O Enem ideológico está de volta

Coletiva de imprensa de divulgação do balanço da aplicação do Enem.| Foto: Luis Fortes/MEC

O primeiro Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) do terceiro mandato de Lula não surpreendeu: quem esperava uma prova ideologicamente carregada acertou em cheio. O ataque grosseiro ao agronegócio tem sido o ponto mais destacado da primeira parte do exame, realizada neste domingo com os conteúdos de linguagens, ciências humanas e redação; mas outras escolhas de textos refletem perfeitamente a forma como o petismo quer que os jovens pensem, que atitudes eles devem aprovar ou repudiar, e que pensadores precisam ter como referência.

Lula, como bem sabe todo brasileiro minimamente informado, é hostil ao agronegócio. O então candidato insultou os produtores rurais durante a campanha eleitoral, chamando-os de “fascistas”; e, uma vez empossado, deu rédea solta ao Movimento dos Sem-Terra (MST), que em dez meses de Lula 3 já realizou mais invasões que em todos os quatro anos de mandato de Jair Bolsonaro. Os burocratas do Ministério da Educação responsáveis pela seleção das questões do Enem não quiseram ficar atrás, e usaram um trecho de um artigo acadêmico que demoniza o avanço da agropecuária no Cerrado, associando a atividade à violência no campo. Outra pergunta usou um texto de 2006 que liga o cultivo de soja e a pecuária ao desmatamento: “o desmatamento tem a ver também com a expansão da soja, porém atribuir a ela o fato principal parece não totalmente correto. Parto da compreensão central de que a lógica que gera o desmatamento está articulada pelo tripé grileiros, madeireiros e pecuaristas”, diz o autor citado.

Em um sistema educacional voltado para o bom resultado no Enem, os estudantes serão preparados para responder aquilo que o examinador quer. É aí que a semente da ideologia será plantada

A ideologia e as afinidades petistas ainda aparecem em outras perguntas; uma delas comete a proeza de abordar a “política demográfica” chinesa para a província de Xinjiang sem mencionar o genocídio dos uigures – no máximo, um dos textos usados afirma que a China estimula um “fluxo migratório” para “aumentar a proporção de chineses da etnia Han em relação à população local de etnias turca e muçulmana”. Mesmo nas questões em que o conteúdo do texto não tem ligação direta com as respostas – por exemplo, na prova de linguagens, em que as perguntas estão ligadas a aspectos formais ou estilísticos – o viés é inegável. É o caso, por exemplo, de uma questão que traz números sobre homicídios em que as vítimas são negras, mas sem nenhum outro tipo de contextualização; uma pergunta baseada em um trecho de reportagem sobre união homoafetiva; ou a menção à participação da Laurel Hubbard, atleta transgênero da Nova Zelândia, na competição feminina de levantamento de peso nos Jogos Olímpicos de Tóquio.

Já se vão mais de 15 anos desde que a Gazeta do Povo passou a denunciar com mais firmeza a ideologização de exames vestibulares e concursos públicos, e a situação apenas piorou, graças inclusive à onipresença do Enem. O exame havia sido criado em 1998 como meio de avaliação da qualidade do ensino médio; foi no primeiro mandato de Lula que a prova se tornou meio de admissão ao ensino superior, e desde então foi ganhando cada vez mais relevância, a ponto de já ter substituído, completa ou parcialmente, vestibulares outrora importantíssimos. Quanto mais essencial o Enem se torna para quem almeja uma vaga universitária, especialmente nas instituições federais, mais influência têm os elaboradores e selecionadores das questões – que estão perfeitamente cientes deste poder.

Manuel Palácios, presidente do Inep (o órgão do MEC que elabora e aplica o Enem), respondeu às críticas afirmando que “ninguém precisa concordar com o suporte do item, nem o item está perguntando se o estudante concorda. A questão quer saber se o estudante é capaz de compreender um determinado texto”. O grau de cinismo impressiona; qualquer um sabe que, em um sistema educacional voltado para o bom resultado no Enem, os estudantes serão preparados para responder aquilo que o examinador quer. É aí que a semente da ideologia será plantada; mesmo que professores e alunos discordem, todos sabem o que será preciso dizer para ter sucesso e quais são as opiniões “proibidas”, e isso deixa sua marca, independentemente do que pensem os alunos. É por isso que o petismo transformou o Enem, que já não procura saber se o candidato está bem preparado intelectualmente, mas medir sua docilidade ideológica.

FONTE: GAZETA DO POVO https://www.gazetadopovo.com.br/opiniao/editoriais/o-enem-ideologico-esta-de-volta/

Como a esquerda global tomou o lado da Palestina

Miguel Urbán
Deputado do Parlamento Europeu e ‘anticapitalista’, espanhol Miguel Urbán discursa em evento a favor da Palestina.| Foto: Javier Lizón/EFE


Em um primeiro olhar, a causa da esquerda ocidental e a causa palestina têm pouco em comum.

Em um segundo olhar, também.

Os líderes palestinos querem um Estado de viés autoritário, com a religião no centro e uma estrutura social rígida. As mulheres têm autonomia limitada. Imigrantes de outras etnias ou religiões não são bem-vindos. O sistema econômico tampouco é o defendido pelos socialistas.

Ainda assim, grupos estudantis, sindicatos, partidos políticos de esquerda têm demonstrado apoio à ideia de que Israel deve ser varrido do mapa. Do PCO ao PT, passando por toda a sorte de acadêmicos e artistas de esquerda, existe um consenso quase universal no apoio à Palestina contra a “ocupação israelense” (leia-se a existência de Israel).

Mas o alinhamento, que hoje parece automático, não foi assim no passado. A história do conflito entre Israel e os países árabes ultrapassa a divisão clássica entre esquerda e direita.

Israel nasce sob comando socialista

O Estado de Israel nasceu em 1948 sob a liderança de figuras socialistas — quase todos, judeus seculares.

O movimento sionista teve início décadas antes do Holocausto. E o idealismo de uma nação para os judeus vinha acompanhado do idealismo quanto ao modo de vida.

A formação dos kibutzim – fazendas comunitárias — é fruto dessa mentalidade. Antes mesmo da Revolução Russa de 1917, a tendência coletivista era comum entre os judeus que haviam se radicado na Europa. Mas, ao contrário do comunismo imposto pelo Estado de cima para baixo, muitas famílias que emigravam para o futuro Estado de Israel optaram por um modelo de compartilhamento voluntário.

David Ben-Gurion, o primeiro chefe de governo de Israel, era um socialista. Antes de chegar ao poder, ele defendeu até mesmo o uso de violência contra trabalhadores de direita que tentavam impedir movimentos grevistas.

O partido criado por Ben-Gurion, o Mapai (cujo símbolo é uma adaptação da foice e do martelo) dominou a política israelense nas duas primeiras décadas de existência do país. Em 1968, o Mapai se fundiu com outra sigla de esquerda e formou o partido trabalhista Ha-Avoda, que se manteve no governo por mais uma década.

Só em 1977, com o primeiro-ministro Menachem Begin, é que a direita (representada pelo partido Likud) chegou ao poder pela primeira vez em Israel. E foi só no século 21 que os conservadores solidificaram sua maioria no Knesset, o parlamento israelense. O terrorismo islâmico da Segunda Intifada (uma onda de atentados contra alvos israelenses) ajudou indiretamente a derrotar a esquerda, que propunha uma postura mais conciliatória com os palestinos.

Outra figura central na criação de Israel, Golda Meir, chegou a ocupar ao mesmo tempo o posto de primeira-ministra israelense e de vice-presidente da Internacional Socialista.

Ao se casar, segundo escreveu em suas memórias, ela não queria uma cerimônia religiosa tradicional porque tanto ela quanto o marido Morris Meyerson eram socialistas. Ela também descreveu como o movimento sionista socialista a atraiu ainda na adolescência. “Eu dava por certo que, nesse lugar, ninguém passaria necessidade, ou seria explorado, ou viveria em medo de outras pessoas”, relembrou.

União Soviética ao lado de Israel

A conexão da esquerda com a origem de Israel vai além das ideias de seus fundadores. A União Soviética foi o primeiro país a reconhecer a independência israelense. Logo depois (além da Nicarágua) vieram outros governos sob influência comunista: Checoslováquia, Iugoslávia e Polônia.

Os soviéticos acreditavam que apoiar a formação do novo Estado seria uma forma de atrair Israel para longe da alçada de influência dos britânicos — na época, a União Soviética considerava que o Reino Unido continuaria sendo a maior potência do planeta. O mundo estava mudando rapidamente, e as alianças geopolíticas passavam por um realinhamento. Em 1948, nem mesmo o papel dos Estados Unidos como principal rival na Guerra Fria era óbvio.

Mas, nos anos seguintes, as políticas antirreligiosas e, mais especificamente, antissemitas do regime soviético impediram uma aproximação maior entre Israel e o bloco comunista. Além disso, apesar de suas tendências socialistas, os líderes israelenses acreditavam na via democrática. O mesmo não pode ser dito dos vizinhos de Israel.

A versão árabe do socialismo

Não é exagero dizer que as guerras iniciais de Israel contra países árabes foram conflitos confrontos entre governos socialistas.

O Oriente Médio e o Norte da África nem sempre foram tão fragmentados quanto hoje. O império otomano controlou a região por cinco séculos até que se desmantelou em 1922, e foi substituído em boa parte do Oriente Médio por protetorados britânicos.

Mas, pouco a pouco, movimentos de independência emergiram. O mais influente foi o do Egito, sob a batuta de Gamal Abdel Nasser. Em 1952, um golpe militar liderado por ele derrubou a monarquia do Egito. O Estado nacional, que ficara em segundo plano durante a maior parte da história da região, passava a ser o protagonista.

A “Carta pela Ação Nacional”, de Nasser, previa a “destruição do imperialismo”, o fim da “dominação do capital sobre o governo”. Gamal Abdel Nasser também era contrário à existência de Israel. “É um Estado artificial que precisa desaparecer”, ele disse, em 1954. O Egito liderou os ataques de países árabes a Israel em 1948, 1967 e 1973.

A influência do “nasserismo”

O nacionalismo árabe se baseava na ideia de que os países da região deveriam se afastar do bloco ocidental. A estratégia era parte de um movimento anticolonialista mais amplo, que também influenciou movimentos pró-independência na África. Nasser foi o principal líder do chamado pan-arabismo, que gerou frutos em muitos países da região. Nos anos seguintes, partidos socialistas conquistaram o poder com figuras como Saddam Hussein no Iraque, Muammar Gadaffi na Líbia e Bashar Al-Assad (que continua no poder) na Síria. Na Palestina, o socialismo árabe está na raiz do Fatah, movimento que foi liderado por Yasser Arafat e ainda hoje governa a Cisjordânia.

Entre 1958 e 1961, Egito e Síria chegaram ao ponto de se unificarem como República Árabe Unida. Até mesmo no Líbano, o único país da região com uma população cristã representativa, as ideias de Nasser tiveram alguma influência.

“O pan-arabismo era um movimento mais de esquerda, secular, de reação ao imperialismo americano”, explica Igor Sabino, doutor em Relações Internacionais e professor do IBMEC. Ele, entretanto, faz uma ressalva importante: “A noção de esquerda e direita no Oriente Médio é muito diferente da ocidental.”

Quando os países árabes se tornaram independentes, a bandeira socialista parecia uma alternativa razoável, em parte por simbolizar um afastamento dos britânicos, em parte por parecer mais compatível com o modo de vida islâmico, pouco influenciado pelas ideias do liberalismo. As ideias socialistas estavam em alta em parte da Europa. Na França, por exemplo, o bloco de esquerda conquistou o poder ainda em 1946.

Os países socialistas árabes não eram alinhados automaticamente com o bloco comunista comandado pela União Soviética. Ao manter uma certa distância dos dois blocos da Guerra Fria, eles buscavam manter o poder de barganha.

Mas, pelo mesmo motivo que reconheceram a existência de Israel, os soviéticos chegaram primeiro e decidiram apoiar a causa nacionalista árabe.

Em 1952, enquanto a região estava sob embargo da ONU para a compra de armas, a Checoslováquia (tutelada pela União Soviética) vendeu 200 tanques de guerra, outros 200 veículos blindados, 100 aviões de caça, 2.000 caminhões e 1.000 jipes ao governo egípcio.

Para os soviéticos, era uma grande oportunidade. O Egito havia deixado a zona de influência britânica (assim como a Jordânia e a atual Palestina), e os russos faziam questão de reforçar a proximidade com esses países.

O governo americano, por sua vez, mantinha inicialmente uma postura de apoio tímido a Israel, para quem se recusou a vender armas até 1962. Mas, conforme os soviéticos buscavam uma aproximação com os árabes, os Estados Unidos passavam a ver Israel como aliado preferencial na região.

Com o enfraquecimento da União Soviética e a subsequente queda do Muro de Berlim, as forças seculares de esquerda se viram mais fragilizadas para impedir o avanço do fundamentalismo islâmico no mundo árabe. A ascensão de grupos como a Al-Qaeda e o Hamas forçou os Estados Unidos a adotarem um papel mais ativo de apoio a Israel — quando não de intervenção militar direta.

A esquerda pós-moderna escolhe um lado

O antissemitismo da esquerda tem raízes no próprio Karl Marx, que associava os judeus ao capitalismo. A ligação histórica do socialismo árabe com os soviéticos também ajuda a explicar por que grupos radicais, como o PCO, apoiam o Hamas.

Mas existe outra razão para a simpatia da esquerda contemporânea pelos palestinos. Ela pode ser resumida por uma palavra: interseccionalidade.

O termo se refere à ideia de que os oprimidos devem se unir, seja qual for a causa da opressão. Daí surgem as alianças que unem ativistas transgênero, militantes pró-aborto, feministas e comunistas em favor de um regime de contornos teocráticos.

A chave para entender o apoio da esquerda moderna à Palestina, portanto, não é a defesa de um governo igualitário. Se este fosse o caso, seria mais razoável apoiar Israel, que ainda tem kibutzim em funcionamento, garante direitos iguais às mulheres e possui normas que protegem as minorias sexuais, tão caras aos progressistas. A chave é a visão de que os israelenses são colonizadores.

Para quem acredita que a história tem dois lados, a Palestina foi eleita como “o lado certo”. Israel, nessa visão, é uma força “colonialista”. Esta interpretação ganhou força no século 21, quando a reação dura do governo israelense ao terrorismo palestino solidificou os dois lados do debate.

Igor Sabino diz que, para entender o apoio à Palestina no Ocidente, é preciso entender a nova esquerda. “Isso tem a ver com a teoria crítica, o pós-colonialismo e o pós-estruturalismo. Essas teorias ocidentais é que fazem esses grupos de esquerda associarem o movimento palestino à luta anticolonial. Esse apoio tem muito mais a ver com o que o Roger Scruton chamava de nova esquerda do que com o marxismo e o socialismo em si”, diz ele.

Se os grupos de esquerda se identificam com os militantes palestinos, a recíproca nem sempre é verdadeira. Não se tem notícia de manifestações de palestinos a favor do casamento gay ou do aborto.

A ideia de interseccionalidade ainda não chegou a Gaza.

FONTE: GAZETA DO POVO https://www.gazetadopovo.com.br/ideias/como-a-esquerda-global-tomou-o-lado-da-palestina/

Alexandre Garcia

Ministro é convidado a explicar o disparate que foi o Enem

O presidente Lula e o ministro da Educação, Camilo Santana.
O presidente Lula e o ministro da Educação, Camilo Santana.| Foto: Valter Campanato/Agência Brasil.

A Comissão de Educação da Câmara dos Deputados e a Comissão de Agricultura do Senado aprovaram convite ao ministro da Educação, Camilo Santana, para explicar esse disparate de domingo passado, que foi essa prova do Enem. Eu não quero nem falar da politização, da ideologia; quero falar é da falta de entendimento. O próprio ministro diz que ele não conseguiria responder as questões; eu também não conseguiria, porque eu não entendi os enunciados, os pressupostos, que estão redigidos em um português horrível, sem nenhuma clareza ou simplicidade. Isso mostra a complexidade mental desses tais “professores independentes” que confeccionaram a prova.

Pobre do aluno do ensino médio que teve de tentar entender aqueles absurdos, como a proposta de redação. Era para falar sobre a profissional que também é dona de casa, mas eles inventam termos que não existem: “desafios para o enfrentamento da invisibilidade do trabalho de cuidado realizado pela mulher no Brasil”. “De cuidado”? Que trabalho é esse? Seria o de cuidar da casa, mas eles são muito obtusos, já pressupõem a “invisibilidade”. Como assim? Todas as famílias aplaudem a mãe, a avó, que cuidam da casa. Nunca esquecemos desse cuidado.

Vamos ver o que vai acontecer com o ministro da Educação indo lá. Ele disse que não é responsável, mas é responsável, sim. O governo é responsável.

Marina Silva terá de explicar “perseguição ao agro” na Câmara

Também houve a convocação – não um mero convite, mas convocação – da ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, pela Comissão de Agricultura da Câmara. Ela terá de explicar por que, segundo os deputados, o Ministério do Meio Ambiente está perseguindo a agropecuária brasileira, principalmente na Amazônia. Como no caso daqueles pobres coitados que foram postos lá pelo Incra, em 1994, e agora estão sendo retirados de uma terra onde eles estão plantando há 30 anos, tudo porque criaram depois uma reserva indígena. São pessoas que não têm para onde ir e estão sendo tratados pelo governo como criminosos, quando na verdade deveriam receber pedidos de desculpas, indenização, casa nova e terra equivalente à área em que o Incra os tinha colocado. Além disso, Marina Silva também terá de explicar por que as queimadas desse ano estão sendo maiores que as do ano passado no Amazonas, em Roraima e no Acre; e será questionada sobre a burocracia que está amarrando o setor agropecuário.

PF prende dois suspeitos de ligação com o Hezbollah

Tenho dito aqui que os problemas da Amazônia estão mais perto de nós que os problemas do Oriente Médio, da Faixa de Gaza. Mas agora vimos que a Polícia Federal prendeu duas pessoas – uma no aeroporto de Guarulhos (SP) – suspeitas de ligação com o Hezbollah, grupo que segue as ordens do Irã, considerado país terrorista pelos Estados Unidos. Segundo a PF, eles estavam planejando atentados e manifestações contra a comunidade judaica aqui do Brasil – e recrutando brasileiros para isso! Não foi pouco, foram sete ações da Polícia Federal em Minas Gerais, duas no Distrito Federal e mais essas duas prisões; e há outros dois brasileiros no Líbano fazendo ligação com o Hezbollah e que estão na lista da Interpol.

O Hezbollah é uma milícia xiita, como xiita foi o atirador que descarregou um fuzil AK-47 em mim, em 1982. Se eu não tivesse formação de infantaria estaria morto. Quando eu vi o zumbido que eu conhecia, fui para o chão. Levantei a cabeça, deu mais uma rajada. Eu rastejei até uma proteção de uma floreira de concreto e rolei para dentro. Só que eu estava desarmado.

Temos um histórico na região da Tríplice Fronteira, em Foz do Iguaçu (PR), de pessoas que, perseguidas por terrorismo, vão “esfriar” naquela região. Respeitam as leis brasileiras, até para serem esquecidos. Ficam lá anos. E o terrorismo islâmico já agiu contra a Embaixada de Israel em Buenos Aires, em 1992. O atentado de lá matou 30 pessoas. Não há como descansar. É a eterna vigilância para não aparecer o terror aqui no Brasil. É uma guerra que chega aqui dentro, infelizmente. Por isso, parabéns para a PF, que inclusive recebeu informações de agências de inteligência de Israel e dos Estados Unidos.

FONTE: GAZETA DO POVO https://www.gazetadopovo.com.br/vozes/alexandre-garcia/convite-camilo-santana-enem/#:~:text=A%20Comiss%C3%A3o%20de%20Educa%C3%A7%C3%A3o%20da,%C3%A9%20da%20falta%20de%20entendimento.

Tráfico de drogas, mineração, parceria com Maduro: como o Hezbollah atua na América do Sul

O ditador da Venezuela, Nicolás Maduro: regime venezuelano tem laços com o grupo terrorista desde a época de Hugo Chávez
O ditador da Venezuela, Nicolás Maduro: regime venezuelano tem laços com o grupo terrorista desde a época de Hugo Chávez| Foto: EFE/Miguel Gutiérrez


O grupo terrorista xiita libanês Hezbollah, que havia voltado a ser notícia internacional nas últimas semanas devido aos seus ataques a Israel em meio à guerra do Estado judeu contra o Hamas, foi destaque na imprensa brasileira nesta quarta-feira (8).

Duas pessoas foram presas pela Polícia Federal (PF) em São Paulo, por suspeita de ligação com o grupo libanês e de planejarem atentados contra prédios da comunidade judaica no Brasil.

A notícia surpreendeu muita gente, mas o Hezbollah, cujo maior apoiador é o Irã, atua na América do Sul há décadas, com fortes ligações com o crime organizado e as ditaduras de Hugo Chávez e Nicolás Maduro na Venezuela. Confira abaixo algumas das principais informações sobre essas conexões:

 Venezuela

O Hezbollah tem uma grande parceria com o governo Maduro, que dá guarida a integrantes do grupo terrorista.

Um relatório de 2020 do think tank americano Atlantic Council destacou os laços de figuras importantes do chavismo, como o ex-chefe da contrainteligência militar venezuelana Hugo Carvajal Barrios, e o Hezbollah.

“A localização estratégica da Venezuela na América do Sul e na encruzilhada do Caribe dá ao Irã e ao Hezbollah a capacidade de diminuir sua desvantagem geográfica em relação aos Estados Unidos. Para esconder essa relação, Chávez e depois o regime de Maduro forneceram identidades duplas para oriundos do Oriente Médio, construindo uma rede clandestina que fornece inteligência, treinamento, dinheiro, armas, suprimentos e know-how para os regimes de Maduro e [do ditador sírio Bashar al-]Assad”, destacou o documento.

Segundo o Atlantic Council, clãs libaneses-venezuelanos-colombianos integram uma rede transregional que dá apoio às atividades do Hezbollah e fornece uma base logística na Venezuela que permite que a ditadura de Maduro e grupos a ela associados, incluindo dissidentes das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) e guerrilheiros do Exército de Libertação Nacional (ELN), expandam operações.

Na avaliação do think tank, “o Hezbollah ajudou o regime de Maduro a se tornar o centro para a convergência do crime organizado transnacional e do terrorismo internacional no Hemisfério Ocidental, multiplicando os benefícios logísticos e financeiros para ambos”.

Em 2021, informações acessadas por hackers que invadiram o sistema da Diretoria Geral de Contraespionagem Militar da Venezuela, reveladas pelo jornal Israel Hayom, também detalharam como a ditadura de Maduro fornece abrigo para integrantes do Hezbollah.

As informações apontaram que membros do grupo terrorista libanês entraram na Venezuela pela Ilha de Margarita como estudantes de língua espanhola contemplados em “programas de estudos do governo”.

Ainda de acordo com o Israel Hayom, há relatos de que os integrantes protegidos pela ditadura venezuelana estariam envolvidos no tráfico de armas e drogas e em lavagem de dinheiro para financiar o terrorismo – parte deles são da família Maklad, originalmente da aldeia síria de As-Suwayda, perto da fronteira com a Jordânia, e que também atuaria no tráfico de minérios e tráfico humano.

Em 2019, um dossiê entregue ao The New York Times por um ex-oficial da inteligência venezuelana e confirmado por outro havia reunido depoimentos de informantes que acusavam o ex-ministro do Petróleo e ex-vice-presidente venezuelano Tareck El Aissami e seu pai de recrutar membros do grupo libanês para ajudar a expandir redes de espionagem e tráfico de drogas na região.

Uma fonte da reportagem do Israel Hayom apontou que o então ministro era “diretamente ligado” à família Maklad, beneficiada com “proteção” e “imunidade” a ponto de transformar a Ilha de Margarita em seu “reinado”.

Acusado de corrupção, lavagem de dinheiro e tráfico de drogas, El Aissami foi adicionado em 2019 à lista de mais procurados da Imigração e Alfândega dos Estados Unidos (ICE, na sigla em inglês), elaborada pela unidade de investigações de segurança interna.

No mesmo ano, o parlamentar da oposição Américo de Grazia afirmou que o Hezbollah explorava minas de ouro no Arco Mineiro do Orinoco, projeto da ditadura chavista que expandiu a devastação da Amazônia venezuelana.

Brasil, Argentina e Paraguai

O Hezbollah desenvolve diversas atividades nos três países. Uma reportagem recente da Gazeta do Povo mostrou que, segundo investigações da PF, a facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) se aliou ao grupo terrorista libanês para operações na tríplice fronteira entre Brasil, Paraguai e Argentina, em Foz do Iguaçu (PR).

Além disso, a parceria entre PCC e Hezbollah também teria braços de atuação nos portos brasileiros para o transporte ilegal de drogas, armas e munições exportadas e importadas pelo crime organizado no Brasil.

A parceria de mais de duas décadas inclui envio de armas pelos terroristas para o PCC, além de treinamento de faccionados com técnicas de guerrilha. Em contrapartida, o PCC auxilia o grupo terrorista na capitalização e investimentos para financiamento das ações do Hezbollah, inclusive, por meio do tráfico internacional de drogas.

O ex-presidente paraguaio Horacio Cartes (2013-2018) foi alvo de sanções dos Estados Unidos devido a acusações de contrabando de cigarros, lavagem de dinheiro e financiamento ao Hezbollah.

Na Argentina, o grupo terrorista foi apontado como responsável pelos atentados contra a Embaixada de Israel em Buenos Aires, em 1992, e contra a Associação Mutual Israelita Argentina (Amia), em 1994, que juntos somaram mais de 110 mortos.

O procurador argentino Alberto Nisman, encontrado morto no seu apartamento em 2015, investigava o atentado à Amia.

Seu trabalho levou à inclusão de seis iranianos e um libanês na lista dos mais procurados da Interpol em 2007 e apontou ramificações do Hezbollah no Brasil: 12 associados ao grupo terrorista moraram, estiveram no país e/ou mantiveram negócios aqui, segundo reportagem de 2013 da revista Veja. Ao menos quatro deles estiveram envolvidos no atentado de 1994 na Argentina.

Outros países

Na Colômbia, além das já citadas ligações com grupos armados, o Hezbollah teve conexões expostas em sanções anunciadas em setembro pelo Departamento do Tesouro dos Estados Unidos contra sete indivíduos e organizações.

Um dos alvos das sanções, Amer Mohamed Akil Rada, foi descrito como “um dos membros operacionais” do atentado à Amia na Argentina. Segundo o governo americano, ele morou mais de dez anos na América do Sul antes de se mudar para o Líbano.

Na Colômbia, ele administrou um negócio de carvão que destinava 80% dos seus rendimentos para o Hezbollah.

Um relatório do ano passado do think tank Instituto Washington de Políticas para o Oriente Próximo destacou casos que indicam a abrangência da atuação do Hezbollah na América do Sul.

Em 2014, a polícia do Peru prendeu um agente do grupo terrorista no distrito de Surquillo, em Lima, por planejar um atentado. No mesmo ano, um ataque contra civis foi evitado no Chile após investigação dos serviços de segurança.

Em 2017, afirmou o Instituto Washington, as autoridades bolivianas localizaram um armazém do Hezbollah e apreenderam material explosivo que seria suficiente para produzir uma bomba de duas toneladas e meia. Embora pareça novidade para muitos, a atuação do Hezbollah na América do Sul expande tentáculos e é uma realidade há décadas.

FONTE: GAZETA DO POVO https://www.gazetadopovo.com.br/mundo/trafico-de-drogas-mineracao-parceria-com-maduro-como-o-hezbollah-atua-na-america-do-sul/

Navio-patrulha, tanque anfíbio: quais armas a Marinha usará contra criminosos em portos no RJ e SP

GLO - Lagarto - Marinha Brasileira
Marinha vai usar lanchas blindadas e tanque anfíbio contra criminosos em portos no Rio e em São Paulo| Foto: Divulgação/Marinha do Brasil


Uma lancha blindada que pode perseguir embarcações usadas por traficantes de drogas, blindados anfíbios que podem combater em terra e mar e navios de patrulha equipados com radares de navegação de longo alcance estão entre os equipamentos usados pela Marinha na operação de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) iniciadas nesta semana nos portos do Rio, Itaguaí e Santos.

A Marinha do Brasil disponibilizou, nessa segunda-feira (6), o arsenal que vai ser utilizado durante operação em portos de São Paulo e do Rio de Janeiro para combate ao crime organizado. A força náutica vai utilizar 120 veículos e embarcações durante a ação que deve durar até o dia 3 de maio de 2024. A intenção é controlar a crise de segurança pública do país.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) autorizou no dia 1º de novembro a Operação da Garantia da Lei e da Ordem (GLO). A ação autoriza as Forças Armadas atuarem, junto à Polícia Federal (PF) e a Polícia Rodoviária Federal (PRF), no controle de criminalidade.

A decisão veio após a crescente escalada da violência no Rio de Janeiro. Ela tem como objetivo asfixiar uma das mais importantes fontes de renda de facções criminosas, como Comando Vermelho e Primeiro Comando da Capital, mas não deve resolver o problema do controle territorial de favelas e comunidades carentes no estado.

A Marinha atuará com 1.100 fuzileiros navais em terra e 800 marinheiros em embarcações, além de contar com equipamento militar pesado. A força naval desembarcou na baía de Guanabara (RJ), porto de Itaguaí (RJ) e no porto de Santos (SP). De acordo com a Força, esses portos têm “características de interligação que viabilizam o fluxo de mercadorias, o que atrai organizações criminosas, especializadas na condução do tráfico internacional de drogas e armamentos”.

Marinha conta com equipamento capaz de rastrear tiros

Com veículos blindados para mar e solo, a Marinha vai contar com o apoio de navios-patrulha, lanchas, carros lagarta anfíbio, viaturas Piranha, viaturas blindadas leves sobre rodas (JLTV), embarcações de casco rígido, caminhões tanques, lancha de inspeção naval e outros veículos diversos para apoio.

O destaque do arsenal é o jipe blindado JLTV, considerado um dos modelos mais modernos do mundo que vai substituir o jipe leve Humvee, usado para transportar tropas de comandos nas guerras dos Estados Unidos no Oriente Médio e forças especiais na guerra da Ucrânia.

Adquirida da empresa norte-americana Oshkosh Defense, a versão brasileira possui uma estação para armamento com metralhadora .50, 7.62 (MAG) e lançador de granadas 40mm. O veículo também tem capacidade para sustentar tiros de fuzil.

Blindado JLTV (Joint Light Tactical Vehicle – Veículo Tático Leve Conjunto)| Divulgação/Marinha do Brasil

A força também já deslocou navios-patrulha para os portos do litoral paulista e carioca. Utilizando seis versões da embarcação, o “Apa” ganha destaque devido à sua capacidade de detectar a direção de disparos. Construídos em 2009, eles são baseados na classe de navios da Marinha Real Britânica e tem capacidade de deslocamento de 2.000 toneladas, além de poder ficar um longo período em alto mar sem precisar de apoio logístico.

Com 90,5 metros de comprimento e 13,5 m de largura, a embarcação também conta com radar de navegação de longo alcance. Isso pode ajudar os militares a localizarem pequenas embarcações suspeitas que se infiltram nos portos, com luzes apagadas e instrumentos desligados, carregadas de drogas.

O Apa ainda é armado de um canhão MSI DS-30M/Mk-44 de 30 mm, duas metralhadoras MSI DS-25M/Mk-242 Bushmaster de 25 mm e duas metralhadoras de Browing 12,7 mm (.50). O navio-patrulha também possui dois pontos para montagem de fuzis de 7,62mm e dois lançadores de foguetes iluminativos de 57 mm. O veículo ainda possui enfermaria com dez leitos e sala de cirurgia.

O navio, contudo, não deve usar suas armas mais pesadas no combate ao narcotráfico, mesmo que seja atacada pelos traficantes. Mas servirá de base e central de comando e controle para equipes táticas de militares em pequenas lanchas blindadas e botes de borracha que serão usados para perseguir e prender suspeitos navegando em embarcações clandestinas.

A força naval conta com quatro modelos de lancha durante a operação nos portos. Elas são: uma do tipo “Cação”, blindada, para inspeção naval; uma “Mangangá”, também blindada e para inspeção naval; uma LAEP 10, uma de apoio ao ensino e patrulha; e uma LAEP 7 que desempenha o mesmo papel da de número 10.

Navio de Patrulha Oceânica “Apa”| Divulgação/Marinha do Brasil

Blindado anfíbio Piranha aguenta tiros de fuzil e pode operar na terra e no mar

A força naval ainda conta com o uso dos blindados piranha, que é um tipo de APC (blindado de transporte de pessoal, em tradução livre). O veículo é fabricado pela empresa suíça Mowag GmbH e a versão usada pela Marinha é do tipo 8×8. Destinada ao transporte tático ou logístico de pessoal e materiais, o blindado realiza ações em terra, com capacidade de prestar limitado apoio de fogo e proteção blindada, transpor obstáculos e de realizar travessia de pequenos cursos d’água com correnteza moderada.

O blindado ainda conta com capacidade para empregar armamentos do tipo .50, metralhadora automática a gás 7,62 mm (MAG), metralhadora 5,56 mm MINIMI ou lançador de granada 40 mm (LAG SB-M2 40 mm). Sua blindagem oferece proteção contra estilhaços de granadas, minas antipessoal e tiros de armas de pequeno calibre. Seu Sistema Central de Calibragem dos Pneus (Central Tire Inflation System – CTIS) permite ainda que ele faça um bom deslocamento em solo.

Viatura blindada especial sobre rodas – Blindado Piranha | Divulgação/Marinha do Brasil

Já os Carros Lagarta Anfíbios, que também compõe o arsenal da Marinha nos portos do Rio de Janeiro e São Paulo, são utilizados para transporte de pessoas e serão empregados para realizar o Movimento Navio para a Terra (MNT). Ou seja, com função similar aos Piranhas — embora possuam capacidade para transportar mais soldados — os Lagartas são mais pesados e lentos. Sua função original numa guerra é desembarcar anfíbios: levando soldados dos navios para praias.

Na Marinha brasileira ele é usado para a função de comando de outras tropas pois possui uma quantidade de equipamentos de rádio suficiente para operar um Centro de Operações de Combate (COC). Com menos blindagem e armamento, geralmente esse modelo possui apenas uma metralhadora de grande calibre.

Carro Lagarta Anfíbio para Transporte de Pessoal | Divulgação/Marinha do Brasil

FONTE: GAZETA DO POVO https://www.gazetadopovo.com.br/republica/navio-patrulha-tanque-anfibio-quais-armas-a-marinha-usara-contra-criminosos-em-portos-no-rj-e-sp/

Casal hispano-chileno foi queimado vivo em sua casa durante os ataques terroristas do Hamas

Casal formado por um espanhol e uma chilena foi uma das vítimas fatais dos ataques terroristas do Hamas realizados contra o Estado de Israel no dia 7 de outubro
Casal formado por um espanhol e uma chilena foi uma das vítimas fatais dos ataques terroristas do Hamas realizados contra o Estado de Israel no dia 7 de outubro| Foto: EFE/X/Rodica Radian-Gordon


Um casal formado por um espanhol e uma chilena foi uma das vítimas fatais dos ataques terroristas do Hamas realizados contra o Estado de Israel no dia 7 de outubro, que deixou 1,4 mil mortos e mais de 5 mil feridos, bem como 239 pessoas mantidas como reféns dos terroristas em Gaza.

Iván Illarramendi, de 46 anos, e Loren Garcovich, de 47 anos, moravam no kibutz Kissufim, que fica perto da fronteira de Israel com Gaza. Eles foram queimados vivos em sua residência, segundo confirmou na terça-feira (7) o Ministério das Relações Exteriores de Israel.

A identificação dos restos mortais do casal foi um processo complicado, pois “só havia cinzas e poucas partes de seus corpos, que não podiam ser separadas”, disse um porta-voz do Ministério à Agência EFE nesta quarta-feira (8), quando questionado sobre a demora para a identificação.

O porta-voz afirmou que a divulgação desta informação foi previamente decidida com os familiares das vítimas e especificou que os restos mortais do casal serão enterrados em Israel e na Espanha.

O casal foi inicialmente dado como sequestrado e levado para Gaza pelo Hamas, mas essa versão foi corrigida após a análise forense realizada pelas autoridades israelenses.

Illarramendi e Garcovich se juntam à lista de vítimas de origem hispânica no ataque do Hamas. Outra espanhola, Maya Villalobo Sinvany, de 19 anos, que prestava serviço militar em uma base próxima de Gaza, também morreu durante o ataque terrorista. Além disso, o embaixador israelense no Chile anunciou que pelo menos quatro pessoas de origem chilena perderam a vida na ação do Hamas.

A polícia de Israel confirmou nesta quarta-feira que 843 civis assassinados nos ataques de 7 de outubro foram identificados, e os restos mortais de mais de 100 vítimas ainda aguardam exame forense.

O ataque do Hamas foi o mais sangrento e devastador da história de Israel e gerou uma forte condenação internacional. O grupo palestino islâmico lançou milhares de foguetes contra o território israelense e invadiu várias localidades, massacrando civis e militares. (Com Agência EFE)

FONTE: GAZETA DO POVO https://www.gazetadopovo.com.br/mundo/casal-hispano-chileno-foi-queimado-vivo-em-sua-casa-durante-os-ataques-terroristas-do-hamas/

A CAGADA DO DIA

FONTE: JBF https://luizberto.com/a-cagada-do-dia-2/

PF descobre mensagens com contas para pagamento e vê ‘relação criminosa’ entre ministro de Lula e empresário

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A Polícia Federal alega que o ministro das Comunicações do governo Lula (PT), Juscelino Filho (União Brasil-MA), estabeleceu uma relação criminosa com o proprietário de uma empreiteira investigada por suspeita de desvios em contratos da Codevasf, uma estatal federal entregue ao centrão.

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A suspeita se baseia em conversas obtidas no celular do empresário Eduardo José Barros Costa, conhecido como Eduardo DP, e foram relatadas ao STF (Supremo Tribunal Federal).

Eduardo DP é apontado como o real dono da Construservice, que possui contratos milionários com a Codevasf financiados por emendas parlamentares, embora não apareça como sócio nos registros oficiais.

A PF ampliou suas investigações sobre a atuação da Construservice em contratos da Codevasf após reportagens da Folha publicadas em maio de 2022.

Na época, foi revelado que a empreiteira chegou a figurar como vice-líder em licitações da Codevasf e usou laranjas para participar de concorrências públicas durante o governo de Jair Bolsonaro (PL). O verdadeiro dono da empresa, localizada em Codó (MA), é Eduardo DP.

A assessoria do ministro afirma que não há irregularidades nas obras e que qualquer suspeita de benefício pessoal de Juscelino por meio de emendas é uma “ilação absurda.”

As mensagens analisadas no inquérito, segundo os investigadores, corroboram a “atuação criminosa de Juscelino Filho” e evidenciam que “sua função na Orcrim (organização criminosa) era conhecida por todos os membros” do suposto grupo liderado por Eduardo DP.

“É claro o pacto criminoso entre Juscelino Filho e Eduardo DP”, diz um trecho de um relatório da PF.

Conforme o documento enviado ao STF, o grupo do ministro teria sido responsável pelo “suposto desvio ou apropriação e uso indevido de, no mínimo, R$ 835,8 mil.”

As mensagens que embasam as conclusões da polícia foram encontradas após a apreensão do celular de Eduardo DP em julho de 2022, durante a primeira fase da operação Odoacro.

FONTE: JCO https://www.jornaldacidadeonline.com.br/noticias/53140/pf-descobre-mensagens-com-contas-para-pagamento-e-ve-e39relacao-criminosae39-entre-ministro-de-lula-e-empresario

Oposição quer convocar Mauro Vieira para explicar falta de embaixador no Catar

Deputado Evair de Mello (PP-ES). (Foto: Agência Câmara).

O vice-líder da oposição na Câmara dos Deputados, deputado Evair de Melo (PP-ES), apresentou à Comissão da Fiscalização Financeira e Controle (CFFC), na Câmara dos Deputados, requerimento de convocação do Ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, para explicar a ausência de embaixador brasileiro no Catar durante os últimos dois anos, situação que compromete o principal meio de interlocução em Gaza.

O requerimento de convocação está subsidiado pela coluna do jornalista Claudio Humberto, que abordou o assunto nessa quarta-feira (8). “Conforme noticiado, diplomatas experientes estão impressionados com os fracassos do Ministério das Relações Exteriores do governo Lula (PT) no conflito em Israel, da presidência rotativa do conselho de segurança da ONU à negociação para resgatar brasileiros”, justificou o parlamentar no corpo do requerimento”.

E completou: “tendo em vista a ausência de embaixador brasileiro no Catar, é imprescindível que o Governo ofereça esclarecimentos detalhados acerca das razões subjacentes a essa ausência e as consequências decorrentes neste período crítico”.

FONTE: DP https://diariodopoder.com.br/brasil-e-regioes/ttc-brasil/oposicao-quer-convocar-mauro-vieira-para-explicar-falta-de-embaixador-no-catar

Justiça arquiva ação de Maria do Rosário contra Bolsonaro

Ação contra Jair Bolsonaro foi arquivada (Foto: Marcelo Camargo/ABr)

A Justiça do Distrito Federal arquivou uma ação contra o ex-presidente Jair Bolsonaro por suposta incitação ao estupro. O caso é de 2014, a pena em eventual condenação é de seis meses a prescrição ocorre em três anos.

Como se passaram muitos anos do fato até eventual condenação, o Ministério Público entendeu que não é mais possível discutir o caso. O juiz Francisco Antônio Alves de Oliveira, do 2º Juizado Especial Criminal de Brasília, seguiu entendimento do MP.

Em 2014, Bolsonaro afirmou que a deputada federal Maria do Rosário (PT-RS) não merecia ser estuprada porque era “muito feia”.

Porque ela é muito ruim, porque ela é muito feia, não faz meu gênero, jamais a estupraria. Eu não sou estuprador, mas, se fosse, não iria estuprar, porque não merece”, afirmou Bolsonaro na época.

FONTE: DP https://diariodopoder.com.br/brasil-e-regioes/ttc-brasil/justica-arquiva-acao-de-maria-do-rosario-contra-bolsonaro

Lula desautorizou meta fiscal de Haddad por ciúmes

Após atacar a meta fiscal, Lula convocou reunião para “discutir reforma tributária”, sinalizando de novo que ele define a reforma e não Haddad. (Foto: Flickr/Planalto)

Lula convidou jornalistas amigos para inesperado café da manhã, dias atrás, para se certificar da repercussão do ataque que faria ao “déficit zero” do ministro Fernando Haddad (Fazenda). Não foi convicção ou por falta dela: velhos petistas que conhecem a alma de Lula dizem que queria mesmo desautorizar e sobretudo “cortar asas” de Haddad, cujo protagonismo o deixa enciumado. “Lula conseguiu o que queria”, disse um petista histórico de São Paulo, “mostrar que é ele quem manda”.

Minha reforma

Após atacar a meta fiscal, Lula convocou reunião para “discutir reforma tributária”, sinalizando de novo que ele define a reforma e não Haddad.

A bola da vez

Nos 43 anos de existência do PT, Lula sufocou todas as lideranças que poderiam rivalizar sua liderança. A bola da vez foi Fernando Haddad.

Engolindo sapo cru

Apesar da humilhação, em vez de pedir o boné, Haddad optou por hostilizar jornalistas com perguntas incômodas, de olho na sucessão.

Nem precisava

No PT, a certeza é que Lula foi instigado contra Haddad pelo chefe da Casa Civil, Rui Costa, também pré-candidato. Mas nem precisava.

Governador do Piauí Rafael Fonteles já é tratado como turista por viagens pelo mundo bancadas pelos piauienses. Fotos: Reprodução Tiktok

Governador turista custa muito caro ao Piauí

O roteiro internacional do governador Rafael Fonteles (PT) não cabe no bolso da maioria da população do Piauí, com 44,7% em condição de pobreza (IBGE). Foram 13 viagens em sete meses para países como Suécia, Inglaterra, Estados Unidos, Alemanha e até Vaticano, sempre em hospedagens de luxo (ou não seria petista). Passagem de primeira classe para Tóquio, onde Fonteles passeou, custa entre R$99,2 mil e R$110,1 mil. Dobrados, feito tapioca: ele viaja com a primeira-dama.

Bons vinhos

Um dos destinos mais baratos seria seu pulinho em Veneza (Itália): o custo de cada bilhete varia de R$16,7 a R$69,1 mil. First class, claro.

Pegar ou largar

Para Pequim (China), não tem negociação. A primeira classe é vendida por R$89,8 mil. Espanha e Alemanha têm preços similares, R$69 mil.

Vida de sheik

Para seguir os passos do governador no Catar, os bilhetes partem de R$70,2 mil e chegam aos astronômicos R$103,6 mil.

Poder sem Pudor

Monumento ao cocô de pardal

Um jovem estudante foi à casa do ex-presidente Jânio Quadros propor um debate na Universidade Católica de Santos e não mediu mesuras para conquistar o ilustre debatedor. “Dr. Jânio, o senhor é um monumento!” Jânio atalhou o jovem, rispidamente: “Monumento, meu caro senhor, só serve para se cagar em cima.” Estendeu a mão e despachou o rapaz.

PF para o Itamaraty

A Polícia Federal fez mais pelos 34 brasileiros em Gaza do que o Itamaraty, ao desmantelar planos terroristas do Hezbollah contra judeus no Brasil. A gratidão de Israel à PF e sua demonstração de autonomia em relação ao governo do PT pode destravar a saída dos brasileiros.

Explica aí, turista

A revelação da coluna de que o Brasil está sem embaixador no Catar há 2 anos, comprometendo a interlocução em Gaza, fez o deputado Evair de Melo (PP-ES) pedir explicações ao chanceler Mauro Vieira.

Vulgaridade pedante

Virou piada entre diplomatas Lula mandando o chanceler “falar duro” com Israel sobre brasileiros de Gaza. Lembrou a “vulgaridade pedante” que definia o Conselheiro Acácio, personagem de Eça de Queiroz. Não é culpa de Israel e sim do governo do PT passando pano em terrorista.

Milei avança

Nem a mãe do libertário Javier Milei acreditaria que ele virasse dez pontos de vantagem sobre o peronista Sérgio Massa, ministro da Economia do governo corrupto que arrasou a economia da Argentina.

Frase do dia

“O atual texto, tal como está, é quase um confisco”

Senador Hamilton Mourão (Rep-RS) sobre a reforma tributária

Explicações

O deputado André Fernandes (PL-CE) é o autor do requerimento aprovado para que a Margareth Menezes (Cultura) explique os R$6,8 milhões para artistas ativistas que em 2022 atacaram Bolsonaro.

Protesto contra racistas

Esquentou o clima na Comissão de Direitos Humanos quando Abílio Brunini (PL-MT) interrompeu a sessão após ver cartazes com ataques a Israel. “Não fui eleito para me calar ou ser omisso”, disse o deputado.

Roda sempre presa

Não entrou na pauta de ontem do Senado a última sessão do rito para liberar a votação da proposta que limita decisões monocráticas no STF. Rodrigo Pacheco, o roda-presa, deve pautar o projeto para o dia 21.

Vitória magra

A aprovação da reforma tributária em primeiro turno foi mais magra do que o governo esperava. Foram 53 votos “sim” dos 49 necessários. O líder do governo Jaques Wagner (PT-BA) alardeava 55 votos.

Pergunta aos isentões

Terrorista escondido em ambulância é terrorismo?

FONTE: DP https://diariodopoder.com.br/coluna-claudio-humberto/lula-desautorizou-meta-fiscal-de-haddad-por-ciumes

Moraes nega pedido de Mauro Cid para retornar ao trabalho

Ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, Mauro Cid fez acordo de delação premiada (Foto: Edilson Rodrigues/Ag. Senado)

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, negou um pedido da defesa do ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro tenente-coronel Mauro Cid para retornar ao trabalho no Exército.

O pedido de revogação de parte das medidas cautelares, no entanto, foi rejeitado por Moraes, que também negou a solicitação de dispensa de uso de tornozeleira eletrônica.

Moraes destacou que as investigações da Polícia Federal ainda estão em andamento e que atender aos pedidos seria “prematuro”.

FONTE: DP https://diariodopoder.com.br/brasil-e-regioes/xwk-brasil/moraes-nega-pedido-de-mauro-cid-para-retornar-ao-trabalho

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