O que Lewandowski sabe de segurança pública?

Alexandre Garcia
Lewandowski
O novo ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski.| Foto: Fellipe Sampaio/SCO/STF.

Meu primeiro assunto é a sua segurança, a sua liberdade de andar na rua sem ser assaltado, a sua liberdade de não ser furtado na sua casa, no seu carro, na sua loja. É que, no dia 1º de fevereiro, assume um novo ministro da Justiça, que na verdade não é ministro da Justiça, porque a Justiça é outro poder. É o ministro da Segurança Pública.

Ricardo Lewandowski, que já foi de outro poder – já foi ministro do Supremo –, se notabilizou quando, como presidente do Supremo, presidiu também o julgamento de Dilma e deixou de cumprir o que está escrito no parágrafo único do artigo 52 da Constituição: que o presidente condenado fica impedido de ocupar cargo público por 8 anos.

Ele, como presidente da República, e os outros ministros do Supremo e os deputados juraram cumprir e defender a Constituição. Mas ele sempre foi advogado na vida. Que contato tem ele com a segurança pública? O que Lewandowski sabe de segurança pública? O mais próximo disso é que, depois de ter feito o CPOR (Centro de Preparação de Oficiais da Reserva), como oficial da reserva, ele chegou a ser segundo-tenente no 17º Regimento de Cavalaria em Pirassununga. Mas ele sempre foi advogado. Tanto que ele virou juiz do Tribunal de Alçada Criminal em São Paulo, por indicação de Orestes Quércia, depois que a OAB o indicou no quinto constitucional destinado a advogados. Acabou no tribunal estadual.

Depois, com o voto pesado de dona Marisa Letícia, foi indicado por Lula para o Supremo. Lá no Supremo, como revisor do Mensalão, Lewandowski teve um bate-boca feio com o presidente do tribunal, Joaquim Barbosa, porque achou que o Mensalão não era formação de quadrilha, e que o assunto tinha que ir para o foro de primeira instância – ao contrário dos que foram presos em 8 de janeiro –, porque os acusados não tinham foro privilegiado. E houve um bate-boca muito grande, porque eles estavam ligados a quem tinha foro privilegiado.

A narcopolítica se alastra pela América Latina

Por que eu estou contando tudo isso? Porque aqui no Brasil nós tivemos, no ano passado, mais de 30 mil homicídios. O Equador teve cerca de 9.000 homicídios. Claro, o Equador é bem menor, tem menos população. Mas, em números absolutos, nós temos mais de três vezes o número de assassinatos do Equador. E o Equador está em crise seríssima.

Aconteceu agora com o Equador o que já tinha acontecido com a Colômbia nos anos 1980, com o México nos anos 1990. É o crime – o narcocrime – tomando conta inclusive da política. A fiscal-geral, que é a procuradora geral da República de lá, a Diana Salazar, diz que o Estado está colonizado pela narcopolítica, é um câncer com metástase. Já prendeu juízes, promotores, funcionários, policiais, e todos são considerados cúmplices das 22 facções da droga. Foi instituída prisão perpétua para essa gente.

E aqui no Brasil está tudo muito semelhante. Há territórios liberados em que autoridade brasileira não entra – com exceções. No Rio de Janeiro, por exemplo, há situações assim. A Amazônia está sendo tomada por essa gente. Os presídios também.

Por isso, eu pergunto: o que o novo ministro vai conseguir a partir de 1º de fevereiro? Ele fez uma declaração dizendo que o objetivo é o combate permanente e rigoroso à criminalidade sob todas as suas formas, com respeito à Constituição e às leis. Por que Lewandowski usa “criminalidade”, e não “criminosos”? Quando eu falo em combater os criminosos, eu estou personalizando. “Criminalidade” é uma abstração – parece que não estou muito disposto a fazer o necessário. Ele fala também em respeito à Constituição e às leis. Como é que pode dizer isso depois do 31 de agosto de 2016, no julgamento de Dilma?

Celso Lafer condena decisão de Mauro Vieira

Para encerrar, queria chamar a atenção de vocês para a carta que o ex-chanceler brasileiro Celso Lafer, do governo de Fernando Henrique Cardoso, mandou para o seu ex-subordinado, atual chanceler, Mauro Vieira, sobre a história de entrar junto com a África do Sul no Tribunal Internacional. A África do Sul está ao lado do Hamas, acusando Israel de genocídio. Ele disse que, à luz da Convenção de 1948, isso é impossível, porque a reação de Israel foi decorrente de uma agressão que sofreu. Disse que há má-fé, e que isso não acrescenta credibilidade ao Brasil, que só reforça o antissemitismo.

E ele acrescenta que uma de suas preocupações como chanceler – que Mauro Vieira, como seu subordinado, pôde acompanhar – foi a de zelar pela consistência da política jurídica exterior do Brasil. Disse ainda que o Brasil, nessa nota do Itamaraty, não atende aos requisitos de consistência e coerência da política jurídica externa do Brasil. Não obedece às regras de direito, não acrescenta credibilidade entre os que têm relações com o Brasil.

FONTE: GAZETA DO POVO https://www.gazetadopovo.com.br/vozes/alexandre-garcia/o-que-lewandowski-sabe-de-seguranca-publica/

Bolsonaro diz que Lula é “péssimo” após elogio de Costa Neto ao petista

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL)
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL)| Foto: Isac Nóbrega/Presidência da República


Em vídeo postado no seu perfil do X neste domingo (14), o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) criticou seu sucessor, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), ao dizer que ele “é péssimo”. A crítica vem após elogios que o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, fez ao petista, dizendo que ele havia feito bons governos e que tinha prestígio, diferentemente de Bolsonaro.

Após criticar diversos aspectos do governo petista, Bolsonaro disse no vídeo que o problema é que “nós estamos no mesmo barco. “Se alguém aqui, porventura votou no PT, pode ser que exista, tudo bem, pode ser que exista, não dá para comparar: eu posso ser um cara horrível, mas o outro cara é péssimo. Não tem como dar certo”, concluiu.

Na sexta-feira (12), trecho de uma entrevista que o Costa Neto concedeu ao jornal O Diário, da região de Mogi das Cruzes (SP), viralizou nas redes, inclusive entre petistas. Nele, o presidente do PL afirma que Lula é diferente de Bolsonaro porque “tem muito prestígio”.

“Não tem comparação com o Bolsonaro. Completamente diferente. Primeiro que o Lula tem muito prestígio. Ele não tem o carisma que o Bolsonaro tem. O Lula tem prestígio, popularidade. Ele é conhecido por todos os brasileiros. Bolsonaro, não”, afirmou durante a entrevista ao jornal paulista.

No sábado (13), Costa Neto recorreu ao seu perfil no X para se defender de críticas sofridas em razão dos elogios feitos a Lula. “Estão me atacando, usando uma fala minha sobre o Lula que está fora de contexto. A esses, deixo um recado: quem não tem lealdade e fidelidade, tem vida curta na política. Sou leal ao Bolsonaro e fiel aos meus princípios. Quem me conhece sabe que minha palavra não faz curva”, afirmou.

Bolsonaro destaca queda no poder de compra entre outros problemas da gestão petista

O vídeo em que Bolsonaro aparece conversando com apoiadores foi gravado na Vila Histórica de Mambucaba, em Angra dos Reis (RJ). Durante o diálogo, ele falou da situação do país e conta relatos das pessoas com quem conversou sobre a queda do poder aquisitivo, a redução no volume de vendas e na margem de lucro de comerciantes em diferentes partes do Brasil.

O ex-presidente falou sobre uma possível quebra de safra para este ano, e a desmoralização que o setor do agronegócio, seus empresários e trabalhadores têm sofrido desde o início da gestão de Lula.

Ele também se referiu à volta de ações do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), dizendo que “não tinha MST praticamente comigo”.  Bolsonaro ainda afirmou que a diminuição da violência em seu governo se deu à política de acesso a armas para “o pessoal de bem”.

Ao citar o déficit nas contas públicas, Bolsonaro mencionou que é um rombo de quase R$ 200 bilhões – a estimativa divulgada pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) em dezembro era de R$ 119 bilhões. “E quem vai pagar essa conta são vocês”, afirmou. “O mundo não perdoa, a economia não perdoa”, completou ele.

Outro ponto criticado pelo ex-presidente foi a política externa de Lula, ao afirmar que o presidente “não reconhece o Hamas como um grupo terrorista”. Além disso, Bolsonaro destacou que o Brasil voltou a emprestar dinheiro para “países ditatoriais, na verdade, parte é para obra, mas parte retorna para retroalimentar o poder político deles”.

FONTE: GAZETA DO POVO https://www.gazetadopovo.com.br/republica/bolsonaro-diz-que-lula-e-pessimo-apos-elogio-de-costa-neto-ao-petista/

TUDO INVERTIDO

FONTE: JBF https://luizberto.com/tudo-invertido-3/

Polícia monta forte esquema para a escolta de líder do PCC, mas decisão de nova ministra do STJ manda soltá-lo (veja o vídeo)

Imagem em destaque

O traficante Elvis Riola de Andrade, tido como um dos chefões da facção criminosa PCC, recentemente capturado na Bolívia, foi trazido para o Brasil sob um fortíssimo esquema de segurança, na última quinta-feira (12).

Porém, de nada adiantou a ‘escolta especial’ que conduziu o bandido.

Uma decisão judicial emitida pela recém-empossada ministra Daniela Teixeira, determinou que Elvis Riola fosse imediatamente solto, tão logo chegou ao Brasil.

O Ministério Público chegou a pedir ao Superior Tribunal de Justiça a reconsideração da decisão pela soltura, mas a solicitação foi negada com o argumento de que não havia urgência.

Acusado de matar um agente penitenciário a mando do PCC em 2009, Riola aguardou o julgamento atrás das grades por 11 anos e foi condenado a 15 anos de prisão, mas o juiz considerou que ele já tinha cumprido a maior parte da pena e mandou que fosse para o regime semiaberto.

Depois de ter a primeira decisão favorável da Justiça, Elvis Riola foi para a Bolívia, onde de acordo com a polícia e o Ministério Público passou a organizar os negócios do crime organizado no tráfico internacional de drogas junto com comparsas que também fazem parte da cúpula do PCC. Lá, ele foi pego com documento falso e acabou expulso do país.

Veja o vídeo:

https://twitter.com/leandroruschel/status/1746545853014110642?ref_src=twsrc%5Etfw%7Ctwcamp%5Etweetembed%7Ctwterm%5E1746545853014110642%7Ctwgr%5E600aea6724c8fab932179a18e49bc242a7f3f66b%7Ctwcon%5Es1_&ref_url=https%3A%2F%2Fwww.jornaldacidadeonline.com.br%2Fnoticias%2F54980%2Fpolicia-monta-forte-esquema-para-a-escolta-de-lider-do-pcc-mas-decisao-de-nova-ministra-do-stj-manda-solta-lo-veja-o-video

FONTE: JCO https://www.jornaldacidadeonline.com.br/noticias/54980/policia-monta-forte-esquema-para-a-escolta-de-lider-do-pcc-mas-decisao-de-nova-ministra-do-stj-manda-solta-lo-veja-o-video#google_vignette

Foto de perfil de Luís Ernesto Lacombe
Luís Ernesto Lacombe

Acorda, vigia!

Rodrigo Pacheco
Rodrigo Pacheco, presidente do Senado.| Foto: Lula Marques/ Agência Brasil


Eles podem arrancar folha por folha da Constituição. Podem rasgar cada uma em dezenas de pedacinhos, impedindo até que o melhor montador de quebra-cabeças tenha facilidade na reconstrução. Podem até sambar sobre os pedaços de papel espalhados pelo palco particular que eles iluminam para si mesmos. Se resolvem não picotar tudo, se mantêm algumas folhas intactas, é porque são ardilosos interpretadores de texto. Em parte, a forma se mantém, o físico, o material, mas a essência muda. As frases são as mesmas, cada palavra, cada sílaba, cada letra, toda pontuação, mas mudam o significado, a semântica, o sentido. E o livre entendimento de tudo pelos ungidos deve ser inquestionável. Se acharem necessário, eles podem até criar leis. Eles têm o poder.

O vigia do vigia anda há muito distraído, passivo, quase morto. Não quer ver o esbulho, não quer ouvir nada. Há um estrondo enlouquecedor, está tudo se quebrando. As folhas de papel rasgadas com fúria vão ganhando corpo, vão virando monstros movidos também pela interpretação catastrófica do que ainda é palpável, mas subvertido, invertido, pervertido. Vidros espatifados, o solo se abrindo, estruturas que pareciam sólidas rachando. Os monstros avançam para o colapso. São chamados de inquéritos, carregam a palavra que me amedrontava nas brincadeiras de criança: inconstitucionalissimamente…

O vigia do vigia anda há muito distraído, passivo, quase morto. Não quer ver o esbulho, não quer ouvir nada

O vigia se mexeu, mas não deu em nada. Ele só mudou de posição num sono profundo. Crimes de responsabilidade, crimes de responsabilidade, nem em seus sonhos, nem em seus pesadelos, em situação nenhuma. Está inerte de novo… O vigia que não vigia. Não vai suspeitar de ninguém. Os rasgadores da Constituição, claro, não suspeitam deles próprios e dos que estão com eles. Todos devem acreditar nos ameaçadores poderosos. Todos devem aceitar que eles são a verdade, somente a verdade, nada além da verdade. E que ninguém venha choramingar, falar, aos soluços, aos engasgos, em “modo incompatível com a dignidade e o decoro do cargo”.

Aristóteles disse que “o homem é um animal político”. Alguns são apenas animais e querem fazer política, mesmo que sejam selvagens e incapazes. Querem fazer política, mas estão no lugar errado. Não poderiam dar um passo, um pio nessa área. O vigia deveria lembrá-los disso, mas ainda dorme pesadamente. E os brutamontes ficam se metendo em turbas e discursos coletivistas, porque a “democracia liberal burguesa está em crise”, porque há um grupo a derrotar, a eliminar… O vigia se mexeu de novo. Agora dorme de bruços. Os sequestradores e torturadores da Constituição acham graça.

E lá vão eles, juntos e misturados, achando que têm “cabeça política”, que “vivenciam política”, que têm “experiência política”. O vigia dorme, sonhando com pessoas de bem, com “comunistas do bem”… Os sonhos são assim: às vezes, podem ser mesmo completamente desgarrados da realidade. É um sono pesadíssimo. O barulho é ensurdecedor, nessa destruição de tudo. Nem beliscões, nem tapas, nem pedras e paus, socos e pontapés; os animais e os monstros avançam, na sua ideologia empobrecedora, aprisionante e assassina. Quando finalmente despertar (e eu tenho esperança de que isso aconteça a tempo), o vigia terá de se movimentar freneticamente, para endireitar um país que tem cada vez mais “crimes sem castigo e castigo sem crimes”.

FONTE: GAZETA DO POVO https://www.gazetadopovo.com.br/vozes/luis-ernesto-lacombe/stf-constituicao-democracia-senado/

NO MUNDO DO FAZ DE CONTA

As formas de vida que se desenvolvem no ecoambiente do Estado brasileiro se nutrem da crença em suas narrativas, como Lula ensinou a Nicolás Maduro. Quanto maior o número de crentes, melhor a vida no ecoambiente estatal.

A difícil tarefa exige um imenso, oneroso e multiforme aparato, quase do tamanho daquele que afirmavam ter operado em favor do governo Bolsonaro. O fato de tantos haverem acreditado em sua existência demonstra que o aparelho petista é extremamente eficiente, capaz de criar um fato a partir de nada. Dezenas de milhões de brasileiros viveram e vivem num mundo de “faz de conta” onde o ex-presidente, apesar de pouco gastar em publicidade oficial e ter, por isso, toda imprensa contra si, comandaria esse gabinete que ninguém jamais viu. Fazer de conta é o nome do jogo.

Fazem de conta que o comunismo não existe e que as relações de Lula com governos de extrema-esquerda são um delírio da ultradireita fascista. Como consequência, o governo Lula pressiona para entregar o Brasil aos indígenas, desacreditando o direito à propriedade privada, a segurança jurídica e a Constituição vai para as urtigas com a mãozinha dos “progressistas”.

Fazem de conta que os professores têm direito de expressar suas opiniões políticas além da mesa do bar, levando-as para a sala de aula e influenciando os alunos, abusando de sua autoridade porque essa é a melhor parte do aparelho que calcifica a pobreza sem a qual murcham exangues as formas de vida em torno do Estado.

Fazem de conta que Paulo Freire foi um gênio, que não reverenciava tiranos de esquerda em seus livros, que sua pedagogia libertadora realmente liberta, que os dedicados e militantes professores que o têm como referência merecem o apoio das comunidades interessadas no seu desenvolvimento econômico e social. Fazem de conta que o produto do sistema educacional brasileiro não se mede em conhecidos e pífios resultados que decaem ao ponto de derrubar o QI médio da população. O petismo militante em sala de aula emburrece o Brasil. Mas fazem de conta que não.

Fazem de conta que em 8 de janeiro de 2023, um domingo de recesso geral das instituições, na ausência dos objetos da ação golpista e de qualquer liderança conhecida, pessoas desarmadas promoveram uma tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, em sessão única, no período das 15h às 17h. Fazem de conta que a excepcionalidade do momento beatificou todas as exceções ao devido processo e aos direitos individuais no decurso dos últimos meses.

Fazem de conta que a democracia foi salva e permaneceu inabalada em que pesem a surdez à voz das ruas, a omissão do Senado Federal, os maus tratos dedicados à oposição em forma de censura, supressão de direitos, cassação de mandatos e imposição de inelegibilidades.

Fazem de conta que bandido não virou herói e que herói não virou bandido.

Enfim, faça sua lista. E faça de conta que não estão de brincadeira com você.

FONTE: JBF https://luizberto.com/no-mundo-do-faz-de-conta/

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Thiago Braga

A grande mentira comunista: Como Stalin escondeu o Holodomor do mundo?

A grande mentira comunista: Como Stalin escondeu o Holodomor do mundo?
| Foto: wikimedia commons


Na série de colunas anteriores eu expus aqui estudos relevantes que mostram como o Holodomor foi uma das maiores tragédias do século XX. Mas se não bastasse isso, o governo soviético fez questão de esconder, negar e falsificar os efeitos catastróficos que a Grande Fome teve no povo soviético. Foram entre 6 e 10 milhões de mortos por fome, causada principalmente pelas políticas assassinas do regime comunista soviético. E para tentar esconder essa tragédia, uma série de falsificações nos censos soviéticos foram empreendidas pelo governo: o que não deveria surpreender ninguém, pois se um governo é capaz de matar tantas pessoas de fome, mesmo sabendo da tragédia, o que seria mexer em alguns (milhões) de números num papel?

Estes artigos serão apenas introduções, por motivos óbvios: para aqueles que quiserem um documentário completo com uma farta revisão da literatura, podem assistir ao meu vídeo no Brasão de Armas, que tenho certeza que apreciarão bastante. Então, vamos começar com um autor que é uma das maiores referências no estudo da fome: o professor Stephen Wheatcroft. Dessa vez vamos para um artigo dele fresquinho, publicado agora em 2019, chamado “Soviet Statistics under Stalinism: Reliability and Distortions in Grain and Population Statistics” (Estatísticas soviéticas sob o stalinismo: confiabilidade e distorções nas estatísticas de população e de grãos.) Ele já começa o artigo partindo para o ataque: “é bem sabido que houve grandes distorções em como algumas das estatísticas eram reportadas…” Novamente, qualquer um que estuda com o mínimo de seriedade a União Soviética, vai concordar com isso. Mas na página 1023 o professor mostra algo curioso a respeito de Stalin. Em 1928 começou o Primeiro Plano Quinquenal (o plano que iniciou a matança camponesa de fome), e já em 1931 até Stalin estava incomodado com tanta falsificação de resultados, de modo que resolveu dar uma basta naquilo e criar um órgão estatístico mais independente para ser mais transparente em 1932.

Os censitários faziam os registros corretos, mas eram ameaçados pelo governo para não divulgá-los, ou para alterá-los

Mas o autor diz que no mesmo ano que Stalin teve a ideia, ele já a abandonou. O professor diz que “o momento da fome de 1932 e a decisão de negar e encobrir a sua existência restringiu enormemente as perspectivas de uma verdadeira reforma no trabalho estatístico.” Veja só que coisa: até boas intenções no comunismo duram pouco. O autor continua mostrando no parágrafo seguinte que o Exército Vermelho foi o primeiro a ficar de saco cheio de tanta falsificação e estatísticas vazias. Em seguida, na subdivisão, “O encobrimento da fome complica a adoção de indicadores mais realísticos a partir de 1932”, o professor segue mostrando como os censitários faziam os registros corretos, mas eram ameaçados pelo governo para não divulgá-los, ou para alterá-los. Na p. 1025 o professor mostra que os dados estatísticos populacionais produzidos pelo órgão responsável registraram de modo claro que havia uma fome severa em muitas regiões, principalmente na Ucrânia, mas suas tentativas de chamar a atenção da liderança foram em vão.

Por fim eles conseguiram reportar os dados a Kuibyshev, chefe da Gosplan, que era o órgão responsável por aplicar aquele Plano Quinquenal maluco. Kuibyshev não aceitou aqueles números alarmantes. Quando Osinskii, que era o pobre chefe censitário, reportou a terrível taxa de movimento populacional (mortes x nascimento) eles foram enviados para a Comissão de Controle Estatal para verificação. E lá um tal de Voznesenskii, também conhecido como matador de censitários honestos, foi responsável por verificar a validade dos dados. E advinha a que conclusão ele chegou? Aqueles números eram todos mentiras e foram todos falsificados! E quais foram as razões científicas que ele deu? “Que aquele órgão estava tomado de agitadores, grupos antagonistas, que estavam sistematicamente duplicando as mortes e diminuindo nascimentos.”

A partir dali começou uma perseguição sistemática aos registradores para fraudarem os resultados dos censos. E a adulteração foi só piorando porque em 1932 e 1933 os números populacionais divulgados tinham sido muito maiores do que os registrados no censo. Então o governo se negou a aceitar o censo real, pra não expor a realidade do fracasso do Plano Quinquenal. E aí o censo foi cancelado e adiado de 1933 pra 1937, quando iria terminar o Terceiro Plano Quinquenal, e aí daria tempo pra fome passar, a população se recuperar, e Stalin poder jogar uma “pá de cal” nos milhões de mortos que a política comunista matou. Mas o resultado do censo deixou Stalin bem… Magoado! O resultado mostrou que a população chegou a 161,6 milhões de pessoas, cerca de 8 milhões a menos que a projeção interna do Órgão e 19 milhões a menos do que a projeção do governo soviético para o Segundo Plano Quinquenal. Ou seja, a tragédia da fome tinha sido confirmada e reconfirmado pelos censos de 1933 e 1937 também.

E agora, o que Stalin e seu bando fariam diante de uma ciência exata tão reveladora e castaclísmica para a política soviética? Sua imaginação será confirmada na próxima coluna!

FONTE: GAZETA DO POVO https://www.gazetadopovo.com.br/vozes/thiago-braga/a-grande-mentira-comunista-como-stalin-escondeu-o-holodomor-do-mundo/

JORNALISTA LAVA A ALMA DO POVO BRASILEIRO

FONTE: JBF https://luizberto.com/jornalista-lava-a-alma-do-povo-brasileiro/

OAB-RR faz homenagem a juíza que ofereceu casaco e café a preso em audiência de custódia

Audiência de custódia
Vídeo mostra juíza se negando a conduzir audiência com o preso “tremendo de frio”. A magistrada ofereceu café e um casaco ao rapaz detido por tráfico de drogas| Foto: reprodução/X Nikolas Ferreira


A juíza Lana Leitão Martins, que ofereceu casaco e café a um preso durante uma audiência de custódia, recebeu uma menção elogiosa da Ordem dos Advogados do Brasil em Roraima (OAB-RR). O presidente da OAB-RR, Ednaldo Gomes Vidal, afirmou que deve haver um reconhecimento a “atuação ética e humanizada” da magistrada. O documento foi enviado ao ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida, e ao presidente do TJ-RR, Jésus Nascimento, na última sexta-feira (12).

Um vídeo, no qual a magistrada aparece se negando a continuar uma audiência enquanto o preso estivesse com frio, viralizou nas redes sociais. A magistrada pede para retirar as algemas, desligar o ar condicionado, dar um casaco e café a Luan Gomes, de 20 anos. O crime cometido por Luan não é citado durante a gravação, mas fontes afirmaram que ele teria sido preso com drogas.

Em nota oficial, o presidente da OAB-RR reitera que a juíza aplicou “efetivamente o ordenamento jurídico, observando as regras de segurança sanitária e garantia de direitos da pessoa presa, com excelência, presteza e dedicação, sempre pautada na ética e compromisso institucional”.

Em dezembro, durante a inauguração de um prédio, Lana Leitão Martins disse que “a justiça criminal é uma justiça garantidora dos direitos humanos, e a [audiência de] custódia é a porta de entrada desses direitos. Portanto, o acolhimento dessas pessoas é de vital importância”.

Vários parlamentares e figuras políticas reagiram ao vídeo nas redes sociais. Entre eles, o presidente Jair Bolsonaro. Em uma publicação na plataforma X, o ex-presidente afirmou que as audiências de custódia causam malefícios ao povo e às Forças de Segurança.

“Desde o início mostramos o mal de se soltar rapidamente sujeitos que voltam às ruas para cometer imediatamente os mais bárbaros crimes contra o povo: estupro, assassinatos, roubos de celular para tomar uma cervejinha, sequestros e latrocínios. Os criminosos se utilizam deste artifício que muitos entendem como correto, como se vivêssemos em um país onde a criminalidade jamais fosse algo deflagrado como a níveis superiores à nações em níveis de guerra”, disse Bolsonaro.

FONTE: GAZETA DO POVO https://www.gazetadopovo.com.br/vida-e-cidadania/oab-rr-homenagem-juiza-ofereceu-casaco-cafe-preso-audiencia-custodia/

O “anão diplomático” consegue se apequenar ainda mais

Lula - Celso Amorim - política externa
Celso Amorim, assessor para assuntos especiais do Planalto, e o presidente Lula.| Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil


A marca da diplomacia brasileira no primeiro ano deste terceiro governo Lula foi o recurso a uma equivalência moral profundamente abjeta, porque falsa. O presidente petista e seus diplomatas, a começar pelo chanceler de facto, Celso Amorim, trataram de igualar em responsabilidade ambos os lados em dois conflitos de repercussão global – a guerra na Ucrânia e a crise no Oriente Médio após a selvageria terrorista do Hamas contra Israel – e uma disputa regional, em que a Venezuela manifestou sua intenção de anexar o território de Essequibo, pertencente à Guiana. Com isso, Lula fazia sua escolha por um dos lados, já que em todos os casos há agressores e vítimas claramente definidos, de forma que é impossível igualá-los moralmente, mas ao menos havia a tentativa de manter uma aparência de neutralidade, ainda que isso só enganasse os mais incautos ou os que desejavam ser ludibriados.

O ano de 2024 começou mostrando que Lula podia afundar ainda mais, fazendo de forma explícita a escolha pelo lado errado. Na última quarta-feira, o Itamaraty afirmou que o Brasil apoiaria a denúncia oferecida pela África do Sul à Corte Internacional de Justiça (CIJ) em dezembro do ano passado, e que pede a condenação de Israel pelo crime de genocídio. Duas audiências foram realizadas na quinta e na sexta-feira, na cidade holandesa de Haia – na primeira, falaram os representantes sul-africanos, e na segunda foi apresentada a defesa israelense. Não há data certa para a corte emitir uma decisão ou determinar algum tipo de medida cautelar.

O endosso oficial de Lula à acusação sul-africana vai além do uso impróprio do termo “genocídio”, característico da esquerda; é uma postura que diminui profundamente o Brasil diante da comunidade internacional

A esquerda brasileira em geral e o PT em particular já adotaram há tempos a banalização do termo “genocídio”, aplicando-o até a questões internas de segurança pública e, mais recentemente, à condução do combate à pandemia de Covid-19 pelo governo de Jair Bolsonaro. Lula já usou a expressão para se referir à reação de Israel, que invadiu a Faixa de Gaza para tentar desarticular o Hamas e impedir novos ataques como o de 7 de outubro do ano passado. Mas o endosso oficial de Lula à acusação sul-africana vai além do uso impróprio de um termo; é uma postura que diminui profundamente o Brasil diante da comunidade internacional.

O genocídio, como definido no direito internacional, é um conjunto de ações bastante específico, com o objetivo deliberado de erradicar toda uma população detentora de certas características, por exemplo étnicas, raciais ou religiosas. Ironicamente, foi o genocídio nazista perpetrado contra os judeus no Holocausto que forneceu as bases teóricas para esta definição, embora este não tivesse sido o primeiro genocídio da história: só no primeiro terço do século 20 houve, também, o cometido pelo Império Otomano contra os armênios, ou ainda o Holodomor stalinista contra os ucranianos. Mais recentemente, houve o genocídio no Timor Leste, cometido pelo governo indonésio na década de 70, e o extermínio de tutsis realizado por hutus em Ruanda, em 1994.

No entanto, não há como aplicar essa categoria à invasão de Gaza por Israel. Seu objetivo não é exterminar os palestinos, e sim desmantelar o Hamas – este, sim, o verdadeiro genocida, já que não esconde seu objetivo de eliminar os judeus, em linha com seu grande financiador, o regime dos aiatolás no Irã. Pode-se e deve-se discutir se Israel tem feito todo o possível para evitar mortes de civis palestinos inocentes, e se foram cometidos crimes de guerra na incursão em andamento, mas a acusação sul-africana é claramente infundada, um truque político-ideológico que praticamente conta apenas com o endosso de países islâmicos, ditaduras e governos de esquerda mundo afora. Com sua decisão, Lula colocou-se ao lado, por exemplo, de Arábia Saudita, Venezuela e Nicarágua, enquanto opõe-se a democracias como a norte-americana e a alemã, que se declararam oficialmente contra a denúncia na CIJ.

E, enquanto enxerga genocídios onde não existem, Lula fecha os olhos a práticas genocidas cometidas por regimes e grupos com os quais simpatiza – não apenas o Irã e o Hamas. A invasão conduzida por Vladimir Putin na Ucrânia inclui práticas como a erradicação da cultura ucraniana nas regiões invadidas e, pior, a deportação forçada de crianças ucranianas. Na China, a ditadura comunista há tempos tenta suprimir a minoria muçulmana dos uigures na província de Xinjiang, promovendo limpeza étnica ao patrocinar a migração de chineses de etnia han e realizar esterilizações e abortos forçados entre os uigures, que costumam ser encarcerados em campos de reeducação e forçados a abandonar sua fé islâmica. A esse respeito, não se ouviu uma única palavra do petista sobre seus companheiros no bloco dos Brics.

Todo o mundo democrático capaz de ligar os pontos já sabia onde Lula se posicionava no conflito entre Israel e Hamas com sua falsa equivalência moral, mas, como afirmamos no início, ao menos o Brasil ainda mantinha uma ar de neutralidade com que o país tentava se qualificar como um possível mediador internacional de relevância. Agora, até mesmo as aparências se perderam. O Brasil alinha-se oficialmente com o que há de pior no mundo, com os terroristas e com os ditadores, opondo-se a um país que tem o direito de se defender das ameaças contra sua existência e que luta contra um agressor que não hesita em fazer os próprios palestinos de escudos humanos, expondo-os deliberadamente ao fogo israelense para lucrar midiaticamente com os corpos de civis inocentes. Em vez de defender a devida identificação e investigação de eventuais crimes de guerra, o Brasil opta por endossar uma acusação genérica que faz troça da verdadeira natureza dos genocídios e mostra como, para Lula, as avaliações de todos os atos dependem não daquilo que é feito, mas de quem faz, se aliado ou adversário.

FONTE: GAZETA DO POVO https://www.gazetadopovo.com.br/opiniao/editoriais/lula-genocidio-israel/

SEGUNDO A GROBO, TÁ TUDO BEM, INFLAMAÇÃO CONTROLADA

FONTE: JBF https://luizberto.com/segundo-a-grobo-ta-tudo-bem-inflamacao-controlada/

Pesquisador diz que governo Lula fracassou com os Yanomamis

Registro feito em terra yanomami (Foto: Agência Brasil)

Com o governo Lula, as mortes no território Yanomami não param de crescer. O Ministério da Saúde registrou 308 mortes até novembro de 2023. Das 308 vítimas, mais da metade 52% (162), são crianças de 0 a 4 anos. Destas, 104 eram bebês de até um ano.

A mortalidade infantil entre os Yanomamis atualmente é superior ao registrado em Serra Leoa, país na África, considerado pela ONU como o mais letal para crianças, com a estimativa de 78,2 mortes a cada mil habitantes.

O pesquisador Estêvão Benfica Senra, pertencente ao Instituto Socioambiental, publicou artigo dizendo que o governo federal fracassou com os Yanomamis.

“Os últimos dados apresentados pelo governo sobre a situação de saúde na Terra Indígena Yanomami não deixam dúvidas: o governo fracassou em sua promessa de resgatar a dignidade no território Yanomami”, escreveu.

Para o pesquisador, o governo erra em faltar com apoio às comunidades vulnerabilizadas com cestas básicas, ferramentas agrícolas e sementes, serviço de atendimento regular de saúde e no enfrentamento ao garimpo ilegal.

Senra também criticou a atuação do ex-presidente Jair Bolsonaro e afirmou que  acredita na sensibilidade de Lula sobre o com a ‘penúria yanomami’. “Mas, como sabemos, o inferno está cheio de boas intenções. Não basta querer mudar uma realidade sem antes se dispor, ao menos, a conhecê-la. Especialmente uma realidade tão complexa como a da terra Indígena Yanomami”.

FONTE: DP https://diariodopoder.com.br/brasil-e-regioes/lsf-brasil/membro-do-instituto-socioambiental-cobra-medidas-efetivas-do-governo

COMPORTAMENTO INDIGNO

FONTE: JBF https://luizberto.com/comportamento-indigno/

TÁ NO GOVERNO CERTO: BOSTA PURA NA CABEÇA

FONTE: JBF https://luizberto.com/ta-no-governo-certo-bosta-pura-na-cabeca/#

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