Nos últimos dias, diversos conteúdos publicados nas redes sociais falam sobre problemas de seca ou desligamento de bombas em canais da transposição do Rio São Francisco. Muitos deles são registros antigos e já foram desmentidos por alguns meios jornalísticos. Outros são autênticos e mostram, de fato, canais das obras de transposição com trechos parcial ou completamente secos.
As publicações recentes e as checagens de conteúdo são mais um capítulo de uma guerra pela autoria da obra, que há décadas é vendida como panaceia para a falta de água em regiões afetadas pela seca no Nordeste do país. Apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) acusam o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) de tentar sabotar a conclusão da obra para perpetuar a indústria da seca. Apoiadores de Lula acusam Bolsonaro de tentar capitalizar politicamente uma obra que teria o petista como “pai”.
Para especialistas consultados pela Gazeta do Povo, Lula e Bolsonaro estão brigando pela autoria de um erro histórico. Os canais de transposição são, na visão deles, nada mais do que um elefante branco que não chega perto de resolver o problema social da falta de água no semiárido brasileiro.
A ideia de deslocar o Rio São Francisco é do século 19, dos tempos do Brasil Império, e foi retomada por diversos governos na história da República. Em 1998, o governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) concebeu um projeto de transposição do rio, que começou a ser implementado no final do primeiro governo Lula, em 2007.
Desde a década de 1990, o professor João Abner Guimarães Júnior, doutor em Engenharia Hidráulica e Saneamento e professor titular aposentado da Universidade Federal do Rio Grande Norte (UFRN), busca mostrar, junto com um grupo de pesquisadores da mesma área, que a transposição do Rio São Francisco é um erro desde sua concepção. Agora, ele se considera vingado pela realidade.
“A realidade está mostrando o que é a transposição do São Francisco. É um projeto inviável, entendeu? Um projeto político que teve principalmente motivação político-eleitoral. Já cumpriu com a sua finalidade. Foi usado e abusado tanto na eleição de Lula como na eleição de Dilma. Até mesmo Bolsonaro usou e abusou desse projeto. O interesse político – que sempre foi, para mim, o principal – já chupou o sumo da transposição. O que ficou? Ficou uma obra inviável. A transposição é uma obra inviável. O custo de manutenção da transposição é absurdo. Vai custar, por ano, mais de meio bilhão de reais”, critica.
O grande problema do semiárido, segundo ele, é a infraestrutura de distribuição da água para a população. Para esse problema, a classe política brasileira nem sequer começou a propor soluções. A questão urbana de como levar a água aos habitantes dos municípios do semiárido deveria ser prioritária e anterior aos planos de transposição do rio, mas nunca foi enfrentada.
Abner considera previsível, por isso, que comecem a surgir imagens de trechos dos canais da transposição inutilizados: não há órgão estatal ou empresa que vá querer bancar a manutenção desses canais sem um projeto claro de como eles poderiam servir à população.
“É um custo de manutenção muito alto, que os estados não querem bancar. Falaram no início que esse custo seria bancado pelo setor urbano. Só que o setor urbano ainda não foi nem consultado se topa ou não pagar por essa água. A inviabilidade econômica está aparecendo. Nós dizíamos isso em 2004, mas havia uma rede de proteção que impedia isso de se tornar público. Enquanto as obras estavam sendo feitas, elas não podiam parar”, comenta.
Segundo ele, os canais de concreto, expostos ao sol do sertão nordestino, tendem a sofrer rápida deterioração. Por isso, a manutenção será cara tanto nos casos em que a água for bombeada e correr pelos canais – o que vai diminuir a erosão do concreto, mas vai demandar alto consumo de energia – quanto nas situações em que os canais ficarem secos.
Para Eduardo Lima de Matos, doutor em Desenvolvimento e Meio Ambiente pela Universidade Federal de Sergipe (UFS) e ex-secretário do Meio Ambiente de Aracaju, há um “erro de concepção grandioso” nas obras de transposição do São Francisco.
“A prioridade não era o social, não era acessar as pessoas sem água. Levar água para as pessoas era, digamos, a propaganda do projeto, mas não a essência”, critica. “Claro que algumas cidades que estão numa zona seca, como Campina Grande, precisavam de uma transposição pontualmente. Mas nós estamos falando de dois canais gigantes de mais de 700 quilômetros”, acrescenta.
Matos considera que o investimento necessário para montar uma infraestrutura de distribuição da água seria, hoje, mais ou menos equivalente ao da transposição – que ultrapassa os R$ 15 bilhões –, mas destaca, assim como Abner, que nunca houve um plano verdadeiro para isso.
Os dois especialistas discordam, contudo, sobre as reais motivações para a transposição. Para Matos, o projeto serviu essencialmente para bancar a produção agrícola para exportação. “Essa água da transposição é para a fruticultura irrigada, é para a exportação. Estamos exportando a água do São Francisco a um preço caríssimo bancado pelo sistema”, diz.
Para Abner, o objetivo é “a obra pela obra”: os reais interessados são o setor da construção civil e os demagogos da política. “A prioridade era fazer a obra em si. E quanto maior fosse a obra, melhor. Essa lógica prevalece até hoje. São obras que contam com interesse da indústria da construção civil, com uma grande articulação dentro do governo, e que conseguem juntar muitos políticos. Essa é a lógica da indústria da seca”.
Bolsonaro teve chance de redirecionar projeto, mas preferiu seguir lógica da indústria da seca
João Abner diz que, quando Bolsonaro assumiu, ele e outros especialistas na gestão de recursos hídricos tinham boas expectativas e chegaram a levar uma proposta com diretrizes para a distribuição de água aos municípios do semiárido, pensando especialmente em ajudar a solucionar o problema do abastecimento humano.
No início do governo, em 2019, o então ministro do Desenvolvimento Regional Gustavo Canuto parecia receptivo às novas ideias. Mas, aos poucos, a proposta de concluir a transposição seguindo os moldes da indústria da seca começou a ser vista como eleitoralmente importante para Bolsonaro. Rogério Marinho, que substituiu Canuto no começo de 2020, encampou o plano de dar cabo à execução física das obras de transposição do São Francisco e de vender isso como uma conquista do governo Bolsonaro.
A transposição do Rio São Francisco é dividida entre dois eixos principais: o Eixo Leste, que tem 217 km e cruza municípios da Paraíba e de Pernambuco, e o Eixo Norte, com 260 km, cruzando municípios de Ceará, Paraíba, Pernambuco e Rio Grande do Norte. Mais de 95% de ambos os eixos já tinham suas estruturas físicas prontas quando Bolsonaro assumiu, mas seu governo concluiu essas obras, que se estendiam desde 2007.
Além disso, o governo Bolsonaro também levou a cabo as obras do Ramal do Agreste, de 71 km, que conduz água do Eixo Leste a mais municípios de Pernambuco, e começou as obras do ramal do Apodi, com 115 km, que leva água do Eixo Norte ao Rio Grande do Norte. Ambos os ramais estavam no projeto original, mas não tinham sido iniciados pelos governos do PT.
No final do governo Bolsonaro, e especialmente na época das eleições, a aceleração das obras e a conclusão de trechos importantes foram exploradas pelo ex-presidente na campanha. Ao longo das gestões petistas, promessas de conclusão das obras foram reiteradas, mas nunca cumpridas, e Bolsonaro decidiu aproveitar isso politicamente.
Em 2009, conforme mostra uma reportagem da Folha de S.Paulo dessa época, Lula prometeu concluir os eixos Norte e Leste em 2012; em 2013, conforme reportagem do Correio Braziliense, Dilma afirmou que concluiria as obras de transposição do São Francisco em 2015; em 2015, segundo o portal G1, Dilma prometeu concluir as obras em 2016.
Embora tenha sido eficaz nas entregas, Bolsonaro manteve os projetos tais como eles foram concebidos na época de FHC. Para Abner, o ex-presidente perdeu uma oportunidade de redirecionar a gestão hídrica da região Nordeste e de ajudar a dar fim à lógica da indústria da seca. E, se seu objetivo era explorar eleitoralmente a transposição, isso também não deu certo.
“Nas cidades onde a água da transposição passou, onde ele inaugurou a transposição, a derrota popular foi grande. Não deu resultado eleitoral”, afirma.
Embora seja crítico das obras de transposição, Abner não é fatalista quanto ao problema do abastecimento de água no semiárido. Ele enxerga a possibilidade de resolver o problema por outros meios.
Para ele, é preciso setorizar a gestão hídrica no Nordeste, mais do que executar grandes obras. Além disso, é necessário induzir a participação de capital privado, em uma espécie de “choque liberal” do abastecimento de água no semiárido, estimulando as parcerias público-privadas. Isso deve estar aliado, segundo ele, a um plano que integre as esferas de governo federal, estadual e municipal.
“Seria uma verdadeira revolução nessa área. Mas teria que entrar com privatização. A indústria da seca é uma doença do Estado brasileiro. E, enquanto a gente não diminuir o papel do Estado brasileiro nesse setor de água, a gente não vai se livrar da indústria da seca”, comenta.
FONTE: GAZETA DO POVO https://www.gazetadopovo.com.br/vida-e-cidadania/rivalidade-sobre-transposicao-do-sao-francisco-e-briga-por-autoria-de-erro-historico/?#success=true
“Eles querem amedrontar o brasileiro”, afirma avó condenada a 14 anos por Moraes
“Ele tem feito isso conosco para que as pessoas fiquem com medo”. É o que afirma Rosana Maciel Gomes, 50, presa dentro do Palácio do Planalto durante os atos do 8 de janeiro, ao comentar as últimas decisões do ministro Alexandre de Moraes. No seu caso, Moraes a condenou a 14 anos de reclusão. O julgamento, que está plenário virtual do STF, começou na última sexta-feira (27). O prazo para que os outros ministros que compõem a Corte se manifestem vai até a próxima terça-feira (7).
Rosana sabe que pode voltar a ser presa e entende que seu julgamento está sendo usado como instrumento de censura prévia, para inibir qualquer manifestação contra autoridades. Ao lembrar do 8 de janeiro, diz que não consentiu com as ações de vandalismo e que só entrou no Planalto para se proteger das bombas de gás lacrimogêneo.
“Eu não acredito nessa condenação [na legalidade]. Eles estão seguindo o trâmite para amedrontar o brasileiro. Para que o brasileiro não venha se manifestar de novo”, reforça.
Rosana ficou sete meses no penitenciária feminina de Brasília, a Colmeia. Durante o tempo que permaneceu presa não teve contato com os quatro netos, que começaram a desconfiar que ela tinha morrido. “Eles pediam para ligar para mim e o meu celular estava desligado. Aí eles perguntavam para o pai deles: ‘por que minha vó não me atende? Ela virou estrelinha?’”, relata.
O neto mais velho, de 7 anos, foi encaminhado ao hospital depois de passar mal ao saber da pena de 14 anos da avó. Os médicos acreditam que ele teve uma arritmia cardíaca. Agora, o garoto, que já fazia tratamento com psiquiatra, também está sendo acompanhado por um cardiologista. “Ele é o mais apegado comigo, é o primeiro neto. Tanto que agora ele dorme na cama comigo e não aceita dormir com ninguém. Ele tem muito medo de eu sair e não voltar”, comenta.
Rosana saiu da Colmeia com 35 quilos a menos, depressiva e sem emprego. “A minha alimentação era água e bolacha de água e sal”, conta. Agora trabalha como motorista de aplicativo para sustentar a casa. Ela mora com duas filhas e dois netos, que ajuda a criar. Além deles, a mãe e o tio de Rosana, já idosos, contam com os cuidados dela para resolver desde pendências bancárias a compras de supermercado. “Eles dependem de mim, durante esses sete meses, eles ficaram privados de muita coisa”, explica.
“Fugir do que, se eu não tinha quebrado nada?”
No dia 6 de janeiro, Rosana saiu de Goiânia, cidade em que mora, e veio a Brasília no próprio carro com outras duas pessoas. No tempo que esteve na capital, dormia na casa de um dos filhos e passava o dia no acampamento em frente ao Quartel-General. Da mesma forma como relatam outros réus do 8 de janeiro, Rosana conta que não havia um horário definido para começar a manifestação e que logo após o almoço as pessoas começaram a descer em direção a Esplanada dos Ministérios.
Já na Esplanada, viu manifestantes depredando o Palácio do Planalto. Ela estava junto de um grupo de seis idosas – que também foram presas – e se esconderam embaixo de uma árvore. Na tentativa de ir embora, bombas de gás lacrimogênio foram jogadas na direção do grupo de senhoras que se refugiou no Palácio do Planalto. “Não tinha para onde correr mais, porque havia uma multidão”, narra Rosana.
Ao entrar no prédio, encontraram o espaço bem deteriorado. Ao mesmo tempo que viu pessoas quebrando e gritando, encontrou outras que estavam passando mal ou feridas. “Qual foi a nossa intenção? Ajudar as pessoas que estavam ali dentro passando mal, até crianças. A gente não pensou em sair, mas em ajudar as pessoas que estavam ali dentro. Logo em seguida, o Exército entrou e fez uma barreira. Foi aí que a gente resolveu ajoelhar e orar para eles intervirem”, descreve. Do lado de fora, a polícia jogava bombas de gás lacrimogêneo na tentativa de acuar os manifestantes.
“Não veio na minha mente a ideia de fugir. Fugir do que, se eu não tinha quebrado nada? Eu estava ali dentro para me proteger”, conta Rosana. Ela ainda explica que cooperou com a polícia desde o primeiro momento porque não tinha nada a esconder. “Eu entreguei meu celular e dei a senha do meu celular. Eu ainda desenhei. Eu fiz as bolinhas e desenhei qual que era a senha. Se eu tivesse devendo alguma coisa, eu ia dar a minha senha?”, questiona.
Segundo major, manifestantes ajudaram a conter vândalos
Hélio Junior, advogado de defesa de Rosana, alegou em sustentação oral anexada ao processo que não houve uma única conduta criminosa apontada contra a ré, apenas a menção, sem provas, de que ela teria contribuído de alguma forma com com crimes multitudinários. O crime de multidões é quando a conduta individual do réu não é considerada, pois julga-se que há influência entre os criminosos ao haver um objetivo em comum.
O advogado utiliza imagens das câmeras de segurança para comprovar a fala. Em um dos trechos apresentados na sustentação oral, um rapaz derruba o relógio de Dom João VI, enquanto chega um outro grupo que o coloca no lugar. O mesmo relógio é derrubado mais uma vez por um outro vândalo, mas novamente tentam colocá-lo de volta, mesmo com o objeto já despedaçado.
Parte do depoimento do major José Eduardo Natale também é utilizada na sustentação oral. Ao ser questionado se havia uma atitude homogênea dos manifestantes, ele relata que não havia coordenação entre as pessoas. “Não, eram atitudes diversas. Nem grupos se pode dizer, porque as pessoas estavam bem descoordenadas ali dentro. Até as pessoas que falavam a mesma coisa, não havia uma união de pensamento ou coordenação entre elas. Então, era bastante heterogêneo o grupo, sim”. O major ainda complementa informando que apenas uma minoria se empenhava em depredar o local e que recebeu auxílio de manifestantes para conter os vândalos.
Insegurança para o futuro
Acompanhada por um psiquiatra e tomando medicação para conseguir enfrentar as dificuldades, Rosana ainda está tentando superar tudo o que viveu enquanto estava presa. “Eu não consigo dormir. Um trauma que eu tenho é de ouvir o barulho de grades abrindo ou gritos. Isso ainda está muito forte na minha mente”, descreve. Ela ainda acrescenta que “foi doloroso, foi difícil, mas Deus nos sustentou todas lá o tempo todo”.
Até o fechamento desta reportagem, apenas o ministro Cristiano Zanin publicou seu voto em relação ao caso de Rosana. Zanin acompanhou a decisão de Moraes com ressalvas. Para Zanin, a ré cometeu todos os crimes apontados por Moraes, mas ele diverge da pena, acreditando que Rosana deveria ser condenada a 11 anos de reclusão.
“A pena de 14 anos é desproporcional para qualquer pessoa sendo que não existem comprovações nos autos que concorreu com os atos de vandalismo, isso pode ter um impacto devastador em sua vida. Ela pode perder sua liberdade, sua reputação e seu sustento”, declara Hélio Junior, advogado de Rosana.
FONTE: GAZETA DO POVO https://www.gazetadopovo.com.br/vida-e-cidadania/eles-querem-amedrontar-o-brasileiro-afirma-avo-condenada-a-14-anos-por-moraes/
PT formaliza apoio a amigo de Lula candidato à presidência da Argentina
O Partido dos Trabalhadores (PT) oficializou neste domingo (5) o apoio à candidatura de Sergio Massa à presidência da Argentina, através de um comunicado publicado no site da legenda e assinado pela presidente do partido, a deputada federal Gleisi Hoffmann, e por Romênio Pereira, secretário de relações internacionais do PT.
Massa é o candidato do atual presidente da Argentina, Alberto Fernández, e amigo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e vai disputar o segundo turno da eleição presidencial do país daqui a 13 dias contra o economista Javier Milei, que vem avançando nas pesquisas.
A nota do PT destaca que a eleição da Argentina representa “dois projetos de sociedade [que] se enfrentam: um, representado pela candidatura presidencial de Sergio Massa, de perfil democrático e popular, com um programa de governo de desenvolvimento e justiça social; e outro, do candidato Javier Milei, representando a extrema-direita e o ultra neoliberalismo econômico do ‘salve-se quem puder’” (veja na íntegra).
O PT afirma que o modelo de Milei já é conhecido dos brasileiros, como uma “alternativa de extrema-direita, que também governou nosso país no período anterior. Conhecemos toda a dor e o sofrimento que o descaso com a vida do povo significou para nosso país”.
O comunicado do partido contrasta com o silêncio que Lula vem mantendo sobre a eleição presidencial argentina, em que evita prestar um apoio oficial a Massa. Apesar de não dar declarações públicas sobre a disputa no país vizinho, o petista se encontrou com o candidato no final de agosto em Brasília.
No primeiro turno da eleição presidencial argentina, Massa obteve a maioria dos votos, mas pesquisas indicam uma disputa acirrada no segundo turno. Milei, um economista oriundo do mercado financeiro, defende propostas econômicas liberais, como a dolarização da economia argentina, redução de gastos públicos e impostos, e a saída do país do Mercosul – o que preocupa o governo brasileiro.
Mais recentemente, o governo brasileiro foi acusado pela oposição de tentar interferir na eleição ao anunciar um acordo de US$ 600 milhões com a Argentina para financiar as exportações ao país vizinho. Lula teria também trabalhado nos bastidores para facilitar um empréstimo de US$ 1 bilhão do Banco de Desenvolvimento da América Latina (CAF) à Argentina, que ajudaria o país a fechar uma nova operação com o Fundo Monetário Internacional (FMI) – a suposta pressão foi negada pela ministra Simone Tebet, do Planejamento, que é também governadora da instituição.
A campanha de Massa também conta com a presença de profissionais brasileiros de marketing político, que buscam caracterizar uma eventual gestão de Milei como um cenário de “salve-se quem puder”, semelhante à utilizada pelo PT durante a eleição de 2022 entre Lula e Jair Bolsonaro (PL).
Marqueteiros brasileiros como Raul Rabelo, Otávio Antunes e Halley Arrais estão atuando na campanha de Massa, buscando conquistar eleitores argentinos com mensagens de autoestima e unidade nacional, em um cenário político que pode ser decisivo para o futuro da Argentina e das relações com o Brasil.
FONTE: GAZETA DO POVO https://www.gazetadopovo.com.br/republica/pt-apoio-lula-sergio-massa-presidencia-argentina/
Diferenças de Lula e Bolsonaro com congressistas e na economia
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), volta e meia, fala sobre a necessidade de garantir apoio na Câmara e no Senado. E com isso, ele libera emendas, oferece ministérios, chega a tirar ministérios de partidos de esquerda para dar ao centrão. Porque, afinal, o resultado da eleição, primeiro turno, que renovou a Câmara e renovou parte do Senado, deixou uma maioria muito clara de centro-direita, ao redor de 70%. Então, realmente ele tem que trabalhar nisso. Mas tem outra coisa que ele não está trabalhando.
O Estadão fez um levantamento e mostrou em quantas audiências ele recebeu deputados e senadores, até 11 de outubro desse ano, e foram apenas 21. Será que é muito? Será que é pouco? Basta comparar com o número de audiências do mesmo período do presidente Jair Bolsonaro, 349. Uma grande diferença, mostrando a necessidade do presidente conversar com os representantes do povo no Congresso.
Vocês dirão: Ah, mas Bolsonaro tem experiência de 29 anos de carreira parlamentar! Mas Lula também foi deputado. E sabe o que é a necessidade de negociar, sem precisar ceder.
Bolsonaro deu ministérios para técnicos, e não para partidos políticos. Lula tá dando para partidos políticos. Ministério assim, como se diz de porteira fechada. O partido vira e transforma o ministério quase numa autarquia partidária. Essa é a diferença.
Nos números que foram mostrados, a gente vê que na verdade foi muito menos a abrangência das conversas de Lula com o Congresso. Entre os 13 deputados e 8 senadores, consta Arthur Lira (PP-AL), presidente da Câmara; Rodrigo Pacheco (PSD-MG), presidente do Senado; Gleisi Hoffmann (RS), presidente PT; José Guimarães (PT-CE), líder do governo na Câmara; Jacques Wagner (PT-BA), líder do governo no Senado, e só mais outros três. Então, é quase nada. Na verdade, só vale esses três.
E ainda vão dizer assim, mas Bolsonaro também recebia o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), seus filhos. Mas se descontar os filhos, ainda ficam 311 audiências recebendo deputados e senadores. Isso vai servir de alerta para o presidente.
Bolsonaro deixou contas com superávit e no governo Lula déficit aumenta
O presidente Bolsonaro deixou as contas públicas com superávit. E agora vemos o déficit com o endividamento público aumentando, estava diminuindo. Vai ser difícil continuar a baixar a taxa básica Selic. Se o governo está tomando dinheiro do público, botando papel na metade, tem que oferecer juros, compensador. Então, é um fator que impede que o juro abaixe, e a gente está vendo aí os resultados disso na economia. A economia já tirou o pé do acelerador.
E o presidente Lula disse: “Ah, dinheiro, dinheiro bom é dinheiro em obra”. Teoricamente, sim. Mas eu já mencionei, uma vez, uma informação do então, ministro da Economia, Delfim Neto. Ele me disse: “olha, aqui no Brasil o dinheiro público é, vai 1/3 para obra, e 1/3 para corrupção e 1/3 para má administração. Então, na verdade, os nossos impostos só têm uma produtividade de 1/3″. E, no caso do governo, vai grande parte para sustentar o próprio governo inchado, gordo, lento e que não presta bons serviços públicos, como era de esperar por essa carga tributária que está ao redor de 36%.
A gente trabalha, mais de quatro meses no ano, quase cinco meses no ano, para sustentar os governos, o Estado brasileiro, nos seus três níveis e nos seus três poderes. Mas enfim, o presidente Lula agora parece que percebeu, diz que vai viajar pelo país, porque ele fez 21 viagens para o exterior. Viajou muito e vai viajar de novo agora, ainda tem viagens planejadas para o exterior. Mas falou que vai viajar pelo país, assim vai matar a nossa curiosidade de saber como o povo se comporta com Lula percorrendo as ruas. Porque todo mundo diz: “poxa, Bolsonaro não consegue sair porque é uma multidão que ele não consegue caminhar no meio da multidão”. Agora dá pra fazer o teste. Havia um sabão em pó, que tinha uma propaganda, onde fazia um teste pra ver quem lava mais branco. Agora vou fazer o teste da rua.
FONTE: GAZETA DO POVO https://www.gazetadopovo.com.br/vozes/alexandre-garcia/diferencas-de-lula-e-bolsonaro-com-congressistas-e-na-economia/
“É a cultura deles”: os progressistas que apoiam massacres
Em 2001 eu escrevia uma coluna semanal para uma revista de tecnologia. Então aconteceram os atentados de 11 de setembro. Um grupo de terroristas islâmicos sequestrou aviões e os usou como armas. Dois aviões lotados foram atirados contra as torres do World Trade Center. Outro avião foi jogado no Pentágono. Um quarto avião caiu na Filadélfia, depois que os passageiros decidiram atacar os sequestradores e impedir que o aparelho fosse jogado na Casa Branca.
Minha reação foi de horror, que manifestei publicamente. Eu não estava preparado para a resposta do editor da revista em que eu trabalhava: ele culpou os Estados Unidos pelo ataque. Segundo ele, era uma reação justa contra o imperialismo americano. Eu confessei meu espanto; afinal, ele ganhava a vida escrevendo sobre tecnologia americana. Como podia se posicionar desse jeito? Sua justificativa foi uma mistura de clichês ideológicos, raciocínio infantilizado e debilidade moral.
Todo padrão moral é relativo – porque está conectado à cultura em que vivemos – ou existem padrões morais absolutos?
Passa o tempo.
Anos depois, participei de uma discussão sobre os males da colonização espanhola na América. A chegada dos europeus, diziam alguns, só havia trazido desgraça, morte e destruição. Eu lembrei aos debatedores que uma das culturas que havia sido conquistada pelos espanhóis foi a civilização Asteca, cuja prática religiosa envolvia sacrifícios humanos. Mulheres, crianças e homens eram levados para o alto de uma pirâmide, tinham seu peito aberto e o coração arrancado como oferenda. A resposta que recebi foi inacreditável.
“Essa era a cultura deles”, disse um dos debatedores, em tom furioso. “Ela tem que ser respeitada como qualquer outra cultura.” Fiquei muito tempo refletindo sobre aquilo. A matança de seres humanos poderia ser uma “prática cultural” respeitável? As perguntas que aquele episódio levantou foram muitas. Afinal, todas as culturas são iguais? Todas as práticas humanas são equivalentes? Os conceitos de certo e errado são relativos?
Será que todas as culturas têm o mesmo valor, e merecem o mesmo respeito e proteção, ou algumas culturas são superiores às outras pelos valores que defendem?
Muito tempo depois, em 2014, essas perguntas ressurgiriam. Eu fazia um mestrado em Administração e um dos professores explicou que algumas tribos tinham o costume de enterrar vivos os recém-nascidos, como forma de “controle da natalidade”. O professor deu a entender que era uma “prática cultural” normal e que não nos cabia julgar ou condenar esse ato. Se o fazíamos, era apenas porque esse “costume” não estava de acordo com os padrões ocidentais. Fazer isso era praticar “etnocentrismo cultural”, ou seja, julgar uma cultura diferente usando o referencial de nossa própria cultura. E isso seria errado, o professor completou.
Mas todo padrão moral é relativo – porque está conectado à cultura em que vivemos – ou existem padrões morais absolutos? Será que todas as culturas têm o mesmo valor, e merecem o mesmo respeito e proteção, ou algumas culturas são superiores às outras pelos valores que defendem?
Depois do massacre de 7 de outubro realizado por terroristas do Hamas contra civis em Israel essas questões deixaram de ser abstratas. O mundo se lembrou que existem regimes teocráticos e grupos fundamentalistas que habitualmente oprimem, terrorizam, violentam, torturam e matam crianças, mulheres e minorias.
Inacreditavelmente, ativistas ocidentais que se proclamam defensores de direitos humanos apoiam essas práticas sob o argumento de que se trata “da cultura deles”. A expressão concreta dessa “cultura” – primitiva brutal e preconceituosa – se transforma, aos olhos desses relativistas morais, em resistência à “opressão” ocidental.
Essa é, obviamente, uma defesa do indefensável. Uma “cultura” que glorifica morte e tirania não tem lugar no mundo civilizado. Como explicam Geisiane Freitas e Patrícia Silva, no excelente O Que Não Te Contaram Sobre o Movimento Antirracista, existem hierarquias culturais, determinadas pelos elementos de cada cultura.
Elas dizem: “Por exemplo: culturas que praticavam o infanticídio ou o canibalismo, obviamente, não estão no mesmo patamar que culturas que defendem a vida desde a concepção. Culturas que exaltam promiscuidades conjugais, imoralidades sociais e todo o tipo de relativismo são inferiores por aquilo que defendem, não pela composição racial ou étnica de seu povo”.
FONTE: GAZETA DO POVO https://www.gazetadopovo.com.br/vozes/roberto-motta/cultura-deles-progressistas-apoiam-massacres-relativismo-moral/
Estudante de Medicina da USP ficou 7 meses presa por ter rezado no Senado
Entrevista com Roberta Brasil, uma jovem cearense, estudante de Medicina da USP, que foi a Brasília para a manifestação do dia 8/01, entrou no prédio do Congresso porque as portas estavam abertas, conversou com policiais e acabou se dirigindo ao plenário do Senado, onde permaneceu por algumas horas rezando junto com outros 37 manifestantes.
Todos acabaram presos, apesar de nada ter sido quebrado no local, segundo perícia do próprio Senado. Roberta aparece rezando ou sentada, sozinha, nas imagens captadas pelas câmeras de segurança do Senado, mas isso não foi considerado pela Procuradoria Geral da República, que acusa a estudante de crime de multidão, além de golpe de estado, abolição do estado de Direito, associação criminosa armada, danos ao patrimônio público e depredação de patrimônio tombado.
Outros réus do mesmo processo já foram condenados a penas que variam de 14 a 17 anos de prisão.
Assista à entrevista clicando no play da imagem que ilustra esta página. Depois deixe sua reação a este conteúdo e um comentário para contribuir com o debate.
FONTE: GAZETA DO POVO https://www.gazetadopovo.com.br/vozes/cristina-graeml/estudante-de-medicina-da-usp-ficou-7-meses-presa-por-ter-rezado-no-senado/
Deputado detona o PT e mostra o lado ‘sombrio’ do Bolsa Família (veja o vídeo)
O Bolsa Família completou 20 anos com um custo de quase R$ 15 bilhões em setembro deste ano ao governo federal.
O deputado federal Bibo Nunes (PL-RS) é a favor do auxílio, mas por um tempo, e não o tempo todo:
“Nos moldes que está, é uma vergonha.
Em 13 estados, tem mais gente com Bolsa Família do que empregados.
As pessoas perdem a dignidade, perdem a chance de progredir na vida, porque o PT está preocupado com votos na eleição, basta ver o Norte e o Nordeste”, ressaltou.
Veja o vídeo:
ENEM FAZUELI
Esqueçam a verdadeira ciência e a cultura.
Agora é militância esquerdista e doutrinação globalista a todo vapor.
O futuro já era !
FONTE: JBF https://luizberto.com/enem-fazueli/
Vergonha nacional: funkeira esquece letra do hino nacional no GP de Fórmula 1 (veja o vídeo)
A cantora Ludmilla, escolhida para cantar o hino brasileiro no Grande Prêmio (GP) da Fórmula 1 no Brasil, disputado neste domingo (5), no autódromo de Interlagos, em São Paulo, falhou miseravelmente na apresentação.
No início da exibição, a artista entoa o primeiro verso do hino:
“Ouviram do Ipiranga as margens plácidas”.
Logo após, ela fica em silêncio como se estivesse esquecido a letra.
A pergunta que fica no ar é a seguinte: quem teve a brilhante ideia de contratar uma funkeira para cantar o hino nacional?
Veja o vídeo:
Bancos celebram o ‘presente’ de R$730 bilhões do ‘marco de garantias’
Agora dá para entender a felicidades dos banqueiros com duas decisões recentes dos podres poderes, só para garantir uma das medidas mais cruéis já produzidas contra os cidadãos: o “marco de garantias”. Os bancos foram autorizados tomar dos clientes seus bens imóveis, por exemplo, sem decisão judicial. A felicidade dos banqueiros se explica em números: no Brasil, são mais de 7 milhões de contratos em vigor, somente de financiamento imobiliário, que somam R$730 bilhões.
Lobby milionário
O lobby dos cartórios, igualmente milionário, foi fundamental no golpe contra direitos dos cidadãos: o setor ganhará uma “beirada” do negócio.
Cidadão desprotegido
Órgãos de defesa do consumidor temem que contratos cada vez mais leoninos venham favorecer a retomada de imóveis financiados.
De mão beijada
É ainda mais estranha decisão da Justiça de avalizar facilidades para o confisco de imóveis, sem reclamar da perda de poder e prerrogativas.
Ações valorizaram
Não por acaso, o valor das ações dos grandes bancos “explodiu” tão logo o golpe foi consumado, garantindo inclusive crescimento da bolsa.
Viagens de ministros consomem R$5,5 milhões
A inchada Esplanada dos Ministérios montada pelo presidente Lula reflete o volumoso custo para manter a estrutura com diárias, passagens, seguro-viagem e outros gastos. O pagador de impostos desembolsou exatos R$5.560.107,86 para bancar as mordomias. A conta considera os custos entre janeiro e setembro, quando o Portal da Transparência, fonte dos dados, foi atualizado pela última vez. A conta é ainda mais salgada, já que não considera o custo com os jatinhos da Força Aérea Brasileira.
O ouro é dele
Há 24 documentos de pagamentos do ministro Mauro Vieira (Relações Exteriores), que é quem mais gastou. Custou, sozinho, R$834,4 mil.
Segue a lista
Carlos Fávaro (Agricultura) torrou R$431 mil, seguido por Juscelino Filho (Comunicações), R$328 mil; e Nísia Trindade (Saúde), R$282 mil.
Rescisão
Os demitidos Ana Moser (Esporte), Daniela Carneiro (Turismo) e Gonçalves Dias (GSI), deixaram fatura alta em viagens, R$218,5 mil.
Poder sem Pudor
Soco democrático
Candidato ao Senado pelo PMDB-PR em 1990, Waldyr Pugliesi convocou coletiva para explicar que era injusta sua fama de “pavio curto”. Na coletiva, um militante do PMDB puxou uma conversa cabulosa e ele a encerrou com um soco na mesa. Refeito, contou que só perdeu a cabeça uma vez, em Arapongas, quando esmurrou um vereador que o criticara. Mas observou: “Aquele soco foi com o braço democrático…”
Quem confia?
Deltan Dallagnol tem mesmo um pé atrás com o STF. “Quem confia nas decisões de Dias Toffoli?”, indagou ao citar a condução do caso do barraco de Alexandre de Moraes com a família Mantovani em Roma.
Nosso dinheirinho
Deputados federais já gastaram, este ano, mais de R$172,5 milhões em “Cota de Atividade Parlamentar”, o “cotão”, segundo a Transparência da Câmara. Cada um pode pedir até R$50 mil mensais em “ressarcimento”.
Ministra na mira
A oposição não gostou da inclusão da vacina contra Covid no calendário e já prepara a convocação da ministra Nísia Trindade (Saúde). Um dos pedidos é assinado pelo deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP).
Liga pro Macron
Até por ignorância e/ou preconceito ideológico, o governo Lula ameaça taxar investidores, mesmo afugentando empregos e renda. Isso não encontra paralelo nem na França socialista, que criou um incentivo (PEA) para investidores de renda variável para prazos superiores a cinco anos.
Frase do dia
“Por aqui, Lula e Itamaraty fazem vistas grossas”
Sergio Moro (União-PR) sobre a ditadura Daniel Ortega, amigo de Lula, na Nicarágua
Quase nada
Pequenos investidores que compraram ações das Americanas tiveram um pequeno conforto no fim da semana. As ações, que valiam R$0,78 na segunda-feira (30) fecharam a semana em alta, R$0,85. Uau.
Perdão roubado
O deputado estadual Carmelo Neto (PL-CE) lembra que é de 2021, gestão de Jair Bolsonaro, a iniciativa de perdoar os juros das dívidas do Fies. “Lula quer te enganar de novo”.
Agenda
A expectativa é que a reforma tributária, relatada pelo senador Eduardo Braga (MDB-AM), entre na pauta da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado nesta semana, na terça-feira (7).
Trump teflon
Grupo anti-Trump do partido Republicano, nos EUA, foi forçado a desistir de uma série de anúncios de TV que “expunham” os problemas do ex-presidente na Justiça. Ao invés de derrubar, as propagandas fizeram Trump subir nas pesquisas.
Pensando bem…
…depois do imposto sindical e do seguro obrigatório, só falta voltar a CPMF.
NOSSO ANÃO
FONTE: JBF https://luizberto.com/nosso-anao-2/
Reforma tributária entra na pauta da CCJ do Senado
A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) pautou para esta terça-feira (7) a votação da reforma tributária. O texto é relatado pelo senador Eduardo Braga (MDB-AM). A expectativa é de que, uma vez aprovado na CCJ, o projeto siga para votação no plenário.
O texto de Braga é diferente do que o que a Câmara dos Deputados aprovou. Foram cerca de 700 emendas apresentadas ao projeto.
Em eventual aprovação no Senado, o projeto volta para apreciação dos deputados federais.
Be the first to comment on "Rivalidade sobre transposição do São Francisco é briga por autoria de erro histórico"