, apagado na foto adulterada.
Quem adulterou as provas?
Veja o vídeo com a reportagem do JN:
Ano novo, agenda velha: governo mantém foco em arrecadar mais e rechaça corte de gasto
Apesar do cenário fiscal desafiador, o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não parece disposto a rever sua política de buscar o equilíbrio das contas públicas exclusivamente por meio do aumento da arrecadação.
Corte de despesas, revisão de gastos e reforma administrativa são tabus dentro do governo petista, que fechou 2023 registrando o segundo maior déficit primário da história, de R$ 234,3 bilhões, segundo estimativa do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).
Na avaliação de economistas ouvidos pela Gazeta do Povo, a falta de atenção para o lado da despesa é “um grande problema” a ser enfrentado este ano. Além de a estratégia do titular da Fazenda, Fernando Haddad, ser totalmente voltada para a receita, o ministro ainda sofre pressões de Lula e do PT para abrir ainda mais a torneira dos gastos no ano eleitoral.
“O governo não apresentou nenhum plano para amenizar a necessidade de arrecadação e, na outra ponta, aumentou despesas com medidas como o reajuste do salário mínimo [acima da inflação]. É um governo focado no populismo, porque acredita que a expansão do gasto público gera emprego e crescimento”, diz Alex Agostini, economista-chefe da Austin Rating.
“Mas o governo não conta o outro lado da equação, as consequências de uma política fiscal frouxa, que são a redução da eficácia da política monetária, a inflação e a redução de investimentos, emprego e renda a médio prazo”, completa Agostini.
Na avaliação de Gabriel de Barros, economista-chefe da Ryo Asset, a estratégia trará mais dificuldades ao governo este ano, especialmente pela perspectiva de redução do crescimento da economia.
“A economia global está desacelerando e o preço das commodities arrefecendo. O PIB brasileiro, que já começou a cair no terceiro trimestre de 2023, virá mais fraco. O governo também não terá mais o fôlego de receita que teve no ano passado, com a PEC de transição que conseguiu promover um crescimento da economia. Tudo isso vai comprometer a arrecadação”, afirma.
Além disso, os economistas apontam que não há garantias de sucesso dos esforços de Haddad ao longo do segundo semestre de 2023, para aprovar no Congresso uma lista de medidas para elevar a arrecadação.
O ministro se lançou numa cruzada por receitas na ordem de R$ 168 bilhões para tentar zerar o déficit primário neste ano, conforme prevê o novo arcabouço fiscal. Entre os projetos aprovados estão a tributação de fundos offshore, fundos fechados e apostas esportivas. A estimativa da Ryo Asset é que o volume arrecadado com todas as medidas não seja maior que R$ 70 bilhões.
“O que pode agravar a situação [fiscal] é um desempenho pior que o esperado para as receitas advindas das medidas novas aprovadas ao longo do ano passado e que têm uma importância grande para o resultado preconizado”, diz Felipe Salto, economista-chefe da Warren Investimentos.
Prioridade é aumentar a arrecadação
Neste cenário, a prioridade do governo continua sendo arrecadar. O empenho de Haddad em prol do Tesouro culminou, no apagar das luzes de 2023, na edição da Medida Provisória 1.202, que revogou a desoneração da folha de pagamento de 17 setores. A iniciativa foi vista como afronta ao Congresso, que havia aprovado o benefício fiscal em outubro e derrubado veto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva dois meses depois.
Pela regra da desoneração, vigente desde 2012 e prorrogada até 2027 pelo Congresso, as empresas podem substituir a contribuição previdenciária patronal (CPP), de 20% sobre o primeiro salário-mínimo dos funcionários, por alíquotas de 1% a 4,5% sobre a receita bruta.
Com a MP, o governo tentou restabelecer a volta gradual da contribuição patronal sobre os salários, de forma escalonada, até 2027. No lugar dos 17 setores, definiu 42 atividades econômicas, divididas em dois grupos, com a CPP reduzida em 50% ou 25% no primeiro ano.
Além disso, a MP suspendeu o desconto na contribuição previdenciária de pequenos municípios que havia sido criado pelo Congresso e revogou os benefícios fiscais ao setor de eventos vigentes desde a pandemia.
Causou indignação entre empresários o fato de o governo também ter limitado o uso de créditos tributários obtidos por empresas que entraram na Justiça contra o pagamento de impostos indevidos. “O governo promoveu uma apropriação indébita de recursos devidos às empresas. É um absurdo, provoca enorme insegurança jurídica”, avalia Barros.
FONTE: GAZETA DO POVO https://www.gazetadopovo.com.br/economia/ano-novo-agenda-velha-governo-mantem-foco-em-arrecadar-mais-e-rechaca-corte-de-gasto/
Os frutos que Lula quer colher na economia estão todos podres
O governo anunciou na segunda-feira um plano para ajudar a indústria brasileira, com R$ 300 bilhões em financiamento e subsídios, principalmente via BNDES. Paradoxalmente, o anúncio repercutiu muito mal no mercado. A bolsa caiu, o dólar subiu, voltou a estar perto de R$ 5. Não pegou bem porque todos ficam se perguntando: e o orçamento? E as contas públicas? Protecionismo de novo? Isso é volta ao passado, coisa de governo militar, o Estado protegendo a indústria, estimulando não a produtividade, mas a ociosidade, facilitando as coisas para uma indústria que só quer que o governo não atrapalhe, não imponha empecilhos nem problemas.
A riqueza do governo é o que ela tira da nação, e a nação não dá espontaneamente. A riqueza da nação é aquela gerada quando se produz, quando se vende, quando se presta algum serviço. O Estado não: ele simplesmente arrecada, com o compromisso de prestar bons serviços de segurança, de garantir a propriedade, os direitos, de proporcionar infraestrutura mínima para a sociedade funcionar. A bolsa despencou também na semana passada e havia motivo: as ações da Vale, uma das blue chips da bolsa, caíram porque o governo quer botar Guido Mantega no Conselho de Administração.
Tudo isso vai se somando. Lula, no Recife, se justificou dizendo que não fez muita coisa no primeiro ano porque tinha de preparar o terreno para plantar, mas que agora vai colher os frutos. Um desses frutos é a Refinaria Abreu e Lima, que Lula disse que a Petrobras vai fazer sozinha. Já é um susto. Ainda temos a medida provisória que tentou revogar a desoneração da folha dos 17 setores que mais empregam – parece que ela será retirada. E agora temos esses R$ 300 bilhões, que estão indicando desequilíbrio nas contas públicas por causa do crédito subsidiado para a indústria. O CEO da Gerdau disse até que pode rever investimentos, porque o governo está desestimulando, tirando a competitividade da indústria brasileira.
Presidente paraguaio deixou Lula sem argumentos em discussão sobre Itaipu
O presidente Lula ficou chateado com o ministro da Fazenda porque não soube, na reunião com o presidente do Paraguai, Santiago Peña, oferecer dados que se contrapusessem aos dados do paraguaio – que já foi ministro da Fazenda – sobre a necessidade de aumentar o pagamento do Brasil por Itaipu, aportar mais dinheiro para o Paraguai. Nossos ministros não souberam fazer o dever de casa.
Chefão do MST promete mais invasões em 2024
João Pedro Stédile, que o presidente já levou em duas ou três viagens, está prometendo que este ano vai acirrar a “luta social”. “Luta social” é um eufemismo para invasões, tal como aconteceu sábado na Bahia no sábado, com um desfecho trágico: pataxós invadiram a fazenda, houve reação dos fazendeiros, uma índia foi morta e um cacique foi baleado nesse país que precisa de liberdade de expressão, segurança pública e respeito à propriedade. Do outro lado da fronteira, na Argentina, o presidente Javier Milei anunciou que este ano será o ano da liberdade, da segurança pública e da propriedade.
FONTE: GAZETA DO POVO https://www.gazetadopovo.com.br/vozes/alexandre-garcia/pacote-industria-protecionismo/
Israel propõe trégua de 2 meses em Gaza em troca da libertação de reféns, diz jornal
Israel propôs uma trégua de dois meses na guerra em troca da libertação dos reféns que o grupo terrorista Hamas ainda mantém no território, informou nesta segunda-feira (22) o jornal israelense Walla, citando dois funcionários de alto escalão israelenses.
De acordo com a imprensa, que tem acesso a autoridades do país, o governo do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu enviou ao Egito e ao Catar, os principais mediadores, uma proposta de cessar-fogo de dois meses no território em troca da libertação dos reféns. A proposta também incluiria uma troca por prisioneiros palestinos que seriam libertados.
Israel estima que cerca de 136 reféns israelenses – incluindo cerca de 25 mortos – ainda estão na Faixa de Gaza e, nos últimos dias, suas famílias intensificaram os protestos para que Netanyahu chegue a um acordo e tome medidas para sua libertação. O premiê mostrou-se relutante em chegar a um acordo com o Hamas e defendeu a pressão militar como forma de garantir a libertação.
De acordo com o Walla, a proposta de Israel é a mais forte desde o início da guerra com o Hamas em 7 de outubro, embora limite a oferta de cessar-fogo a dois meses e não aceite a exigência do grupo terrorista de cessar completamente a ofensiva militar.
No final de novembro, durante uma trégua de uma semana, 105 prisioneiros foram libertados em um acordo que também incluía a libertação de 240 prisioneiros palestinos.
A nova proposta apresentada por Israel incluiria a libertação de todos os reféns vivos e a remoção dos mortos, e seria dividida em fases que poderiam durar até dois meses. A primeira incluiria a libertação de mulheres, homens com mais de 60 anos de idade e reféns com saúde grave. A fase seguinte envolveria a libertação de pessoas com menos de 60 anos, militares e reservistas, e a devolução dos corpos das dezenas de mortos ainda mantidos no enclave.
Ainda segundo o Walla, os lados inimigos do conflito devem chegar a um acordo prévio sobre quantos prisioneiros palestinos serão libertados em troca da libertação de cada refém e, depois disso, haverá negociações sobre quais prisioneiros palestinos serão incluídos na lista, entre os quais poderá haver um número significativo, se houver sucesso.
A proposta israelense também incluiria uma possível retirada em fases de suas forças militares de Gaza, começando com a retirada gradual das tropas dos principais centros populacionais.
À medida em que o acordo for implementado, os palestinos deslocados internamente terão permissão para retornar gradualmente à Cidade de Gaza e ao norte da Faixa.
Além disso, de acordo com o Walla, Israel ainda está aguardando uma resposta do Hamas à proposta, embora as fontes citadas indiquem que há algum otimismo de que seria possível avançar dentro dessa estrutura.
A milícia palestina já destacou em diversas ocasiões que não haverá um novo acordo as tropas israelenses não saírem de Gaza. “Não há chance de retorno dos cativos [israelenses] sem a confirmação desse pedido”, disse um porta-voz do Hamas à agência Reuters no domingo (21). (Com Agência EFE)
FONTE: GAZETA DO POVO https://www.gazetadopovo.com.br/mundo/israel-propoe-tregua-de-2-meses-em-gaza-em-troca-da-libertacao-de-refens-diz-jornal/
A tabela do Imposto de Renda e as promessas não cumpridas
A notícia de que, em 2024, brasileiros que recebem dois salários mínimos sentirão a mordida do leão, tendo de pagar Imposto de Renda Pessoa Física, despertou uma indignação justa, por duas razões. A primeira delas é a situação em si, já que novamente os cidadãos mais pobres acabam punidos sem o reajuste da tabela do IRPF, contrariando os princípios mais básicos da justiça tributária. A segunda é o enorme descompasso entre essa realidade e as promessas de Lula, tanto durante a campanha eleitoral quanto depois da posse.
A falta de reajuste da tabela do IRPF representa um aumento indireto de impostos por razões óbvias. À medida que as remunerações dos trabalhadores são corrigidas – mesmo quando os reajustes acabam ficando abaixo da inflação – e a tabela não é alterada, brasileiros que antes estavam isentos do IRPF acabam entrando na faixa sujeita a tributação, como acaba de acontecer com quem recebe dois salários mínimos, e outros que já pagavam o IRPF mudam de faixa, pagando alíquotas maiores. Consequentemente, o governo arrecada mais sem precisar realizar nenhum tipo de ato normativo nem se empenhar pela aprovação de um projeto de lei no Congresso. Ainda que as alíquotas sejam progressivas, é evidente que colocar na boca do leão cada vez mais brasileiros, com remunerações cada vez mais baixas em termos de salários mínimos, é caminhar na direção diametralmente contrária do que preconiza a justiça tributária, pela qual quem tem mais paga mais.
O brasileiro fica com o pior dos dois mundos: uma tributação bastante pesada sobre produção e consumo, que não é compensada por uma taxação mais leve sobre renda e patrimônio; pelo contrário, sem as devidas correções o garrote está cada vez mais apertado
E não faltou quem apontasse a enorme contradição entre o discurso e a prática do presidente Lula. Nos últimos meses, o petista e seus apoiadores na classe política e na imprensa têm dito que a promessa de isentar do IRPF quem ganhasse até R$ 5 mil mensais seria cumprida gradualmente até o fim do mandato. No entanto, uma busca rápida mostra que não era bem isso que Lula e o PT alardeavam. O próprio site do PT traz uma publicação, datada do período de transição, afirmando que “uma das principais propostas da campanha de Luiz Inácio Lula da Silva, a correção da tabela do Imposto de Renda, com isenção para quem ganha até R$ 5 mil, é uma necessidade urgente e integra a lista de medidas que serão implementadas em 2023” (destaque nosso).
Obviamente, um reajuste destas dimensões teria um enorme efeito negativo sobre a arrecadação, e isso já era admitido pelo próprio Lula durante a campanha. Mas, enquanto minimizava uma promessa, fazia outra. Em discurso a metalúrgicos no ABC paulista, em agosto de 2022, o petista afirmou que “nós vamos ter que discutir, porque na hora que você fizer isso, você vai ter que deixar de arrecadar uma quantidade enorme de dinheiro (…) agora, o reajuste, independentemente de qualquer coisa, a gente vai fazer isso todo ano”. No fim, em 2023 o patamar de isenção não foi elevado para R$ 5 mil, mas para R$ 2.112, com um desconto adicional de R$ 528 que deixava isentos os brasileiros que recebiam até dois salários mínimos de R$ 1.320. Como o mínimo acaba de subir para R$ 1.412, a faixa atual de isenção já não contempla quem ganha dois salários mínimos.
No entanto, é preciso dizer que o congelamento da tabela é algo que atravessa governos. O último reajuste antes de 2023 havia ocorrido no governo de Dilma Rousseff, para o IRPF de 2016, que tinha 2015 como ano-base – e ainda assim ficou muito abaixo da inflação: contra um IPCA de 10,67% em 2015, o reajuste foi de 6,5% nas duas faixas de menor renda (incluindo os isentos), 5,5% na terceira faixa e 4,5% nas duas faixas de maior renda. Nem Michel Temer, nem Jair Bolsonaro mexeram na tabela – este último também prometeu a isenção para quem recebesse até R$ 5 mil, tanto na campanha vitoriosa de 2018 quanto nas eleições de 2022, mas o máximo que fez foi propor elevar o limite de isenção para R$ 2,5 mil dentro de um projeto de lei mais amplo de reforma tributária fatiada, que ficou parado no Congresso. Essa escolha dificultou o reajuste ao deixá-lo atrelado a outros itens bem menos consensuais, como a taxação sobre lucros e dividendos, enquanto em ocasiões anteriores o Congresso aprovou tranquilamente as medidas provisórias que atualizaram a tabela do IRPF.
O brasileiro, portanto, fica com o pior dos dois mundos. Uma tributação bastante pesada sobre produção e consumo – o pior tipo de imposto em termos de justiça tributária, já que rico e pobre pagam exatamente o mesmo valor sobre um produto ou serviço –, que não é compensada por uma taxação mais leve sobre renda e patrimônio; pelo contrário, sem as devidas correções o garrote está cada vez mais apertado. E esta distorção, ao que tudo indica, não será eliminada pela reforma tributária que o Congresso vem analisando – nem no projeto que implanta o IVA dual, já aprovado, nem nas próximas etapas, que pretendem reformar outras partes do sistema tributário.
FONTE: GAZETA DO POVO https://www.gazetadopovo.com.br/opiniao/editoriais/tabela-imposto-de-renda-promessas/
A “nova indústria” lulista é o velho desenvolvimentismo
O governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vai apresentar nesta segunda-feira (22) um programa voltado ao que ele chama de “neoindustrialização” do país para os próximos dez anos. O anúncio será feito pelo vice Geraldo Alckmin (PSB), também ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços.
Como premissa básica, o projeto intitulado “Nova Indústria Brasil’ prevê a indução do desenvolvimento pelo poder público, com implementação de linhas de crédito, subsídios e exigências de conteúdo local para fomentar empresas nacionais. O plano define missões, metas e diretrizes para o período de dez anos, até 2033. As missões são ligadas aos setores da agroindústria, complexo industrial de saúde, infraestrutura, saneamento, moradia e mobilidade, transformação digital, bioeconomia e tecnologia de defesa.
“Novo” programa é um resgate do que já deu errado nas gestões anteriores petistas.
É preciso checar as premissas. E isso o que PT nunca faz, pois se gozasse de honestidade intelectual, já teria abandonado o esquerdismo faz tempo. A premissa do “novo” programa – um resgate do que já deu errado nas gestões anteriores petistas – é a de que o governo pode alocar melhor os recursos escassos na economia. Não passa de uma falácia.
A típica mentalidade petista enxerga o mercado como ineficiente – quiçá malvado – e o governo como iluminado, dotado de lindas intenções e incrível capacidade de execução. Assim sendo, burocratas, tecnocratas e políticos se sentariam numa enorme sala para definir metas, e depois distribuir recursos de acordo. É como se os recursos brotassem do solo ou caíssem do céu.
“É pela automaticidade do castigo, e não por inspiração divina, que os empresários privados não param de pensar em custos”, sabia Roberto Campos.
“Segundo Marx, para acabar com os males do mundo, bastava distribuir; foi fatal; os socialistas nunca mais entenderam a escassez”, resumiu Roberto Campos. Campos sabia que “O mercado é um ininterrupto plebiscito, onde as preferências e os eventuais erros estão sujeitos a um permanente processo de revisão e ajustamento”. Tal mecanismo de incentivos não se faz presente no dirigismo estatal.
Por isso mesmo Campos concluiu: “O Estado é melhor como jardineiro, que deixa as plantas crescerem, do que como engenheiro, que desenha plantas erradas”. O irônico disso tudo é que tais políticas industriais beneficiam os ricos à custa dos pobres. “Os socialistas, e em especial os marxistas, sempre pensaram que existia um estado natural de abundância. Nada mais simples, portanto, que a economia de Robin Hood: tirar dos ricos para dar aos pobres”, disse Roberto Campos. Mas o desenvolvimentismo faz o contrário: tira do trabalhador de classe média, pagador de impostos, e despeja no bolso dos industriais ricos.
“É pela automaticidade do castigo, e não por inspiração divina, que os empresários privados não param de pensar em custos”, sabia Roberto Campos. Mas quando o governo garante subsídios, barreiras protecionistas, estímulos artificiais, esse mecanismo de incentivos não se faz presente. O resultado, além de corrupção, é a má alocação dos recursos escassos.
Portanto, a “nova política” lulista, o resgate do velho desenvolvimentismo sempre fracassado, pode ser a seguinte, também extraída de Roberto Campos: “No meu dicionário, ‘socialista’ é o cara que alardeia intenções e dispensa resultados, adora ser generoso com o dinheiro alheio, e prega igualdade social, mas se considera mais igual que os outros…”
FONTE: GAZETA DO POVO https://www.gazetadopovo.com.br/rodrigo-constantino/nova-industria-lulista-e-o-velho-desenvolvimentismo/
Genoíno abriu a tampa do esgoto do pensamento da esquerda
Existem pessoas essencialmente boas e pessoas essencialmente más.
As pessoas essencialmente boas, quando dizem coisas más, é porque “cometeram um deslize”, “uma gafe”, ou falaram “de maneira impensada”.
A fala saiu como um peido irreprimível, sem querer.
Já as pessoas essencialmente más, quando dizem coisas más, estão essencialmente expressando o que vai em seus corações. A fala é de caso pensado, só confirmando o que todos já sabem.
Se um tipo como Bolsonaro, ou qualquer bolsonarista notório, tivesse sugerido um boicote a negócio de pretos ou indígenas, isso renderia horas de debates na Globo News e um inquérito aberto ex-oficio no STF.
No entanto, como Genoíno é uma pessoa essencialmente boa (segundo Cantanhede, sua pena no Mensalão foi a mais injusta de todas), sua fala foi “impensada”.
Quem me dera ser protegido de meus próprios erros dessa maneira.
O editorial do Estadão foi menos condescendente. Descartou a hipótese de “fala impensada”, uma vez que Genoíno, até o momento, não se retratou.
O editorial foi além, dando ao boi o nome correto: antissemitismo.
Não, Genoíno não falou de maneira “impensada”. Ele somente verbalizou o que Lula, os petistas e a esquerda em geral pensam (quem tem dúvida, é só dar uma passeada nos perfis à sinistra do Xwitter): sob a capa de antissionismo (que é basicamente negar aos judeus o seu direito à autodeterminação), pulsa um antissemitismo secular que, em um mundo dividido entre opressores e oprimidos, identifica os judeus com o lado opressor de uma maneira muito mais ampla do que as escaramuças em Gaza fazem supor.
A menção às “empresas de judeus” por parte de Genoíno não foi extemporânea; por trás dessa frase emerge a imagem do judeu rico, poderoso, que move os cordões do mundo, e contra os quais se insurge o proletariado.
Os judeus estão do lado errado da História, e por isso merecem ser boicotados.
Genoíno está pagando o preço de falar em público o que a esquerda fala em privado.
Nesse sentido, vou concordar com a Cantanhede: sua fala foi “impensada”, pois inadvertidamente abriu a tampa do esgoto do pensamento da esquerda.
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